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Fapesp, Boeing e Embraer iniciam estudos para desenvolver alternativas para o setor, que pretende reduzir suas emissões de gases-estufa.
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Em um ano, serão realizados oito workhops para coleta de dados com pesquisadores, integrantes da cadeia de produção de biocombustíveis, além de representantes do setor de aviação e do governo. O primeiro deles termina nesta quinta-feira, em São Paulo. Em seguida, haverá uma chamada de propostas para o estabelecimento de um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial envolvendo as três instituições.
- Ainda não temos uma perspectiva de em quanto tempo teremos biocombustíveis produzidos em escala comercial e que possam ser utilizados na aviação de forma global, e não prevemos que no futuro próximo haverá a substituição completa do combustível fóssil utilizado na aviação por biocombustíveis - disse Mauro Kern, vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer, em nota divulgada pela Fapesp.
O etanol, combustível cuja produção é conhecida no Brasil, não é o ideal para a aviação. Por isso será necessário dar um salto tecnológico que possibilite o desenvolvimento de um biocombustível viável comercialmente, obtido a partir do estudo de diferentes matérias-primas.
- A grande vantagem de estar realizando esse tipo de pesquisa no Brasil é que o país tem experiência na utilização da cana-de-açúcar, usando uma fonte renovável de combustível. Podemos aprender e utilizar essa experiência para aplicar na área de aviação - afirmou Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil.
Os pesquisadores vão aprofundar cinco linhas de pesquisa: “Biomassa para bioenergia” (com foco em cana-de-açúcar), “Processo de fabricação de biocombustíveis”, “Biorrefinarias e alcoolquímica”, “Aplicações do etanol para motores automotivos: motores de combustão interna e células a combustível” e “Pesquisa sobre sustentabilidade e impactos socioeconômicos, ambientais e de uso da terra”.
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