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Quantidade de petróleo e gás produzidos caiu 2,5% em relação a 2012, para 1,93 milhão de barris por dia.
Resultado é pior que o projetado pela estatal para o ano
RIO - Pelo segundo ano consecutivo, a produção de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil caiu, atingindo a média de 1,93 milhão de barris por dia (bpd) em 2013, 2,5% menor que os 1,980 milhão de bpd em 2012. Com o resultado divulgado nesta sexta-feira, o nível de produção do ano passado foi o mais baixo dos últimos cinco anos, de acordo com dados disponíveis no site da empresa; ficou acima dos 1,854 milhão de bpd registrados em 2008.
É a maior queda percentual na produção desde 2004, quando o volume caiu de 1,540 milhão de bpd em 2003 para 1,492 milhão de bpd (-3,1%) no ano seguinte. De 2011 para 2012, o recuo foi de 2%. Além disso, o resultado anual foi pior que a mais pessimista das estimativas da estatal, que era de recuo de 2%, anunciada em fevereiro e depois reafirmada em meados do ano pela presidente da empresa, Maria das Graças Foster.
Mesmo considerando a produção internacional, também há queda acumulada nos dois últimos anos. Em 2011, a média era de 2,169 milhões de bpd; em 2012, recuou 2%, para 2,126 milhões de bpd e, no ano passado, caiu 3%, fechando em 2,059 bpd.
Atrasos e paralisações prejudicaram
Em nota, a estatal atribuiu o recuo a atrasos diversos na operação. O GLOBO entrou em contato com a Petrobras, mas foi informado pela assessoria de imprensa que a empresa não vai comentar os dados da produção antes da divulgação de seus resultados do último trimestre do ano passado.
Segundo a empresa, a presença de corais no leito do oceano no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, tornou necessária a revisão do plano de interligação dos poços à plataforma P-63, que tem capacidade para 140 mil barris por dia, e começou a produzir em novembro.
Localizado a 110 km da costa brasileira, onde a profundidade varia de 400 a 1.400 metros, Papa-Terra é operado pela Petrobras (62,5%) com a Chevron (37,5%).
Além disso, contribuíram para a retração o atraso na chegada ao Brasil e dificuldades de instalação de equipamentos denominados Boias de Sustentação de Risers (BSRs), que permitiriam a interligação de novos poços nos campos de Sapinhoá e Lula NE, na Bacia de Santos. Também houve atraso no início da produção das plataformas P-55 e P-58, no campo de Roncador e no Parque das Baleias, respectivamente, na Bacia de Campos.
A petroleira aponta que a interligação de novos poços nestas unidades vai ajudar a aumentar a produção neste ano. O mesmo ocorrerá com as plataformas P-62, no campo de Roncador, e P-61, em Papa Terra, previstas para começar a produzir ainda no primeiro semestre.
Em dezembro, houve aumento de 0,4% em relação a novembro - de 1,957 bpd para 1,964 bpd -, que segundo a empresa se deveu à entrada em produção de novos poços nas plataformas P-26, no campo de Marlim, e P-56, no campo de Marlim Sul, ambos na Bacia de Campos.
As novas unidades ajudaram a compensar a parada programada da P-53 (no fim de novembro) e a parada de produção da P-20, no campo de Marlim, a partir do dia 27 de dezembro, para reparar danos causados por incêndio no sistema de produtos químicos daquela plataforma.
‘Dolorosamente menor que o esperado’
Os números foram considerados fracos por analistas do Credit Suisse. “A aceleração (na produção) está dolorosamente menor que o esperado, sem aumentos de produção nos últimos três meses (...) Precisaremos ver a produção começar a crescer para mostrar algumas melhoras até março, no máximo”, disseram os analistas do Credit Suisse em nota a clientes.
A companhia informou ainda que pré-sal teve recorde de produção diária, de 371,3 mil barris de óleo por dia (bopd), em 24 de dezembro. Essa marca foi obtida com 21 poços produtores em operação.
(*) Com agências internacionais
É a maior queda percentual na produção desde 2004, quando o volume caiu de 1,540 milhão de bpd em 2003 para 1,492 milhão de bpd (-3,1%) no ano seguinte. De 2011 para 2012, o recuo foi de 2%. Além disso, o resultado anual foi pior que a mais pessimista das estimativas da estatal, que era de recuo de 2%, anunciada em fevereiro e depois reafirmada em meados do ano pela presidente da empresa, Maria das Graças Foster.
Mesmo considerando a produção internacional, também há queda acumulada nos dois últimos anos. Em 2011, a média era de 2,169 milhões de bpd; em 2012, recuou 2%, para 2,126 milhões de bpd e, no ano passado, caiu 3%, fechando em 2,059 bpd.
Atrasos e paralisações prejudicaram
Em nota, a estatal atribuiu o recuo a atrasos diversos na operação. O GLOBO entrou em contato com a Petrobras, mas foi informado pela assessoria de imprensa que a empresa não vai comentar os dados da produção antes da divulgação de seus resultados do último trimestre do ano passado.
Segundo a empresa, a presença de corais no leito do oceano no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, tornou necessária a revisão do plano de interligação dos poços à plataforma P-63, que tem capacidade para 140 mil barris por dia, e começou a produzir em novembro.
Localizado a 110 km da costa brasileira, onde a profundidade varia de 400 a 1.400 metros, Papa-Terra é operado pela Petrobras (62,5%) com a Chevron (37,5%).
Além disso, contribuíram para a retração o atraso na chegada ao Brasil e dificuldades de instalação de equipamentos denominados Boias de Sustentação de Risers (BSRs), que permitiriam a interligação de novos poços nos campos de Sapinhoá e Lula NE, na Bacia de Santos. Também houve atraso no início da produção das plataformas P-55 e P-58, no campo de Roncador e no Parque das Baleias, respectivamente, na Bacia de Campos.
A petroleira aponta que a interligação de novos poços nestas unidades vai ajudar a aumentar a produção neste ano. O mesmo ocorrerá com as plataformas P-62, no campo de Roncador, e P-61, em Papa Terra, previstas para começar a produzir ainda no primeiro semestre.
Em dezembro, houve aumento de 0,4% em relação a novembro - de 1,957 bpd para 1,964 bpd -, que segundo a empresa se deveu à entrada em produção de novos poços nas plataformas P-26, no campo de Marlim, e P-56, no campo de Marlim Sul, ambos na Bacia de Campos.
As novas unidades ajudaram a compensar a parada programada da P-53 (no fim de novembro) e a parada de produção da P-20, no campo de Marlim, a partir do dia 27 de dezembro, para reparar danos causados por incêndio no sistema de produtos químicos daquela plataforma.
‘Dolorosamente menor que o esperado’
Os números foram considerados fracos por analistas do Credit Suisse. “A aceleração (na produção) está dolorosamente menor que o esperado, sem aumentos de produção nos últimos três meses (...) Precisaremos ver a produção começar a crescer para mostrar algumas melhoras até março, no máximo”, disseram os analistas do Credit Suisse em nota a clientes.
A companhia informou ainda que pré-sal teve recorde de produção diária, de 371,3 mil barris de óleo por dia (bopd), em 24 de dezembro. Essa marca foi obtida com 21 poços produtores em operação.
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