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Posição brasileira agradou americanos e europeus; moção foi aprovada pela Assembleia-Geral.
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22 de novembro de 2011 | 15h 55
Gustavo Chacra, correspondente
Na primeira vez em que a resolução foi a votação no conselho, o Brasil optou pela abstenção. Desta vez, na assembleia, a administração de Dilma Rousseff decidiu votar em acordo com os Estados Unidos e seus aliados europeus na condenação à Síria.
Durante a manhã, o voto dos brasileiros era considerado um mistério para diplomatas estrangeiros. Inclusive, minutos antes da votação, o Brasil se absteve em uma moção para impedir que a resolução fosse levada a plenário. Esta posição parecia indicar uma abstenção também na condenação aos sírios, como havia feito em relação ao Irã no dia anterior. No fim, o voto do Brasil provocou uma surpresa e agradou aos Estados Unidos e à União Europeia.
A abstenção brasileira, assim como a de dezenas de nações, na moção se deve à avaliação de que o Conselho de Direitos Humanos em Genebra, e não a Assembleia-Geral em Nova York, seja o fórum adequado para julgar a questão. Porém, uma vez mantida a votação, os brasileiros decidiram se posicionar de forma favorável à moção, atitude vista como contraditória por diplomatas de outros países.
Apoio a Assad
Apesar da derrota, os sírios ainda mantêm apoio em diferentes partes do mundo, especialmente do movimento dos não-alinhados. Os representantes da Venezuela, Cuba, Nicarágua, Irã e Vietnã discursaram em defesa de Assad.
Nos debates anteriores à votação, o embaixador da Síria atacou a Arábia Saudita, ironizando a monarquia de Riad por apoiar uma resolução de direitos humanos. "Como eles podem nos condenar quando levamos em conta a forma como eles tratam as minorias religiosas e as mulheres", questionou o representante sírio.
Até agora, as forças de segurança da Síria já mataram 3,5 mil pessoas na repressão à oposição. As milícias opositoras, por sua vez, são responsáveis por mais de mil mortes de membros das forças de segurança. O governo de Assad culpa "grupos armados e terroristas" pela onda de violência no país.
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