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Brasil concorre com projeto de residência sustentável em prêmio na Europa.
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RIO - Inspirado no mosaico cultural do Brasil, um grupo formado por estudantes e professores universitários brasileiros desenvolveu um protótipo de residência de energia zero para participar da competição Solar Decathlon Europe 2012, que acontece em Madri, na Espanha. A Ekó House foi concebida a partir de uma parceira entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Santa Catarina (UFSC), com a colaboração de UNICAMP, UFRJ, UFRN e IFSC . Antes de cruzar os mares para ser exibida na competição de casas solares autônomas, a residência pode ser conferida em montagem no IEE-USP, em São Paulo, onde ficará até o fim de junho.
A casa tem 47 metros quadrados e conta com banheiro, quarto, cozinha, sala de jantar, área de estudos e sala de estar. Apesar das áreas definidas, o único ambiente separado do resto por paredes é o banheiro — os outros fazem parte de uma área integrada e são separados por elementos como persianas e portas de correr. Essa constituição foi concebida para um casal, podendo ser adaptada para casal com filhos. De acordo com Bruna Mayer de Souza, coordenadora de comunicação da equipe, a Team Brasil, a Ekó House foi concebida de maneira bem diferente quando comparada aos projetos convencionais brasileiros.
— Primeiramente, ela é uma residência de energia zero, que produz toda a energia necessária para seu funcionamento usando o sol como única fonte de energia. Para isso, a casa conta com painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica e tubos evacuados para energia térmica, através do aquecimento da água. O projeto busca também reduzir o gasto energético ao mínimo, através da maior eficiência possível, tanto nos equipamentos quanto na sua envoltória, projetada para diminuir gastos com iluminação artificial e condicionamento térmico — explica Bruna.
E as inovações não param por aí. A residência, construída com painéis de madeira, com isolamento de lã de vidro, é ainda desmontável, uma vez que tem que ser transportada para Madri para participação na competição. A casa também busca lidar com a água de maneira sustentável, por isso conta com captação de água da chuva, banheiro seco compostável (que dispensa o uso de água para descarga) e com tratamento dos demais efluentes através de um sistema de tanques com filtros constituído de plantas.
Inspiração no Brasil
A inspiração na cultura brasileira pode ser percebida em diversos aspectos. Nas varandas, por exemplo, que são muito comuns nas casas brasileiras como espaço de socialização e que atuam como zona de amortecimento para diminuição dos ganhos e perdas de calor da casa. Na parte interna, a integração da sala de jantar com a cozinha formando o principal espaço social da casa, também remete ao hábito brasileiro de se reunir em torno da cozinha. O uso de materiais, como a madeira e o bambu, que podem mudar de acordo com o local onde a casa é implementada, além de reduzir os gastos com o transporte, reforçam a associação com a cultura da região.
A estrutura da casa é formada principalmente por peças de madeira maciça certificada e placas de OSB (produzidas através do reaproveitamento de restos de madeira) que formam painéis estruturais com lã de vidro (que também é produzida a partir da reciclagem de vidro) em seu interior. Além disso é utilizado um isolante térmico de alto desempenho entre os painéis e o revestimento externo, composto de placas cimentícias. O alumínio, material reciclável de longa durabilidade, também é bastante utilizado na casa: na constituição da estrutura portante dos fotovoltaicos, da estrutura portante do deck e em várias outras estruturas da casa. O aço é utilizado na fundação da casa e em peças de ligação estrutural. As esquadrias são de PVC, que garante uma boa eficiência térmica e utiliza 30% de material reciclado para sua produção. Os vidros também são de alta eficiência, sendo duplos, com uma camada de gás em seu interior. Além disso, a casa foi concebida de modo a ser industrializável.
— A modernização da indústria da construção civil é necessária e urgente. Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento de propostas nacionais de edificações eficientes e mais sustentáveis, reduzindo o prazo de construção, a produção de rejeitos, o ciclo de vida dos materiais, a geração local de energia e a redução do consumo energético durante o seu uso e a reutilização de materiais ao fim do ciclo — encerra Bruna.
A casa tem 47 metros quadrados e conta com banheiro, quarto, cozinha, sala de jantar, área de estudos e sala de estar. Apesar das áreas definidas, o único ambiente separado do resto por paredes é o banheiro — os outros fazem parte de uma área integrada e são separados por elementos como persianas e portas de correr. Essa constituição foi concebida para um casal, podendo ser adaptada para casal com filhos. De acordo com Bruna Mayer de Souza, coordenadora de comunicação da equipe, a Team Brasil, a Ekó House foi concebida de maneira bem diferente quando comparada aos projetos convencionais brasileiros.
— Primeiramente, ela é uma residência de energia zero, que produz toda a energia necessária para seu funcionamento usando o sol como única fonte de energia. Para isso, a casa conta com painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica e tubos evacuados para energia térmica, através do aquecimento da água. O projeto busca também reduzir o gasto energético ao mínimo, através da maior eficiência possível, tanto nos equipamentos quanto na sua envoltória, projetada para diminuir gastos com iluminação artificial e condicionamento térmico — explica Bruna.
E as inovações não param por aí. A residência, construída com painéis de madeira, com isolamento de lã de vidro, é ainda desmontável, uma vez que tem que ser transportada para Madri para participação na competição. A casa também busca lidar com a água de maneira sustentável, por isso conta com captação de água da chuva, banheiro seco compostável (que dispensa o uso de água para descarga) e com tratamento dos demais efluentes através de um sistema de tanques com filtros constituído de plantas.
Inspiração no Brasil
A inspiração na cultura brasileira pode ser percebida em diversos aspectos. Nas varandas, por exemplo, que são muito comuns nas casas brasileiras como espaço de socialização e que atuam como zona de amortecimento para diminuição dos ganhos e perdas de calor da casa. Na parte interna, a integração da sala de jantar com a cozinha formando o principal espaço social da casa, também remete ao hábito brasileiro de se reunir em torno da cozinha. O uso de materiais, como a madeira e o bambu, que podem mudar de acordo com o local onde a casa é implementada, além de reduzir os gastos com o transporte, reforçam a associação com a cultura da região.
A estrutura da casa é formada principalmente por peças de madeira maciça certificada e placas de OSB (produzidas através do reaproveitamento de restos de madeira) que formam painéis estruturais com lã de vidro (que também é produzida a partir da reciclagem de vidro) em seu interior. Além disso é utilizado um isolante térmico de alto desempenho entre os painéis e o revestimento externo, composto de placas cimentícias. O alumínio, material reciclável de longa durabilidade, também é bastante utilizado na casa: na constituição da estrutura portante dos fotovoltaicos, da estrutura portante do deck e em várias outras estruturas da casa. O aço é utilizado na fundação da casa e em peças de ligação estrutural. As esquadrias são de PVC, que garante uma boa eficiência térmica e utiliza 30% de material reciclado para sua produção. Os vidros também são de alta eficiência, sendo duplos, com uma camada de gás em seu interior. Além disso, a casa foi concebida de modo a ser industrializável.
— A modernização da indústria da construção civil é necessária e urgente. Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento de propostas nacionais de edificações eficientes e mais sustentáveis, reduzindo o prazo de construção, a produção de rejeitos, o ciclo de vida dos materiais, a geração local de energia e a redução do consumo energético durante o seu uso e a reutilização de materiais ao fim do ciclo — encerra Bruna.
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