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domingo, 24 de julho de 2011

Bala de atirador da Noruega tinha alto poder de destruição, diz médico



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Afirmação foi feita por cirurgião-chefe de hospital onde vítimas são tratadas.
Ao todo, pelo menos 93 pessoas foram mortas nos ataques.




Do G1, com AP
 

][]*:=:*[][ O atirador suspeito de matar pelo menos 93 pessoas em dois ataques na Noruega utilizou balas especiais, que se desintegram dentro do corpo atingido e têm alto poder de destruição interna, segundo informou, neste domingo (23) o cirurgião-chefe de um hospital onde estão vítimas dos ataques.



Colin Poole disse à Agência Associated Press que cirurgiões que trataram 16 vítimas afirmaram ter recuperado apenas pequenos fragmentos de balas dos corpos das vítimas.

"É como se essas balas explodissem dentro do corpo. Toda a energia das balas é depositada dentro dos tecidos", disse Poole. "Elas causaram danos que são absolutamente horríveis."

Especialistas em balística disseram que esse tipo de munição, chamada de "dum-dum bullets", são mais leves e podem ser disparadas com muita precisão de variadas distâncias. Elas são normalmente usadas por caçadores de pequenos animais.


Poole, cirurgião neste hospital há 26 anos, disse que as balas produzem imagens confusas nos exames de raio-x. "Isso nos causou problemas extras para tratar os ferimentos. O efeito que essas balas causam é como se fossem milhões de alfinetadas."

A polícia da Noruega informou neste domingo (24) que subiu para 93 o número de mortos após a explosão na sede do governo e o tiroteio na ilha de Utoeya, em Oslo, na sexta.

"Oitenta e cinco pessoas foram confirmadas mortas no tiroteio na ilha", disse o porta-voz da polícia, Trine Dyngeland. O número de feridos não foi informado.

Equipes de emergência estão vasculhando a água com barcos e câmeras subaquáticas em busca de vítimas que tentaram fugir do atirador a nado.

Atirador afirmou que atuou sozinho
Questionado sobre rumores de que testemunhas teriam visto um segundo atirador na ilha, o porta-voz da polícia disse que não há relatos concretos de um segundo homem, "embora nenhuma possibilidade esteja excluída".

A polícia norueguesa informou que o suspeito disse em depoimento que atuou sozinho nos atentados. "Ele admitiu a autoria tanto dos tiros quanto da bomba, apesar de não se declarar culpado de um crime", disse o chefe da polícia, Sveinung Sponheim.

Motivação política

A polícia não confirmou oficialmente a identidade do principal suspeito, que a mídia da Noruega revelou como sendo o norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, que teria ligações com a extrema-direita do país.

"Eu acho que o que nós vimos hoje é que a violência motivada pela política é uma ameaça à sociedade e pedimos à polícia uma detalhada e efetiva investigação, que ainda está em andamento", disse neste sábado o ministro de Relações Exteriores Jonas Gahr Store.

O suspeito está colaborando com a polícia, disse o chefe da polícia Roger Andresen, durante uma entrevista coletiva.

Um homem com uma faca no bolso foi detido do lado de fora de um hotel onde o primeiro-ministro Jens Stoltenberg visitava sobreviventes e parentes de vítimas do atirador.

Ataques

Em Oslo, uma explosão quebrou várias janelas do prédio de 17 andares em que o premiê, Jens Stoltenberg, despacha, e danificou gravemente prédios em praticamente um quarteirão inteiro, incluindo o local onde funciona a redação do jornal de grande circulação "Verdens Gang" (VG).

Na ilha de Utoeya, na periferia da capital, um atirador abriu fogo em um acampamento de verão de jovens do Partido Trabalhista, com cerca de 700 participantes. A polícia afirmou que foram encontrados explosivos não detonados na ilha.

De acordo com testemunhas, o autor da matança se apresentou na colônia de férias vestido de policial, afirmando ser responsável pela segurança dos participantes após a explosão ocorrida horas antes. Várias testemunhas disseram que ele usou um fuzil automático no ataque.

Bomba

Antes deste incidente, uma bomba explodiu em Oslo, destruindo prédios do governo em um quarteirão inteiro e deixando mortos e feridos.

A polícia pediu aos habitantes da capital que evitem as grandes concentrações e permaneçam em casa em função da situação de emergência.

A imprensa relatou que poderia haver outras bombas na região, mas nenhuma explosão posterior foi registrada.

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