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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Calor extremo na Europa alerta para efeitos mortais do aquecimento global

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Cerca de 2.300 pessoas morreram em meio às altas temperaturas, segundo estudos
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Laura Paddison, da CNN
09/07/25 às 19:26 | Atualizado 09/07/25 às 19:26
Postado em 09 de Julho de 2.025 às 20h00m

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Onda de calor na Europa causou 2.300 mortes, estimam cientistas  • REUTERS/Ognen Teofilovski

Um novo estudo estima que o aquecimento global triplicou o número de mortes na recente onda de calor na Europa.

Por mais de uma semana, as temperaturas em muitas regiões do continente europeu ultrapassaram os 38°C. Atrações turísticas fecharam, incêndios florestais devastaram vários países, e as pessoas tiveram que se adaptar.

Um estudo de análise publicado nesta quarta-feira (9) estima que milhares de pessoas morreram devido ao calor, agravado pelas mudanças climáticas.

Aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes, segundo estudos

Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo Imperial College London e pela LSHTM (Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres), analisou dez dias de calor extremo entre 23 de junho e 2 de julho em 12 cidades europeias, incluindo Londres, Paris, Atenas, Madri e Roma.

A LSHTM usou dados meteorológicos históricos para calcular a intensidade do calor se os humanos não tivessem queimado combustíveis fósseis e aquecido o mundo em 1,3°C. Eles descobriram que as mudanças climáticas tornaram a onda de calor na Europa de 1 a 4°C mais quente.

Os cientistas então usaram pesquisas sobre a relação entre o calor e mortes diárias para estimar quantas pessoas perderam a vida.

Eles descobriram que aproximadamente 2.300 pessoas morreram durante dez dias de calor nas 12 cidades atingidas, cerca de 1.500 a mais do que teriam morrido em um mundo sem mudanças climáticas. Em outras palavras, o aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes.

"Os resultados mostram como aumentos relativamente pequenos nas temperaturas mais altas podem desencadear enormes picos de mortalidade", escreveram os autores do estudo.

O calor tem um impacto particularmente fatal em pessoas com problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios.

Pessoas com mais de 65 anos foram as mais afetadas, representando 88% das mortes excedentes, de acordo com a análise. Mas o calor pode ser fatal para qualquer um. Quase 200 das mortes estimadas nas 12 cidades ocorreram entre pessoas de 20 a 65 anos.

As mudanças climáticas foram responsáveis ​​pela grande maioria das mortes em algumas cidades. Em Madri, 90% delas foram causadas pelas altas temperaturas.

"Ondas de calor não deixam um rastro de destruição como incêndios florestais ou tempestades", disse Ben Clarke, autor do estudo e pesquisador do Imperial College London.

"Seus impactos são em grande parte invisíveis, mas silenciosamente devastadores — uma mudança de apenas 2 ou 3°C pode significar a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas", completou Clarke.

Soluções para aliviar altas temperaturas

O mundo precisa parar de queimar combustíveis fósseis para evitar que as ondas de calor se tornem mais quentes e mortais, e as cidades precisam se adaptar urgentemente, disse Friederike Otto, climatologista do Imperial College London.

"Mudar para energias renováveis, construir cidades que possam suportar calor extremo e proteger os mais pobres e vulneráveis ​​é absolutamente essencial", afirmou Otto.

Akshay Deoras, pesquisador da Universidade de Reading, que não participou da análise, disse que "as técnicas robustas utilizadas neste estudo não deixam dúvidas de que a mudança climática já é uma força mortal na Europa".

Richard Allan, professor de ciência climática da Universidade de Reading, que também não participou do relatório, disse que o estudo se soma a enormes evidências de que as mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais intensas, "o que significa que o calor moderado se torna perigoso e o calor recorde se torna sem precedentes".

Não é apenas o calor que está sobrecarregando nosso mundo mais quente, acrescentou Allan. "Enquanto uma parte do globo queima, outra região pode sofrer chuvas intensas e inundações catastróficas."

  Esse conteúdo foi publicado originalmente em

inglêsVer original 

Tópicos

Junho de 2025 foi o 3º mais quente da história, aponta observatório europeu

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Mês registrou temperatura 1,30°C acima da média pré-industrial e foi só o terceiro, em dois anos, abaixo do limite de 1,5°C.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 09 de Julho de 2.025 às 07h00m

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Termômetro marca 43ºC durante onda de calor na Europa, em 1º de julho de 2025 — Foto: REUTERS/Benoit Tessier
Termômetro marca 43ºC durante onda de calor na Europa, em 1º de julho de 2025 — Foto: REUTERS/Benoit Tessier

Junho de 2025 foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado no planeta, segundo dados divulgados nesta terça-feira (08) pelo observatório europeu Copernicus, que monitora mudanças climáticas globais.

Com 1,30°C acima da média de 1850–1900 (período pré-industrial), junho foi apenas o terceiro mês, nos últimos dois anos, em que a temperatura global ficou abaixo de 1,5°C (veja GRÁFICO abaixo).

Ainda de acordo com o observatório, no mesmo período, a temperatura média do ar no mundo foi de 16,46°C, 0,47°C acima da média histórica para o mês (1991–2020).

Apesar de não ter superado os recordes de junho de 2024 e 2023, os cientistas alertam que a tendência de aquecimento permanece firme, e com impactos cada vez mais visíveis.

Em um comunicado, o Copernicus ressaltou ainda que este último mês foi marcado por temperaturas extremas nos dois hemisférios.

Enquanto grande parte da Europa, América do Norte, Ásia Central e partes da Antártica Ocidental enfrentaram temperaturas acima da média, regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, registraram um frio fora do comum para a época.

Junho de 2025 foi marcado por uma onda de calor excepcional em partes da Europa Ocidental, com estresse térmico muito forte em várias regiões. E esse fenômeno foi agravado por temperaturas recordes no Mar Mediterrâneo ocidental
— Samantha Burgess, líder de Estratégia Climática do ECMWF, centro que coordena os dados do Copernicus.

O mesmo ocorreu em partes da Índia e da Antártica Oriental, onde os termômetros também marcaram valores abaixo do esperado.

Essa combinação de extremos (calor severo de um lado e frio anormal do outro) é, segundo os cientistas, um reflexo do desequilíbrio crescente no sistema climático do planeta.

Embora eventos isolados de frio ainda ocorram, a tendência geral é de aquecimento global persistente, com impactos cada vez mais evidentes na saúde humana, na agricultura, nos ecossistemas e na economia.

"Em um mundo em aquecimento, as ondas de calor provavelmente se tornarão mais frequentes, mais intensas e afetarão mais pessoas em toda a Europa", acrescentou Burgess.

Mediterrâneo bate recorde de calor

Ainda de acordo com o observatório europeu, o calor não ficou restrito à atmosfera. Os oceanos também enfrentaram condições extremas no último mês, com destaque para o Mediterrâneo Ocidental, onde uma onda de calor marinha excepcional se formou em junho.

A região registrou, no dia 30, a maior temperatura média diária da superfície do mar já observada em um mês de junho: 27°C.

O valor representa um desvio de 3,7°C acima da média histórica, a maior anomalia já registrada para a área em qualquer mês do ano.

Com isso, a temperatura média da superfície do mar foi de 20,72°C, o terceiro maior valor já registrado para um mês de junho, ficando atrás apenas dos recordes estabelecidos em 2024.

Mulher se refresca com um leque enquanto caminha pelas ruas de Ronda, na Espanha, um dia antes do início da onda de calor prevista pela agência meteorológica do país. — Foto: REUTERS/Jon Nazca
Mulher se refresca com um leque enquanto caminha pelas ruas de Ronda, na Espanha, um dia antes do início da onda de calor prevista pela agência meteorológica do país. — Foto: REUTERS/Jon Nazca

E a elevação das temperaturas no mar Mediterrâneo, em particular, teve um papel importante no agravamento da onda de calor que atingiu países como Portugal, Espanha, França e Itália no fim do mês.

Mares mais quentes transferem calor para a atmosfera, criando um efeito de retroalimentação que amplia o impacto das altas temperaturas em terra firme.

No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas


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