Testes geoquímicos indicam que pedras do monumento compartilham uma origem comum com um lugar chamado West Woods, a cerca de 25 km de distância.
Por Reuters
29/07/2020 18h14 Atualizado há 2 horas
Postado em 29 de julho de 2020 às 20h20m
Cientistas resolveram um grande mistério sobre o Stonehenge
determinando o local de origem de muitos dos megalíticos que compõem o
famoso monumento em Wiltshire, na Inglaterra, graças a uma amostra do núcleo mantida nos Estados Unidos por décadas.
Testes geoquímicos indicam que 50 dos 52 megalítico de arenito
cinza-claro de Stonehenge, conhecidos como sarsens, compartilham uma
origem comum com um local chamado West Woods, a cerca de 25 km de
distância, disseram pesquisadores nesta quarta-feira (29).
Os sarsens foram erguidos em Stonehenge por volta do ano 2500 aC. O
maior tem 9,1 metros de altura. O mais pesado pesa cerca de 30
toneladas.
- Teste de DNA revela origem do povo que construiu Stonehenge
- Solstício de verão em Stonehenge será transmitido on-line pela primeira vez
"As pedras sarsen compõem o icônico círculo externo e a ferradura
central de trilithon (duas pedras verticais que sustentam uma pedra
horizontal) em Stonehenge. São enormes", disse o geomorfólogo David
Nash, da Universidade de Brighton, que liderou o estudo publicado na
revista Science Advances.
"Como eles foram levados para o local ainda é objeto de especulação", acrescentou Nash. "Dado o tamanho das pedras, elas devem ter sido arrastadas ou transportadas em rodas para Stonehenge. Não sabemos a rota exata, mas agora pelo menos temos um ponto de partida e um ponto final".
As pedras azuis menores de Stonehenge haviam sido anteriormente
atribuídas à Pembrokeshire, no País de Gales, a 250 km, mas a origem dos
sarsens desafia esta identificação.
Uma amostra do núcleo sarsen, extraída durante um trabalho de
conservação no final da década de 1950 quando barras de metal foram
inseridas para estabilizar um megalítico rachado, forneceu informações
cruciais. Ela foi dada como uma lembrança a um homem chamado Robert
Phillips, que trabalhava para a empresa envolvida no trabalho de
conservação e estava no local durante a perfuração.
Phillips a levou com permissão quando migrou para os Estados Unidos em
1977, onde morou em Nova York, Illinois, Califórnia e finalmente na
Flórida, disse Nash. Phillips decidiu devolvê-la à Grã-Bretanha para
pesquisa em 2018. Ele morreu este ano.
Os pesquisadores analisaram fragmentos da amostra para estabelecer a
impressão digital geoquímica do sarsen do qual ela foi tirada. Essa
impressão digital combinava com o arenito ainda em West Woods e todos,
exceto dois dos Stonehenge sarsens.
"Espero que o que descobrimos", disse Nash, "permita que as pessoas
entendam mais sobre o enorme esforço envolvido na construção do
Stonehenge".
------++-====-----------------------------------------------------------------------=================--------------------------------------------------------------------------------====-++------
Nenhum comentário:
Postar um comentário