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Oxigenar adequadamente o organismo ajuda a relaxar; meditar é outra alternativa
— Antes de mais nada, sugiro trabalhar para que a respiração abdominal seja eficiente como a dos bebês. Nós tendemos a controlar nossas tensões com a respiração, que acaba se tornando curta e superficial — diz Ana Maria.
A respiração é exatamente a base do relaxamento Kum Nye, ou ioga tibetana, técnica que busca tranquilizar o corpo e a mente e prepara para a meditação no centro budista Nyingma, situado numa rua bucólica, na Fonte de Saudade.
— À medida que o corpo se tranquiliza, o ar circula melhor pelo corpo — diz a professora Cristina Bustamante.
Os alunos, pessoas de todas as religiões, garantem que os exercícios acalmam. Entre elas está a intérprete Mônica Tovar, de 60 anos, que pratica Kum Nye e meditação há dez anos.
— Faço tradução simultânea, e talvez tenha levado a agilidade do trabalho para a vida pessoal: eu andava rápido, falava rápido, gesticulava o tempo todo; era muito acelerada. Até que uma amiga me trouxe aqui. Hoje, estou tão mais tranquila que outra amiga, que eu não via há anos, ao me encontrar perguntou: "Você mudou tanto! Está tomando calmante?" — diverte-se Mônica.
Até terça-feira, a americana Carolyn Pasternak, advogada que se converteu ao budismo nos anos 70, dá palestras no Nyingma, em que aborda, entre outros temas, como lidar com o estresse.
— O mundo hoje muda muito rápido, e, com a globalização, todas as mudanças acabam nos afetando. O importante é saber que as respostas (para lidarmos com isso) estão dentro de nós — diz ela.
