Economia subterrânea movimenta R$ 1,12 trilhão em 2019, valor semelhante às economias da Suécia e Suíça.
A economia informal avançou pelo 5º ano consecutivo no Brasil, segundo o Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Ibre/FGV. A chamada "economia subterrânea" movimentou R$ 1,12 trilhão ao longo do ano – o equivalente a 17,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e semelhante ao PIB de países como Suécia e Suíça.
A alta, de acordo com as entidades, é reflexo da crise econômica, iniciada em meados de 2014 e que reduziu o mercado de trabalho e a participação do setor formal da economia. No mercado de trabalho, por exemplo, a informalidade bateu recorde, atingindo 41,2% em outubro.
O indicador foi criado em 2003 para medir a chamada economia subterrânea, que consiste na produção e comercialização de bens e serviços que não é reportada oficialmente ao governo, e leva em conta tanto a sonegação quanto o descumprimento de regulamentações trabalhistas e previdenciárias.
Avanço da economia informal
Em % do PIB
Fonte: ETCO e FGV/Ibre
Com a nova alta registrada este ano, o indicador é o maior desde 2010, quando a economia informal equivalia a 17,6% do PIB.
Para Edson Vismona, presidente do Etco, para reverter esse quadro é necessária uma sólida recuperação do ambiente econômico e a melhora do relacionamento do fisco com o contribuinte, "simplificando procedimentos para os cidadãos que querem pagar seus impostos e autuando duramente os que estruturam sua atividade para sonegar impostos".
Alta do PIB
No terceiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 0,6% em comparação com o anterior, segundo dados divulgados no início do mês pelo IBGE – o equivalente a R$ 1,842 trilhão. Com isso, no acumulado em 12 meses a alta foi de 1%.
A expectativa é que a economia brasileira feche o ano com uma expansão de 1,12%, segundo previsões de economistas do mercado financeiro colhidas pelo Banco Central.
A expectativa é que a economia brasileira feche o ano com uma expansão de 1,12%, segundo previsões de economistas do mercado financeiro colhidas pelo Banco Central.
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