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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

O que sabemos sobre os sobreviventes de bombardeios dos EUA no Caribe

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Embarcação que supostamente transportava drogas foi atingida por ataque de forças militares americanas na semana passada
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Rocio Muñoz-Ledo, da CNN em Espanhol
21/10/25 às 19:09 | Atualizado 21/10/25 às 22:29
Postado em 22 de Outubro de 2.025 às 10h00m
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Dois dos quatro tripulantes a bordo de uma embarcação supostamente transportando drogas sobreviveram ao 6º ataque realizado por forças militares americanas no Caribe.

O ataque, que ocorreu na quinta-feira (16), faz parte da ofensiva do presidente dos EUA, Donald Trump, para conter o fluxo de drogas para o país e aumentar a pressão sobre o líder venezuelano, Nicolás Maduro.

Foi a primeira vez que uma operação desse tipo não resultou na morte de todos os ocupantes da embarcação.

Segundo Trump, o alvo era uma embarcação com "quatro narcoterroristas conhecidos a bordo".

No entanto, Washington não apresentou evidências de que os ocupantes estivessem realmente ligados ao tráfico de drogas.

Os dois sobreviventes — um equatoriano e um colombiano — foram detidos temporariamente em um navio da Marinha dos EUA e, logo depois, liberados e repatriados para seus países de origem.

As circunstâncias da libertação levantaram mais perguntas do que respostas entre especialistas e autoridades.

Ataques americanos no Mar do Caribe mataram dezenas de pessoas nas últimas semanas. Até o momento, pelo menos sete operações foram relatadas contra embarcações que, segundo Washington, transportavam drogas da Venezuela.

Nos últimos meses, os EUA enviaram dezenas de meios militares para o Caribe, e prometem mais ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas.

Jeison Obando Pérez, de 34 anos, foi identificado como o colombiano que sobreviveu ao ataque.

O ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, informou que Obando chegou ao país em estado crítico: "com traumatismo craniano, sedado, drogado e respirando por meio de um ventilador".

Benedetti o chamou de "criminoso" e garantiu que ele "enfrentará a justiça por tráfico de drogas", embora não tenha especificado se havia alguma investigação em andamento contra ele antes do ataque.

A situação ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas entre Bogotá e Washington.

O presidente da Colômbia Gustavo Petro tem sido um crítico ferrenho da estratégia militar de Trump no Caribe.

Ele questionou a narrativa americana sobre os alvos desses ataques e chegou a acusar os EUA de matar um pescador colombiano em uma operação anterior.

Petro afirmou que o pescador não tinha vínculos com o narcotráfico e que sua "atividade diária era pescar".

"Funcionários do governo americano cometeram assassinato e violaram nossa soberania em águas territoriais", escreveu o presidente colombiano em uma publicação no X.

"O pescador Alejandro Carranza não tinha vínculos com o narcotráfico e sua atividade diária era pescar", acrescentou Petro, observando que o "barco colombiano estava à deriva e tinha um sinal de socorro ligado porque um dos motores estava quebrado".

Dias após essas acusações, Trump respondeu cancelando a ajuda financeira à Colômbia e anunciando planos para aumentar as tarifas sobre suas exportações, intensificando o confronto verbal entre os dois líderes.

O Ministério do Interior do Equador informou no sábado que havia recebido um dos sobreviventes. Autoridades informaram à CNN que a vítima do ataque "está sendo avaliado clinicamente".

Acrescentaram que "o processo legal correspondente será seguido", mas não forneceram mais detalhes.

De acordo com um arquivo da Polícia Nacional do Equador obtido pela CNN, o homem foi identificado como Andrés Fernando Tufiño Chila, de 41 anos.

Por que os EUA libertaram os supostos "narcoterroristas"?

A decisão de libertar os dois sobreviventes alimentou ainda mais o debate sobre a legalidade e a consistência da campanha militar americana no Caribe.

Embora o governo Trump tenha descrito os tripulantes como "narcoterroristas" que representavam uma ameaça iminente à segurança dos EUA, não apresentou evidências que sustentem essas alegações.

Alguns especialistas apontam que, se eles eram de fato tão perigosos quanto alegado, sua repatriação sem acusações é difícil de justificar.

"Perigosos o suficiente para tentar matá-los com uma operação militar, mas não perigosos o suficiente para processá-los?", questionou Jack Goldsmith, ex-funcionário do Departamento de Justiça dos EUA e atual professor em Harvard.

A situação também expôs as brechas legais que cercam essas operações.

Fontes próximas ao governo Trump disseram à CNN que a decisão de libertar os sobreviventes se deveu, em parte, à incerteza quanto à base legal para mantê-los sob custódia militar.

Os Estados Unidos emitiram um parecer jurídico confidencial justificando ataques letais contra uma lista secreta e extensa de suspeitos de tráfico de drogas.

No entanto, historicamente, o tráfico de drogas tem sido tratado como crime, não como ato de guerra.

Até o momento, o Congresso — que tem autoridade constitucional para declarar conflito armado — não aprovou nenhuma guerra contra cartéis ou "narcoterroristas".

O governo Trump argumentou que o presidente tem amplos poderes, previstos no Artigo II da Constituição, para agir contra esse tipo de ameaça. No entanto, legisladores de ambos os partidos expressaram ceticismo quanto a essa interpretação.

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Mosquitos são encontrados pela primeira vez na Islândia; clima mais quente pode ter favorecido o aparecimento

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Três exemplares foram identificados por cientistas locais. Avanço do aquecimento global torna o país mais propício à presença do inseto.
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Por Redação g1

Postado em 22 de Outubro de 2.025 às 06h00m
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Por que a dengue é a primeira doença com impacto ampliado por causa da crise do clima?
Por que a dengue é a primeira doença com impacto ampliado por causa da crise do clima?

A Islândia registrou pela primeira vez a presença de mosquitos em seu território.

O país, que até agora era um dos poucos lugares do mundo livres do inseto, ao lado da Antártida, confirmou a identificação de três exemplares da espécie Culiseta annulata.

Os insetos foram encontrados na região de Kiðafell, próxima a Reykjavik, a capital e a maior cidade do país, e analisados por pesquisadores do Instituto de Ciências Naturais da Islândia.

A espécie é adaptada ao frio e pode sobreviver ao inverno abrigada em porões e celeiros.

Mosquito Culiseta annulata, que é o tipo encontrado em Kiðafell, Kjós. — Foto: Wikimedia/Domínio Público
Mosquito Culiseta annulata, que é o tipo encontrado em Kiðafell, Kjós. — Foto: Wikimedia/Domínio Público

Segundo pesquisadores, o caso está relacionado ao aquecimento acelerado no país.

Estudos mostram que a Islândia aquece quatro vezes mais rápido do que a média do Hemisfério Norte, o que tem provocado o derretimento de geleiras e a chegada de espécies marinhas de águas mais quentes, como a cavala, um tipo pequeno de peixe.

Localização da Islândia. — Foto: Gui Sousa/Arte g1
Localização da Islândia. — Foto: Gui Sousa/Arte g1

Pesquisadores alertam que o avanço do aquecimento global vem ampliando a presença de mosquitos em regiões antes frias.

No Reino Unido, por exemplo, já foram encontrados ovos do mosquito-da-dengue (Aedes aegypti) e do tigre-asiático (Aedes albopictus), vetores de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti pode levar a morte. — Foto: Adobe Stock
Doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti pode levar a morte. — Foto: Adobe Stock

No Brasil, como mostrou o g1, em 2024, foram registrados 2,3 milhões de casos prováveis de dengue em apenas dois meses, um recorde histórico.

E a mudança climática também vem expandindo o território da doença.

Apesar do quadro preocupante, especialistas apontam caminhos.

As soluções vão desde as mais simples — eliminar água parada, usar repelente — até as mais avançadas, como monitorar o clima para prever surtos e liberar mosquitos com a bactéria Wolbachia, que reduz a transmissão do vírus, explica Maria Anice Mureb, professora da USP que pesquisa o Aedes aegypti há mais de 45 anos.

Criança ao lado de poças de água parada em Beira, Moçambique. — Foto: Mike Hutchings/Reuters
Criança ao lado de poças de água parada em Beira, Moçambique. — Foto: Mike Hutchings/Reuters

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Qual é o papel da China na crise climática?
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