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Essa é a segunda decisão seguida em que o BC norte-americano mantém as taxas inalteradas. Postura mais cautelosa reflete cenário de incertezas com o novo governo.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por André Catto, g1
Postado em 19 de Março de 2.025 às 15h25m
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Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington, EUA (maio/2020) — Foto: Kevin Lamarque / Reuters
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime, anunciada nesta quarta-feira (19), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.
Essa foi a segunda reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em janeiro, o colegiado citou a perspectiva econômica "incerta" e a atenção a riscos ao justificar sua posição.
Além de reiterar o cenário, o comitê afirmou no anúncio de hoje que as incertezas em torno das perspectivas econômicas aumentaram. (leia mais abaixo)
As decisões sobre as taxas de juros nos EUA geram efeitos no Brasil. Quando as taxas permanecem elevadas, há maior pressão para que a Selic, a taxa básica de juros brasileira, também permaneça alta por mais tempo. Além disso, há impactos no câmbio. (entenda também mais abaixo)
O anúncio desta quarta-feira foi o segundo desde que Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro. O cenário, porém, ficou mais adverso de lá para cá, diante da guerra tarifária promovida pelo republicano.
Economistas e agentes do mercado têm feito uma série de alertas sobre os impactos nos EUA das taxas aplicadas a outros países — em especial, contra os principais parceiros comerciais dos norte-americanos. Algumas tarifas estão em vigor. Outras, suspensas. Leia aqui.
Apesar de o objetivo central de Trump ser priorizar a indústria nacional, a cobrança de taxas sobre a importação de produtos encarece o custo de itens produzidos dentro dos EUA, o que tem potencial para elevar a inflação.
Além disso, a incerteza diante do vaivém tarifário e das ameaças do republicano tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de que a maior economia do mundo possa passar por um período de esfriamento econômico — ou, em cenários mais pessimistas, por uma recessão.
O que disse o Fomc
O comitê reiterou em seu comunicado que a atividade econômica continuou a se expandir "em um ritmo sólido", com taxa de desemprego estabilizada em níveis baixos e um mercado de trabalho igualmente sólido.
Diante do cenário, a inflação dos EUA "permanece um pouco elevada", citou o Fomc. Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou em 2,8% no acumulado em 12 meses, acima da meta de 2% do Fed.
Ainda segundo o comitê, as incertezas sobre o cenário econômico aumentaram.
"O Comitê busca alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza em torno das perspectivas econômicas aumentou. O Comitê está atento aos riscos em ambas as frentes de seu mandato duplo [de máximo emprego e controle da inflação]", disse, em comunicado.
O Fomc também declarou que "continuará monitorando as implicações das informações recebidas" e que está "preparado para ajustar a política monetária conforme necessário se surgirem riscos que possam dificultar o alcance das metas do Comitê".
Reflexos no Brasil
Juros elevados nos EUA aumentam o rendimento das Treasuries, os títulos públicos americanos.
Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, as Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que encaminham seus recursos para os EUA e dão força para o dólar.
Em outra perspectiva: o movimento tende a reduzir o volume de investimentos estrangeiros no Brasil, desvalorizando o real em relação à moeda norte-americana.
Além disso, dólar em nível elevado aumenta a pressão sobre a inflação por aqui, com reflexos no ciclo de alta de juros que o Copom tem aplicado.
Choque de juros e o que esperar de 2025
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