<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Cerca de 2.300 pessoas morreram em meio às altas temperaturas, segundo estudos<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Laura Paddison, da CNN
Postado em 09 de Julho de 2.025 às 20h00m
#.* -- Post. - Nº.\ 11.716 -- *.#

Onda de calor na Europa causou 2.300 mortes, estimam cientistas • REUTERS/Ognen Teofilovski
Por mais de uma semana, as temperaturas em muitas regiões do continente europeu ultrapassaram os 38°C. Atrações turísticas fecharam, incêndios florestais devastaram vários países, e as pessoas tiveram que se adaptar.
Um estudo de análise publicado nesta quarta-feira (9) estima que milhares de pessoas morreram devido ao calor, agravado pelas mudanças climáticas.
Aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes, segundo estudos
Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo Imperial College London e pela LSHTM (Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres), analisou dez dias de calor extremo entre 23 de junho e 2 de julho em 12 cidades europeias, incluindo Londres, Paris, Atenas, Madri e Roma.
A LSHTM usou dados meteorológicos históricos para calcular a intensidade do calor se os humanos não tivessem queimado combustíveis fósseis e aquecido o mundo em 1,3°C. Eles descobriram que as mudanças climáticas tornaram a onda de calor na Europa de 1 a 4°C mais quente.
Os cientistas então usaram pesquisas sobre a relação entre o calor e mortes diárias para estimar quantas pessoas perderam a vida.
Eles descobriram que aproximadamente 2.300 pessoas morreram durante dez dias de calor nas 12 cidades atingidas, cerca de 1.500 a mais do que teriam morrido em um mundo sem mudanças climáticas. Em outras palavras, o aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes.
"Os resultados mostram como aumentos relativamente pequenos nas temperaturas mais altas podem desencadear enormes picos de mortalidade", escreveram os autores do estudo.
O calor tem um impacto particularmente fatal em pessoas com problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios.
Pessoas com mais de 65 anos foram as mais afetadas, representando 88% das mortes excedentes, de acordo com a análise. Mas o calor pode ser fatal para qualquer um. Quase 200 das mortes estimadas nas 12 cidades ocorreram entre pessoas de 20 a 65 anos.
As mudanças climáticas foram responsáveis pela grande maioria das mortes em algumas cidades. Em Madri, 90% delas foram causadas pelas altas temperaturas.
"Ondas de calor não deixam um rastro de destruição como incêndios florestais ou tempestades", disse Ben Clarke, autor do estudo e pesquisador do Imperial College London.
"Seus impactos são em grande parte invisíveis, mas silenciosamente devastadores — uma mudança de apenas 2 ou 3°C pode significar a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas", completou Clarke.
Soluções para aliviar altas temperaturas
O mundo precisa parar de queimar combustíveis fósseis para evitar que as ondas de calor se tornem mais quentes e mortais, e as cidades precisam se adaptar urgentemente, disse Friederike Otto, climatologista do Imperial College London.
"Mudar para energias renováveis, construir cidades que possam suportar calor extremo e proteger os mais pobres e vulneráveis é absolutamente essencial", afirmou Otto.
Akshay Deoras, pesquisador da Universidade de Reading, que não participou da análise, disse que "as técnicas robustas utilizadas neste estudo não deixam dúvidas de que a mudança climática já é uma força mortal na Europa".
Richard Allan, professor de ciência climática da Universidade de Reading, que também não participou do relatório, disse que o estudo se soma a enormes evidências de que as mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais intensas, "o que significa que o calor moderado se torna perigoso e o calor recorde se torna sem precedentes".
Não é apenas o calor que está sobrecarregando nosso mundo mais quente, acrescentou Allan. "Enquanto uma parte do globo queima, outra região pode sofrer chuvas intensas e inundações catastróficas."
