09/08/2011 15h26 - Atualizado em 09/08/2011 16h02
ECONOMIA -- NOTÍCIAS
Juros devem permanecer excepcionalmente baixos até 2013, diz Fed.
Crescimento tem sido 'consideravelmente menor' do que o comitê esperava.
No comunicado - que era muito aguardado pelo mercado financeiro - o Fed indicou que os riscos de piora da economia aumentaram.
A reunião de hoje do Fed ganhou ainda mais importância após a agência classificadora Standard and Poor's rebaixar a nota do EUA de AAA para AA+, em uma decisão inédita.
Após o rebaixamento, bolsas derreteram pelo mundo e os mercados viveram um dia de pânico só visto ao longo de 2008, em meio à crise internacional que arrastou economias para a recessão.
Depois do comunicado do Fed, as bolsas começaram a perder os ganhos do dia.
O comunicado saiu às 15h15. Antes deste horário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a ter alta de mais de 4%, mas, às 15h48, a alta já havia caído para 0,72%, aos 49.018 pontos.
EUA crescem menos
Em comunicado, o Fed afirmou que as informações analisadas pelo Fomc (o comitê de política monetária dos EUA) desde junho indicam que o crescimento da economia tem sido “consideravelmente menor” do que o comitê esperava.
“Indicadores sugerem uma deterioração das condições do mercado de trabalho nos últimos meses, e a taxa de desemprego aumentou”, afirmou o comitê do banco central dos Estados Unidos. “Os gastos das famílias foi “achatado”, o investimento em estruturas não-residenciais ainda é fraco, e o setor de habitação continua deprimido”, diz o comunicado.
Segundo o comitê, as condições econômicas deterioradas devem garantir a manutenção das taxas de juros em nívels "excepcionalmente baixos" pelo menos até meados de 2013.
Nada muda nos juros
O Fed mantém o juro básico entre zero e 0,25% ao ano desde dezembro de 2008. Em junho, Ben Bernanke, presidente da instituição, disse que o Fed "estaria preparado para tomar medidas adicionais, obviamente se as condições fossem adequadas, incluindo a compra de mais ativos do Tesouro".
Não está claro se a decisão, que não envolveu nenhuma promessa de compras de títulos, será suficiente para colocar um piso no mercado de ações dos Estados Unidos, que já caiu mais de 15% nas últimas duas semanas.
Decepção para mercados
O comunicado do Federal Reserve decepcionou os mercados, que esperavam uma nova rodada de estímulo econômico, com a compra de mais ativos do Tesouro, para "injetar" mais recursos na economia.
Antes desta quarta, na última reunião do Fed, as autoridades afirmaram que esperam que a economia vá aquecer na segunda metade do ano, após desaceleração na primavera deste ano. Mas, as perspectivas para o emprego e a inflação estão incertas, dado o crescimento lento e um aumento dos preços da energia este ano.
As bolsas de todo o mundo iniciaram a semana sob forte turbulência. Nesta segunda-feira (8), os mercados operam com fortes quedas – e a preocupação de todos é com algumas das maiores economias do mundo.
Os temores de que os problemas fiscais nos Estados Unidos e em várias economias europeias levem a um menor crescimento mundial leva os investidores a “fugirem” das ações, consideradas ativos de maior risco, e faz os preços caírem.
** Com informações da Reuters e do Valor Online
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