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sábado, 16 de agosto de 2025

Pedras preciosas nos bolsos e 'vulcões de joias': como é Coromandel, cidade dos maiores diamantes do Brasil

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Com PIB per capita maior que o da capital, a cidade é calma, e a profissionalização da extração das gemas afasta garimpeiros ilegais. O g1 visitou o município e descobriu a naturalidade com que os moradores convivem com os diamantes.
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Por Gabriel Reis — Coromandel

Postado em 16 de Agosto de 2.025 às 10h00m

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Conheça a cidade mineira onde os moradores andam com diamantes nos bolsos
Conheça a cidade mineira onde os moradores andam com diamantes nos bolsos

Com menos de 30 mil habitantes, a tranquila Coromandel está fincada sobre diamantes. A cidade, no Alto Paranaíba, a cerca de 500 km de Belo Horizonte, é uma das áreas autorizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) a extrair diamantes brutos no país.

Isso graças à presença de centenas de kimberlitos, rochas vulcânicas que transportam os diamantes para a superfície. (veja no infográfico abaixo)

💎A EXPLORAÇÃO DE DIAMANTES em Coromandel segue a regulamentação da ANM e órgãos ambientais. A extração é feita por cerca de 80 empresas e cooperativas com Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), em geral, em fazendas particulares. As pedras passam pela certificação Kimberley. (entenda abaixo).

O g1 foi à cidade e descobriu um curioso costume: os moradores gostam tanto de diamantes que alguns andam com essas pedrinhas nos bolsos, quando não têm muito valor comercial. Os roubos são poucos - segundo a polícia e o prefeito. Foram três em 2024. E o PIB per capita, de R$ 54.911, é mais alto do que o da capital (R$ 41.818,32). Tudo organizado, com garimpeiros profissionais e fiscalização, o que deixa pouco espaço para aventureiros.

Rio Douradinho, onde foi achado o 2º maior diamante do país, em maio de 2025; pequeno diamante achado em Coromandel e a igreja matriz de Sant'Ana — Foto: TV Integração/Reprodução
Rio Douradinho, onde foi achado o 2º maior diamante do país, em maio de 2025; pequeno diamante achado em Coromandel e a igreja matriz de Sant'Ana — Foto: TV Integração/Reprodução

Riqueza não tão escondida

Nem sempre a riqueza de Coromandel fica escondida. Andar com pequenos diamantes, de baixo valor, em vez de vendê-los, é motivo de orgulho para alguns habitantes, pois apesar de viverem na 'cidade dos diamantes' nem todos têm o privilégio de ter um deles para chamar de seu.

Pode parecer estranho, mas a situação é bem comum. Na visita à cidade, o g1 observou diversos momentos em que alguém mostrava pequenas gemas, como uma moradora que exibiu na palma da mão um dos dez diamantes que levava, guardados em meio a batom e outros itens de beleza.

O geólogo Daniel Fernandes registrou uma dessas cenas durante uma temporada na cidade para investigar essas terras, que produziram os três maiores diamantes do Brasil (leia mais abaixo). Ao procurar um açougue, encontrou grupo diferente.

Eles falavam alto, eram expansivos e mostravam, para quem quisesse ver, o que tinham nas mãos: diamantes.

"Eram cinco ao todo e estavam em uma caixinha comum para guardar essas gemas. Quando vi aquela cena, desci rápido do carro e corri para falar com eles. O grupo, que conhecia pelas redes sociais, me acolheu e fez questão de mostrar os diamantes que tinham ali.", disse o geólogo.

Daniel filmou o momento, em 13 de julho. Nas imagens, o clima é de descontração entre as pessoas. Em uma balança, eles pesaram as gemas e comentaram sobre cada uma.

Kimberlitos, os 'vulcõezinhos' que dão diamantes

A formação da Terra favoreceu a região de Coromandel com pequenos vulcões chamados de "kimberlitos", responsáveis por expelir os diamantes que se formaram no magma do planeta.

O mapa geológico de Minas Gerais deixa claro que a cidade está em uma das áreas diamantíferas do estado. (veja o infográfico abaixo)

Coromandel e os kimberlitos — Foto: arte/g1
Coromandel e os kimberlitos — Foto: arte/g1

Moradores e diamantes

Se tudo o que reluz é ouro, em Coromandel tudo o que brilha pode ser um diamante. Divino Manoel de Almeida, de 74 anos, diz sonhar com diamantes todos os dias.

O jardineiro, que também garimpa desde os 8 anos, não nega as inúmeras vezes que viu o brilho do diamante nos olhos. E segundo ele, "quem já viu, não esquece".

"Na época em que eu era garimpeiro a gente vendia as pedras muito barato, se fosse hoje eu venderia mais caro. Já achei um rosa que na época valia R$ 50 mil, se fosse hoje era no mínimo R$ 50 milhões", disse.

A amiga de Divino, a dona de casa Solange Maria de Almeida, de 53 anos, também tem esperança de um dia ver diamantes com os próprios olhos. "Toda hora a gente anda na beira da estrada e fica olhando se a pedra que brilha não é diamante. Só na zona rural que tem, quando chove todo mundo para e procura", disse.

Solange e Divino dizem sonhar com diamantes e acreditam que podem encontrá-los pelas estradas da cidade. — Foto: Gabriel Reis/g1
Solange e Divino dizem sonhar com diamantes e acreditam que podem encontrá-los pelas estradas da cidade. — Foto: Gabriel Reis/g1

Foi em Coromandel, ou "Coró", que os três maiores diamantes já encontrados no Brasil foram encontrados. O maior, batizado de "Getúlio Vargas", foi encontrado em 1938 e tinha 727 quilates, enquanto o segundo, encontrado em maio de 2025, tem 646,78 quilates. O terceiro, chamado de Darcy Vargas, tinha 460 quilates e foi achado em 1939.

"Para nós de Coromandel é motivo de muito orgulho e alegria possuir as três maiores pedras de diamante do Brasil. Nossa cidade nasceu por causa das descobertas das pedras preciosas, tanto que o Monumento do Centenário, que fizemos em 2023, foi uma estátua do garimpeiro Joaquim Venâncio e a réplica da maior pedra do Brasil, a Getúlio Vargas, de 726 quilates. Os diamantes abriram as portas para que a cidade esteja hoje entre as 100 mais do agronegócio brasileiro", disse o prefeito Fernando Breno.

Ainda que a esperança resista, muitos já não encontram mais no garimpo a oportunidade de uma vida melhor ou até o desejo de enriquecer. O caminhoneiro Aloísio Baracho, de 45 anos, é um desses.

Sentado em frente à rodoviária, ele lembra que teve uma época em que trabalhar com o garimpo era mais fácil, mas conforme as cooperativas chegaram, os garimpeiros passaram a receber porcentagens menores das gemas encontradas e tornou o trabalho insustentável.

Aloísio, de camiseta listrada, disse que hoje em dia não vale mais a pena ser garimpeiro — Foto: Gabriel Reis/g1
Aloísio, de camiseta listrada, disse que hoje em dia não vale mais a pena ser garimpeiro — Foto: Gabriel Reis/g1

"Só os ricos podem garimpar; os pobres não conseguem. Quando eu garimpava nunca deu para me sustentar, no máximo eu pegava entre R$ 300 e R$ 500. Esse valor não dá para se manter no garimpo que despende de equipamentos e investimento em maquinário, além de ter que contar com a sorte de achar um diamante", afirmou.

Assim como Aloísio, Adão Manoel Alvi, de 78 anos, que se apresenta como José Adão ou Zé Adão, diz que mesmo que a história da cidade esteja entrelaçada aos diamantes, ele nunca conheceu alguém que tenha encontrado uma dessas gemas.

Ele diz não perder tempo na busca por pedras preciosas porque o trabalho de corretagem é o que o ocupa em todos os dias. "Esse negócio de diamante é só na mão dos grandes. Pobre só fica com a história, só ouve falar".

Em contrapartida, Denize Fernandes, presidente da Cooperativa de Pequenos e Médios Garimpeiros (Coopemg) afirma que a extração de diamante beneficia muita gente de várias classes e gira a economia de Coromandel.

"A mineração de diamantes pode gerar empregos e movimentar o comércio em regiões com poucas oportunidades. Para muitos garimpeiros, é a principal fonte de renda e sustento. Com mais dinheiro circulando, cresce a venda de alimentos, roupas, combustíveis, hospedagem e outros produtos, fortalecendo a economia local. Porém, os benefícios só aparecem quando há fiscalização, respeito ao meio ambiente e garantia dos direitos dos trabalhadores. Feita com responsabilidade, a mineração pode melhorar a vida de muitas pessoas."

Zé Adão também contou que não perder tempo com busca por diamantes. — Foto: Gabriel Reis/g1
Zé Adão também contou que não perder tempo com busca por diamantes. — Foto: Gabriel Reis/g1

Atividade legalizada e segurança

Segundo o prefeito Fernando Breno, 2% da receita bruta da venda de diamantes ficam com o município, deduzidos os tributos já pagos sobre a comercialização, conforme a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).

Coromandel tem baixos índices de criminalidade, como diz o prefeito. "Aqui os índices de segurança são os mais seguros da região na relação habitantes e delitos, dados da própria PM. Temos também uma Gestão de Mobilidade Urbana e Segurança que auxilia nos trabalhos das forças de segurança", afirma.

E os dados da Polícia Civil confirmam. Em 2024, apenas 3 roubos foram registrados em Coromandel. Não houve registro de sequestro, homicídio ou extorsão.

A exploração de diamantes em áreas autorizadas do Alto Paranaíba segue regulamentações específicas estabelecidas pela ANM e órgãos ambientais. Empresas e cooperativas que atuam na região precisam ser titulares de processos minerais ativos, como é o caso da Cooperativa de Pequenos e Médios Garimpeiros (Coopemg), que possui cinco Permissões de Lavra Garimpeira (PLGs) ativas e outras três em fase de análise.

Segundo a presidente da Coopemg, Denize Fernandes, muitos fazendeiros firmam contratos com cooperativas, cedendo parte de suas terras para a atividade. Para que o trabalho seja realizado, os garimpeiros se filiam à cooperativa, assinando um termo de direitos e deveres. Entre as exigências está a proibição de qualquer tipo de degradação ambiental durante a busca pelo minério.

Além disso, a ANM faz fiscalizações a cada seis meses. Somente com a vistoria em dia e as devidas autorizações é possível emitir o certificado Kimberley, documento necessário para exportar diamantes legalmente.

A presença de garimpeiros não autorizados, no entanto, tem sido motivo de alerta para autoridades e moradores locais. Conhecidos como "forasteiros", esses indivíduos tentam atuar ilegalmente na região, driblando os procedimentos e colocando em risco o controle ambiental e a segurança das propriedades.

Não queremos que vire uma nova Serra Pelada. Aqui tudo precisa de autorização da Coopemg e dos proprietários das fazendas. Só assim conseguimos manter a ordem e a legalidade, afirmou Denize

 Conforme a Coopemg e os fazendeiros, o acesso às áreas de garimpo é restrito, e alertas para os riscos da presença de pessoas não autorizadas nas frentes de exploração são feitos constantemente aos filiados.

E depois de encontrado o diamante, é preciso calcular o valor. Segundo Daniel Fernandes, o primeiro fator para definir o valor de um diamante é o peso em quilates

O preço resulta de fatores como transparência, pureza e cor - os diamantes existem em praticamente todas as cores do arco-íris, e algumas são mais valiosas que outras.

O diamante mais recente

Segundo maior diamante do Brasil, achado em maio de 2025 em Coromandel — Foto: ANM/Divulgação
Segundo maior diamante do Brasil, achado em maio de 2025 em Coromandel — Foto: ANM/Divulgação

O diamante bruto de 646,78 quilates descoberto em Coromandel em maio foi avaliado em R$ 16 milhões. Ele é o segundo maior já encontrado em território brasileiro, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM).

O valor gerado por ele e que deverá ser pago ao Governo Federal e repassado de maneira integral para o Município está em torno de R$ 320 mil.

VEJA FOTOS DE COROMANDEL:

Como é a cidade de onde saíram os três maiores diamantes do Brasil

Igreja Matriz de Sant'Ana, em Coromandel

Praça em Coromandel onde moradores se reúnem para diversas atividades

Rodoviária de Coromandel, local que abriga a sede da Cooperativa de Pequenos e Médios Garimpeiros

Coromandel tem um PIB por pessoa maior do que de cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Terminal Rodoviário de Coromandel

A presença de cascalhos grandes e agrupados são um dos indicativos da presença de diamantes

Maquinário usado no garimpo de grande processamento

Margens do Rio Douradinho, onde diversos diamantes já foram encontrados

Zé Maria, um dos garimpeiros que encontrou o diamante de 646 quilates mostra o processo de lavagem das pedras
 
Processo de lavagem de rochas e pedras

O cascalho não aproveitado é separado em grandes montes

Após ser lavado, o cascalho é seco e revendido

Margens do Rio Douradinho

Rio Douradinho

Geólogo Daniel Fernandes mostra como é feito o garimpo manual
 
Especial produção diamantes história Coromandel — Foto: TV Integração/Reprodução

Margens do Rio Douradinho

Diamantes levados por moradores nos bolsos
  
Grau de transparência também é usado na avaliação dos diamantes

Engenheira mostra tamanho dos diamantes mais comumente encontrados na região
  
Reprodução do diamante Getúlio Vargas, o maior já encontrado no Brasil, no Monumento ao Garimpeiro em Coromandel

As diferentes composições rochosas encontradas em Coromandel
Igreja Matriz de Sant'Ana, em Coromandel

Diamante de mais de 500 quilates é encontrado em Coromandel
Diamante de mais de 500 quilates é encontrado em Coromandel
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Entenda como as mudanças climáticas têm aumentado os incêndios florestais

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Somente na Europa, chamas já queimaram 227 mil hectares, mais que o dobro da média para esta época do ano nas últimas duas décadas
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Zainab Elhaj e Francesca Halliwell, da Reuters
16/08/25 às 05:00 | Atualizado 16/08/25 às 08:04
Postado em 16 de Agosto de 2.025 às 08h20m

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Vista de incêndio florestal em Pinofranqueado, na Espanha.  • Unidade Militar de Emergência/Divulgação via Reuters (18.mai.23)

Incêndios florestais devastaram pontos críticos em vários países do Mediterrâneo neste mês, com incêndios forçando milhares de pessoas a se isolarem na Catalunha, na Espanha, e atingindo Marselha, a segunda maior cidade da França.

Desde o início do ano, incêndios florestais queimaram 227 mil hectares — mais que o dobro da média para esta época do ano nas últimas duas décadas, segundo o EFFIS (Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais da UE).

Embora muito acima da média, não é o maior número registrado pelo EFFIS, que remonta a 2002.

Leia Mais

A Europa teve temporadas de incêndios particularmente severas em 2003 e 2017, quando os incêndios queimaram mais de 1,1 milhão hectares por ano — uma área equivalente à ilha da Jamaica.

Ainda não está claro se 2025 será um ano recorde, pois isso dependerá da evolução da temporada de incêndios nos próximos meses.

O número na Europa também aumentou este ano até agora, com 1.118 focos detectados até 8 de julho, contra 716 no mesmo período do ano passado, informou o EFFIS.

Ondas de calor no continente europeu no início deste mês alimentaram incêndios em todo o Mediterrâneo, incluindo na Síria, onde os incêndios queimaram mais de 3% da cobertura florestal do país, segundo a ONU.

Nas ilhas gregas de Eubeia e Creta, incêndios florestais neste mês forçaram milhares de pessoas a deixarem as casas.

Mas, embora a Europa em geral tenha registrado um aumento neste ano, cientistas que observam os incêndios dizem que aqueles na região do Mediterrâneo, embora destrutivos, têm permanecido relativamente isolados até agora.

O que está causando os incêndios florestais?

Cientistas dizem que os verões mais quentes e secos da região do Mediterrâneo a colocam em alto risco de incêndios florestais.

Uma vez que as chamas começam, a vegetação seca e os ventos fortes na região podem fazer com que se espalhem rapidamente e queimem descontroladamente.

As mudanças climáticas agravam esse risco, criando condições mais quentes e secas. Nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, isso contribuiu para o início mais precoce da temporada de incêndios nos últimos anos, quebrando recordes de intensidade e queimando mais terras.

Incêndio florestal atinge zona rural montanhosa da cidade portuária de Latakia, na Síria. • Reprodução/Defesa Civil da Síria no X
Incêndio florestal atinge zona rural montanhosa da cidade portuária de Latakia, na Síria. • Reprodução/Defesa Civil da Síria no X

As emissões de gases de efeito estufa, principalmente da queima de carvão, petróleo e gás, aqueceram o planeta em cerca de 1,3°C desde os tempos pré-industriais.

A Europa esquentou o dobro da média global desde a década de 1980, segundo a Organização Meteorológica Mundial.

Esse patamar mais quente significa que temperaturas altas podem ser atingidas durante ondas de calor, as quais as mudanças climáticas também estão tornando mais frequentes. Isso foi confirmado pelo painel global de cientistas climáticos das Nações Unidas, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Piora dos incêndios e resposta dos governos

Os países estão se preparando para incêndios piores.

Temperaturas acima da média são previstas em toda a Europa em agosto, informou o o EFFIS (Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais da UE), o que significa que o risco de incêndio permanecerá alto em grande parte do sul e leste do continente.

Embora o sul deva apresentar padrões normais de precipitação, o restante da Europa deverá ficar mais seco do que o normal em agosto, informou o EFFIS, o que pode agravar o risco de incêndios em outras regiões.

Os governos estão tentando se adaptar. A Grécia reuniu um número recorde de 18 mil bombeiros este ano, prevendo incêndios graves, e adaptou as táticas e patrulhas de combate a incêndios para tentar detectar as chamas mais cedo e limitar os danos, afirmou o governo.

Incêndio florestal na ilha de Rodes, na Grécia, em 24 de julho de 2023. • Reuters
Incêndio florestal na ilha de Rodes, na Grécia, em 24 de julho de 2023. • Reuters

Outros fatores agravam o risco de incêndios, incluindo a gestão florestal.

A redução populacional em áreas rurais de países como a Espanha, à medida que as pessoas se mudam para as cidades, reduziu a força de trabalho para retirar a vegetação e evitar o aumento de combustível para incêndios florestais.

A ONU instou os governos a investirem mais na prevenção, em vez de se concentrarem principalmente na resposta após o início das chamas, e alertou que as mudanças climáticas devem aumentar os incêndios extremos em todo o mundo em até 14% até o final da década.

Segundo a organização, a prevenção de incêndios pode incluir a realização de fogueiras controladas antes do verão, para eliminar o combustível que pode ser usado como alimento para as chamas, e restaurar ecossistemas de pântanos.

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