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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Trump ameaça impor tarifa de 200% se China não fornecer ímãs aos EUA

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O gigante asiático tem demonstrado maior preocupação com as terras raras e chegou a incluir diversos itens desse setor — entre eles os ímãs — na lista de restrições de exportação aos americanos, em resposta ao tarifaço.
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 Por André Catto, g1 — São Paulo

Postado em 25 de Agosto de 2.025 às 16h35m

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Da bicicleta ao carro voador: a revolução na China que atropela o Ocidente
Da bicicleta ao carro voador: a revolução na China que atropela o Ocidente

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (25) que a China precisa fornecer ímãs aos Estados Unidos ou ele terá de "cobrar uma tarifa de 200% ou algo parecido" sobre produtos chineses. A fala ocorreu em meio à disputa comercial e tecnológica entre os dois países. (leia mais abaixo)

A China tem demonstrado maior preocupação com as terras raras e o controle de sua oferta. Em abril, incluiu diversos itens desse setor — entre eles os ímãs — na lista de restrições de exportação, em resposta ao aumento das tarifas impostas pelos EUA.

  • 🔎 As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos presentes em diversos países. A maior parte das reservas conhecidas está concentrada na China e no Brasil. Esses elementos são fundamentais para a produção de smartphones modernos, carros elétricos e outras tecnologias avançadas, o que os torna estratégicos para a indústria global.

Os ímãs mais potentes costumam ser produzidos com ligas que contêm elementos de terras raras, como neodímio e samário. Em algumas aplicações, adiciona-se disprósio para aumentar a estabilidade térmica, especialmente em usos industriais e tecnológicos de alto desempenho.

No Fantástico deste domingo, o jornalista Felipe Santana mostrou como a China se consolidou como potência global no setor automotivo. Ele explicou, de forma didática, a importância estratégica dos ímãs e como funcionam nos motores de carros elétricos. (veja o vídeo abaixo)


Por que os ímãs estão no centro da disputa comercial entre China x EUA?
Por que os ímãs estão no centro da disputa comercial entre China x EUA?

Disputa comercial e tecnológica

A nova ameaça de Trump é mais um capítulo da disputa comercial e tecnológica entre as duas maiores economias do mundo. O conflito se intensificou no segundo trimestre, após o anúncio do tarifaço pelo republicano. Mais recentemente, os países chegaram a acordos para reduzir tarifas.

Em 11 de agosto, o Ministério do Comércio da China prorrogou por 90 dias a suspensão de tarifas adicionais sobre produtos dos EUA. A decisão foi tomada após Trump assinar uma ordem executiva que estendeu a trégua tarifária.

Em comunicado, o governo chinês informou que manterá, durante esse período, a tarifa de 10% sobre produtos norte-americanos.

Na prática, os países apenas prorrogaram o acordo firmado em 12 de maio, que estava prestes a vencer. Veja os principais pontos:

  • As tarifas dos EUA sobre importações chinesas caíram de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.

Quase o acerto não seguiu em frente. Duas semanas depois, Trump acusou os chineses de descumprirem o compromisso: "A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, violou totalmente seu acordo conosco", escreveu em suas redes sociais.

Em resposta, a China pediu que os EUA suspendam as “restrições discriminatórias” contra Pequim e que ambos os países mantenham o consenso alcançado nas negociações de alto nível realizadas em maio, em Genebra, na Suíça.

O acordo, que se encerraria em 12 de agosto, teve sua prorrogação confirmada um dia antes, com validade de mais 90 dias.

Desde que anunciou o tarifaço — para reduzir o déficit comercial dos EUA e ampliar seu poder de barganha em negociações geopolíticas —, Trump vem enfrentando críticas, inclusive de aliados. O confronto com o governo chinês agravou ainda mais a situação.

O presidente dos EUA, Donald Trump, faz comentários no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C. — Foto: Kevin Lamarque/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, faz comentários no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C. — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Tarifaço reduz déficit, mas encolhe economia dos EUA

O tarifaço de Trump deve reduzir o déficit total dos EUA em US$ 4 trilhões até 2035. Por outro lado, tende a frear investimentos e produtividade, além de enfraquecer o poder de compra de famílias e empresas.

A análise é do Congressional Budget Office (CBO), órgão independente do Congresso dos EUA. Segundo relatório publicado na sexta-feira (22), a redução do déficit total do país — o saldo negativo das contas públicas, incluindo juros da dívida — deverá ocorrer da seguinte forma:

  • O dinheiro arrecadado com as tarifas ajudará a diminuir o déficit primário (diferença entre receitas e despesas do governo) em US$ 3,3 trilhões até 2035.
  • Com isso, a menor necessidade de empréstimos federais deve cortar os gastos com juros da dívida em US$ 700 bilhões, totalizando um impacto de US$ 4 trilhões no período.

"Devido às recentes mudanças nas tarifas, essas estimativas são maiores do que a redução de US$ 2,5 trilhões nos déficits primários e a diminuição de US$ 500 bilhões nos gastos com juros que projetamos no início de junho", diz o CBO.

Apesar do impacto positivo sobre a dívida, o CBO estima que as recentes mudanças nas tarifas de importação — tanto dos EUA quanto de seus parceiros comerciais — vão reduzir o tamanho da economia americana.

“Os efeitos negativos de tarifas mais altas se manifestam na redução de investimentos e produtividade”, afirma o CBO, acrescentando que bens de consumo e de capital (usados pelas empresas na produção) ficarão mais caros, o que diminuirá o poder de compra no país.

Segundo o CBO, a tarifa efetiva sobre produtos estrangeiros que entram nos EUA está 18 pontos percentuais acima dos níveis praticados em 2024.


EUA x China: raio-x das duas maiores economias do planeta — Foto: Arte/g1
EUA x China: raio-x das duas maiores economias do planeta — Foto: Arte/g1

* Com informações da agência de notícias Reuters.

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