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Por causa da degradação, o rio não produz peixe, nem irriga como antes.
Conheça as inúmeras causas do empobrecimento do rio.
Edição do dia 13/03/2016
13/03/2016 09h15 - Atualizado em 13/03/2016 09h15Postado às 09h40m
O São Francisco está empobrecendo. Não produz mais peixe, nem irriga, nem produz eletricidade como antes. A capacidade de geração de energia, por exemplo, caiu quase 40% desde 2002.
Já disseram que o São Francisco é um presente de Minas para o Nordeste brasileiro, mas hoje, fica até difícil apontar a principal entre tantas causas da degradação do rio.
O São Francisco já foi sinônimo de peixe. Para ver como está a situação agora, pesquisadores ligados à UFMG mergulharam em suas águas de ponta a ponta. Do Alto São Francisco, registraram a ocorrência de bagres, lambaris, tamaranas, traíras, piaus, cascudos, sendo de corimbas os cardumes mais frequentes. Na criteriosa investigação, no entanto, não lograram encontrar espécies que antes povoavam também uma parte do rio, como contam os pescadores antigos.
O São Francisco desce das nascentes da Canastra trazendo as marcas do garimpo de diamantes, das voçorocas e da poluição dos esgotos. Depois da serra, ele pega uma longa planície e na altura do município de Lagoa da Prata, ele sofre uma verdadeira amputação.
Depois das turbulências da descida, o rio se dava remanso, um momento para acalmar as águas. Serpenteava por sete curvas, porém no início dos anos 80, seu curso foi retificado com a abertura de um canal. Um percurso de 7,5 quilômetros foi encurtado para 350 metros e as consequências disso é a formação de corredeiras, que cortam como lâmina a planície e ‘comem’ dezenas de metros das margens.
Vários crimes foram cometidos nessas décadas, o rio não dava voltas à toa, tinha a função ecológica fundamental de alimentar uma grande quantidade de lagoas marginais.
É na lagoa marginal que o alevino tem chance de escapar dos predadores e se desenvolver para, na cheia, passar a viver no rio.
As lagoas foram drenadas, trechos da borda bem na margem do rio foram arrebentados, comportas foram instaladas e no assoalho delas, valos foram abertos para um contínuo esvaziamento, já que esses fundos são coalhados de olhos d'água. Nascentes agora são impactadas pelo pisoteio do gado.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e conheça um processo que tramita no Ministério Público visando a renaturalização do Rio São Francisco.
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Rio São Francisco sofre com a redução do volume d’água
O São Francisco é o maior rio brasileiro inteiramente nacional.
A bacia supera o tamanho da maioria dos países europeus.
Edição do dia 13/03/2016
13/03/2016 09h00 - Atualizado em 13/03/2016 09h00Postado às 09h40m
Sede na estiagem. Disso padece, especialmente, o maior rio brasileiro inteiramente nacional: o São Francisco. A bacia do São Francisco é enorme. Supera o tamanho da maioria dos países europeus.
Ocupa toda uma área onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas. O Globo Rural, junto com o projeto Globo Natureza, destacou quatro repórteres para cobrir o baixo, o médio e o alto São Francisco.
Quando se entrega ao Atlântico, na divisa com Alagoas com Sergipe, o rio até parece um mar chegando a outro mar. Embrenhando no seu leito, 2.863 mil km, que atravessa cinco estados, se chega ao berço do São Francisco, na Serra da Canastra, em Minas Gerais. No Parque Nacional da Canastra, o local nascente do rio é bastante visitada.
A pouco mais de 20 km de onde nasce, o rio começa a dar espetáculo se esparramando pela escadaria de pedra formando uma torrente de cascata. Depois de formar uma piscina natural, o rio forma sua primeira cachoeira, a Casca d'Anta, com quase 200 metros de altura.
O geólogo Edézio Teixeira de Carvalho dá uma hipótese, já que a geologia não é uma ciência exata, de como teria se formado o rio São Francisco. Segundo ele, o ‘escultor’ é o processo geológico que se formou há milhões de anos atrás, quando a África e as Américas ainda eram parte da imensa massa de terra chamada Gondwana.
O rio também é emissário de esgoto e o impacto começa logo no leito do rio, que recebe o chorume do município de São José do Barreiro. São dejetos de cerca de 500 pessoas. O tratamento do esgoto na região é recente. Ao longo do seu curso, o rio vai receber esgoto in natura de mais de 10 milhões de pessoas.
Outro impacto foi o garimpo, que só terminou por volta do ano 2000, conforme mostra o vídeo com a reportagem completa.
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