ESPORTES -- AQUÁTICO - Natação
Depois de quase um mês vendo seu nome envolvido com acusação de doping, brasileiro volta ao topo e, aos prantos, desabafa dentro da piscina em Xangai
Choro de campeão: Cielo se emociona ao conquistar o ouro nos 50m borboleta (Foto: Agência Reuters)
O pódio nesta segunda-feira foi completado por dois australianos. A prata ficou com Matthew Targett (23s28), e o bronze com Geoff Huegill (23s35). O francês Fred Bousquet chegou em quarto, com o tempo de 23s38.
Cielo vibra após a prova (Foto: Agência Reuters)
Choro após a glória
Antes de subir no bloco de partida, Cielo mudou seu ritual. Em vez de pegar a água da piscina para cuspir, usou o líquido que estava em sua garrafa. Secou o bloco com a toalha e ficou passando o pé, preocupado em não escorregar. O resto foi o de sempre: bateu forte no peito, fez o sinal da cruz, apontou para o céu e mergulhou para o ouro.
Com tempo de reação de 0s66, esteve sempre na frente. Não chegou a abrir grande vantagem, mas dominou a prova e deixou os rivais para trás. Bateu em primeiro, quebrando o gelo de um mês em que foi visto mais de terno do que de bermuda. Não demorou praticamente nada para cair a ficha.
Cielo sentou na raia e berrou muito com braços abertos para o alto. Chorou copiosamente. Desceu da raia e ficou olhando para o placar por quase dois minutos, como se ainda buscasse a confirmação de que estava no topo do mundo outra vez. Ganhou ali o reconhecimento do público, que começou a aplaudi-lo.
A hora da partida: o brasileiro salta para o ouro nos 50m borboleta (Foto: Agência Reuters)
Desde a primeira vez em que caiu na piscina em Xangai, Cielo parecia determinado a voltar ao topo, ainda que no nado borboleta, que não é sua especialidade. Ele foi o mais veloz das eliminatórias e da semifinal. Na decisão, manteve o ritmo e nadou para o ouro.
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