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terça-feira, 16 de abril de 2019

Participação de produtos importados no consumo do país é a maior desde 2011, diz CNI

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Coeficiente de penetração das importações passou de 17,1% para 18,4% em 2018.

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Por G1 

Postado em 16 de abril de 2019 às 15h25m 

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Movimentação de cargas no Porto de Santos, em São Paulo — Foto: Porto de Santos/DivulgaçãoMovimentação de cargas no Porto de Santos, em São Paulo — Foto: Porto de Santos/Divulgação

A participação de produtos importados no consumo dos brasileiros aumentou 1,3 ponto percentual em relação a 2017 e alcançou 18,4% em 2018, o maior nível desde 2011, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que realizou pesquisa com as empresas do setor.

Trata-se do segundo ano consecutivo de alta do indicador, o que mostra que a indústria brasileira segue perdendo competitividade e, consequentemente, mercado para os concorrentes estrangeiros.

Coeficiente de penetração das importações
Em % do consumo nacional
Created with Highcharts 5.0.9181818,818,8181818,218,217,817,816,716,716,516,517,117,118,418,420102011201220132014201520162017201805101520
Fonte: CNI

Desde 2003, esse é o segundo maior valor do indicador, perdendo apenas para os 18,8% registrados em 2011, destacou a CNI.

O aumento do coeficiente de penetração das importações ocorreu apesar da desvalorização do real no período, que encarece os produtos importados frente aos nacionais, afirma o estudo.

Entre os 23 setores da indústria de transformação analisados, apenas três registraram queda no consumo de importados e ganharam espaço no mercado doméstico entre 2017 e 2018: o de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (queda de 2,1 pontos percentuais), o de celulose e papel (recuo de 0,4 ponto percentual) e o de bebidas (redução de 0,3 ponto percentual).

Já o coeficiente de insumos industriais importados, que mede a participação dos insumos importados na produção da indústria, subiu de 23,1% em 2017 para 24,3% em 2017, atingindo o maior valor desde 2014, quando era de 25,9%. Dos 19 setores da indústria de transformação, apenas três – metalurgia, químico, e impressão e reprodução – reduziram a proporção de insumos importados.
O coeficiente de exportação, que mede a importância do mercado externo para a indústria, ficou praticamente estável, passando de 15,7% em 2017 pata 15,8% em 2018. 

Tal comportamento deve-se, sobretudo, à recuperação da produção doméstica, que praticamente acompanhou o aumento das exportações, afirma o estudo.

Já o coeficiente de exportações líquidas, que mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de insumos industriais, caiu de 6,5% em 2017 para 5% em 2018 em valores correntes.

CNI

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