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domingo, 26 de junho de 2016

BC reduz para US$ 15 bilhões previsão de déficit das contas externas em 2016

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Expectativa anterior do Banco Central era de um saldo negativo de US$ 25 bi.
De janeiro a maio, transações correntes têm déficit de US$ 5,966 bi.

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Laís Alegretti-Do G1, em Brasília
24/06/2016 10h48 - Atualizado em 24/06/2016 11h35
Postado em 26 de junho de 2016 às 09h30m
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O Banco Central revisou a sua previsão para o resultado das transações correntes em 2016 de um déficit de US$ 25 bilhões para um déficit de US$ 15 bilhões. Apesar da melhora, a expectativa ainda é de um resultado negativo.

A conta de transações correntes é formada pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). Trata-se de um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.
Essa melhora nas contas externas neste ano é resultado, principalmente, do dólar alto e da recessão da economia brasileira. Por conta desses fatores, houve queda na busca por produtos e serviços lá fora, pois eles ficaram mais caros.

A mudança na previsão do Banco Central para as transações correntes, de US$ 10 bilhões, é exatamente o mesmo valor da revisão para a balança comercial, que passou de US$ 40 bilhões para US$ 50 bilhões.

Os números mostram que as transações correntes registraram superávit de US$ 1,2 bilhão em maio, o maior resultado para o mês desde 2004. As contas externas não registravam superávit em meses de maio desde 2006, segundo o Banco Central.

Além disso, foi o segundo mês seguido de resultado positivo. Em abril, o superávit foi de R$ 412 milhões - o primeiro superávit mensal das contas externas desde abril de 2009, quando foi registrado um saldo positivo de US$ 124 milhões.

De janeiro a maio deste ano, porém, as transações correntes têm déficit de US$ 5,966 bilhões. Mas esse rombo é bem menor que os US$ 35,32 bilhões registrados nos primeiros quatro meses do ano passado.
Em 2015, as transações correntes encerraram o ano com um déficit de US$ 58,88 bilhões.

Balança comercial
A mudança na previsão do Banco Central para as transações correntes, de US$ 10 bilhões, é exatamente o mesmo valor da revisão para a balança comercial, que passou de US$ 40 bilhões para US$ 50 bilhões.

Em maio, a balança comercial teve um superávit de US$ 6,25 bilhões, acima dos US$ 2,466 do mesmo mês de 2015. Nos cinco primeiros meses do ano, a balança comercial registra um superávit de US$ 18,693, ante um déficit de US$ 3,061 no mesmo período do ano passado.

"O que surpreendeu no mês foi o melhor desempenho da balança comercial", afirmou o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel.

Entretanto, o resultado da balança comercial reflete mais a queda nas importações brasileiras, por conta da crise, do que as exportações. De janeiro a maio de 2015, o saldo das importações foi de US$ 77,344 bilhões. No mesmo período deste ano, caiu para US$ 54,482 bilhões.

Já o saldo das exportações aparece mais estável, com US$ 73,175 bilhões no acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, ante US$ 74,283 bilhões em igual período de 2015.

Investimento no Brasil
O Banco Central informou ainda que o ingresso de investimentos diretos no Brasil somou US$ 6,14 bilhões em maio deste ano, com leve queda frente ao mesmo mês do ano passado, quando totalizou US$ 6,61 bilhões.

Na parcial dos cinco primeiros meses de 2016, os investimentos foram de US$ 29,898 bilhões, com alta frente ao mesmo período do ano passado – US$ 25,535 bilhões.

O Banco Central aumentou a previsão de ingresso de investimentos diretos no Brasil em 2016: passou de US$ 60 bilhões para US$ 70 bilhões.
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