Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
O empresário Eike Batista, do grupo EBX, voltou a ter o posto de homem mais
rico do Brasil, segundo ranking da Bloomberg de sexta-feira (7). Em 30 de
novembro, ele
havia perdido o título para o investidor Jorge Paulo Lemann, da InBev. O índice da Bloomberg é atualizado com base em informações de mercado,
mudanças econômicas e notícias veiculadas pela agência. Na 36º posição do
ranking de bilionários da publicação, a fortuna de Eike está hoje estimada em
US$ 19 bilhões. Em 30 de novembro, ela era avaliada em US$ 18,6 bilhões. Lemman, por sua vez, manteve sua fortuna em US$ 18,9 bilhões, o que lhe
colocou na 37ª posição entre os maiores bilionários do mundo. O empresário
mexicano Carlos Slim está em primeiro lugar, com US$ 73,3 bilhões. Até 29 de
novembro, o ranking mostrava Eike na 35ª posição, hoje ocupada pelo mexicano
Alberto Bailleres, com US$ 19,3 bilhões. De janeiro a setembro, as empresas de Eike Batista tiveram
prejuízo de R$ 1,68 bilhão – 64% superiores ao prejuízo acumulado ao longo de
todo o ano passado, que foi de R$ 1,02 bilhão, segundo dados da consultoria
Economatica. Jorge Paulo Lemann controla, junto com os empresários Marcel Telles e Carlos
Alberto Sicupira, a Anheuser-Busch InBev, maior fabricante de cerveja do mundo.
Por meio do fundo 3G Capital, os três controlam ainda a rede de fast food Burger
King e as Lojas
Americanas. Forbes Em agosto, a revista "Forbes" colocava os dois
empresários em "empate técnico". Segundo os cálculos da revista, o patrimônio de
Eike somava R$ 30,26 bilhões, enquanto Lemann possuía R$ 29,3 bilhões.
"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha
junto é realidade". São versos retirados de Prelúdio, canção de Raul Seixas, que
dimensionam com exatidão o que cada gremista está prestes a viver neste 8 de
dezembro de 2012. Um sábado diferente. Um dia como poucos. Uma data para sempre.
A partir das 20h, o Grêmio inaugura a Arena, seu novo estádio, no bairro
Humaitá, em Porto Alegre. Um projeto que começou dentro da cabeça e da mochila
de um jovem dirigente e, aos poucos, passou a ser abraçado por mais pessoas, por
praticamente todos que vestem azul, preto e branco. Sonhado junto. Portanto,
realidade. Ainda no embalo de Raulzito, o título da música tem tudo a ver com o espírito
tricolor neste sábado mágico para os torcedores. Afinal, o objetivo do Grêmio é,
ao descortinar para o mundo a sua nova casa, abrir também uma avalanche de
conquistas em campo, ausentes desde 2001. Ou seja, a festa colossal que vem por
aí está mais para um começo, uma prévia, do que para um fim. Não por acaso, o
clube mobiliza os fãs pela internet desde a tarde de sexta-feira, pedindo que
espalhem a mensagem "Nova Era Tricolor".
Chegou a hora: Arena será inaugurada neste sábado
(Foto: Wesley Santos/PressDigital)
O espetáculo da noite se divide em duas partes. Primeiro, a partir das 20h,
num show previsto para durar uma hora e cinco minutos e que promete emocionar. O
parâmetro é nada menos que a cerimônia de encerramento de uma Olimpíada. Às
22h30m, a bola rola para o amistoso inaugural, em que tudo será pela primeira
vez. Do pontapé inicial ao gol, a novidade será a palavra de ordem em Grêmio x
Hamburgo, um "revival" do Mundial de 1983. O torcedor poderá ver tudo no GLOBOESPORTE.COM, que transmite a festa e o
amistoso ao vivo. Antes, desde a manhã, poderá acompanhar a movimentação dos fãs
na Arena e também no Olímpico, outro grande ponto de concentração de gremistas -
em Tempo Real, com fotos e relatos sobre o que de mais importante acontece em
Porto Alegre. O internauta ainda pode participar, enviando a sua foto desse
momento inesquecível da história tricolor.
Com a intenção de facilitar o deslocamento da torcida, algumas medidas foram
tomadas. Duas linhas de ônibus especiais serão oferecidas especificamente para
quem irá à festa de inauguração. Outras sete opções de trajetos realizados por
coletivos estarão à disposição dos torcedores. Mais de 60 mil pessoas são
esperadas. Há também a opção de ir de trensurb, de carro ou até a pé, como sugere o
hino, já que as ruas do entorno da Arena não receberão bloqueios por parte da
Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) durante todo o dia. O GLOBOESPORTE.COM listou todas as formas de locomoção até
o espetáculo. Clique aqui e confira. A mochila de Antonini
Antonini (segundo da esquerda para a direita)
em reunião com a Amsterdam Arena, em 2006 (Foto: Arquivo
Pessoal)
Parece impossível, mas a Arena do Grêmio, um gigante de 56 metros, já coube
numa mochila. Ou ao menos o sonho de erguê-la. Na verdade, a ideia inicial era
reformar o Olímpico. Mas Eduardo Antonini, hoje presidente da Grêmio
Empreendimentos, porém na época só mais um jovem conselheiro, ficou convencido,
após viagem rumo à Copa de 2006, na Alemanha, que o Grêmio precisava de uma
revolução.
Como se fosse um "maluco beleza", sonhava esse sonho sozinho.
Tanto que viajou para o Mundial por conta própria, numa aventura de mochileiro,
dormindo em albergues. Na volta a Porto Alegre, ganhou, primeiramente, a
confiança do presidente Paulo Odone, que aceitou a contratação da empresa
holandesa Amsterdam Arena para a criação de um estudo de viabilidade. Eis a
semente da Arena tricolor. A busca pelo novo, hoje tão exaltada, no entanto, teve seus obstáculos nos
idos de 2007 e 2008. Esbarrou um pouco no próprio Conselho Deliberativo, com
seus mais de 300 gremistas, muitos testemunhas do crescimento do Olímpico.
Depois, na desistência do grupo português TBZ. A construtora baiana OAS, que já
estava no negócio com os portugueses, "abraçou" a causa e resolveu tocar a obra
com os seus próprios braços, numa parceria de 20 anos. - É importante sublinhar o caráter pioneiro do projeto. Em tempos de Copa
do Mundo, todos falam em arenas. Em 2006, no entanto, ninguém pensava em se
desfazer de seus estádios - destaca Antonini, sobre a primeira Arena da América
Latina. Com investimentos beirando os R$ 540 milhões, a previsão é de que a Arena
fature entre R$ 110 milhões e R$ 120 milhões em seu primeiro ano de vida (a
construtora OAS fica com 35% do total, e o Grêmio, 65%) . Obras voam em 2012 O contrato foi firmado em dezembro de 2008. Menos de dois anos depois, em 20
de setembro de 2010, num evento do tamanho do que hoje é a Arena, era lançada a
pedra fundamental do estádio. Com direito a voo de helicpótero de Hugo de León
com um pedaço da grama do Olímpico e extensa carreata pelas ruas de Porto
Alegre. A partir daí, tudo virou poeira, cimento, barulho. Numa palavra: obras. Naquela época, eram 200 operários. Agora, na fase de finalização dos trabalhos,
passam de 3,2 mil homens carregando vigas, aplicando pinturas e instalando os
mais variados tipos de equipamentos. A obra ganhou um generoso empurrão em 2012. Em janeiro, por exemplo, estava a 50% de sua conclusão, sem sequer o
esqueleto da cobertura - processo iniciado em 30 de abril e com a
novidade de deixar todos os torcedores protegidos. Em menos de um ano, está
praticamente a 100%, com seu teto completamente instalado. O gramado começou a nascer em 23 de outubro e
hoje impressiona pela rapidez com que deixou de ser ralos tufos para se tornar
um tapete verde. Sustenta como carro-chefe a drenagem à vácuo, inédita no Brasil
e que garante um jogo tranquilo, mesmo sob um dilúvio sem fim.
A tecnologia é o sobrenome da Arena. Os dois telões foram fabricados pela mesma empresa do
maior telão do mundo, o de Dallas, nos Estados Unidos. Cada um tem 96,4 m²,
maior que um apartamento de luxo, com três dormitórios. Os refletores prometem
um campo "sem sombras" tamanha a eficiência das 408 lâmpadas de 2.000 watts
cada. Os quatro vestiários levam o padrão Fifa,
algo ainda não visto no país. Outro destaque são os camarotes. Antes mesmo de serem
inaugurados, cerca de 60% dos 135 disponíveis já foram comercializados, alguns
por dez anos. É bom ressaltar, no entanto, que a obra não está completamente finalizada. O
torcedor não terá à sua disposição o futuro memorial, que promete alta interação e
aparelhos de ponta, nem a loja do Grêmio, a ser erguida em dois pisos. No
entanto, poderá consumir produtos do clube em quiosques espalhados pelo
complexo. Estará à venda, por exemplo, a camiseta exclusiva para o amistoso com
o Hamburgo. As lojas projetadas para o estádio também serão ausências, uma vez
que os interessados ainda precisam definir as compras dos locais para posterior
instalação de sua marca. O restaurante panorâmico, projetado sobre a Geral, será
construído depois. Na inauguração, servirá como espaço vip a personalidades. "O espetáculo é o Grêmio" Como o próprio Grêmio define, a Arena é mulituso. Viverá não só de gols, mas
também das vozes de artistas e de rifes de guitarras. Uma prova de sua
capacidade para receber shows se verá neste sábado mesmo, no espetáculo de inauguração. Serão ao todo
cinco blocos temáticos intercalados com apresentações e queimas de fogos. - O espetáculo é o Grêmio - explica o diretor artístico Aloyzyo Filho. Muito por isso, 12 ídolos históricos, entre eles o ex-goleiro Danrlei e o
ex-meia Milton Kuelle - que atuou na Baixada e no Olímpico - desfilarão no
gramado em determinado momento da apresentação.
Ensaio geral na última quinta-feira (Foto: Bruna
Melgarejo/ Arquivo Pessoal)
Centenas de balões com o símbolo gremista serão dispostos no gramado. Cerca
de 180 deles, em tamanho menor, serão empurrados para fora do campo pelos
figurantes. Mas outros 56 ficarão no campo, medindo 5 metros de altura, com
alguns se elevando até perto do teto. Um deles é maior, de oito metros e não
sustenta o escudo tricolor. Nele, serão projetadas imagens com aspecto
tridimensional. O conteúdo das imagens é mantido em segredo, mas o certo é que
remeterá aos momentos vitoriosos do clube. A fita que simboliza a abertura do estádio, por exemplo, será carregada por
bailarinos "voadores", suspensos por cordas de aço e que descerão com o tecido
até ele se desamarrar. Será o desfecho, a senha para o futebol entrar em
campo. Em campo: Grêmio x Hamburgo
Zé Roberto já defendeu o alemão Hamburgo (Foto:
Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
O clima de festa contagiou a comissão técnica e os jogadores do Grêmio. De
quarta a sexta, a descontração marcou os treinos. Foram atividades leves. Apenas
para manter a o ritmo dos atletas. A partida é encarada pelo lado histórico.
Ganhar é importante, claro, para marcar o começo de uma era. Atacantes sonham
com o primeiro gol. Zagueiros em evitá-lo. Vanderlei Luxemburgo resumiu como os
90 minuto serão encarados em uma frase. Não está preocupado se os alemães
tentarão dar o troco da perda do título mundial: - O jogo é uma festa. Temos de falar da grandeza dela, a importância da Arena
ao clube. Se ficarmos nas picuinhas do futebol, se vem titulares ou não, se o
Hamburgo encará como vingança, vamos estragar o momento. Não é o
caso.
Luxa não revelou quem irá jogar. Os desfalques são Gilberto Silva
(transferiu-se ao Atlético-MG), Kleber (operado no tornozelo esquerdo) e Gabriel
(liberado pela direção para buscar novo clube). É certo que Zé Roberto irá
reencontrar o clube que defendeu entre 2009 e 2011 e a escola de futebol que se
consagrou por 12 temporadas – defendeu ainda LeverKusen e Bayern de
Munique.
- É um amistoso, mas queremos ganhar. É importante começar uma
era nova ganhando. A torcida espera isso – disse o meia.
O Hamburgo vive
uma espécie de conflito de opiniões com a chance de reencontrar o Grêmio. Há
quem exulte a vigem ao Brasil, há quem reclame e encare apenas como compromisso
comercial. A verdade é que, pela diferença de calendário, o jogo irá atrapalhar
os alemães.
Jogadores do Hamburgo embarcam para o Brasil (Foto:
Reprodução)
Basta ver a engenharia feita para a viagem. Na sexta-feira à tarde, o
Hamburgo venceu o Hoffenheim pelo campeonato nacional e rumou para uma maratona.
Em 40 minutos, a delegação estava no aeroporto da cidade. Pegou voo fretado a
Porto Alegre – há escala em São Paulo. Os 22 mil quilômetros devem ser
percorridos em 32 horas de voo. A volta na será na segunda-feira, e sábado há
jogo contra o Leverkusen. Tal situação fez o goleiro Adelr resumir a viagem como um ‘horror’. O técnico
Thorsten Fink disse que é preciso pensar no clube – receberá R$ 2 milhões de
cota. O lateral-esquerdo Aogo foi mais simpático:
- Nunca fui ao Brasil.
Isso certamente será muito interessante. Estou convencido de que a viagem será
boa e teremos uma grande festa. Grêmio:Marcelo Grohe; Pará, Werley, Naldo e Pico; Fernando,
Souza, Elano e Zé Roberto; Leandro (André Lima) e Marcelo
Moreno
Hamburgo: Diekmeier, Mancienne, Westermann e
Lam; Badelj, Skjelbred, Aogo e Arslan; Son e Rudnevs (desfalcado por Van der
Vaart e Milan Badelj, lesionados). O paraguaio Carlos Amarilla, árbitro Fifa, apita o amistoso da nova era
tricolor.