AUTOMOBILÍSMO -- \ -- COLECIONADORES
Coleção de pai e filho de Nova Friburgo (RJ) começou com um Bel Air 1954.
Em SP, pai coloca ano de nascimento do filho na placa de BMW raro.
#=:\$/:=# No Dia dos Pais do ano passado, quem ganhou o presente foi o filho. O aposentado José Thedin, de 70 anos, surpreendeu Jéfferson Thedin, 48 anos, com um Chevrolet 1941 DeLuxe Sport Coupé. O clássico raro hoje faz parte da coleção de quase 20 ‘joias’ sobre rodas que os dois cultivam com carinho há mais de 30 anos na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Mas ao contrário do que normalmente acontece, quando os gostos e costumes dos pais são transferidos quase que naturalmente para os filhos, o vício dos dois teve início ao mesmo tempo. “Minha admiração pelos antigos começou quando eu tinha apenas 15 anos e meu pai comprou um Chevrolet Bel Air 1954 preto”, relembra Jéfferson, empresário do ramo de transportes. Naquele mesmo dia, ao ver a reação do filho, o entusiasmo pelos clássicos aflorou em José.
Desde então – e por aí se vão exatos 33 anos -, eles reuniram um belo acervo com 18 automóveis, entre Vemag Vemaguete, Ford V8 1940, Karmann Guia 1969 conversível original (foram feitas apenas 173 unidades), Jeep de guerra 1942, Fusca (como não poderia ser diferente), entre outros.
No entanto, um em especial - além dos Cadillacs – tem um espaço especial nas lembranças de Jéfferson: o Aero Wyllis 1966. “Meu pai arrematou o veículo em um leilão em Juiz de Fora (MG) e me deu as chaves para levá-lo para casa”, revela o filho, que, segundo José, sempre tomou a frente das ações. “Ele era quem lavava os carros, arrumava as peças que não eram originais e acertava a documentação”, detalha o pai.
Para manter a coleção tinindo, a família Thedin toma inúmeros cuidados com os clássicos. “O mecânico liga os carros de 30 em 30 dias. Todos ficam cobertos durante uma parte do dia e descobertos depois para que a tinta ‘respire’. Eles ficam em cavaletes um período para não forçar a suspensão ou danificar os pneus. O óleo do motor é trocado a cada um ano”, explica Jéfferson.
Pelo jeito, a coleção não vai parar de crescer. Questionado se vai dar continuidade ao acervo do pai e do avô, o pequeno Caio Curty Thedin, de 8 anos, foi direto: “Vou sim! Quero aprender a dirigir e quero que o papai e o vovô me ensinem.”
BMW, Fusca e o número 1978
Manuel Moreira da Rocha, de 67 anos, tem no sangue lusitano – nasceu na pequena aldeia de Castelo de Paiva, em Portugal – um pouco de ferrugem também. Aficionado pelos antigos, tem na garagem de casa, em São Paulo (SP), um raro BMW 1600i (1972) de duas portas impecável. “Comprei de um ‘patrício’ que veio da Angola fugido da guerra. Avisaram que estavam matando todos na aldeia dele e ele veio de navio para cá”, explica Rocha, que pagou, em 1977, o preço de um Chevrolet Opala zero-quilômetro da época.
O carro passou a fazer parte da família. Tanto que um ano depois nasceu Thiago Rocha, um de seus filhos. O pai então foi buscar a mulher e o novo herdeiro no hospital com o raro exemplar alemão. E, como homenagem ao ano especial, ao trocar a placa ainda amarela, Rocha não escolheu os números 1978.
Após muitos passeios pelo BMW na infância, Thiago também contraiu a ‘praga’ do carro antigo e, em 2000, ganhou um Volkswagen Fusca 1963 azul. “Ele nunca foi um carro ruim, mas resolvemos restaurá-lo depois de um tempo. Atualmente ele tem placa preta”, revela o filho de Rocha. “Era, assim como o BMW, de um amigo português do meu pai.”
Na família Rocha são apenas esses dois antigos – não uma coleção como a dos Thedin. Mas há planos de ampliar esse pequeno acervo. “Gosto dos carros da Mercedes-Benz. Quero um 190D do ano de 1989”, diz o pai. “Eu quero, quem sabe, outro Fusca mesmo”, completa Thiago.
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José Thedin (direita), Jéfferson Thedin e o Chevrolet 1941 DeLuxe Sport Coupé (Foto: Arquivo pessoal)
Mas ao contrário do que normalmente acontece, quando os gostos e costumes dos pais são transferidos quase que naturalmente para os filhos, o vício dos dois teve início ao mesmo tempo. “Minha admiração pelos antigos começou quando eu tinha apenas 15 anos e meu pai comprou um Chevrolet Bel Air 1954 preto”, relembra Jéfferson, empresário do ramo de transportes. Naquele mesmo dia, ao ver a reação do filho, o entusiasmo pelos clássicos aflorou em José.
Chevrolet 1941 DeLuxe Sport Coupé (Foto: Arquivo pessoal)
No entanto, um em especial - além dos Cadillacs – tem um espaço especial nas lembranças de Jéfferson: o Aero Wyllis 1966. “Meu pai arrematou o veículo em um leilão em Juiz de Fora (MG) e me deu as chaves para levá-lo para casa”, revela o filho, que, segundo José, sempre tomou a frente das ações. “Ele era quem lavava os carros, arrumava as peças que não eram originais e acertava a documentação”, detalha o pai.
Karmann Ghia, Fusca, Jeep e Bel Air são alguns dos modelos da coleção dos Thedin (Foto: Montagem/G1)
Pelo jeito, a coleção não vai parar de crescer. Questionado se vai dar continuidade ao acervo do pai e do avô, o pequeno Caio Curty Thedin, de 8 anos, foi direto: “Vou sim! Quero aprender a dirigir e quero que o papai e o vovô me ensinem.”
BMW, Fusca e o número 1978
Manuel Moreira da Rocha, de 67 anos, tem no sangue lusitano – nasceu na pequena aldeia de Castelo de Paiva, em Portugal – um pouco de ferrugem também. Aficionado pelos antigos, tem na garagem de casa, em São Paulo (SP), um raro BMW 1600i (1972) de duas portas impecável. “Comprei de um ‘patrício’ que veio da Angola fugido da guerra. Avisaram que estavam matando todos na aldeia dele e ele veio de navio para cá”, explica Rocha, que pagou, em 1977, o preço de um Chevrolet Opala zero-quilômetro da época.
Manuel Moreira da Rocha pagou o preço de um Opala novo no BMW 1600i (Foto: Arquivo pessoal)
Número 1978 é em homenagem ao ano de
nascimento do filho Thiago (Foto: Arquivo pessoal)
nascimento do filho Thiago (Foto: Arquivo pessoal)
Após muitos passeios pelo BMW na infância, Thiago também contraiu a ‘praga’ do carro antigo e, em 2000, ganhou um Volkswagen Fusca 1963 azul. “Ele nunca foi um carro ruim, mas resolvemos restaurá-lo depois de um tempo. Atualmente ele tem placa preta”, revela o filho de Rocha. “Era, assim como o BMW, de um amigo português do meu pai.”
Thiago Rocha ganhou o Fusca 1963 do pai em 2000. (Foto: Arquivo pessoal)
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