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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Há um longo caminho até o fim da pandemia, diz OMS

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Entidade também divulgou relatório anual de saúde no mundo nesta quarta-feira (13), que mostra que as pessoas estão vivendo mais e de forma mais saudável, mas a pandemia ameaça cumprimento de objetivos de saúde. 
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 Por Lara Pinheiro, G1    
 13/05/2020 12h48  Atualizado há uma hora  
 Postado em 13 de maio de 2020 às 13h55m  


      Post.N.\9.270  
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13 de maio: clientes usam máscaras contra a Covid-19 em um supermercado em Moscou, na Rússia. — Foto: Alexander Nemenov/AFP
13 de maio: clientes usam máscaras contra a Covid-19 em um supermercado em Moscou, na Rússia. — Foto: Alexander Nemenov/AFP

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou, nesta quarta-feira (13), que ainda há um "longo caminho" até o fim da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A entidade foi questionada sobre o protocolo para "desfazer" o alarme de pandemia ao redor do mundo, declarado no dia 11 de março.
"É muito difícil prever quando vamos prevalecer sobre o vírus", disse o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan. "E pode ser que nunca aconteça. Pode ser que nunca desapareça, que se torne endêmico, como outros vírus. O HIV não desapareceu", lembrou.
"Nós passamos a lidar com o vírus, e achamos os tratamentos, achamos os métodos de prevenção, e as pessoas não sentem tanto medo como sentiam antes. Oferecemos vidas longas e saudáveis a pessoas com HIV", disse. "Não estou comparando as duas doenças, mas é importante sermos realistas".
"Não acho que ninguém pode prever quando ou se essa doença vai desaparecer. Nós temos uma grande esperança: se acharmos uma vacina altamente eficaz, que possamos distribuir para todos os que precisam no mundo, podemos ter uma chance de eliminar o vírus", declarou Ryan.
Mas a implementação da vacina terá que passar por algumas etapas, explicou. Além de eficaz e disponível a todos, as pessoas terão que usá-la.
"Antes de começarmos a responder a essa pandemia no dia 31 de dezembro, tínhamos equipes no Pacífico Ocidental trabalhando com sarampo. Eu acho que havia 14 ventiladores [mecânicos] na Samoa Ocidental naquela época. E todos os 14 estavam ocupados por crianças pequenas. E estavam ocupados por crianças pequenas que tinham uma doença devastadora: se chamava sarampo. E elas não eram vacinadas contra essa doença."
Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) — Foto: Christopher Black/OMS
Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) — Foto: Christopher Black/OMS

(Em fevereiro deste ano, um bebê morreu de sarampo no Rio de Janeiro, depois de 20 anos sem uma morte pela doença no estado. No mesmo mês, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença).

"Desculpem-me se sou cínico", continuou Ryan. "Mas temos vacinas perfeitamente eficazes neste planeta que não usamos de forma eficiente. Para doenças que poderíamos eliminar e erradicar – e nós não fizemos isso. Nós não tivemos vontade, a determinação para investir em sistemas de saúde para fornecer isso. Nós não tivemos a capacidade de sustentar cuidados de saúde na linha de frente", disse.
"Dessa forma", afirmou, "a ciência pode achar uma vacina. Mas alguém tem que fabricá-la em quantidade suficiente para todos receberem uma dose, temos que ser capazes de entregá-la e as pessoas têm que querer tomar essa vacina", lembrou.
"Todos esses passos são cheios de desafios. É uma oportunidade imensa para o mundo. A ideia de que uma nova doença pode surgir, causar uma pandemia e nós podemos, com uma ambição enorme, achar uma vacina e dá-la a todos que precisam e parar a doença pode tornar, talvez, o que tem sido uma pandemia trágica em uma luz de esperança para o futuro do nosso planeta na forma com que cuidamos de nossos cidadãos e trabalhamos juntos para resolver nossos problemas, por meio de solidariedade, confiança, trabalho conjunto e um sistema multilateral que possa beneficiar a humanidade", declarou.

"Não há promessas nisso, e não há datas", disse Ryan. "Essa doença pode se tornar um problema de longo prazo, e pode não ser. De algumas formas, nós temos controle sobre esse futuro. Mas vai ser necessário um esforço imenso para fazer isso."

A OMS já havia alertado, há cerca de 20 dias, que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) ainda demoraria para ser vencido. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou, ainda, que a doença foi declarada uma "emergência de saúde internacional", o nível mais alto de alerta da OMS, no dia 30 de janeiro.

Saúde no mundo
13 de maio: funcionários da linha de frente do combate ao coronavírus de um hospital em Oceanside, Nova York, observam parada de veículos feita em homenagem aos profissionais de saúde. — Foto: Timothy A. Clary/AFP
13 de maio: funcionários da linha de frente do combate ao coronavírus de um hospital em Oceanside, Nova York, observam parada de veículos feita em homenagem aos profissionais de saúde. — Foto: Timothy A. Clary/AFP

A OMS também divulgou, nesta quarta, seu relatório anual sobre a saúde no mundo. O documento destaca que, apesar de o mundo estar vivendo mais e de forma mais saudável, a pandemia ameaça o cumprimento dos objetivos de saúde estabelecidos, que já progredia de forma lenta.

Segundo o documento, aumentou a expectativa de vida no mundo, ainda que de forma desigual. Os maiores ganhos foram em países de baixa renda, onde a expectativa de vida aumentou 11 anos entre 2000 e 2016. Nos países de alta renda, esse aumento foi de 3 anos.

Um dos motivos para o progresso nos países de baixa renda foi a melhora no acesso a serviços para prevenir e tratar HIV, malária, tuberculose e doenças tropicais negligenciadas, como verminoses. Outra razão foi a melhora nos cuidados de saúde para crianças e mães, o que fez cair pela metade a mortalidade infantil no mundo entre 2000 e 2018.

Homenagem a profissionais de saúde
12 de maio: profissionais de saúde fazem homenagem a colegas que perderam a vida tratando pacientes de Covid-19 em frente ao Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. — Foto: Nelson Almeida/AFP
12 de maio: profissionais de saúde fazem homenagem a colegas que perderam a vida tratando pacientes de Covid-19 em frente ao Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. — Foto: Nelson Almeida/AFP

Tedros, Ryan e a líder técnica de emergências da entidade, Maria van Kerkhove, também pediram um minuto de silêncio em homenagem a todos os profissionais de saúde que perderam a vida tratando pacientes.

Os especialistas também agradeceram a profissionais de enfermagem – a segunda-feira (12) marcou o dia internacional da profissão.
Dia Internacional do Enfermeiro homenageia mulher que virou referência na profissão
Dia Internacional do Enfermeiro homenageia mulher que virou referência na profissão


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Vendas do comércio caem 2,5% e setor tem pior março desde 2003

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Alta de 14,6% nas vendas em supermercados limita perdas do varejo em meio à pandemia. Setor fechou o 1º trimestre com queda de 2%.
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 Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1    
 13/05/2020 09h00  Atualizado há 19 minutos  
 Postado em 13 de maio de 2020 às 09h25m  


      Post.N.\9.269  
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Loja na rua Conde de Bonfim, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (12) — Foto: Marcos Serra Lima/G1
Loja na rua Conde de Bonfim, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (12) — Foto: Marcos Serra Lima/G1

As vendas do comércio varejista caíram 2,5% em março, na comparação com fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do pior resultado para meses de março desde 2003, quando o setor caiu 2,7%, e da menor taxa mensal desde janeiro de 2016 (-2,6%).

Na comparação com março de 2019, o comércio varejista recuou 1,2%. Foi a primeira queda na comparação anual após 11 meses consecutivos de altas.

O IBGE também revisou a taxa de fevereiro, em relação a janeiro, de 1,2% para 0,5%. Veja gráfico abaixo:
Vendas do comércio mês a mês — Foto: Economia G1 2 de 2 Vendas do comércio mês a mês — Foto: Economia G1

Com a forte queda em março, o comércio passou a acumular alta de 1,6% no ano e 2,1% nos últimos 12 meses. O patamar de vendas passou a ficar situado 7,4% abaixo do recorde alcançado em novembro 2014. Em fevereiro, essa distância era de 5,1%.

O resultado de março reflete a baixa demanda e a fraqueza da economia, e mostra os primeiros impactos da pandemia de coronavírus no país, com boa parte das lojas fechadas ou funcionando apenas no sistema delivery. Vale lembrar ainda que o início das medidas restritivas e do período de confinamento não atingiu todo o mês de março e que perspectiva é de um tombo ainda maior em abril.

Queda de 2% no 1º trimestre
Segundo o IBGE, o comércio encerrou o primeiro trimestre do ano com uma queda de 2% na comparação com o quarto trimestre de 2019. Foi a queda mais intensa desde o 1º trimestre de 2016, quando caiu 2,7%.

Vendas em supermercados limitam perdas do varejo
Segundo o IBGE, a queda só não foi mais intensa por causa de áreas consideradas essenciais durante o período de isolamento social, em especial as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas (14,6%) e do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%). Foram os únicos setores dos 8 pesquisados com avanços nas vendas frente a fevereiro.

Já os maiores tombos ocorreram nas vendas de tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%) e móveis e eletrodomésticos (-25,9%).

A pesquisa do IBGE mostra ainda que no comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas desabou 13,7% em março. Foi a queda mais intensa desde o início da série, iniciada em fevereiro de 2003. O tombo foi pressionado pelo setor de veículos, motos, partes e peças (-36,4%), enquanto material de construção teve recuo de 17,1%.
Na passagem de fevereiro para março houve variação de dois dígitos em todas as atividades, com exceção de produtos farmacêuticos. Vale lembrar que hipermercados vendem não apenas produtos alimentícios, mas também vestuário, móveis e eletrodomésticos. Isso faz com que essa atividade tenha sofrido um rebate para cima, porque parte desses produtos tiveram as vendas transferidas das lojas especializadas para hiper e supermercados, avaliou o gerente da PMC, Cristiano Santos, acrescentando que a participação do segmento no comércio estava abaixo de 50% e saltou para 55% em março.
Veja o desempenho de cada atividade do varejo em março:
  • Combustíveis e lubrificantes: -12,5%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 14,6%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -42,2%
  • Móveis e eletrodomésticos: -25,9%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 1,3%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -36,1%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -14,2%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -27,4%
  • Veículos, motos, partes e peças: -36,4% (varejo ampliado)
  • Material de construção: -17,1% (varejo ampliado)

O pesquisador enfatizou que das seis atividades com em queda, cinco foram diretamente impactadas pelas medidas adotadas por estados e municípios com o fechamento de comércio de serviços não essenciais. A exceção foi para a atividade que combustíveis e lubrificantes, que não foi impactada pelo fechamento de estabelecimentos, mas foi diretamente impactada pela menor circulação de pessoas e menor demanda.

Segundo o IBGE, do total de 36,7 mil empresas da amostra da pesquisa, 14,5% relataram impacto do isolamento social em suas receitas, que se iniciou em algumas capitais a partir da segunda quinzena de março.
Quem relata impacto da Covid-19 apontou uma variação negativa de 23% nas vendas na comparação com fevereiro, enquanto aquelas que não reportaram impacto da pandemia tiveram uma variação positiva nas vendas de 1,5%, destacou o pesquisador. 
Vendas recuam em 26 das 27 unidades da federação
Na análise por regiões, houve queda nas vendas do varejo em dezembro em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para: Rondônia (-23,2%), Amazonas (-16,5%) e Acre (-15,7%). Apenas em São Paulo houve alta (0,7%).

Já no comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de automóveis e materiais de construção, houve recuo em todas os estados, com destaque para: Rondônia (-23,8%), Sergipe (-20,0%) e Acre (-19,4%).

Perspectivas
Economistas do mercado financeiro passam a estimar tombo de 4,11% para o PIB em 2020
Economistas do mercado financeiro passam a estimar tombo de 4,11% para o PIB em 2020

O mercado passou a projetar retração de 4,11% do PIB em 2020, segundo o último boletim Focus Banco Central. Já o FMI prevê queda de 5,3% do PIB do Brasil neste ano.

Na véspera, o IBGE mostrou que volume de serviços prestados no Brasil teve queda recorde de 6,9% em março, o pior resultado da série histórica iniciada em 2011. Com o resultado, o setor, que tem forte peso no PIB, encerrou o 1º trimestre do ano com uma queda de 3% na comparação com o quarto trimestre de 2019.

Já a produção industrial tombou 9,1% no mês de março – pior resultado para meses de março desde 2002. Com o resultado, a indústria registrou queda de 2,6% no 1º trimestre, na comparação com os 3 últimos meses do ano passado.


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