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terça-feira, 6 de agosto de 2019

A base secreta dos EUA que está ‘vindo à tona' com derretimento do gelo na Groenlândia

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Instalação militar foi abandonada e agora gera preocupação com as perspectivas trazidas pelas mudanças climáticas.
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 Por BBC  

 Postado em 06 de agosto de 2019 às 22h25m  
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Base dos Estados Unidos na Groenlância está reaparecendo com derretimento do gelo. — Foto: US ArmyBase dos Estados Unidos na Groenlância está reaparecendo com derretimento do gelo. — Foto: US Army

Uma base militar secreta norte-americana abandonada no auge da Guerra Fria e que foi totalmente coberta por camadas de gelo na Groenlândia está lentamente retornando à superfície e eventualmente pode cair no mar, segundo revelou um relatório publicado por cientistas dinamarqueses.

Pesquisas feitas com radares, entretanto, indicaram que a base, conhecida como Camp Century, ainda está a 100 km da borda da calota polar, e que "levará muitos, muitos anos antes de chegar a um ponto crítico", segundo a glaciologista dinamarquesa Nanna Karlsson.
O campo foi erguido no extremo norte da Groenlândia nos anos 50 oficialmente como uma estação de pesquisa. Mas décadas mais tarde foi revelado que se tratou de uma base militar secreta, abastecida pelo primeiro reator nuclear móvel do mundo, com o objetivo de eventualmente servir de base de lançamento de mísseis nucleares contra a União Soviética em caso de guerra.

Os mísseis seriam armazenados em uma rede de túneis e laboratórios, mas problemas de engenharia e objeções da Dinamarca – que governava a Groenlândia na época e à qual a ilha ainda é vinculada, mesmo que com um grau considerável de autonomia – sobre o objetivo real da base levaram os militares americanos a fechá-la em 1966, confiantes de que a instalação gradualmente seria enterrada naturalmente no gelo.

Mas, como relata o canal dinamarquês TV2, "as mudanças climáticas colocaram em dúvida este plano", porque o gelo da Groenlândia está derretendo.
Base dos EUA na Groenlândia em imagem de radar de 2017, onde é possível ver os tetos da Camp Century — Foto: GEUSBase dos EUA na Groenlândia em imagem de radar de 2017, onde é possível ver os tetos da Camp Century — Foto: GEUS

Risco ambiental de 'esqueleto' que ficou para trás
Ruth Mottram, do Instituto Meteorológico Dinamarquês, diz que a camada de gelo da Groenlândia parece ter encolhido mais no último mês do que a média de um ano inteiro desde 2002, segundo dados provisórios de satélite.

Os governos da Dinamarca e da Groenlândia montaram um programa de monitoramento climático em 2017 para rastrear os restos do Camp Century. O mais recente relatório de Karlsson e seus colegas do Serviço Geológico da Dinamarca e Groenlândia (GEUS) usa dados de radar para detalhar o quanto a base se moveu desde 1959.

Os cientistas percorreram a calota de gelo há dois anos, arrastando consigo dispositivos de radar. Karlsson diz que foram localizadas as formas cônicas dos tetos dos túneis a uma profundidade de 50 metros.

A expedição também descobriu que a base e suas estimadas 9,2 mil toneladas de sucata e resíduos de óleos, que representam um risco ambiental, além da preocupação gerada pelos resíduos radioativos do reator nuclear, estão afundando.

Os cientistas do GEUS dizem que o afundamento da base "pode ​​ter um impacto no tempo que a instalação vai levar para emergir do gelo", relata a TV2.
Gelo em derretimento na Groenlândia — Foto: Lucas Jackson/ReutersGelo em derretimento na Groenlândia — Foto: Lucas Jackson/Reuters

'Forma nova de disputa política'
Fica a questão sobre quem vai limpar a "sujeira", dado que a base foi construída sob um acordo EUA-Dinamarca – portanto, sem que o povo da Groenlândia tivesse voz na época.

O acordo "permitiu ao Camp Century afundar no gelo com tudo o que continha, incluindo poluentes", reclamou o ministro das Finanças da Groenlândia, Vittus Qujaukitsoq, ao site de notícias dinamarquês Altinget no ano passado, indicando que o governo da ilha espera que a Dinamarca e os EUA estejam prontos para assumir a responsabilidade quando a base emergir.

Teme-se que a base possa lançar ao mar resíduos químicos e nucleares – e causar problemas ao ecossistema da região.

William Colgan, cientista especializado em clima e geleiras, afirma que a incerteza sobre quem assumirá a função de dar conta deste esqueleto da Guerra Fria poderia criar "uma forma totalmente nova de disputa política, resultante das mudanças climáticas".
Grandes rios se formam na superfície da Groenlândia a cada verão, movendo rapidamente a água derretida da camada de gelo para o oceano. — Foto: Sarah Das, Woods Hole Oceanographic InstitutionGrandes rios se formam na superfície da Groenlândia a cada verão, movendo rapidamente a água derretida da camada de gelo para o oceano. — Foto: Sarah Das, Woods Hole Oceanographic Institution

Groenlândia

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Em quais países e regiões a água já é um recurso em falta

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Quase um terço da população global – 2,6 bilhões de pessoas – vive em países em situação de estresse hídrico 'extremamente alto'.
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 Por Pablo Uchoa, BBC  

 Postado em em 06 de agosto de 2019 às 19h00m  
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Solo com marcas da seca: aumento populacional, de consumo de alimentos e intensificação da economia está levando à escassez de água. — Foto: Jose Antonio Alba/PixabaySolo com marcas da seca: aumento populacional, de consumo de alimentos e intensificação da economia está levando à escassez de água. — Foto: Jose Antonio Alba/Pixabay

O crescimento populacional, o aumento do consumo de carne e a intensificação da atividade econômica vêm pressionando os recursos hídricos do mundo.
Habitantes de quase 400 regiões do planeta já estão vivendo sob condições de "extremo estresse hídrico", segundo um novo relatório do World Resources Institute (WRI), um centro de pesquisa sediado em Washington.
Esse cenário não se repete no Brasil, mas alguns Estados brasileiros já apresentam um parâmetro "baixo-médio", diferente de boa parte da realidade nacional.

O temor é que a escassez de água possa causar o deslocamento de milhões de pessoas, gerando conflitos e instabilidade política.

Do México ao Chile, a áreas da África e a pontos turísticos no sul da Europa e no Mediterrâneo, o nível de "estresse hídrico" – a quantia de água extraída de fontes terrestres e superficiais em comparação com o total disponível – está atingindo níveis preocupantes.
Quase um terço da população global – 2,6 bilhões de pessoas – vive em países em situação de estresse hídrico "extremamente alto", incluindo 1,7 bilhão em 17 nações classificadas como "extremamente carentes de água", segundo o WRI.

Enquanto os países do Oriente Médio são considerados os de maior estresse hídrico, o estudo também destaca que a Índia vem "enfrentando desafios críticos sobre seu uso e gestão da água que afetam tudo, desde a saúde ao seu desenvolvimento econômico".

Paquistão, Eritreia, Turcomenistão e Botsuana também são considerados extremamente carentes de água.

Más notícias e boas surpresas
Os dados foram compilados a partir da plataforma Aqueduct 3.0 do WRI, que analisou vários modelos hidrológicos e calculou o quanto de água é retirada dos suprimentos de águas superficiais e subterrâneas disponíveis em cada região em comparação com o total de água disponível.

Quando a proporção excedia 80%, as áreas eram consideradas "extremamente carentes de água".
"Como alguém que trabalha com dados, tento ser bastante imparcial sobre o que esperar dos números, mas fiquei surpreso com a situação ruim na Índia", diz Rutger Hofste, principal autor do estudo, à BBC.

A Índia é o 13º país do mundo com maior estresse hídrico, à frente do seu vizinho Paquistão.
As mulheres olham para um poço parcialmente seco antes de buscar água em um bairro no distrito de Thane, no estado de Maharashtra, Índia, em 30 de maio de 2019. — Foto: Francis Mascarenhas/ReutersAs mulheres olham para um poço parcialmente seco antes de buscar água em um bairro no distrito de Thane, no estado de Maharashtra, Índia, em 30 de maio de 2019. — Foto: Francis Mascarenhas/Reuters

Nove dos seus 36 Estados e territórios são classificados como extremamente carentes de água e Chennai (antiga Madras), a capital do Estado de Tamil Nadu, no sul do país, sofreu recentemente com inundações e secas.

"A contínua crise hídrica na principal cidade de Chennai demonstra os tipos de desafios que grande parte da Índia enfrentará nos próximos anos, exacerbada pela má gestão da água e pelas crescentes demandas por água tanto da indústria quanto das pessoas", diz o relatório.

Segundo o WRI, o México enfrenta uma situação tão grave quanto a da Índia, se nenhuma medida for tomada.

Quinze dos 32 estados do país são classificados como extremamente carentes de água e Hofste aponta que a capital, a Cidade do México, em particular, tem um "sistema de água muito frágil".

Dez das 16 regiões do Chile também foram classificadas como "extremamente carentes de água", incluindo a capital, Santiago.

As capitais chinesa e russa, Pequim e Moscou, também são classificadas como "extremamente carentes de água", embora os países não sejam.
"Algumas outras surpresas", segundo Hofste, foram encontradas no sul da Europa, incluindo Itália e Espanha, onde o turismo representa uma pressão adicional sobre os sistemas de água durante os meses mais secos do ano.

Mais da metade das 20 regiões da Itália foi considerada "sob estresse hídrico extremo", bem como um terço (27) das 81 províncias da Turquia.

No entanto, a Cidade do Cabo, na África do Sul, dez dos 17 distritos do Botsuana e partes da Namíbia e Angola são considerados "extremamente carentes de água".

Brasil
O Brasil, por outro lado, não vive a mesma realidade. Segundo o estudo, a maior parte do país tem um baixo risco de estresse hídrico.
Apesar disso, o Distrito Federal é o Estado em situação de maior estresse hídrico do Brasil (médio-alto), de acordo com a pesquisa. Em seguida, vêm os Estados do Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o Brasil possui cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta, mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada.
A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões costeiras abrigam mais de 45% da população e apenas 3% dos recursos hídricos do país.

Consumo explosivo
Captação de água no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina (DF) — Foto: Gabriel Jabur/Agência BrasíliaCaptação de água no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina (DF) — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Entre 1961 e 2014, a taxa global de retirada de água, ou a quantidade de água doce extraída de fontes de água subterrâneas e superficiais, aumentou 2,5 vezes.

A demanda por água para irrigar plantações mais do que dobrou no último meio século, diz o WRI, e a irrigação responde por cerca de 67% da água consumida a cada ano.

As indústrias em 2014 consumiram três vezes mais água do que em 1961 e agora respondem por 21% do total de retiradas brutas.

Enquanto isso, as famílias respondem por 10% das retiradas de água, o que representa um aumento de mais de seis vezes em relação a 1961.

Apenas uma pequena porcentagem de água retirada de fontes hidrológicas se destina à pecuária.

No entanto, Hofste ressalva que a água usada para irrigar plantações que eventualmente servem de alimento para o gado é responsável por 12% do uso global da água de irrigação, de acordo com um estudo de 2012 realizado por pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda.
A demanda por água para irrigar plantações mais do que dobrou no último meio século, diz o WRI, e a irrigação responde por cerca de 67% da água consumida a cada ano. — Foto: PixabayA demanda por água para irrigar plantações mais do que dobrou no último meio século, diz o WRI, e a irrigação responde por cerca de 67% da água consumida a cada ano. — Foto: Pixabay

Em meio à tendência de aumento da demanda por produtos de origem animal, ele diz acreditar que a redução da ingestão de carne pode ajudar a aliviar os recursos hídricos do mundo.

"Essa é provavelmente a solução milagrosa se você me pedir para resolver a crise global da água", diz Hofste à BBC.

"Usamos muitas terras agrícolas para plantar comida e alimentar os animais. Então, quando você pensa em transformar esses recursos em calorias, não se trata da maneira mais eficiente."

De acordo com o estudo holandês de 2012, a pegada hídrica de qualquer produto animal é maior do que a pegada hídrica de produtos agrícolas com valor nutricional equivalente.

Clima e conflito
Várias agências das Nações Unidas já alertaram que a mudança climática vai tornar a disponibilidade de água menos previsível em alguns lugares.

A previsão é que o aumento das temperaturas e chuvas mais variáveis reduza a produtividade das culturas em muitas regiões tropicais em desenvolvimento, onde a segurança alimentar já é um problema, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS).

E de acordo com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, baseada nas tendências existentes, a escassez de água em alguns lugares áridos e semiáridos causará o deslocamento de 24 milhões a 700 milhões de pessoas até 2030.

O WRI também diz que muitas áreas extremamente e altamente carentes de água estão em zonas de conflito, e esse recurso pode ser um fator que contribui para os conflitos. Essas áreas incluem Israel, Líbia, Iêmen, Afeganistão, Síria e Iraque.

Muitas áreas que precisam absorver um grande número de pessoas deslocadas, como a Jordânia e a Turquia, também sofrem muito com o estresse hídrico.

Mas os dados do WRI também mostram que mesmo os países que não são particularmente sujeitos a estresse hídrico são vulneráveis à ocorrência de secas, que é definida como precipitação abaixo de 10% do nível normal.

A Moldávia e a Ucrânia, por exemplo, são definidas como países de baixo a médio nível de estresse hídrico, mas estão no topo do ranking de países expostos a riscos de seca. Em seguida, está Bangladesh, onde o nível de estresse hídrico é classificado como baixo.

Além disso, os pequenos agricultores nesses países são menos flexíveis a variações no abastecimento de água em comparação com agricultores na Califórnia.

Experiências positivas
Os parques públicos de Cingapura recebem grande quantidade de pessoas — Foto: PixabayOs parques públicos de Cingapura recebem grande quantidade de pessoas — Foto: Pixabay

Mas Hofste diz que os dados do Aqueduct 3.0 também mostram que, onde os fatores socioeconômicos são os principais propulsores do estresse hídrico do mundo, eles podem ser mitigados a partir de uma boa gestão da água.

Cingapura, por exemplo, construiu um abastecimento de água sustentável que o governo chama de "Quatro Torneiras": um sistema de grandes proporções de coleta de água (especialmente para a pequena área da ilha); importações de água; água recuperada de alta qualidade conhecida como NEWater; e água dessalinizada.

Israel é outro líder mundial em tecnologias avançadas de água e gerenciamento do recurso.
Hofste diz que os países que enfrentam desafios relacionados à água, como a Índia, podem reagir seguindo esses exemplos para enfrentar as suas próprias crises.

"O estresse hídrico é um indicador importante, mas não representa um destino imutável", disse Hofste à BBC.

"Depende muito da resposta do país e há exemplos de nações que enfrentaram crises hídricas com sucesso".

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