E a fortuna encolheu ...
BRASIL -- NOTÍCIAS
E C O N O M I A
[*$-:-$*] RIO - O tombo dos mercados internacionais tornou um pouco menos doce a vida de bilionário no Brasil, especialmente aqueles que têm seu patrimônio atrelado ao humores dos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Dez das pessoas mais ricas do país perderam somadas, este ano, R$ 30,8 bilhões com a queda das ações de suas empresas no mercado. É como se lhes escorresse entre os dedos uma BRF-Brasil Foods, a dona das marcas Sadia e Perdigão e terceira maior exportadora brasileira.
Levantamento do GLOBO com base em documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que a fortuna em Bolsa dos maiores ricaços brasileiros - como banqueiros, industriais e varejistas, entre outros - recuou de R$ 85,7 bilhões para R$ 54,8 bilhões nos últimos oito meses. Essa perda, claro, pode ser apenas temporária, afinal, eles não venderam suas participações acionárias e o mercado pode se recuperar.
Somente o empresário Eike Batista, homem mais rico do Brasil e sétimo do mundo segundo a revista "Forbes", perdeu R$ 19,8 bilhões este ano. Esse foi o tamanho da queda do valor de mercado das ações que possui nas empresas "X", letra com a qual batiza suas seis companhias listadas na Bolsa. Nada que tire a noite de sono do bilionário de Governador Valadares, que ainda tem R$ 31,7 bilhões com as ações das empresas. Tanto que, há duas semanas, ele comprou mais um jatinho para sua "frota" particular, a um custo de US$ 10 milhões.
- As minhas companhias são uma espécie de poupança, mas com retorno gigante. Um negócio desse você não vende - disse recentemente Eike em entrevista ao GLOBO, ao explicar porque as perdas bilionárias não tiraram seu sono.
Para um cidadão comum, também é difícil imaginar o tamanho da fortuna que a matriarca da família Steinbruch, Dorothéa, perdeu neste ano. Viúva de Mendel Steinbruch, co-fundador do Grupo Vicunha, Dorothéa e família perderam R$ 5,1 bilhões com a queda das ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O valor das ações na siderúrgica de Volta Redonda encolheu para R$ 6,9 bilhões. Mas essa perda não pesou tanto no orçamento da família. Benjamin Steinbruch, filho de Dorothéa e comandante da CSN, aproveitou no começo do ano uma "barganha" em Nova York para comprar por US$ 18,8 milhões um luxuoso apartamento na Quinta Avenida, ponto nobre de Manhattan. Uma estimativa aponta que a família recebeu cerca de R$ 500 milhões em 2011 apenas em dividendos da CSN, como são chamadas as parcelas de lucros que as empresas distribuem anualmente aos seus acionistas.
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