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Em São Paulo, quase nove a cada dez pessoas que precisaram ser hospitalizadas não tinham completado a vacinação. Já o número de óbitos pela doença foi quase 15 vezes maior entre os não imunizados.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por Jornal Nacional
Postado em 05 de outubro de 2021 às 23h40m
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Três estudos mostram que maioria de casos graves e mortes por Covid é de pessoas sem vacinação completa
A eficácia das vacinas já se comprova do lado de fora dos hospitais, onde está a maior parte da população vacinada. Um estudo inédito do Instituto de Infectologia Emílio Ribas acompanhou pacientes internados por complicações de Covid no estado de São Paulo. De janeiro a 15 de setembro deste ano, foram 1.172 internações. Quase nove em cada dez que precisaram de hospital não tinham completado a vacinação. Já o número de óbitos pela doença foi quase 15 vezes maior entre os não imunizados.
“Chama muito a atenção o número muito importante de internações confirmadas por Covid em indivíduos ainda não vacinados”, destaca Ana Freitas Ribeiro, médica do Instituto Emílio Ribas.
Olhando de perto o perfil dos vacinados que precisaram de internação, 83% tinham doenças pré-existentes. Ainda assim, menos da metade precisou de UTI.
“É muito bom para que aquelas pessoas que ainda tenham dúvidas em tomar sua vacina ou que estejam com seu calendário atrasado - tomou primeira, falta segunda, falta reforço - que procurem as unidades de saúde e faça sua vacinação”, diz Ana Freitas Ribeiro.
Um outro estudo da Fiocruz, de Mato Grosso do Sul, faz coro. A partir de dados nacionais, os pesquisadores traçaram o perfil de pacientes que não sobreviveram à Covid entre 1° e 26 de setembro. Na população até 59 anos, só 12% dos que morreram tinham completado o esquema de vacinação. Na mesma faixa etária, os não totalmente vacinados somaram 85% do total de mortos.
“A gente tem uma população grande de pessoas que, infelizmente, vieram a óbito com apenas uma dose da vacina. Então, é importante reforçar que a proteção máxima é com 14 dias pós a segunda dose de vacina”, ressalta Júlio Croda, médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz.
No mundo todo, o surgimento de novas variantes do coronavírus trouxe preocupações. No Brasil, os dados mostram que, mesmo diante da delta, que tem maior capacidade de transmissão, o número de mortes está caindo, e que as vítimas fatais são principalmente pessoas que não completaram o esquema de vacinação.
A Universidade Federal de Minas Gerais olhou de perto a evolução da doença em infectados por diferentes variantes internados no estado. Entre os pacientes que não sobreviveram, 67% não estavam vacinados; 22% tinham apenas uma dose ou menos de 15 dias da segunda; e apenas 11% completaram o esquema de vacinação contra a Covid.
"A gente tem que pensar que toda vez que um vírus encontra uma barreira, que é uma pessoa vacinada, diminui sua chance de transmissão. Então, quanto maior número de pessoas que estiverem vacinadas, menor vai ser a circulação do vírus na nossa população, e muito mais fácil de a gente controlar a pandemia de Covid-19”, explica o virologista da UFMG Renato Santana.
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