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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Em meio ao tarifaço, exportações aos EUA caem 18,5% e agosto tem maior déficit do ano com o país

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No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, Brasil teve déficit de US$ 3,48 bilhões nas transações comerciais com os EUA, com alta de 370% no período.
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Por Alexandro Martello, Thiago Resende, g1 e TV Globo — Brasília

Postado em 04 de Setembro de 2.025 às 15h20m
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Exportações para os EUA desabam 18,5% em agosto
Exportações para os EUA desabam 18,5% em agosto

O Brasil registrou déficit em suas transações comerciais com os Estados Unidos pelo oitavo mês seguido em agosto, informou nesta quinta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento (MDIC).

🔎O déficit comercial significa que o Brasil importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. Para a economia brasileira, esse fato representa um cenário desfavorável.

  • De acordo com o governo, as exportações aos EUA somaram US$ 2,76 bilhões no mês passado, com forte queda de 18,5% frente ao mesmo período do ano passado.
  • Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 3,99 bilhões da economia norte-americana, com alta de 4,6% na comparação com agosto de 2024.
  • Com isso, o saldo ficou deficitário para o Brasil em US$ 1,23 bilhão no mês passado. Este é o maior resultado negativo mensal deste ano.
  • Apesar da queda nas vendas para os EUA, o Brasil exportou mais para outros grandes parceiros: China (+29,9%), México (+43,8%) e Argentina (+40,4%).

▶️ O último mês no qual o Brasil teve superávit com os EUA, ou seja, quando as exportações superaram as compras do exterior, foi dezembro do ano passado — no valor de US$ 468 milhões.

▶️No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o Brasil acumula um déficit nas transações comerciais de US$ 3,48 bilhões com os Estados Unidos. Isso representa um aumento de 370% no rombo na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o déficit somou US$ 745 milhões.

▶️Os números mostram também que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.

DÉFICIT COMERCIAL DO BRASIL COM OS EUA EM 2025
MÊS A MÊS EM US$ MILHÕES


Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO

Tarifaço dos EUA

O tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump foi anunciado de forma paulatina e progressiva com o passar dos meses — culminando em uma sobretaxa de 50% com início em 6 de agosto a cerca de 36% das vendas externas aos EUA.

O mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil (inexistente de acordo com números oficiais), mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos", entre outros.

Balança comercial do Brasil com os Estados Unidos
Exportações menos importações em US$ bilhões


Fonte: Ministério do Desenvolvimento

Em meados de agosto, o governo apresentou a primeira parte do pacote de medidas para socorrer empresas afetadas pela cobrança do tarifaço. A principal medida anunciada foi a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos.

Também foram anunciadas outras medidas. São elas:

➡️Seguro à exportação: governo anunciou instrumentos para proteger o exportador contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos, permitindo que bancos e seguradoras utilizem essa garantia em mais tipos de operações.

➡️A Receita Federal foi autorizada a fazer diferimento (adiamento) de cobrança de impostos para as empresas mais afetadas pelo tarifaço.

➡️Isenção de insumos para exportações: o governo anunciou a prorrogação, por um ano, do prazo para que as empresas consigam exportar mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo chamado "drawback".

➡️Novo Reintegra: o governo também anunciou que as empresas exportadoras terão crédito tributário (valores a abater em impostos) para que suas vendas ao exterior sejam desoneradas.

➡️Compras públicas: foi anunciado que a União, estados e municípios poderão fazer compras públicas para seus programas de alimentação (para merenda escolar, hospitais, etc.).

➡️Diversificação de mercados: o governo anunciou, ainda, que continuará trabalhando para diversificar mercados, ou seja, buscando novos países compradores dos produtos sobretaxados pelos Estados Unidos.

Balança comercial em agosto

▶️Quando são consideradas as transações comerciais com todos os países, e não somente com os EUA, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,13 bilhões em agosto.

  • Segundo dados oficiais, houve um aumento de 35,8% no saldo positivo na comparação com o mesmo mês de 2024 (+US$ 4,52 bilhões).
  • Esse é o melhor resultado para meses de agosto desde 2023, quando foi contabilizado um superávit comercial de US$ 9,63 bilhões.

💵De acordo o governo, em agosto:

  • As exportações somaram US$ 29,86 bilhões, com alta de 8,9% na média por dia útil;
  • As importações somaram US$ 23,72 bilhões, com alta de 2,6% na média por dia útil.

Apesar da queda nas vendas aos Estados Unidos, as exportações para outros grandes parceiros comerciais do Brasil cresceram no mês passado, contra agosto de 2024.

  • As vendas externas para a China subiram 29,9%.
  • As exportações para o México avançaram 43,8%.
  • As vendas para a Argentina cresceram 40,4%.

▶️No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 42,81 bilhões, com queda de 20,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 53,62 bilhões).

INFOGRÁFICO - Linha do tempo do tarifaço contra o Brasil — Foto: Arte/g1
INFOGRÁFICO - Linha do tempo do tarifaço contra o Brasil — Foto: Arte/g1

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Sabia que o seu copinho descartável pode ir parar no oceano?

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Veja quanto tempo leva para cada item se decompor Brasil despeja mais de 3 milhões de toneladas de plástico no mar por ano; veja como microplásticos afetam animais e podem chegar ao corpo humano
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Por Poliana Casemiro, g1

Postado em 04 de Setembro de 2.025 às 06h00m
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Dá para tirar o plástico dos oceanos?
Dá para tirar o plástico dos oceanos?

O copinho do café, a colher do cafezinho, a sacolinha do delivery. Todos esses itens descartáveis que fazem parte da rotina têm um destino comum: muitos acabam no mar.

O plástico está entre os materiais mais usados do mundo e leva centenas de anos para se decompor. Parte desse produto até consegue ser reciclado, apesar de nem tudo ter reciclabilidade e, com isso, vai parar nos oceanos.

Para você entender melhor:

  • ➡️ Um material reciclável é aquele que, por meio da reciclagem, pode ser transformado em um novo produto. Por exemplo, uma garrafa PET pode ser reciclada inúmeras vezes. Isso ajuda a diminuir a produção de plástico no mundo, usando o que já está disponível.
  • ➡️ Isso é diferente da reciclabilidade. Esse termo é usado para definir o potencial que os materiais têm de passar pelo processo. Alguns exigem processos caros, que acabam dificultando que o material seja reaproveitado e se mantenha circulando.
Um pescador prepara a sua rede nas margens do Mar Arábico, cheio de sacos de plástico, em Mumbai, na Índia. Esta quinta (1º) marca um ano desde que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi lançou o 'Swachh Bharat Abhiyaan' ou 'Missão Limpe a Índia' — Foto:  Rafiq Maqbool/AP
Um pescador prepara a sua rede nas margens do Mar Arábico, cheio de sacos de plástico, em Mumbai, na Índia. Esta quinta (1º) marca um ano desde que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi lançou o 'Swachh Bharat Abhiyaan' ou 'Missão Limpe a Índia' — Foto: Rafiq Maqbool/AP

🔴 Segundo um levantamento da ONU, o Brasil é responsável por cerca de 3,44 milhões de toneladas de plástico descartado nos oceanos todos os anos.

Esse volume contamina a água do mundo e também as pessoas. Apesar de se decompor depois de algumas centenas de anos, esse plástico acaba por se desfazer aos poucos e libera micropartículas que contaminam a água que depois acabam na torneira e os animais que, depois, chegam ao prato.

Pesquisas recentes já encontraram microplásticos no cérebro, pulmão e até no esperma humano. De acordo com a OMS, isso é um risco, apesar de ainda não se saber exatamente o que isso pode causar à saúde humana.

E esse lixo também mata. Todos os anos, centenas de animais marinhos como tartarugas, golfinhos e peixes morrem por ingerirem ou ficarem presos em plásticos.

Toninha foi encontrada com lacre que a impedia de ser alimentar  — Foto: Kaio Nunes/Instituto Biopesca
Toninha foi encontrada com lacre que a impedia de ser alimentar — Foto: Kaio Nunes/Instituto Biopesca

Dá para limpar?

Essa é uma missão difícil. Há algumas iniciativas, como a dp jovem holandês criou o projeto Ocean Cleanup, que desenvolveu uma tecnologia para retirar plástico de áreas críticas dos oceanos. A meta é ousada: remover até 80% do lixo oceânico até 2030.

No entanto, o desafio, porém, vai além de limpar: é preciso frear o volume que continua chegando ao mar todos os anos.

O que precisa mudar?

  • Empresas precisam cuidar do destino de suas embalagens e investir em alternativas menos poluentes;
  • Governos precisam implementar leis mais rígidas para responsabilizar quem polui;
  • E nós, consumidores, podemos repensar o uso de descartáveis no dia a dia.
Quanto tempo cada objeto leva para se decompor?

  • Saco plástico: 20 anos
  • Copo de isopor: 50 anos
  • Canudo: 200 anos
  • Garrafa plástica: 450 anos
  • Fralda descartável: 450 anos
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