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Com sotaque baiano, 'FlatFish' é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro. Equipamento utiliza robótica e inteligência artificial para realizar inspeções subaquáticas que ajudam a identificar anomalias no fundo do mar.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Thiara Reges, g1 BA
Postado em 26 de Julho de 2.025 às 09h00m
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FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro para inspeção de petróleo
Um pequeno robô submarino com sotaque baiano é apontado como uma das maiores inovações em manufatura avançada no país. Imerso em águas profundas, ele impacta diretamente o setor de petróleo e gás. Batizado de FlatFish, o dispositivo utiliza robótica e inteligência artificial para realizar inspeções subaquáticas que ajudam a identificar anomalias no fundo do mar.
O FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro (AUV). Iniciado em 2014, o projeto foi desenvolvido pelo Senai CIMATEC, em Salvador, em parceria com a Shell Brasil e o Instituto Alemão de Inteligência Artificial e Robótica (DFKI).
O robô foi idealizado para realizar inspeções e monitorar infraestruturas submarinas. O equipamento realiza a coleta de dados e gera imagens tridimensionais em alta resolução, que ajudam a antecipar anomalias em equipamentos e estruturas, e ainda a prevenir acidentes.
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FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro. — Foto: Senai Cimatec
O dispositivo pode alcançar até 3 mil metros de profundidade, e tem entre as vantagens a possibilidade de se mover em todas as direções, sem intervenção humana direta e sem estar ligado umbilicalmente a outros equipamentos.
Outra característica do robô é a longa autonomia debaixo d’água, que, segundo os desenvolvedores, dispensa o auxílio constante de embarcações de apoio nas operações. A recarga do equipamento após cada missão pode ser feita em uma "garagem submarina".
O gerente executivo do Senai CIMATEC, Leonardo Nardy, lembrou os desafios enfrentados ao longo dos 10 anos de desenvolvimento do projeto. As dificuldades começaram pela montagem da equipe especializada em robótica, e a necessidade de intercâmbio de conhecimento com entidades internacionais.
“Parte de nossa equipe foi para a Alemanha e parte da equipe deles veio para a Bahia; os testes nas águas da Baía de Todos-os-Santos, embarcados em um catamarã adaptado; e agora, a participação no processo de industrialização”, elencou.
A iniciativa contou com investimento da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Em 2018, a tecnologia foi licenciada para a empresa Saipem, responsável pela industrialização em água profunda. Desde então, o FlatFish passou a incorporar novos recursos. Agora, o robô está sendo testado por meio de um Projeto Multicliente (JIP), que incluiu também a participação da Petrobras, e em testes-piloto realizados na Bacia de Campos.
“O AUV já foi testado com sucesso em ambiente controlado na Itália e em ambiente offshore no Brasil. A Saipem vem utilizando o veículo em serviços internos no Oriente Médio. Um segundo veículo foi fabricado e está em testes finais para atender ao mercado do Brasil”, contou Rosane Zagatti, gerente de tecnologia da Shell Brasil.
💡 ENTENDA: offshore são atividades realizadas em alto-mar, frequentemente associadas à exploração e produção de petróleo e gás.
Os desenvolvedores destacam que o FlatFish tem conquistado espaço, inclusive em premiações internacionais. Eles atribuem o retorno positivo ao potencial de inovação, sucesso demonstrado, amplo apelo comercial e à capacidade de causar um impacto significativo no setor offshore.
“Acreditamos que o desenvolvimento de tecnologias disruptivas, como o FlatFish, representa um avanço estratégico em diversas frentes, como segurança, eficiência operacional e diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, ao longo do projeto, a Shell investiu na capacitação de profissionais brasileiros, robustecendo o ecossistema de inovação do país”, concluiu Rosane.
Rosane Zagatti, gerente de tecnologia da Shell Brasil. — Foto: Arquivo Pessoal
Resultados dentro e fora d’água
As contribuições do FlatFish não ficam restritas às águas profundas. A partir do desenvolvimento do robô, foi criado um Centro de Competência em Robótica e Sistemas Autônomos no Senai CIMATEC, na Bahia. A unidade capacita jovens engenheiros para o mercado brasileiro.
Leonardo Nardy destaca que o vasto portfólio de projetos de desenvolvimento de tecnologias na área de robótica aplicada a petróleo e gás, além de outros segmentos industriais, posiciona o Senai CIMATEC como uma referência em robótica do país.
“Além da formação de novos profissionais, no desenvolvimento de um projeto como o FlatFish, você gera muito conhecimento. Falando de sistemas autônomos, temos uma infinidade de usos e aplicações. Essa mesma tecnologia pode ser utilizada para inspecionar outros tipos de equipamentos e inspeções ambientais, inclusive fora do mar”, defendeu Leonardo.
O gerente executivo aponta ainda outra conquista importante: o Senai CIMATEC Mar. A unidade foi projetada para apoiar atividades e pesquisas marítimas industriais e comerciais, com o objetivo de fortalecer a inovação, a sustentabilidade, e atender demandas crescentes da Economia do Mar.
“É uma ideia que surgiu há bastante tempo e o desenvolvimento do FlatFish permitiu fortalecer o nosso portfólio, vivenciar as águas da Baía de Todos-os-Santos, que possui as características necessárias para o desenvolvimento do SENAI CIMATEC MAR e assim conseguimos avançar com o projeto”, concluiu.
Onde tem Bahia

Nova temporada do 'Onde Tem Bahia' destaca importância da economia do mar
As riquezas geradas na Bahia e o destino que tomam no mundo voltam à tela da TV Bahia na nova temporada do "Onde Tem Bahia", que estreia nesta sexta-feira (25). O programa especial será exibido em dois episódios, sempre após o Globo Repórter, coloca em evidência a importância estratégica da economia do mar para o desenvolvimento do estado e do Brasil.
O projeto, apresentado pelo jornalista Eduardo Oliveira, amplia os horizontes e reforça a valorização da produção local.
Nesta segunda temporada, a equipe da TV Bahia atravessou os continentes para mostrar como os produtos e soluções criadas no território baiano geram oportunidades de negócios e crescimento na Europa, na América do Sul e na América do Norte.
O "Onde tem Bahia" aposta em um conteúdo multiplataforma. Além da TV, pequenos programas serão exibidos na rádio Bahia FM (88.7 FM) e nas redes sociais da TV Bahia.
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