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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Intel lança chip para tablets.

##= A Intel lançou um novo chip para tablets, à medida que a mais poderosa empresa de semicondutores pretende se tornar também um importante fabricante de microprocessadores para aparelhos móveis. Os chips da Intel estão em 80% dos laptops e desktops, mas a empresa tem tido menos sucesso em levar os microprocessadores para aparelhos menores como tablets e smartphones.
O tablet híbrido EeePad Slider, da Acer, é um dos que usarão o novo chip Atom. FOTO: DIVULGAÇÃO
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Conhecida por levar a velocidade de processamento ao limite máximo, a Intel agora enfrenta o desafio de criar processadores com maior eficiência energética conforme os aparelhos e suas baterias ficam menores, empurrando os limites da engenharia para outro caminho. E com mais consumidores preferindo comprar tablets em vez de melhorar seus computadores, a Intel procura diversificar suas fontes de renda com o novo processador Atom Z670.
Os chips da Intel têm sido encarados como sugadores de energia para aparelhos móveis, uma crítica que a Intel espera reverter com seus novos chips. A empresa está tentando alcançar seu espaço em um mercado de aparelhos móveis dominado por processadores com baixo consumo de energia de fabricantes como Qualcomm, Texas Instruments, e Apple (que produz seus próprios chips para o iPad).
A Intel também enfrenta o desafio de adaptar os chips a uma estrutura diferente, da empresa chamada ARM, em vez da estrutura x86 que a Intel utiliza. A fabricantes disse nesta segunda-feira, 11, que mais de 35 tablets e computadores “híbridos” vão usar seu novo chip, que faz parte da família de microprocessadores Atom.
Já em relação aos smartphones, a Intel disse que pretende lançar um processador para este mercado mais tarde neste ano, sem dar detalhes de especificações.
A Intel tem um histórico de entrar, e depois se retrair, do mercado de aparelhos sem fio e o sucesso do novo chip da empresa ainda é uma conclusão antecipada.
A fabricante vendeu sua unidade de chips para aparelhos móveis em 2006, e no ano passado comprou a divisão de chips para aparelhos sem fio da alemã Infineon por US$ 1,4 bilhão.
Com o acordo, a Intel comprou sua volta a este mercado cada vez maior, mas começando por uma empresa pequena. A divisão da Infineon tem apenas 5% do mercado de processadores e outros chips de celulares, de acordo com a consultoria Gartner, embora tenha tido sucesso com aparelhos famosos, como o iPhone da Apple.
Analistas estão divididos sobre as perspectivas da Intel. Alguns dizem que a empresa demorou muito para tomar uma iniciativa a ponto de atingir uma posição boa neste mercado. Outros lembram que a empresa, que teve um lucro líquido de US$ 11,7 bilhões no ano passado e uma receita de US$ 43,6 bilhões, tem muito dinheiro para investir e fazer de sua unidade de mobilidade uma concorrente de peso.
/ Jordan Robertson (ASSOCIATED PRESS)

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Intel encontra falha em chip

Por Agências
A Intel encontrou um defeito em um de seus microprocessadores, atingindo sua marca em momento em que a demanda por chips em computadores pessoais está sendo ameaçada.
Segundo a empresa, um problema de design em um chip secundário nos processadores Sandy Bridge (Intel 6 Series), chamado Cougar Point, afetava com o tempo o desempenho de disco rígidos e drives de DVD que utilizam portas SATA.
Somente os processadores enviados às lojas e fabricantes de PCs a partir do dia 9 de janeiro foram afetados pelo defeito. A Intel diz estar trabalhando com as empresas parceiras para substituir os processadores com defeito a partir do fim de fevereiro, processo que só deve terminar em abril.
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Apesar da empresa afirmar nesta segunda-feira, 31, que está corrigindo o problema, a Intel interrompeu o fornecimento do chip, voltado a PCs com a mais recente tecnologia da companhia, Sandy Bridge.
Como resultado, a Intel cortou sua previsão de receita do primeiro trimestre em US$ 300 milhões, estimando em US$ 700 milhões o custo para reparar e substituir o chip.
As ações da Intel recuavam 1,26% após o anúncio. A companhia afirmou que não espera que o problema, que atingiu o chip chamado de Cougar Point, tenha um efeito significativo na receita do ano todo. No fim de fevereiro, ela deve entregar a consumidores uma versão atualizada do chip.
A falha afetou algumas das unidades dos chipsets vendidos no último trimestre e por isso a Intel planeja assumir um encargo que vai reduzir sua margem bruta em cerca de 4 pontos percentuais nesse período.
A companhia também terá custos adicionais no primeiro trimestre de 2011, que vão diminuir sua margem bruta em 2 pontos percentuais.
“É um ponto negativo pequeno e não é uma questão tão importante quanto parece”, disse Brendan Furlong, analista do Miller Tabak. “É obviamente um constrangimento, mas não um grande problema para a companhia.”
Analistas afirmaram que o impacto financeiro será insignificante, mas crêem que o problema irá manchar a reputação da Intel, pelo menos temporariamente.
O problema com o chip, assim como as duas aquisições em andamento — incluindo a compra da McAfee, que deve ser concluída este trimestre — obrigaram a Intel a revisar suas previsões.
Com a ajuda das aquisições, a empresa agora espera ter uma receita de US$ 11,7 bilhões no primeiro trimestre, com margem de erro de US$ 400 milhões para cima ou para baixo, em vez de US$ 11,5 bilhões, com a mesma margem de erro.

Nokia começa pré-venda do modelo E7 no Brasil por R$ 1,8 mil

""Smartphone possui tela touch de 4", teclado Qwerty e câmera de 8 MP.
Aparelho tem foco no usuário corporativo e usa sistema
Symbian^3.""



##= A Nokia anunciou nesta segunda-feira (11) o início da pré-venda do Nokia E7 no Brasil. Até o dia 26 de abril será possível reservar o aparelho em todas as lojas físicas da Nokia no país ou ainda por sua loja virtual, por R$ 1,8 mil.

Na compra do aparelho em lojas físicas, junto com o voucher da compra para retirada do Nokia E7, o consumidor leva um kit composto de uma caixa com o livro “1.000 lugares para conhecer antes de morrer” e outro relacionado ao mundo dos negócios e das redes sociais, “Bilionários por acaso – a história do Facebook”.
A Nokia define o aparelho como um “escritório móvel”, pois conta com acesso direto, seguro e em tempo real ao e-mail pessoal e corporativo, calendário e contatos por meio do Microsoft Exchange. O E7 também também é compatível com o Office Communicator Mobile, aplicativo de chat empresarial desenvolvido pela Microsoft para os smartphones Nokia. No próprio smartphone, também é possível criar, editar e compartilhar documentos do Office, como PowerPoint, Word, e Excel, visualizar arquivos em PDF com o Adobe Reader, e ainda oferecer acesso à intranet pelo aplicativo de VPN embarcado.

Fora do ambiente corporativo, o aparelho possui opcões de entretenimento com acesso diretamente da tela inicial, e complementados com aplicativos da Ovi Loja, tais como apps informativos, como o Bloomberg, até o personal trainer Sports Tracker e jogos populares como Angry Birds e High Speed 3D.

O produto possui ainda o recurso de captura e reproducão de fotos e vídeos em alta definição com a câmera de 8 megapixels e flash LED duplo; saída mini HDMI para projeção de vídeos em alta definicão, Ovi Mapas com navegação GPS gratuita, 8 GB de memória interna e USB-On-The-Go, que permite abrir arquivos que estão em pen drives direto do telefone.
Uma linda Mulher...o filme!
Se o cachorro quente da Praça não presta!!!
...Compre este!...é muito melhor!

Relógio de pulso ganha funções de smartphones


##= A empresa iniciante Inpulse, financiada pelo fundo de investimentos Y Combinator, criou e lançou um relógio de pulso que permite ser programado para realizar várias funções, além do básico que seria mostrar as horas.
Chamado de "inPulse", o dispositivo se conecta via Bluetooth ao telefone e emite alertas de e-mail, mensagens SMS e redireciona as chamadas de voz diretamente para ele.

O relógio pode se conectar, sem fio, a todos os tipos de dispositivos: computadores, notebooks e smartphones. Ele funciona melhor com o Android, Blackberry, Mac, Windows e Linux (suporte ao iPhone está em desenvolvimento. A Apple exige chips especiais que devem ser incorporados ao relógio). É uma conexão em dois sentidos, de modo que o "inPulse" pode transmitir dados de volta para o aparelho com qual está interagindo.

A InPulse abriu sua plataforma para desenvolvedores e, até agora, mais de 30 aplicativos foram criados para o relógio. Estes variam de tornar o relógio num controlador de músicas do iTunes até virar um controle remoto de apresentação do PowerPoint. O interessante do aparelho é a possibilidade de programá-lo para exibir qualquer coisa por meio de aplicativos. Outro caso de uso popular para os programadores é o de exibir estatísticas em tempo real dos servidores. Existe, inclusive, um site dedicado a aplicativos para o produto.

O fundador Migicovsky Eric é um ciclista que queria uma maneira de checar seu e-mail, mensagens de texto e chamadas sem usar as mãos. Utilizar um smartphone não faria sentido porque ele ainda teria de tirar uma mão do guidão durante seus treinos na bicicleta. Então, ele começou a pensar em como poderia adicionar as capacidades dos smartphones a um relógio de pulso que ele sempre usava no exercício. Assim nasceu o "inPulse".
O relógio está à venda, on-line, no site do fabricante por US$ 150.

Assista ao vídeo de demonstração do inPulse.

Trio brasileiro percorreu continente projetando rodovia entre matas e montanhas...










##= RIO - Uma estrada que deixa o Rio, passa São Paulo e Mato Grosso e adentra o Paraguai; descamba para o sul, rumo a Buenos Aires, de onde sai para buscar os Andes, serpenteando as montanhas até Lima. Lá, troca a cordilheira pela selva e equilibra-se entre pântanos até o Panamá. Corta o oeste da Costa Rica a Guatemala, dribla rios mexicanos e, num trecho de poucas curvas, sobe do Texas a Washington. Esta rodovia existe, quase inteira, e atende por Carretera Pan-Americana. Foi idealizada em 1925 e imediatamente esquecida, como um plano irrealizável. Mas não padeceu muito tempo na gaveta. Três anos depois, uma trinca de expedicionários brasileiros decidiu encarar o caminho. Entre a mata virgem e vias já pavimentadas, gastaram dez anos. Em sua odisseia continental, conviveram com tribos e presidentes; foram aclamados pelo povo e postos para correr por onças pintadas; caíram de abismos e nausearam-se com a altura.
O caminho foi desbravado sobre as rodas de dois Ford Modelo T - um deles doado pelo GLOBO, patrocinador oficial da aventura. A partir do próximo sábado, o historiador Beto Braga passará 250 dias refazendo a trajetória dos expedicionários. Braga lançou, esta semana, o livro "O Brasil através das Três Américas", um diário de bordo sobre a primeira viagem.

- Se fosse americano, o trio teria uma estátua em cada cidade por que passaram nos EUA. Mas, no Brasil, somos pobres de heróis - lamenta. - Como ninguém lembrava dessa história, resolvi resgatá-la. Sem essa viagem, a Carretera não teria existido. Hoje ela é uma realidade em toda a América... à exceção de nosso país, que não construiu os ramais projetados.
A expedição foi concebida pelo tenente Lêonidas de Oliveira. O militar convidou o oficial da Aeronáutica Francisco Lopes da Cruz, profundo conhecedor de engenharia, para acompanhá-lo. Quando procuravam por patrocínio, acabaram encontrando também o mecânico Mário Fava, que ofereceu-se para acompanhá-los.

O automóvel escolhido dispensava apresentações. Um Ford T, modelo que era menina dos olhos da fábrica de companhia de Henry Ford, foi doado por Euricles de Mattos, então diretor do GLOBO. Antes de ganhar a América, o veículo passara dez anos distribuindo jornais Rio afora. Outro carro do mesmo modelo juntou-se à aventura em São Paulo.
- O mundo falava sobre a necessidade de abrir novas estradas. Este era, inclusive, o lema do presidente Washington Luís - ressalta Braga. - A principal motivação de Leônidas era difundir o pan-americanismo, a crença em um continente que pensasse junto em seu desenvolvimento. Mas, quando ele lançou-se a este desafio, talvez não tivesse noção do problema que estava arrumando.

Nos 15 países por que passou, comandante e companheiros encontraram todos os palácios abertos. No caminho, porém, não havia apenas civilizações. Ainda em Mato Grosso, uma onça atacou a trupe, salva pelos cães que a acompanhava. Na Colômbia, a vilã foi uma nuvem de arenillas, um mosquito que entrava pelas narinas e deixava marcas negras na pele.

O comandante padeceu com insetos, mas também com a água contaminada dos rios e infecções - uma delas quase o mata no México. E a fome. Caminhos exóticos exigem nova dieta. No planalto boliviano, o cardápio era à base de coelhos. O deserto de gelo dos Andes exigiu hábitos ainda mais regrados: lá, a única opção era mascar as folhas de coca dos índios quéchuas.
Não fosse a ajuda alheia, aliás, o trio não teria completado seu itinerário. Às vezes, havia muitos em volta. Houve trechos em que até 100 pessoas uniram-se a eles para abrir caminho pela mata. Também foi graças a um grupo extenso que eles chegaram ao Panamá. Os pântanos capazes de engolir carros inteiros exigiram que os veículos fossem desmontados, e suas peças levadas nas costas.

Na falta de um apoio humano, havia os cachorros para fazer companhia. E foram muitos. No Equador, um Ford perdeu o controle em uma ladeira, rodou mais de 100 metros e suas ferragens mataram Tudor, um dos cães, por asfixia. "Parece incrível nossa pouca sorte com mascotes, este é o décimo que perdemos desde o Rio", exasperou-se Leônidas.

Fava, o mecânico, sobreviveu ao acidente - estava inteiro sob o carro revirado. No Peru, o aventureiro já ficara gravemente ferido ao despencar de um abismo dentro de outro veículo. Só não morreu porque o automóvel, durante a descida, enroscou-se em uma árvore, onde balançou, à mercê dos ventos, até ser resgatado. Mais de 60 anos depois, quando foi entrevistado por Braga, ele ainda orgulhava-se do apelido que recebera da imprensa pelo caminho: o Intrépido Mecânico.

- Fava é, para mim, o grande herói dessa expedição - opina o historiador. - O Leônidas comandou, o Lopes da Cruz sabia muito sobre engenharia. Mas não haveria viagem sem um mecânico para manter os carros andando. E na época não havia posto de gasolina, borracharia, nada.

Aqui e ali, o que manteve os carros na estrada foi o improviso. A falta de combustível foi resolvida na Bolívia com uma bebida alcoólica indígena, à base de milho. Na Colômbia, os pneus estourados foram enchidos com capim - e assim rodaram até a Guatemala, onde o governo daquele país patrocinou uma recauchutagem dos veículos.

Nas paradas palacianas, o trio aproveitava para inteirar-se das notícias.
O observador Francisco Lopes da Cruz, profundo conhecedor de engenharia. Foto de divulgação
- Um ano após saírem, houve o crack da bolsa. Sem saber, eles estavam indo buscar dinheiro em um país que quebrou - ressalta Braga, lembrando a esperança do trio de que os EUA financiassem a rodovia. - Depois, o projeto da união pan-americano é estremecido quando os paulistas tentam separar-se do país na Revolução Constitucionalista. Foi um choque para o comandante Oliveira.

Enquanto o Brasil via Getúlio Vargas transformar-se em ditador com a instalação do Estado Novo, os expedicionários entravam triunfantes nos EUA. Levavam um orçamento de US$ 100 milhões para conclusão da Carretera - o valor seria cinco vezes maior, se boa parte do caminho já não estivesse pavimentado.

Henry Ford os recebeu em sua fábrica e fez uma oferta generosa (e recusada) para comprar os automóveis. O presidente Franklin Roosevelt elogiou a rodovia. Mas ninguém pôs a mão no bolso pela Carretera.

Nos trinta anos seguintes, porém, a rodovia foi construída, respeitando o projeto idealizado pelo trio. Cada país fez sua parte - menos o Brasil.


Após a expedição, a brava dupla de Ford T foi levada aos arredores do Museu do Ipiranga, em São Paulo. Por falta de conservação, um dos carros ainda apodrece ali. Uma imagem triste, mas fiel, da amnésia coletiva que sucedeu a viagem.

Doença desconhecida deixa pinguins carecas na África do Sul e na Argentina

"" Efeito nefasto (negativo) do homem agredindo a natureza e o ecossitema do planeta...sem jamais respeitar a Natureza!...eis o resultado!


Coitados dos Pinguins e de outros animais!...





##= do Sul também foram atingidos, assim como os filhotes, que normalmente passam por diversas ecdises antes que suas penas cresçam definitivamente. Nas duas espécies, os filhotes não repuseram a plumagem após a ecdise. Em vez disso, passaram diversas semanas parcial ou completamente carecas, afirma reportagem publicada na revista "New Scientist".

Nos filhotes que sobreviviam, crescia outra plumagem, mas o tempo em que ficavam descobertos os colocavam em crescente risco de exposição. Nola Parsons, da Fundação Sul-africana para a Conservação de Aves Costeiras, na Cidade do Cabo, onde o problema foi registrado primeiro, diz que provavelmente ele é causado por uma infecção: não há evidências de um parasita, mal nutrição ou estresse.

No último ano, Nola pegou uma série de amostras de pinguins afetados. Ela deve enviar o material para Greg Cunningham, do St. John Fisher College, em Rochester, Nova York, que tentará descobrir o que está causando a doença.

A pesquisadora afirma ainda que, a longo prazo, o problema não é uma ameaça: a maioria dos pinguins parece se recuperar e o número de animais atingidos não está aumentando.Mas ela ressalta que é provável que seja uma doença emergente, e poderia se espalhar.

Em muitos casos, até discos rígidos queimados podem ser recuperados.

""Wellington Menezes de Oliveira tentou eliminar pistas ateando fogo no PC.
HDs são bastante resistentes contra altas temperaturas, dizem especialistas
.""

##= Ainda pode ser possível recuperar o computador queimado de Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que invadiu salas de aula cheias de alunos na escola Tasso da Silveira na quinta-feira passada (7), matando 12 crianças. Ele tentou eliminar pistas, segundo a polícia, ateando fogo no equipamento. Mas, segundo especialistas, fogo não é a melhor maneira de se livrar de um disco rígido – na verdade, HDs são bastante resistentes contra altas temperaturas. Se o fogo não chegou a danificar as mídias do disco (chamadas de platters), os dados ainda podem ser recuperados.

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

A coluna Segurança Digital do G1 consultou por e-mail dois especialistas em recuperação de dados, um brasileiro e um norte-americano, para saber quais são as principais causas de defeito em discos rígidos de computadores, e se HDs incendiados são normalmente recuperáveis.
“Acredito que as pessoas se surpreenderiam se soubessem quanto calor uma unidade de disco rígido pode suportar. Isso se deve principalmente à engenharia de construção de um HD, que posiciona as mídias (platters) em um ambiente selado dentro do disco”, explica Lerry Granville, diretor de operações da empresa DataRecover.
A DataRecover trabalhou na recuperação de dados do avião 3054 da TAM e também em alguns casos de discos danificados pelo furacão Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans, nos EUA, em 2005. A empresa atua no ramo desde 1994.
Scott Moulton, especialista com mais de 20 anos de experiência em recuperação de dados para perícia e diretor da empresa norte-americana My Hard Drive Died, tem a mesma opinião, mas enfatiza a dificuldade do processo. A recuperação de dados pode precisar construir um HD idêntico ao queimado e colocar as platters do HD danificado nele. Mas o fato de o disco estar queimado pode dificultar a identificação dos componentes necessários para a tarefa.
“As platters estão quase sempre intactas e brilhantes, pelo menos se nenhuma água entrou no disco. Porém, o resto dos componentes pode ter derretido. A parte mais difícil é o rótulo do HD, que faz os números não ficarem visíveis. A parte eletrônica é muito importante, mas o selo queimado torna difícil saber quais eram os componentes usados no disco para a construção de um drive idêntico”, explica Moulton.
“Não existe um botão mágico que recupere os dados. É necessário muita pesquisa e investimento, pois cada modelo necessita de ferramentas diferentes”, também afirma Granville. O processo exige especialistas altamente treinados e um laboratório com uma Sala Limpa classe 100, que filtra partículas para impedir que elas causem danos às platters quando estas foram expostas ao ar.


Falhas humanas também danificam discos
Além de falhas envolvendo problemas do próprio disco rígido – como partes danificadas pelo uso, falhas na programação do disco (firmware). Mas alguns problemas são externos aos discos rígidos. Dois exemplos são o manuseio incorreto do disco e fornecimento de energia inadequado.
Os erros humanos envolvem desde uma formatação do disco rígido – na qual os dados ainda podem ser recuperados depois, sem grande dificuldade – até a realização de movimentos bruscos, empurrando e carregando o computador ou movendo um HD externo em operação.
“A tecnologia de funcionamento de um HD faz com que a cabeça de leitura (head), que é o elemento responsável por transferir os dados da mídia para o computador, flutue a uma distância infinitamente pequena, menor que um fio de cabelo, da mídia [platter]. E a mídia está girando a 7200 rotações por minuto”, explica Granville, da DataRecover. Nesse contexto, qualquer movimento brusco é capaz de danificar o HD. “Muitos danos acontecem por movimentação”, completa Moulton, da My Hard Drive Died.
Falhas no fornecimento de energia elétrica ou uma fonte de alimentação ruim no computador também podem causar uma parada brusca no disco. Os circuitos eletrônicos do HD, segundo Granville, não estão preparados para isso. “Todos os computadores que possuem dados importantes deveriam estar ligados a um no-break ou, pelo menos, a um estabilizador aterrado”, recomenda.


No caso de uma parada brusca, o braço de leitura não se recolhe para a área correta e, sim, sobre o disco, causando danos. “Seria como se, na hora de pousar um avião, não baixasse o trem de pouso”, ilustra o especialista brasileiro.
Já Moulton destaca a importância de uma boa fonte de energia no PC. A fonte de energia é responsável por transformar a voltagem de 110v ou 220v nas voltagens necessárias ao PC, normalmente 12v, 5v e 3.3v. “Uma fonte de alimentação ruim danifica o disco. Fontes de alimentação são normalmente a parte mais barata de um computador, mas a mais importante. Uma boa fonte de alimentação vale seu peso em ouro para seus dados”.
Problemas mecânicos são os mais graves
Arquivos removidos, HDs formatados e placas e circuitos queimados ou danificados normalmente não significam que o disco está irrecuperável. Granville conta que mais de 90% dos discos que chegam à DataRecover podem ser recuperados com sucesso. Mas às vezes não é possível ou, então, muito difícil. “Dentre os problemas mais complexos estão os casos mecânicos, pois geralmente este tipo de falha acaba riscando ou impedindo o acesso à mídia”, explica.


Moulton, da My Hard Drive Died, tem a mesma opinião: os problemas mais difíceis são os que requerem uma nova construção da parte mecânica do drive – a de leitura da mídia (platter). “Placas podem ser soldadas sem preocupação com o alinhamento da cabeça de leitura, mas uma cabeça desalinhada pode ser um pesadelo para realinhar. Não existem ferramentas práticas para fazer isso, é necessário ir pela tentativa e erro”.
A recuperação de um disco seriamente danificado pode custar mais de R$ 15 mil, mas os casos mais simples podem ser recuperados com preços que giram em torno de R$ 400.
Há, também, usuários que não querem que seus dados sejam recuperados, como por exemplo quando um HD será jogado no lixo ou revendido. Moulton recomenda o HDDErase. Granville comentou sobre o Active Killdisk, mas advertiu que “nesta vida nada é 100% garantido”. Algumas empresas, preocupadas com seus dados, decidiram triturar os discos velhos, inviabilizando a recuperação dos segredos comerciais armazeados.
* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página.

Relatório mostra que menos de 1% das multas aplicadas pelo Ibama são pagas


"Documento do próprio órgão indica que apenas 0,75% das autuações foram pagas entre 2005 e 2010; nº de multas e valor em reais vêm caindo ano a ano; Ibama culpa demora de processo administrativo de apuração e uso de 'laranjas', que inviabiliza cobrança."



Isto pode-se qualificar,não tão-somente de uma burocracia estatal que emperra estes processos de multa em prol,é claro do agressor,que geralmente é rico e sempre tem um amigo político e deputado forte,também por falta de leis mais rigorosas e por relaxamento e frouxidão de sua aplicabilidade, de tais leis existentes,como também,e principalmente,uma falta de respeito ao meio ambiente e a todos nós outros contribuíntes de impostos exorbitantes...isto é Brasil!...


Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo
Menos de 1% do valor das multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por infrações ambientais chegam efetivamente aos cofres públicos, aponta relatório do próprio órgão obtido pelo Estado. O documento traz um panorama das autuações feitas entre 2005 e 2010. O porcentual médio de multas pagas no período foi de 0,75%. No ano passado, o índice foi ainda menor - apenas 0,2%.
Os dados mostram ainda que o número de multas aplicadas caiu 42% no período - de 32.577 multas em 2005 para 18.686 em 2010, bem como os valores relacionados a essas multas. A maior parte das autuações está associada a crimes contra a flora, o que inclui desmatamentos, queimadas e venda de madeira ilegal.
Há ainda Estados com autuações bilionárias. É o caso do Pará, que desde 2005 encabeça a lista de recordistas em multas por infrações ambientais. Só em 2010, o valor das autuações soma R$ 1,02 bilhão. Mato Grosso vem em segundo lugar, com R$ 376,5 milhões em 2010.
O baixo porcentual de multas efetivamente pagas reflete, segundo o próprio Ibama e especialistas, a complexa tramitação dos processos de apuração de infrações ambientais. "O processo administrativo de apuração de infração ambiental não tem o poder de, per si, garantir o pagamento de multa", explicou o Ibama em nota ao Estado.
A legislação atual prevê a inscrição de devedores no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e a inscrição de débitos na Dívida Ativa da União, em procedimento de execução fiscal exercido pela Advocacia-Geral da União. Para chegar a tanto, o processo passa por duas instâncias de julgamento. Antes de 2009 - quando deixou de existir a possibilidade de recurso final ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) - os processos chegavam a voltar até oito vezes ao órgão ambiental.
Por outro lado, segundo o Ibama, os processos de autos de infração referentes aos crimes de desmatamento são de tramitação mais complexa, pois envolvem altos valores de multas e frequentemente são contestados na Justiça. "Esses processos refletem também a ordenação fundiária da Amazônia Legal, com implicações na confirmação de autoria da infração ambiental", afirma a autarquia.
"A quantidade e os valores das multas são proporcionais às regiões onde ocorrem mais desmatamentos e onde as fiscalizações têm sido mais intensas", avalia Brenda Brito, pesquisadora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A entidade realiza estudos desde 2004 na Amazônia que confirmam o baixo pagamento das multas ambientais. "Na melhor das hipóteses, a arrecadação das multas chega a 3%", diz.
Laranjas. Além dos aspectos burocráticos, o alto índice de multas não pagas é fruto também da informalidade em que operam muitas empresas, especialmente na Amazônia Legal. "Em Estados como o Pará, é comum empresas serem abertas por "laranjas". Uma vez multadas, essas pessoas jurídicas não possuem bens nem recursos, então a multa nunca chega a ser paga", explica Ubiratan Cazetta, procurador do Ministério Público Federal (MPF) no Pará. "Essas empresas de fachada são propositalmente criadas para serem carregadas de multas."
A queda no número de multas ambientais de 42% entre 2005 e 2010 não aponta, necessariamente, para a diminuição real das infrações ambientais no País. Segundo o Ibama, "houve uma mudança de estratégia, que trouxe redução do número de autos de infração, porém resultou em multas mais elevadas", afirma a nota. "O Ibama deixou a rotina de fiscalizar cada localidade para concentrar energia no combate a grandes desmatadores e a ilícitos ambientais de maior abrangência identificados por meio do cruzamento de imagens de satélite com informações sobre as frentes de desmatamento na Amazônia e demais biomas."
Para Brenda Brito, do Imazon, a diminuição da quantidade de multas não é ruim. "O foco nos grandes infratores dá resultado, assim como a apreensão de materiais, como madeira ilegal", diz. No entanto, ela avalia que não basta multar. "Emitir multa é importante, mas não deve ser a principal estratégia de combate aos crimes ambientais", avalia a pesquisadora. "É preciso investir mais em prevenção do desmatamento e em medidas como embargo das áreas onde ocorreram as infrações e sanções de crédito aos desmatadores", aponta.
Vigilância. Outra saída para a redução dos crimes ambientais é a vigilância do mercado, na avaliação do procurador do MPF no Pará. Foi o que aconteceu com a cadeia da pecuária no Pará, em 2009. Após a atividade ser apontada como o principal vetor de desmatamento na Amazônia, supermercados, frigoríficos e pecuaristas firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Os frigoríficos se comprometeram a só comprar gado de pecuaristas com a situação fundiária regularizada, inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O resultado foi uma explosão no número de propriedades rurais cadastradas, que é o primeiro passo para a regularização ambiental das terras. Em 2007, apenas dez propriedades do Pará estavam inscritas no CAR. Hoje, são 52 mil. "A combinação de ações mais efetivas de fiscalização com um esforço para regularizar o setor produtivo é o caminho mais eficiente para a redução de crimes como o desmatamento", resume Cazetta.
SÓ PARA LEMBRAR...
Ministra pode adiar punição a infrator
Contrária ao projeto do Código Florestal que tramita na Câmara, a ministra Izabella Teixeira admitiu a prorrogação de um decreto que determina o início das autuações dos fazendeiros que não estiverem em conformidade com a lei. A norma deve entrar em vigor no dia 11 de junho, mas o governo quer ganhar tempo para negociar mudanças no texto do projeto que altera o Código Florestal. 

Moral da História...ISTO É UMA VERGONHA!!!
Ed Ferreira/AE-13/2/2008Impunidade. Apreensão de madeira ilegal no Pará: Ibama lavrou mais de R$ 1 bilhão em multas no Estado em 2010