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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O mapa da Zelândia, 'continente perdido' que levou 375 anos para ser achado

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Cientistas de Nova Zelândia publicaram o mapa definitivo da Zelândia, o continente 'perdido' que se encontra 95% submerso
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TOPO
Por BBC

Postado em 29 de setembro de 2023 às 08h25m

#.*Post. - N.\ 10.962*.#

A Zelândia tem uma superfície de cerca 5 milhões de quilômetros quadrados — Foto: BBC
A Zelândia tem uma superfície de cerca 5 milhões de quilômetros quadrados — Foto: BBC

Aristóteles, Eratóstenes e, mais tarde, o cartógrafo Ptolomeu a chamaram de Terra Australis Ignota.

Em busca desse continente imaginário, que na Grécia clássica acreditavam ter existido do outro lado do mundo devido à simetria geométrica, o explorador holandês Abel Tasman se deparou com uma nova terra em 1642, as ilhas que hoje conhecemos como Nova Zelândia. Mas isso parecia pequeno demais para ser o que procuravam.

Demorou 375 anos para confirmar que o continente, chamado Zelândia, realmente existia, embora fosse em grande parte invisível a olho nu: 94% dele está submerso.

Agora, um novo estudo conseguiu completar o mapa definitivo da Zelândia ou, como é conhecido em Maori, o povo nativo da Nova Zelândia, Te Riu-a-Māui.

Em um estudo publicado na revista Tectonics, cientistas da GNS Science da Nova Zelândia criaram um novo mapa detalhado dos limites da Zelândia, que conseguiram traçar graças a amostras de rochas dragadas do fundo do oceano.

O continente se estende por 5 milhões de quilômetros quadrados e só agora a sua superfície completa foi estabelecida.

A sua história está ligada à de Gondwana, o antigo supercontinente meridional que, ao ser dividido há centenas de milhões de anos, criou os continentes que conhecemos hoje.

A Zelândia se separou há cerca de 80 milhões de anos mas, ao contrário dos continentes vizinhos da Antártida ou da Oceânia, a maior parte do seu território ficou submerso.

Basaltos, arenitos e seixos

Mapa mostra a Zelândia em comparação com outros países e regiões — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science
Mapa mostra a Zelândia em comparação com outros países e regiões — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science

A única porção de terra que resta na superfície são as ilhas da Nova Zelândia, o território francês da Nova Caledônia e os minúsculos territórios australianos da Ilha Lord Howe e da Pirâmide de Ball.

Por estar submersa, a Zelândia foi pouco e mal estudada, criando inconsistências sobre sua forma e limites. Até agora, apenas a parte sul do continente tinha sido mapeada.

Com a nova investigação liderada pelo geólogo Nick Mortimer, foram definidos os dois terços que faltavam e os mapas existentes foram refinados, para que "o mapeamento geológico de reconhecimento terrestre e marinho de todo o continente da Zelândia, de 5 milhões de km2, fosse agora concluído", diz o estudo.

Para isso, a equipe de geólogos e sismólogos estudou as amostras de rochas e sedimentos coletados no fundo do oceano, principalmente em perfurações, e também os exemplares que surgiram nas costas das ilhas da região.

Basaltos, arenitos e seixos areníticos foram analisados ​​e datados. Os pesquisadores descobriram que os arenitos eram do Cretáceo Superior (cerca de 95 milhões de anos) e continham granito e seixos vulcânicos do Cretáceo Inferior (130 a 110 milhões de anos). Os basaltos foram datados do Eoceno (cerca de 40 milhões de anos).

Esses resultados, juntamente com dados de anomalias magnéticas regionais e informações de outros estudos, ajudaram os cientistas a mapear a geologia subaquática do norte da Zelândia.

Após o primeiro avistamento europeu em 1642 por Abel Tasman (que mais tarde daria o seu nome à ilha da Tasmânia), outros exploradores e cientistas percorreram as águas da Zelândia em busca do continente perdido sem perceber que flutuavam acima dele.

As primeiras pistas reais sobre a sua existência foram recolhidas pelo naturalista escocês James Hector, que em 1895 estudou as ilhas ao largo da costa sul da Nova Zelândia e concluiu que o país é "o remanescente de uma cordilheira que formou a crista de uma grande área continental que se estendia para o sul e o leste, e que agora está submersa.

Então, em 1995, o geofísico americano Bruce Luyendyk descreveu novamente a região como um continente e sugeriu chamá-la de Zelândia.

O que muda?

Mapa mostra possível território da Zelândia — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science
Mapa mostra possível território da Zelândia — Foto: Arte BBC / Fonte GNS Science

A crosta continental tem geralmente cerca de 40 km de profundidade e é significativamente mais espessa do que a crosta oceânica, que normalmente tem apenas cerca de 10 km.

A Zelândia tem cerca de 20 km de profundidade porque a sua plataforma se espalhou muito quando se separou de Gondwana. Por ser tão fina, acabou afundando, embora não ao nível da crosta oceânica normal.

Os cientistas defendem que, tanto pela altura da sua crosta como pelo tipo de rochas que a compõem, a Zelândia é definitivamente um continente.

Além do interesse científico, mudará alguma coisa se os pesquisadores definirem a Zelândia como um novo continente?

Mudará, sim.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os países podem estender os seus territórios legais para além da sua Zona Econômica Exclusiva, que chega a 370 km das suas costas, para reivindicar a sua plataforma continental alargada, com todas as riquezas minerais e petrolíferas que isso engloba.

Ao provar que faz parte de um continente maior, a Nova Zelândia poderia aumentar seis vezes o seu território.

Isso significaria que as verbas para a exploração marinha se multiplicariam.

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Nível de gelo marinho atinge baixa histórica na Antártida e gera preocupação

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Degelo pode afetar a reprodução dos pinguins, além de acelerar o aquecimento global.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 26 de setembro de 2023 às 06h15m

#.*Post. - N.\ 10.961*.#

Pequenos pedaços de gelo flutuam na água perto da Baía de Fournier, na Antártica, em 2020. — Foto: Reprodução/Reuters
Pequenos pedaços de gelo flutuam na água perto da Baía de Fournier, na Antártica, em 2020. — Foto: Reprodução/Reuters

O gelo marinho que contorna a Antártida atingiu neste inverno os níveis mais baixos já registrados, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês). Divulgada na segunda-feira (25), a informação agravou a preocupação dos cientistas quanto aos impactos das mudanças climáticas no Polo Sul.

O derretimento do gelo pode impactar animais como os pinguins, que dependem dos grandes blocos de água congelada para se reproduzir e criar seus filhotes. Além disso, o degelo acelera o aquecimento global por reduzir a quantidade de luz refletida para o espaço.

Em 10 de setembro o gelo marinho da Antártida atingiu seu pico, cobrindo 16,96 milhões de quilômetros quadrados. Essa é a menor máxima para o inverno desde o início dos registros por satélite, em 1979.

Trata-se de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, em 1986.

"Não é apenas um ano de recorde, é um ano de quebra extrema de recorde", afirmou Walt Meier, cientista sênior do NSIDC.   

Embora as mudanças climáticas estejam contribuindo para o derretimento dos glaciares da Antártida, há pouca certeza sobre o impacto das temperaturas mais elevadas no gelo marinho perto do Polo Sul. A extensão do gelo na área cresceu entre 2007 e 2016.

A mudança nos últimos anos para condições de baixas recordes tem deixado cientistas preocupados com a possibilidade de as mudanças climáticas estarem finalmente refletindo no gelo marinho da Antártida.   

Um artigo acadêmico publicado neste mês pelo jornal Communications Earth and Environment descobriu que as maiores temperaturas dos oceanos, provocadas principalmente pelos gases causadores do efeito estufa, estão contribuindo para baixar os níveis de gelo marinho desde 2016. 

"A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores", afirmou um dos co-autores do estudo, Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália.

Entenda a crise do clima em gráficos e mapasEntenda a crise do clima em gráficos e mapas

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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Fernando Alonso vai leiloar McLaren rara: só há 149 no mundo

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Carro foi ainda customizado pelo bicampeão mundial de Fórmula 1, que há três meses leiloou uma Ferrari por mais de R$ 28 milhões
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Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Postado em 25 de setembro de 2023 às 14h25m

#.*Post. - N.\ 10.960*.#

O bicampeão mundial de Fórmula 1 Fernando Alonso vai leiloar o McLaren Elva que adquiriu em 2022. Um caro raro, já que apenas 149 unidades foram fabricadas - a do piloto é a de número 114. O leilão será realizado pela Bonhams no dia 25 de novembro, em Yas Marina, na véspera do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Abu Dhabi, que marca o encerramento da temporada de 2023. E o próprio Alonso vai entregar as chaves para o comprador.

Bicampeão mundial de F1 Fernando Alonso vai leiloar seu McLaren Elva

- Oi, pessoal, Fernando aqui. Meu McLaren Elva pessoalmente customizado vai estar à venda com a Bonhams Car no Grande Prêmio de Abu Dhabi, em novembro. Então, estou ansioso para conhecer o comprador e entregar as chaves para ele. Boa sorte com o leilão, vejo você em breve - disse Alonso em um vídeo postado na página de Instagram da Bonhams, que realizará o leilão.

O piloto conheceu o carro pela primeira vez em 2019, como mostra o vídeo abaixo:

McLaren Elva customizado de Fernando Alonso vai a leilão — Foto: Bonhams
McLaren Elva customizado de Fernando Alonso vai a leilão — Foto: Bonhams

Não é a primeira vez que Alonso leiloa um carro raro esse ano. Em junho, o piloto espanhol já havia vendido o seu Ferrari Enzo - o primeiro de apenas 399 exemplares fabricados - por 5,4 milhões de euros. Na cotação da época, a cifra corresponde a mais de R$ 28 milhões.

Fernando Alonso vendeu Ferrari Enzo em leilão por mais de R$ 28 milhões — Foto: Divulgação/Monaco Car Auctions
Fernando Alonso vendeu Ferrari Enzo em leilão por mais de R$ 28 milhões — Foto: Divulgação/Monaco Car Auctions

O McLaren Elva

O McLaren Elva é um carro conversível de dois lugares e sem parabrisas, e por isso exige que seu piloto use capacete, como se estivesse numa prova de automobilismo. E teve seu interior customizado sob medida para Alonso, com toques de laranja mamão, a cor clássica da McLaren Racing. O bicampeão só o dirigiu por 5 km, o que torna o carro praticamente novo.

McLaren Elva customizado de Fernando Alonso vai a leilão — Foto: Bonhams
McLaren Elva customizado de Fernando Alonso vai a leilão — Foto: Bonhams

A expectativa da casa de leilões Bonhams para o leilão varia de 2,5 a 3 milhões de dólares, algo entre R$ 12.400 e R$ 14.900 - o preço original do Elva está em torno de 1,6 milhões, ou R$ 7.900.

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domingo, 24 de setembro de 2023

Maior amostra de asteroide já coletada cai de paraquedas nos EUA

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Cápsula da Nasa transportando amostras de solo que retirou da superfície do asteroide Bennu, do início do sistema solar, fez pouso bem sucedido no estado de Utah.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 24 de setembro de 2023 às 13h35m

#.*Post. - N.\ 10.959*.#

Cápsula com maior amostra de asteroide já coletada chega de paraquedas à Terra
Cápsula com maior amostra de asteroide já coletada chega de paraquedas à Terra

Uma cápsula espacial da Nasa transportando a maior amostra já coletada da superfície de um asteroide atravessou a atmosfera da Terra no domingo e caiu de paraquedas no deserto de Utah.

Agora, a rocha celestial, que pode conter pistas valiosas sobre a origem da Terra (leia mais abaixo), ficará nas mãos dos cientistas, que analisarão o material.

👉Esta é a terceira e, de longe, a maior amostra de asteroide a ser trazida à Terra para análise, depois de duas missões semelhantes da agência espacial japonesa que terminaram em 2010 e 2020.

🪂A cápsula em forma de bala de goma, liberada da espaçonave robótica OSIRIS-REx, aterrissou em uma área prevista a oeste da cidade de Salt Lake City, em Utan. No local, ficam um vasto campo de testes e treinamento do Exército norte-americano.

A descida e o pouso finais, transmitidos ao vivo pela Nasa, encerraram uma missão conjunta de seis anos entre a agência espacial americana e a Universidade do Arizona.

A OSIRIS-REx coletou a amostra há três anos de Bennu, um pequeno asteroide rico em carbono descoberto em 1999. A rocha espacial é classificada como um "objeto próximo à Terra" porque passa relativamente perto do nosso planeta a cada seis anos, embora as chances de um impacto sejam consideradas remotas.

🪨 Aparentemente formado por uma coleção de rochas soltas, como uma pilha de entulho, Bennu mede apenas 500 metros de diâmetro, o que o torna um pouco mais largo do que o Empire State Building - um dos mais icônicos prédios de Nova York -, mas minúsculo em comparação com o asteroide Chicxulub, que se chocou com a Terra há cerca de 66 milhões de anos, eliminando os dinossauros.

Relíquia

Imagem feita pela Nasa mostra o asteroide Bennu, que teve uma amostra coletada em 2020 e que chegou à Terra em 24 de setembro de 2023. — Foto: Nasa/ Goddard/Universidade do Arizona via Reuters
Imagem feita pela Nasa mostra o asteroide Bennu, que teve uma amostra coletada em 2020 e que chegou à Terra em 24 de setembro de 2023. — Foto: Nasa/ Goddard/Universidade do Arizona via Reuters

Assim como outros asteroides, Bennu é uma relíquia do início do sistema solar. Como sua química e mineralogia atuais estão praticamente inalteradas desde que se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, ele contém pistas valiosas sobre as origens e o desenvolvimento de planetas rochosos como a Terra.

Ele pode até conter moléculas orgânicas semelhantes às necessárias para o surgimento de micróbios.

🌍Há três anos, a missão japonesa Hayabusa2 recuperou amostras de Ryugu, outro asteroide próximo à Terra, contendo dois compostos orgânicos, reforçando a hipótese de que objetos celestes como cometas, asteroides e meteoritos que bombardearam a Terra primitiva semearam o jovem planeta com os ingredientes primordiais para a vida.

🚀A OSIRIS-REx foi lançada em setembro de 2016 e chegou a Bennu em 2018, depois passou quase dois anos orbitando o asteroide antes de se aventurar perto o suficiente para coletar amostras de material solto da superfície com seu braço robótico em 20 de outubro de 2020.

A espaçonave partiu de Bennu em maio de 2021 para uma viagem de 1,9 bilhão de km de volta à Terra, incluindo duas órbitas ao redor do Sol.

☄️A cápsula entrou na atmosfera superior a 35 vezes a velocidade do som, cerca de 13 minutos antes do pouso, e brilhou em brasa enquanto se aproximava da Terra. Esperava-se que as temperaturas no interior da espaçonave atingissem 5.000 graus Fahrenheit (2.800 °C).

Os paraquedas foram acionados perto do final da descida, reduzindo a velocidade da cápsula para cerca de 20 km/h antes de aterrissar suavemente no chão do deserto do noroeste de Utah.

A amostra de Bennu foi estimada em 250 gramas, superando em muito os 5 gramas transportados do Ryugu em 2020 ou o minúsculo espécime entregue do asteroide Itokawa em 2010. Mas a quantidade de material entregue no domingo só será quantificada com mais precisão daqui a uma semana.

Uma equipe de recuperação de cientistas e técnicos estava de prontidão para recuperar a cápsula e confirmar se a integridade da espaçonave e do contêiner interno que contém o material do asteroide foi mantida durante a reentrada e o pouso.

Seu objetivo era manter a amostra intacta e livre de qualquer contaminação terrestre.

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sábado, 23 de setembro de 2023

Da pedra na vesícula ao chifre: como até partes inusitadas do boi são aproveitadas pela indústria

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Chifres são usados na fabricação de extintores de incêndio e a gordura bovina vai para a produção de sorvetes, segundo a Embrapa.
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Por g1

Postado em 23 de setembro de 2023 às 09h45m

#.*Post. - N.\ 10.958*.#

Chifres são usados na fabricação de extintores de incêndio  — Foto: Daniel Ochoa de Olza/AP
Chifres são usados na fabricação de extintores de incêndio — Foto: Daniel Ochoa de Olza/AP

De um boi se aproveita tudo, até mesmo os chifres. E se engana quem acha que essas partes inusitadas do animal são menos valorizadas do que uma peça de picanha ou o filé mignon.

As pedras retiradas da vesícula dos gados, por exemplo, podem custar até US$ 50 por grama, no mercado asiático. De olho nesse item de luxo, ladrões chegaram a invadir uma empresa exportadora e roubaram cerca de R$ 2 milhões em produtos, na última terça-feira (19), em Barretos (SP).

Também conhecido como pedra de fel ou cálculo biliar bovino, o item é usado na medicina tradicional chinesa para o tratamento de convulsões, desmaios, febre e várias outras doenças, afirmou pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Daniela Gomes, em entrevista ao g1.

De acordo com a Embrapa, ao todo, 49 segmentos industriais dependem do boi. Abaixo, você confere como algumas partes inusitadas são aproveitadas.

🐮Chifres e ossos🧯

Dos chifres dos bovinos são extraídos componentes presentes no pó dos extintores de incêndio e na fabricação de pentes e botões.

Já os ossos - fonte de cálcio e fósforo - são usados na produção de farinhas e rações para cães, gatos e aves. Uma vez calcinados, eles também podem ser aproveitados na fabricação de porcelana e cerâmica.

Além disso, usinas utilizam a ossada do animal como carvão para alvejar e refinar açúcar.

🐂Pele✂️

Após ser tratada, a pele do boi passa a ser chamada de couro. A partir daí, o material é usado na fabricação de roupas, bolsas, calçados, revestimentos, bancos e em material esportivo.

Da pele do boi se extrai ainda o colágeno, uma substância poderosa utilizada em cosméticos, como cremes e esmaltes. O produto também é usado na fabricação de medicamentos, de filmes radiológicos e de chicletes.

🧈Gordura e sebo 🍧

A gordura dos bovinos é aproveitada em receitas de sorvetes e produtos de confeitaria. Já o sebo, que não é comestível, serve para produção de velas, de sabão e de sabonetes perfumados.

🥩Glândulas 💉

Das suprarrenais, da tiróide e do pâncreas são extraídas substâncias usadas em medicamentos e perfumaria.

A insulina para diabéticos, por exemplo, é extraída do pâncreas bovino. Enquanto isso, do intestino, produzem-se fios usados em cirurgias.

🐄Pelos🖌️

Até mesmo os pelos dos animais são aproveitados na fabricação de pincéis e escovas de cabelo, de roupa e de limpeza. Já os pelos localizados nas orelhas dos bois são produzidos por pincéis, finíssimos, de pintura.

🩸Sangue 🌱

O sangue dos bovinos também é usado na produção de plasma, de soro, de farinha de sangue ou sangue solúvel. Conforme divulgado pela Embrapa, o plasma é usado na fabricação de alimentos embutidos (como a linguiça) e, do seu soro, confeccionam-se vacinas.

Por seu alto teor de nitrogênio, a farinha de sangue ainda é aplicada como fertilizante.

Tendões 🍮

Por fim, tendões e ligamentos dos bovinos são transformados, pela indústria, em gelatina.

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