Oito meninos já deixaram a caverna Tham Luang e passam bem. Cinco pessoas ainda permanecem na cavidade subterrânea, onde entraram no dia 23 de junho.
Mais quatro meninos foram retirados da caverna Tham Luang, na Tailândia, subindo para oito o número de resgatados, na manhã desta segunda-feira (9), 2º dia das operações de salvamento. Cinco pessoas ainda permanecem na cavidade subterrânea, onde entraram no dia 23 de junho.
Os quatro garotos passam bem e foram levados para o hospital da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70 km da caverna. Inicialmente, o governo tinha previsto a retirada de três meninos neste segundo dia de resgate, mas, com base no sucesso da operação do domingo, mais quatro foram trazidos à superfície nesta segunda.
“Nós estamos muito felizes de resgatar mais quatro”, afirmou o governador da província de Chiang Rai e coordenador da célula de crise, Narongsak Osatanakorn.
Os nomes dos resgatados não foram divulgados oficialmente. As cinco pessoas que ainda estão nas galerias subterrâneas estão em bom estado de saúde.
Mais três dias
O comandante das Forças Armadas tailandesas afirmou que em mais três dias todo o grupo estará fora da caverna.
Apesar de o segundo dia de resgate ter corrido bem, a próxima fase "vai depender de todas as condições", segundo o vice-comandante do Exército da Terceira Região do Exército da Tailândia.
Os trabalhos desta segunda foram retomados após mais de 10 horas de intervalo após o fim da primeira fase, porque era preciso repor o estoque de oxigênio da caverna.
A operação de resgate é bastante complexa e perigosa: as galerias subterrâneas estão completamente escuras. O grupo precisa atravessar um trecho inundado e depois percorrer outro com um relevo bastante acidentado. Alguns dos meninos não sabem nadar. Todos precisaram aprender técnicas de mergulho às pressas.
O resgate é uma corrida contra o relógio, devido à expectativa de chuvas fortes nos próximos dias, que podem voltar a inundar perigosamente as galerias subterrâneas.
Bom estado de saúde
Como os meninos passaram um longo período de jejum forçado, as autoridades temiam o estado de saúde deles. Porém, os oito primeiros resgatados chegaram à superfície em segurança e em bom estado de saúde.
Os quatro resgatados no domingo permanecem internados no hospital de Chiang Rai em quarentena para evitar possíveis infecções. As autoridades estudam liberar a visita dos pais, segundo a CNN. Os garotos estavam com fome e pediram para comer um prato à base de arroz.
Os mesmos especialistas que participaram da primeira etapa de salvamento no domingo (8) retornaram à caverna. No sábado, Osottanakorn afirmou que 90 mergulhadores - 50 estrangeiros e 40 tailandeses - participaram da operação de domingo. Ele ajudaram a conduzir o grupo pelos trechos inundados da caverna Tham Luang, que está complemente no escuro.
Boas condições para o resgate
Mais cedo, o governador da província de Chiang Rai e coordenador da célula de crise, Narongsak Osatanakorn, afirmou que os trabalhos desta segunda começaram às 11h (no horário local, 1h de Brasília) e que as autoridades "esperam ouvir boas notícias nas próximas horas".
"Todas as condições ainda são tão boas quanto eram ontem. Estamos prontos como antes. Faremos isso mais rápido porque temos medo da chuva", disse Narongsak em entrevista coletiva.
No entorno da montanha, ambulâncias e helicópteros esperam pelos garotos. No domingo, após voltar à superfície os meninos foram para um hospital improvisado, montado perto da gruta, onde passaram pelos primeiros exames físicos. Depois, seguiram para o hospital da província de Chiang Rai.
O time de futebol "Javalis Selvagens", integrado por 12 meninos com idades entre 11 e 16 anos e seu técnico de 25 anos, passou nove dias nas profundidades da caverna até que dois mergulhadores britânicos localizaram o grupo na segunda-feira (2). Abatidos, eles estavam sobre uma rocha a mais de quatro quilômetros da entrada da gruta.
Medo da tempestade
No início, as autoridades estudaram deixar o grupo dentro da caverna até o fim da estação chuvosa - o que significava que eles poderiam ficar presos por até quatro meses. Porém, o bombeamento constante de água para fora da cavidade e a interrupção das fortes chuvas contribuíram para que o nível da água abaixasse, possibilitando o resgate.
Uma das maiores preocupações das autoridades era a condição climática na região: nuvens escuras - típicas desta época do ano - permanecem sobre o norte montanhoso do país.
Choveu fraco neste domingo na região, porém a previsão do tempo indica que uma tempestade se aproxima e deve chegar à região da caverna em até 3 dias. Uma tempestade inundaria ainda mais a galeria e tornaria a situação ainda mais dramática.
A queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes abreviar o resgate.
As equipes começaram a esvaziar a área para a operação de resgate ainda no fim da noite de sábado. Foram desobstruídas a área no entorno da entrada caverna e também as estradas de acesso à região. Os mais de 1000 jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da caverna.
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