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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Observatório a bordo de avião detecta o primeiro tipo de molécula formada no universo

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G1 

Postado em 26 de abril de 2019 às 23h20m 
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Para achar uma molécula de hidreto de hélio, pesquisadores criaram um observatório estratosférico a bordo de um Boeing 747 — Foto: Nasa
O universo se formou em uma súbita expansão do espaço-tempo chamada Big Bang. Por conta desta alcunha – dada de forma jocosa por Fred Hoyle, que não acreditava nessa hipótese –, essa rápida expansão é muitas vezes confundida com uma grande explosão. Semântica à parte, o fato é que o universo nasceu muito, muito quente e era energia pura. Aos poucos ele foi esfriando e a energia pode se converter em matéria, dando origem às primeiras partículas.

Mesmo quando o universo já tinha prótons e elétrons, ainda levou mais um tempinho para que se formassem os primeiros átomos, principalmente o hidrogênio, um pouco de hélio e pitadas de outros elementos mais pesados, como berílio e lítio, por exemplo. As quantidades certinhas podem ser calculadas a partir das equações de física nuclear em uma disciplina chamada nucleossíntese primordial.

Os cálculos teóricos foram comparados com observações de nebulosas em que a contaminação de elementos produzidos posteriormente por estrelas é baixa. Eram, portanto, nebulosas bastante representativas da abundância química do início do universo, e os resultados estavam em grande concordância. Esse fato é um dos três pilares que sustentam a teoria do Big Bang, mostrando que, apesar de precisar de alguns remendos, ela é uma teoria bem consistente.

Os outros dois pilares são a expansão do universo e a radiação cósmica de fundo.
Mas e quanto as primeiras moléculas? Quando e qual teria sido a primeira molécula formada no universo?

Formação de átomos e moléculas
Para que um átomo se formasse no universo primordial, foi preciso que o universo se esfriasse a ponto de um próton poder capturar um elétron, para formar o átomo de hidrogênio, o mais simples. Para formar a primeira molécula, foi preciso esperar mais um pouco, de modo que o universo se esfriasse mais.

Então, por volta de 100 mil anos depois do Big Bang, a temperatura tinha caído para valores da ordem de 4-5 mil kelvin, o que já é baixo o suficiente para moléculas se formarem e sobreviverem. Mas qual teria sido essa molécula?

Bom, partindo do princípio que, naquela época, o universo era basicamente hidrogênio e hélio, deve ter sido uma combinação entre os dois. O hélio é um elemento nobre, não se combina com ninguém, mas, em determinadas condições de alta densidade, pressão e temperatura, ele pode se ligar a algum átomo. E o universo, com 100 mil anos, tinha tudo isso, e tinha muito hidrogênio soltinho.
Ilustração mostra a nebulosa NGC 7027 — Foto: Divulgação/Nasa
Ilustração mostra a nebulosa NGC 7027 — Foto: Divulgação/Nasa

Qual foi a primeira molécula?
A primeira molécula a se formar no universo foi um hidreto de hélio, ou HeH+. Essa molécula foi sintetizada em laboratórios em 1925 e desde então ela tem sido procurada no universo moderno. Veja, não se trata de usar os melhores telescópios do mundo para tentar detectar essa molécula no universo antigo, observando galáxias ou quasares muito, muito distantes.

Para encontrar essa molécula em ambientes astrofísicos atuais, era preciso encontrar um local com alta temperatura e abundância de energia, que poderia dar condições para a formação do hidreto de hélio. Essas condições são encontradas, de modo geral, em nebulosas planetárias, estágios finais de evolução de estrelas de pouca massa como o Sol. Na década de 1970, a nebulosa NGC 7027, distante 3 mil anos luz na constelação do Cisne, foi identificada como boa candidata a ter as condições propícias.

Desde então, astrônomos tentaram, sem sucesso, identificar essa molécula. Coube a equipe liderada por Rolf Guesten, do Instituto Max Planck de Rádio Astronomia da Alemanha encontrar o HeH+.

Para fazer isso, ele e sua equipe precisou observar com um instrumento, digamos, sui generis: um observatório embarcado em um Boeing 747! Pois é, a nossa atmosfera atua como um filtro absorvendo quase toda a radiação infravermelha que vem do espaço. Pouca coisa pode ser observada da Terra e para conseguir observar em comprimentos de onda mais longos, é preciso contornar a atmosfera.

Isso pode ser feito do espaço, com satélites dedicados a isso, como o telescópio espacial Spitzer da Nasa e o Herschel, da ESA. Mas lançar um telescópio como esse é muito caro, sem falar no risco de um defeito de fabricação, ou no lançamento, arruinar um investimento de centenas de milhões de dólares. O infravermelho é absorvido, principalmente, pelo gás carbônico e vapor d’água e ambos se concentram em altitudes abaixo de 10 km. Com um jato viajando a 11-12 km de altitude, podendo alcançar um pouco mais, ele deixa para baixo algo como 90% dos dois gases. Isso viabiliza observações em comprimentos de onda impossíveis de atingir o solo.

O Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (Sofia, na sigla em inglês) é um consórcio entre várias instituições de pesquisa, incluindo a Nasa (dona do avião) e o Instituto Max Planck. Os dados foram coletados em 2016 e publicados nesta semana na prestigiosa revista "Nature".

Ele confirma detalhes da evolução do universo primordial, quando ele era ainda muito jovem e inacessível aos instrumentos de pesquisa, pois só podemos observar a partir de quando o universo tinha 380 mil anos de idade. 

Descobertas como essas confirmam as previsões teóricas de uma época em que não podemos observar o universo através de observações do universo como ele é hoje.

Nasa

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A catástrofe que matou milhares de filhotes e comprometeu uma geração de pinguins-imperadores

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Colônia inteira desapareceu na Antártida da noite para o dia quando plataforma em que viviam foi comprometida por ventos fortes que abriram buracos no gelo. Cientistas temem que caso ilustre o que pode acontecer no futuro com aquecimento desta região do planeta.

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Por BBC 

Postado em 26 de abril de 2019 às 18h10m 

GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013


Os pinguins-imperadores precisam de uma plataforma de mar congelado estável para viver — Foto: CHRISTOPHER WALTONOs pinguins-imperadores precisam de uma plataforma de mar congelado estável para viver — Foto: CHRISTOPHER WALTON

Milhares de filhotes de pinguins-imperadores se afogaram quando o mar congelado onde viviam foi destruído por condições climáticas extremas.

A catástrofe ocorreu em 2016 no Mar de Weddell, na Antártida, e acaba de ser relatada por uma equipe da British Antarctic Survey (BAS), a operação nacional britânica na região, no periódico científico in the journal Antarctic Science.

Assim, a colônia de pinguins-imperadores que vivia às margens da prateleira de gelo Brunt - que, por diversas décadas, reuniu entre 14 mil e 25 mil casais destas aves, o que corresponde de 5% a 9% da população global da espécie - desapareceu praticamente da noite para o dia.

Os cientistas Peter Fretwell e Phil Trathan perceberam o desaparecimento da colônia Halley por imagens de satélite. Mesmo em imagens tiradas a até 800 quilômetros de distância, é possível identificar o excremento das aves, conhecido por guano, em meio ao gelo branco e estimar assim o tamanho provável de um agrupamento.

O que pode ter acontecido?
Infográfico mostra área onde colônia de pinguins ficavam — Foto: BBC 
Infográfico mostra área onde colônia de pinguins ficavam — Foto: BBC

Ventos fortes abriram buracos dentro da lateral mais espessa da prateleira Brunt, e o gelo que nunca se reformou completamente.

"O gelo que se formou desde 2016 não foi tão forte. As tempestades que ocorrem em outubro e novembro agora vão acabar fazendo com que ele desapareça mais cedo. Portanto, a situação mudou. O gelo deixou de ser estável e confiável", disse Fretwell.

Os imperadores são a espécie de pinguim mais alta e pesada. Por isso, precisam de plataformas de mar congelado estáveis para se reproduzir. Elas devem durar, pelo menos, de abril, quando as aves chegam, até dezembro, quando filhotes já têm condições de flutuar.

Quando o gelo se rompe cedo demais, os filhotes não conseguem sobreviver, porque ainda não têm as penas adequadas para começar a nadar. Foi o que parece ter ocorrido em 2016.

A equipe britânica acredita que muitos adultos evitaram se reproduzir nesses últimos anos ou mudaram-se para novos criadouros no Mar de Weddell. Uma colônia a cerca de 50 km de distância, perto da geleira Dawson-Lambton, teve um grande aumento no número de animais.

Segundo cientistas, o evento fez com que a colônia de Brunt entrasse em colapso, pois as aves adultas não deram nenhum sinal de tentar restabelecê-la.

Não está claro por que a plataforma de gelo marinho na borda da prateleira Brunt não conseguiu se regenerar. Não há uma evidência climática clara para isso. Observações atmosféricas e oceânicas nas proximidades da Brunt encontraram poucas mudanças.

População da espécie no mundo pode ser reduzida em 70% até o fim do século
Nessa imagem de satélite de 2015, é possível ver a mancha de guano da colônia Halley Bay — Foto: DIGITALGLOBE, A MAXAR COMPANYNessa imagem de satélite de 2015, é possível ver a mancha de guano da colônia Halley Bay — Foto: DIGITALGLOBE, A MAXAR COMPANY

Mas a sensibilidade dessa colônia em relação as mudanças no gelo marinho evidencia o impacto que o futuro aquecimento na Antártida pode ter sobre os pinguins-imperadores em especial, diz a equipe.

Pesquisas sugerem que a espécie pode perder de 50% a 70% de sua população global até o final deste século, se o gelo marinho for reduzido na proporção calculada por modelos computacionais.

Isso teria consequências além dos pinguins-imperadores, diz Michelle LaRue, ecóloga da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia.

"Eles são uma parte importante da cadeia alimentar. São o que chamamos de mesopredadores. Eles são presas de animais como focas-leopardo, mas também se alimentam de espécies de peixes e krill. Então, eles desempenham um papel relevante no ecossistema ", disse ela à BBC News.
A colônia de Dawson-Lambton cresceu, segundo análise de imagens de satélite de 2018 — Foto: DIGITALGLOBE, A MAXAR COMPANY A colônia de Dawson-Lambton cresceu, segundo análise de imagens de satélite de 2018 — Foto: DIGITALGLOBE, A MAXAR COMPANY

Trathan explicou que o que mais chama atenção não é que uma colônia se mude de lugar ou que possa haver uma interrupção no ciclo de reprodução.

"Sabemos que essas coisas acontecem. Estamos falando aqui da formação de uma baía no Mar de Weddell, que é um refúgio para as espécies adaptadas ao frio, como os pinguins-imperadores, em meio às mudanças climáticas. Haver grandes distúrbios em refúgios assim - onde não temos visto mudanças nos últimos 60 anos - isso é um alerta importante", disse o cientista.

Colônia tinha um futuro incerto
Mas a colônia de Halley Bay poderia não ter futuro de qualquer forma. A prateleira Brunt está sendo dividida por uma enorme rachadura em desenvolvimento.

Este abismo acabará gerando um iceberg do tamanho da cidade de Londres no Mar de Weddell, e qualquer gelo marinho preso à borda do iceberg pode se desmanchar durante este processo, condenando a colônia independentemente do que aconteceu em 2016.
Os imperadores são a espécie de pinguim mais alta e pesada — Foto: CHRISTOPHER WALTON 
Os imperadores são a espécie de pinguim mais alta e pesada — Foto: CHRISTOPHER WALTON

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    Manifesto assinado por 600 cientistas pede que Europa pare de 'importar desmatamento' do Brasil

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    Os sistemas do Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite (Prodes) registraram no fim de 2018 um aumento de 13,7% do desmatamento da Amazônia em relação aos 12 meses anteriores - o maior número registrado em dez anos.

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    Por BBC 

    Postado em 26 de abril de 2019 às 16h15m

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    Floresta Nacional de Itaituba I — Foto: Reprodução / ICMBioFloresta Nacional de Itaituba I — Foto: Reprodução / ICMBio




















    A edição de sexta-feira (26) da revista Science traz uma carta assinada por 602 cientistas de instituições europeias pedindo para que a União Europeia (UE), segundo maior parceiro comercial do Brasil, condicione a compra de insumos brasileiros ao cumprimento de compromissos ambientais.

    Em linhas gerais, o documento faz três recomendações para que os europeus continuem consumindo produtos brasileiros, todas baseadas em princípios de sustentabilidade. 
    Pede que sejam respeitados os direitos humanos, que o rastreamento da origem dos produtos seja aperfeiçoado e que seja implementado um processo participativo que ateste a preocupação ambiental da produção - com a inclusão de cientistas, formuladores de políticas públicas, comunidades locais e povos indígenas.

    O grupo de cientistas tem representantes de todos os 28 países-membros da UE. O teor da carta ecoa preocupações da Comissão Europeia - órgão politicamente independente que defende os interesses do conjunto de países do bloco político-econômico - que há cerca de quatro anos vem estudando como suas relações comerciais impactam o clima mundial.

    Pesquisador de questões de uso do solo, políticas de mitigação climática, combate ao desmatamento e cadeias produtivas, o brasileiro Tiago Reis, da Universidade Católica de Louvain, é um dos autores da carta.

    Em entrevista à BBC News Brasil, ele afirmou que a publicação do texto tem como objetivo mostrar às instituições europeias que a comunidade científica entende a questão como "prioritária e extremamente relevante".
    "A iniciativa é importante, sobretudo neste momento em que sabemos que a Comissão Europeia está estudando o assunto e formulando uma proposta de regulação para a questão da 'importação do desmatamento", disse o cientista.
    O artigo foi divulgado nesta quinta-feira. Procurado pela reportagem da BBC News Brasil, o Ministério do Meio Ambiente ainda não respondeu ao pedido de entrevista sobre o tema.

    Sustentabilidade e direitos humanos
    "Exortamos a União Europeia a fazer negociações comerciais com o Brasil sob as condições: a defesa da Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas; a melhora dos procedimentos para rastrear commodities no que concerne ao desmatamento e aos conflitos indígenas; e a consulta e obtenção do consentimento de povos indígenas e comunidades locais para definir estrita, social e ambientalmente os critérios para as commodities negociadas", diz a carta veiculada no periódico científico.

    A carta ressalta que a UE comprou mais de 3 bilhões de euros de ferro do Brasil em 2017 - "a despeito de perigosos padrões de segurança e do extenso desmatamento impulsionado pela mineração" - e, em 2011, importou carne bovina de pecuária brasileira associada a um desmatamento de "mais de 300 campos de futebol por dia".

    Segundo dados do Ministério da Economia, as exportações para a UE representaram 17,56% do total do Brasil em 2018 - um total de mais de US$ 42 bilhões, com superávit de US$ 7,3 bilhões. A exportação de carne responde por cerca de US$ 500 milhões deste total, minério de ferro soma quase US$ 2,9 bilhões e cobre, US$ 1,5 bilhão.

    De acordo com dados divulgados em novembro pelo ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a Amazônia enfrenta índices recordes de desmatamento.

    Os sistemas do Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite (Prodes) registraram um aumento de 13,7% do desmatamento em relação aos 12 meses anteriores - o maior número registrado em dez anos. Isso significa que, no período, foram suprimidos 7.900 quilômetros quadrados de floresta amazônica, o equivalente a mais de cinco vezes a área do município de São Paulo.

    A principal vilã é a pecuária. Estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 2016 apontou que 80% do desmatamento do Brasil se deve à conversão de áreas florestais em pastagens.

    Atividades de mineração respondem por 7% dos tais danos ambientais.
    Principal autora do texto, a bióloga especialista em conservação ambiental Laura Kehoe, pesquisadora da Universidade de Oxford, acredita que, como forte parceria comercial, a Europa é corresponsável pelo desmatamento brasileiro.
    "Queremos que a União Europeia pare de 'importar o desmatamento' e se torne um líder mundial em comércio sustentável", disse ela. "Nós protegemos florestas e direitos humanos 'em casa', por que temos regras diferentes para nossas importações?"
    "É crucial que a União Europeia defina critérios para o comércio sustentável com seus principais parceiros, inclusive as partes mais afetadas, neste caso as comunidades locais brasileiras", afirmou a bióloga conservacionista Malika Virah-Sawmy, pesquisadora da Universidade Humboldt de Berlim.

    A carta dos cientistas apresenta preocupações, mas a aplicação dos tais compromissos como condições para tratativas comerciais depende de regras a serem criadas pela Comissão Europeia. Se o órgão acatar as sugestões, será preciso definir de que maneira o Brasil - e outros parceiros comerciais da UE - precisaram criar organismos e estabelecer as métricas para o cumprimento das exigências.

    Medidas do governo Bolsonaro
    De acordo com o brasileiro Tiago Reis, foram dois meses de articulação entre os cientistas europeus para que a carta fosse consolidada e os signatários, reunidos.
    "Criamos o texto acompanhando a evolução do novo governo brasileiro. Estávamos preocupados com as promessas de campanha, mas quando essas promessas passaram a ser concretizadas, com edição de decretos, decidimos que precisávamos fazer algo", disse ele.
    "Existe, hoje, um discurso no Brasil que promove a invasão de terras protegidas e o desmatamento. Isso gerou sinais de alerta na comunidade científica internacional."

    A carta publicada pela Science ainda afirma que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) trabalha "para desmantelar as políticas anti-desmatamento" e ameaça "direitos indígenas e áreas naturais". Além de ser assinada pelos 602 cientistas europeus, a carta tem o apoio de duas entidades brasileiras, que juntas representam 300 povos indígenas: a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

    Logo no dia 2 de janeiro, primeiro dia útil do mandato, Bolsonaro publicou decretos transferindo órgãos de controle ambiental para outras pastas, reduzindo a atuação do Ministério do Meio Ambiente.

    O Serviço Florestal Brasileiro, por exemplo, foi realocado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - pasta comandada por Tereza Cristina, ligada à bancada ruralista. Outros três órgãos foram cedidos para o Ministério do Desenvolvimento Regional.

    A incumbência de demarcar terras indígenas, antes sob responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai), também foi transferida para o Ministério da Agricultura. A própria Funai foi remanejada. Antes vinculada ao Ministério da Justiça, acabou subordinada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.

    Mais recentemente, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) têm sido alvo de exonerações.

    Na semana passada, o Ibama arquivou processos contra a produção de soja em áreas protegidas em Santa Catarina. E o próprio presidente Bolsonaro, via redes sociais, desautorizou no início deste mês operação em andamento contra a exploração ilegal de madeira em Rondônia.
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