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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Jornais italianos criticam decisão do Supremo sobre Battisti

BRASIL



*-*+ Libertação de Battisti gerou fortes críticas da imprensa italiana...



Foto: ReproduçãoZoomPrincipais jornais italianos deram destaque à libertação do ex-ativista
Principais jornais italianos deram destaque à libertação do ex-ativista


!!=!!* Dois dos principais jornais da Itália deram destaque hoje à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti e decidir por sua libertação imediata. Para o “Corriere Della Sera”, foi uma “derrota dupla” para a Itália. O “La Repubblica” diz que a decisão contraria a Convenção de Viena.

Nas capas dos dois jornais, a foto destacada é de Battisti acenando - como se fosse uma despedida - de dentro do carro que o levou do Presídio da Papuda, onde estava preso desde 2007, para um hotel em Brasília. Na Itália, ele é acusado de participar do assassinato de quatro pessoas.

Os jornais italianos ressaltam que o governo do país vai recorrer da decisão da Suprema Corte do Brasil, de acordo com os preceitos da Convenção de Viena. Destacando a entrevista do advogado Nabor Bulhões, que defende os interesses da Itália, os jornais afirmam que a sentença do STF descumpre a convenção, que rege os tratados internacionais.

Bulhões lembrou que há um tratado de extradição firmado entre o Brasil e a Itália, em 1989. Segundo o advogado, a decisão da Suprema Corte “vai prejudicar a credibilidade internacional do Brasil", de acordo com os jornais.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, informou, em comunicado, que a decisão de não extraditar Battisti e libertá-lo não considerou as “expectativas legítimas” dos italianos. Para o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, o caminho é recorrer da decisão do STF ao Tribunal Penal Internacional de Haia.

Ontem, depois de um longo julgamento na Suprema Corte, os ministros decidiram, por 6 votos a 3, pela libertação de Battisti. O ex-ativista deixou o Presídio da Papuda por volta da meia noite e seguiu para um hotel. De acordo com os advogados dele, Battisti pretende ficar no Brasil e seguir a carreira de escritor.

Extradição

A Itália exigia a extradição de Battisti para que cumprisse a condenação à prisão perpétua no país, por suposta participação em quatro assassinatos cometidos na década de 70, nos chamados "anos de chumbo", quando era integrante do grupo armado de ultraesquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).
O "caso Battisti" se arrastava nos tribunais brasileiros desde que o italiano foi detido no Rio de Janeiro.

Redator: Fábio Mendes

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