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A moeda norte-americana caiu 0,47%, cotada a R$ 5,6916. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,79%, aos 134.580 pontos, no maior patamar desde setembro de 2024.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1 — São Paulo
Postado em 24 de Abril de 2.025 às 09h25m
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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
O dólar registrou o 5º dia consecutivo de queda na sessão desta quinta-feira (24) e encerrou cotado a R$ 5,69. O pregão foi mais uma vez marcado pelas reações do mercado aos desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da guerra tarifária entre o país e a China.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, B3, encerrou em alta, no maior patamar desde setembro. O índice foi impulsionado pelas bolsas de Nova York, que avançaram com apoio dos papéis de tecnologia e em meio à perspectiva de diminuição das tensões tarifárias.
Nos últimos dias, Trump trouxe um tom mais ameno para falar sobre a guerra comercial com a China, indicando um maior otimismo com a possibilidade de um acordo com Pequim.
Os posicionamentos dados pelos líderes dos dois países, no entanto, são contraditórios. De um lado, Trump afirmou nesta quinta-feira que os EUA e a China conversaram pela manhã para tentar chegar a um acordo. O governo chinês, por outro lado, negou que existam negociações comerciais em curso.
Nesse cenário, os impactos do tarifaço na economia global também continuam no radar. Dados divulgados na quarta (23), nos EUA, mostram que o país já começou a sentir os efeitos do aumento das tarifas sobre os produtos importados.
O Livro Bege, relatório produzido e divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), revela que, enquanto as empresas e a população americanas buscam se adaptar e se proteger do tarifaço, os preços de alguns produtos e serviços estão subindo.
Além disso, o documento indicou que a atividade do país também dá sinais de desaceleração — o que é visto de forma negativa por investidores do mundo inteiro. Isso porque, como os Estados Unidos detêm diversas relações comerciais com diferentes nações, esse crescimento menor pode trazer impactos para a economia global.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
O dólar recuou 0,47%, cotado a R$ 5,6916. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6628. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
- recuo de 1,94% na semana;
- queda de 0,25% no mês; e
- perda de 7,90% no ano.
No dia anterior, a moeda americana teve queda de 0,16%, cotada a R$ 5,7184.
Já o Ibovespa encerrou em alta de 1,79%, aos 134.580 pontos, no maior patamar desde setembro de 2024.
Com o resultado, o índice acumulou:
- alta de 3,80% na semana;
- avanço de 3,32% no mês; e
- ganho de 11,89% no ano.
Na véspera, o índice teve alta de 1,34%, aos 132.216 pontos.
Os desdobramentos do tarifaço de Trump continuaram a impactar os mercados financeiros nesta quinta-feira (24). As atenções ficaram voltadas para as afirmações contraditórias dos líderes da China e dos Estados Unidos sobre o andamento das negociações para um acordo tarifário.
Enquanto Trump afirmou, nesta quinta-feira, que líderes dos dois países conversaram pela manhã, o governo chinês indicou que não há nenhuma negociação em andamento.
Trump já elevou as taxas norte-americanas sobre os produtos chineses a um patamar de até 245%, enquanto as tarifas da China sobre as importações dos EUA estão em 125%.
"Como departamento competente na área de relações econômicas e comerciais com o exterior, gostaria de destacar que atualmente não há negociações econômicas, nem comerciais, entre a China e os EUA", declarou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, em uma entrevista coletiva.
O porta-voz do ministério chinês afirmou que "qualquer declaração sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais entre China e EUA carece de fundamento e base factual".
"A China pede que os EUA corrijam suas práticas equivocadas, mostrem a sinceridade necessária para as conversações (e) retornem ao caminho correto do diálogo e consulta em condições de igualdade", acrescentou.
Nos últimos dias, Trump abrandou o discurso sobre a taxação contra a China, sinalizando que um entendimento com o gigante asiático poderia "reduzir substancialmente" as tarifas aplicadas sobre os produtos chineses importados pelos EUA.
"Teremos uma negociação justa com a China", disse Trump na quarta-feira (23).
Segundo a agência de notícias Reuters, fontes familiarizadas com o assunto afirmaram que a Casa Branca avalia a possibilidade de reduzir as tarifas sobre as importações chinesas enquanto aguarda as negociações dos EUA com Pequim. Trump, no entanto, ainda não teria tomado uma decisão.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também tem sinalizado a expectativa de uma redução nas tensões comerciais entre os dois países.
"Há a oportunidade de um grande acordo entre Estados Unidos e China", disse nesta quarta-feira. "As tarifas entre EUA e China provavelmente terão que ser reduzidas para que possa haver alguma negociação comercial", acrescentou, afirmando que as taxas estão "insustentáveis".
O tarifaço também segue repercutindo por conta dos últimos indicadores divulgados nos EUA, que já começam a mostrar os seus efeitos.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA indicou que a atividade empresarial do país desacelerou para o nível mais baixo em 16 meses em abril. O indicador foi divulgado nesta quarta-feira, pela S&P Global.
Os dados também mostraram que os preços cobrados por bens e serviços subiram, em meio à incerteza causada pelas tarifas, reforçando os temores do mercado financeiro de uma estagflação que pode colocar o Federal Reserve em uma situação difícil.
"Os preços estão subindo e a atividade econômica começou a desacelerar em algumas partes do país, à medida que as empresas e as famílias tentam se adaptar ao estabelecimento de tarifas abrangentes do presidente dos EUA", diz a equipe de análises da XP Investimentos.
Eles destacam, ainda, o Livro Bege, relatório do Fed, que "capturou as primeiras consequências das políticas de Trump, descrevendo uma corrida para a compra de carros antes do aumento das tarifas de importação".
"Mas a atividade diminuiu, pois as empresas se esforçaram para manter o ritmo das mudanças e evitar grandes investimentos em meio ao que alguns descreveram como condições caóticas. Também houve relatos de preços que estavam mudando rapidamente ou prestes a subir acentuadamente, e indícios de demissões que estavam por vir", afirma o relatório da XP.
*Com informações das agências de notícias AFP e Reuters.Donald Trump