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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Operação Alquimia: ilha na Bahia está entre os bens que podem ser sequestrados

Fatos policiais


BRASIL -- NOTÍCIAS




Plantão | Publicada em 17/08/2011 às 09h07m

Demétrio Weber
 

{{*!+-+!*}} BRASÍLIA - A Operação Alquimia da Polícia Federal (PF), que investiga o esquema de sonegação fiscal envolvendo cerca de 300 empresas, pediu à Justiça o sequestro de bens de 195 pessoas jurídicas e 62 pessoas físicas. Os mandados estão sendo cumpridos nesta quarta-feira. Uma equipe dirigiu-se a uma ilha na Bahia, onde haveria bens de propriedade dos suspeitos entre os quais uma lancha e carros de luxo.

A investigação começou há quase dez anos, em 2002, e está sendo considerada a maior operação do gênero na história do país. Nesta manhã, agentes da PF cumprem mandados de condução coercitiva e busca e apreensão de um empresário no Lago Sul, área nobre de Brasília.

O esquema desbaratado pela PF em parceria com a Receita Federal envolvia uma complexa estrutura para sonegar impostos federais e estaduais. O esquema utilizaria empresas "laranjas", que na sua maioria, não pagavam nenhum tipo de imposto. Os investigadores constataram também o uso de empresas estrangeiras, com sede em paraísos fiscais - seriam cerca de 30 empresas nesta situação, algumas delas nas Ilhas Virgens Britânicas.

Os investigadores descobriram o envolvimento de fundos de investimentos e "factorings". Entre os artifícios de sonegação estava a declaração de bens como carretas e caminhões aos quais era atribuído o valor de apenas R$ 1 cada. As empresas investigadas pela Operação Alquimia atuam em diversos ramos:

produtos químicos, transportes, eventos em geral, alimentos, fomento mercantil, locação de banheiros químicos, assessoria e consultoria, participações em outras empresas e administração de bens móveis e imóveis.

Ainda de acordo com os investigadores, tamanha diversidade tinha o objetivo de gerar a falsa impressão de que o grupo criminoso na verdade não era apenas um, mas sim vários.

A Operação da PF concluiu que as cerca de 50 empresas "laranjas" foram criadas para beneficiar a principal empresa do grupo, cujo nome ainda não foi divulgado. Essa conclusão foi obtida a partir da análise dos vínculos existentes entre as pessoas físicas e jurídicas investigadas, assim como suas movimentações bancárias.

A PF apurou que o valor da dívida junto à União de apenas 11 das empresas investigadas é de R$ 130 milhões. A PF acredita que existam também débitos milionários relacionados a impostos estaduais, especialmente Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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