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quarta-feira, 30 de março de 2022

Surpresa em Plutão: vulcões de gelo indicam que planeta anão é mais 'vivo' do que pensavam pesquisadores

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Série de vulcões de gelo foi identificada usando dados da sonda New Horizons, da Nasa. Achado indica que planeta anão é mais geologicamente vivo do que pensavam cientistas.
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Por g1

Postado em 30 de março de 2022 às 10h10m

Post.- N.\ 10.269

Uma visão em perspectiva da região vulcânica gelada de Plutão. Imagem é baseada em dados de 2015 da sonda New Horizons da NASA. — Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/Isaac Herrera/Kelsi Singer/REUTERS
Uma visão em perspectiva da região vulcânica gelada de Plutão. Imagem é baseada em dados de 2015 da sonda New Horizons da NASA. — Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/Isaac Herrera/Kelsi Singer/REUTERS

Uma série de vulcões de gelo em forma de domo foi identificada em Plutão, estruturas diferentes de qualquer outra coisa conhecida no nosso sistema solar.

Os vulcões, que ainda podem estar ativos, foram identificados no planeta anão por meio de dados da sonda New Horizons, da Nasa, que fez um sobrevoo em Plutão em 2015.

O achado mostra que este mundo gélido remoto é mais dinâmico do que os cientistas imaginavam.

Encontrar essas características indica que Plutão é mais ativo, ou geologicamente vivo, do que pensávamos anteriormente, disse a cientista planetária Kelsi Singer, do Southwest Research Institute em Boulder, Colorado, principal autora do estudo publicado na revista Nature Communications.

Segundo os cientistas, esses criovulcões --que podem chegar a número de 10 ou mais-- chegam de 1 a 7km de altura. Ao contrário dos vulcões da Terra que expelem gases e rochas derretidas, os criovulcões deste planeta anão expelem grandes quantidades de gelo, aparentemente água congelada em vez de algum outro material congelado, que podem ter a consistência de pasta de dente, segundo os pesquisadores.

Características do cinturão de asteroides do planeta anão Ceres, as luas Encélado e Titã de Saturno, a lua Europa de Júpiter e a lua Tritão de Netuno também foram identificadas como criovulcões. Mas todas elas diferem das de Plutão, disseram os pesquisadores, devido a diferentes condições de superfície, como temperatura e pressão atmosférica, bem como diferentes misturas de materiais gelados.

A combinação dessas características sendo geologicamente recente, cobrindo uma vasta área e provavelmente sendo feita de gelo de água é surpreendente porque requer mais calor interno do que pensávamos que Plutão teria nesta fase de sua história, acrescentou Singer.

Plutão, que é menor que a lua da Terra e tem um diâmetro de cerca de 2.380 km, orbita aproximadamente a 5,8 bilhões de km do Sol, cerca de 40 vezes mais longe que a órbita da Terra. Sua superfície apresenta planícies, montanhas, crateras e vales.

New Horizon capta imagem de Plutão. — Foto: NASA/JHU-APL/SWRI
New Horizon capta imagem de Plutão. — Foto: NASA/JHU-APL/SWRI

Imagens e dados analisados ​​no novo estudo, obtidos em 2015 pela New Horizons, validaram hipóteses anteriores sobre criovulcanismo em Plutão.

O estudo encontrou não apenas extensas evidências de criovulcanismo, mas também de longa duração, não um único episódio, disse o cientista planetário do Southwest Research Institute Alan Stern, investigador principal da New Horizons e coautor do estudo.

"O que é mais fascinante sobre Plutão é que é tão complexo - tão complexo quanto a Terra ou Marte, apesar de seu tamanho menor e grande distância do Sol", declarou Stern. Esta foi uma verdadeira surpresa do sobrevoo da New Horizons, e o novo resultado sobre criovulcanismo enfatiza isso de maneira dramática.

Como a Terra e os outros planetas do nosso sistema solar, Plutão se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos. Com base na ausência de crateras de impacto que normalmente se acumulariam ao longo do tempo, parece que seus criovulcões são relativamente recentes - formados nas últimas centenas de milhões de anos.

"Isso é jovem em uma escala de tempo geológica. Como quase não há crateras de impacto, é possível que esses processos estejam em andamento mesmo nos dias atuais", afirmou Singer.

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