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Brasileiro brilha na piscina de Xangai; jovem Bruno Fratus fica fora do pódio
]=*//+\\*=[ Não importa se é o no Cubo d’Água, no Foro Itálico ou no Centro Esportivo Oriental.
Entre os seres vivos sem escamas ou barbatanas, Cesar Cielo continua sendo o mais veloz do planeta dentro d’água. Na final dos 50m, neste sábado, o brasileiro só precisou de 21s52 para engolir sete adversários de uma vez no Mundial de Xangai. No penúltimo dia de um mês tenso, que o obrigou a trancar as braçadas dentro de um terno enquanto se defendia da acusação de doping, foi buscar o ouro na prova favorita, o seu segundo na competição chinesa. Com ou sem supermaiô, ainda está para surgir alguém capaz de se mover mais rápido dentro de uma piscina.
Dono do melhor tempo da semifinal, o brasileiro Bruno Fratus, de apenas 22 anos, não conseguiu alcançar o pódio e bateu em quinto lugar. A prata ficou com o italiano Luca Dotto, que sequer ameaçou Cielo com 21s90. O terceiro degrau do pódio é do francês Alain Bernard, que tinha passado raspando com o oitavo tempo da semi, mas se recuperou na final e cravou 21s92.
Assim que bateu em primeiro, Cielo olhou para o placar. Não festejou tanto como no ouro dos 50m borboleta, que quebrava o gelo do julgamento por doping. Naquela primeira vitória, o brasileiro sentou na raia, gritou, chorou compulsivamente. O ouro era surpresa, numa prova que não é sua especialidade. Desta vez, apenas sorriu e foi cumprimentar Fratus, que vinha na raia ao lado. Tirou a touca e os óculos, saiu da piscina, apontou para o céu e acenou para a torcida. Com a tranquilidade de quem está se acostumando com a glória.
- A prova de 50m borboleta é mais tensa, não tenho experiência nela, nunca tinha nadado em campeonato internacional. Os 50m livre eu nado dormindo, se precisar. É a confiança que tenho de olhar para o fundo, saber a metragem em que eu estou, se vou aguentar passar sem respirar ou não. Então é uma prova bem mais tranquila, um cenário bem mais relaxado. Mesmo assim, a adrenalina da final pega bem forte – explicou o bicampeão mundial.
No pódio, ele segurou firme a briga contra o choro. Levantou os dois braços, sorrindo, e recebeu a medalha de Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Cumprimentou Bernard e Dotto antes de dar um grande suspiro para ouvir o hino. Ainda na introdução, olhou para os dois lados e deu um tchauzinho para alguém na arquibancada. Cantou a parte final do hino com um sorriso no rosto e os olhos cheios d’água. Ao deixar o pódio, ainda imitou os olhos puxados dos chineses, mostrando que estava em casa.
Supremacia no tiro curto
É a terceira vez seguida que Cielo vence os 50m livre nas grandes competições. Conquistou o ouro em Pequim-2008, Roma-2009, e agora Xangai-2011. Para completar, é o dono do recorde mundial da prova, com 20s91, na piscina do Clube Pinheiros, em São Paulo, em dezembro de 2009, pouco antes da proibição dos supermaiôs.
O bicampeão admitiu que a ausência de Fred Bousquet, eliminado na semifinal, facilitou sua tarefa neste sábado. Ele estava preocupado com o tempo de Bruno Fratus, o melhor da semi. O jovem de 22 anos, que nadou novamente com a bermuda emprestada por Cielo, após ver a sua rasgada na sexta-feira, não conseguiu repetir a performance na decisão, mas saiu satisfeito com a experiência e não vê a hora de cair na piscina de novo nas Olimpíadas de, em 2012.
- O tempo que fiz ontem dava para ter ficado em segundo. Mas valeu a experiência, é meu primeiro Mundial. No ano que vem, nas Olimpíadas, as coisas vão ser mais simples de lidar. Quero nadar de novo esta prova. Talvez tenha pesado um pouco o fato de estar na raia 4. Eu precisava que a bermuda rasgasse de novo – brincou Fratus.
É a quarta medalha de ouro do Brasil em Xangai. Ana Marcela Cunha abriu os trabalhos vencendo a maratona aquática de 25m; o próprio Cielo bateu em primeiro nos 50m borboleta; e Felipe França faturou o ouro nos 50m peito. A vitória de Cesar neste sábado é a primeira "olímpica" do país, já que as outras três provas não fazem parte do programa dos Jogos.
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Entre os seres vivos sem escamas ou barbatanas, Cesar Cielo continua sendo o mais veloz do planeta dentro d’água. Na final dos 50m, neste sábado, o brasileiro só precisou de 21s52 para engolir sete adversários de uma vez no Mundial de Xangai. No penúltimo dia de um mês tenso, que o obrigou a trancar as braçadas dentro de um terno enquanto se defendia da acusação de doping, foi buscar o ouro na prova favorita, o seu segundo na competição chinesa. Com ou sem supermaiô, ainda está para surgir alguém capaz de se mover mais rápido dentro de uma piscina.
Cesar Cielo olha para o placar e confirma: ainda é o homem mais rápido das piscinas (Foto: Reuters)
Assim que bateu em primeiro, Cielo olhou para o placar. Não festejou tanto como no ouro dos 50m borboleta, que quebrava o gelo do julgamento por doping. Naquela primeira vitória, o brasileiro sentou na raia, gritou, chorou compulsivamente. O ouro era surpresa, numa prova que não é sua especialidade. Desta vez, apenas sorriu e foi cumprimentar Fratus, que vinha na raia ao lado. Tirou a touca e os óculos, saiu da piscina, apontou para o céu e acenou para a torcida. Com a tranquilidade de quem está se acostumando com a glória.
- A prova de 50m borboleta é mais tensa, não tenho experiência nela, nunca tinha nadado em campeonato internacional. Os 50m livre eu nado dormindo, se precisar. É a confiança que tenho de olhar para o fundo, saber a metragem em que eu estou, se vou aguentar passar sem respirar ou não. Então é uma prova bem mais tranquila, um cenário bem mais relaxado. Mesmo assim, a adrenalina da final pega bem forte – explicou o bicampeão mundial.
Cielo cumprimenta Fratus após a prova: a dobradinha de semifinal não se repetiu (Foto: Reuters)
Final - 50m livre | Tempos |
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1. Cesar Cielo (BRA) | 21s52 |
2. Luca Dotto (ITA) | 21s90 |
3. Alain Bernard (FRA) | 21s92 |
4. Nathan Adrian (EUA) | 21s93 |
5. Bruno Fratus (BRA) | 21s96 |
6. Krisztian Takacs (HUN) | 21s99 |
7. George Bovell (TRI) | 22s04 |
8. Gideon Louw (RSA) | 22s11 |
Supremacia no tiro curto
É a terceira vez seguida que Cielo vence os 50m livre nas grandes competições. Conquistou o ouro em Pequim-2008, Roma-2009, e agora Xangai-2011. Para completar, é o dono do recorde mundial da prova, com 20s91, na piscina do Clube Pinheiros, em São Paulo, em dezembro de 2009, pouco antes da proibição dos supermaiôs.
O bicampeão admitiu que a ausência de Fred Bousquet, eliminado na semifinal, facilitou sua tarefa neste sábado. Ele estava preocupado com o tempo de Bruno Fratus, o melhor da semi. O jovem de 22 anos, que nadou novamente com a bermuda emprestada por Cielo, após ver a sua rasgada na sexta-feira, não conseguiu repetir a performance na decisão, mas saiu satisfeito com a experiência e não vê a hora de cair na piscina de novo nas Olimpíadas de, em 2012.
- O tempo que fiz ontem dava para ter ficado em segundo. Mas valeu a experiência, é meu primeiro Mundial. No ano que vem, nas Olimpíadas, as coisas vão ser mais simples de lidar. Quero nadar de novo esta prova. Talvez tenha pesado um pouco o fato de estar na raia 4. Eu precisava que a bermuda rasgasse de novo – brincou Fratus.
Dotto, Cielo e Bernard: mais uma vez, o brasileiro está no alto do pódio nos 50m livre (Foto: Agência Reuters)
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