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- Normas de segurança levam ao fim da produção, 63 anos após o lançamento, na Alemanha
SÃO PAULO - Após décadas carregando todo tipo de carga, a famosa Kombi está se despedindo do mercado. Sua produção será encerrada em 31 de dezembro no Brasil, último lugar no mundo continua montando veículo da Volkswagen.
No México, penúltimo país a manter a montagem do modelo, a produção acabou em 1995. Na Alemanha, onde foi lançada em 1950, a fabricação foi até 1979, quando foi interrompida por não atender a requisitos de segurança, mesmo motivo pelo qual será descontinuada no Brasil.
As normas de segurança brasileiras determinam que a partir do ano que vem todos os veículos no país devem ter air bags e sistemas anti-bloqueio de travagem, e a montadora alemã diz que não pode mudar a linha.
Apesar disso, muitas e muitas Kombis continuarão sendo vistas em todo o mundo, incluindo nas ruas das cidades brasileiras, por décadas, pois a VW produziu mais de 10 milhões de unidades desde que o modelo foi lançado, há 63 anos, na Alemanha. Deste total, mais de 1,5 milhão foi produzido no Brasil desde 1957. O nome “Kombi” é uma abreviação para o “Kombinationsfahrzeug”, que significa “van de carga e de passageiros”.
Nos EUA e na Europa, a Kombi é muito associada aos hippies dos anos 60 e a surfistas desbravadores daquela época e de anos posteriores, especialmente na Califórnia, com seu interior cavernoso perfeito para transportar pranchas. Sua imagem está profundamente ligada à cultura pop.
Ela apareceu num álbum de Bob Dylan. E Steve Jobs disse ter vendido sua Kombi na década de 1970 para comprar uma placa de circuito quando construiu um computador – história que acabou se convertendo no lançamento da Apple.
— A van representa a liberdade — disse Damon Ristau, diretor do documentário “The Bus”, apelido carinhoso dos aficcionados para a perua, relação que é explorada no filme. — Ela tem uma magia e encanto que falta de outros veículos.
A Kombi é conhecida por sua durabilidade, mas também a por sua tendência a quebrar. Só mais um pretexto para os amantes do modelo reafirmarem seu encanto: o motor é tão simples e fácil de corrigir, argumentam, que dá um sentido mais profundo de propriedade.
Em regiões mais pobres, como América Latina e África, o veículo não carrega o mesmo apelo romântico. No Brasil, é usado pelos Correios, pelo exército e por agentes funerários. Já serviu como ônibus escolar e táxi de lotação, além de carrinhos de cachorro quente e outros lanches, após uma conversão.
— Pode haver carros mais seguros e mais modernos. Mas, para mim, a Kombi é o melhor para transportar a minha barraca e produtos para os seis feiras onde trabalhadores — disse o feirante Jorge Hanashiro, de 77 anos, proprietário de um modelo verde ano 1974. — É econômico, robusto e fácil de reparar.
No México, penúltimo país a manter a montagem do modelo, a produção acabou em 1995. Na Alemanha, onde foi lançada em 1950, a fabricação foi até 1979, quando foi interrompida por não atender a requisitos de segurança, mesmo motivo pelo qual será descontinuada no Brasil.
As normas de segurança brasileiras determinam que a partir do ano que vem todos os veículos no país devem ter air bags e sistemas anti-bloqueio de travagem, e a montadora alemã diz que não pode mudar a linha.
Apesar disso, muitas e muitas Kombis continuarão sendo vistas em todo o mundo, incluindo nas ruas das cidades brasileiras, por décadas, pois a VW produziu mais de 10 milhões de unidades desde que o modelo foi lançado, há 63 anos, na Alemanha. Deste total, mais de 1,5 milhão foi produzido no Brasil desde 1957. O nome “Kombi” é uma abreviação para o “Kombinationsfahrzeug”, que significa “van de carga e de passageiros”.
Nos EUA e na Europa, a Kombi é muito associada aos hippies dos anos 60 e a surfistas desbravadores daquela época e de anos posteriores, especialmente na Califórnia, com seu interior cavernoso perfeito para transportar pranchas. Sua imagem está profundamente ligada à cultura pop.
Ela apareceu num álbum de Bob Dylan. E Steve Jobs disse ter vendido sua Kombi na década de 1970 para comprar uma placa de circuito quando construiu um computador – história que acabou se convertendo no lançamento da Apple.
— A van representa a liberdade — disse Damon Ristau, diretor do documentário “The Bus”, apelido carinhoso dos aficcionados para a perua, relação que é explorada no filme. — Ela tem uma magia e encanto que falta de outros veículos.
A Kombi é conhecida por sua durabilidade, mas também a por sua tendência a quebrar. Só mais um pretexto para os amantes do modelo reafirmarem seu encanto: o motor é tão simples e fácil de corrigir, argumentam, que dá um sentido mais profundo de propriedade.
Em regiões mais pobres, como América Latina e África, o veículo não carrega o mesmo apelo romântico. No Brasil, é usado pelos Correios, pelo exército e por agentes funerários. Já serviu como ônibus escolar e táxi de lotação, além de carrinhos de cachorro quente e outros lanches, após uma conversão.
— Pode haver carros mais seguros e mais modernos. Mas, para mim, a Kombi é o melhor para transportar a minha barraca e produtos para os seis feiras onde trabalhadores — disse o feirante Jorge Hanashiro, de 77 anos, proprietário de um modelo verde ano 1974. — É econômico, robusto e fácil de reparar.
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