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terça-feira, 15 de março de 2011

Preços de chips disparam como efeito do desastre no Japão


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Cidade de Hiroshima antes e depois da Bomba atômica ser lançada em seu território.
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##= SEUL - Os preços de componentes tecnológicos importantes continuavam avançando nesta terça-feira, enquanto os danos causados pelo devastador terremoto e tsunami japonês da última sexta-feira ameaçavam prejudicar as cadeias mundiais de produção industrial por prazo mais longo do que muitos observadores imaginavam.

Dezenas de empresas japonesas, de fabricantes de componentes a grupos de eletrônica e montadoras de automóveis, estão mantendo suas fábricas fechadas, e os danos à infraestrutura, incluindo estradas, redes de energia, ferrovias e portos, devem demorar meses para que sejam reparados.

A perspectiva de perturbações mundiais nos suprimentos levaram empresas de todo o mundo a uma corrida por fontes alternativas de componentes de alta tecnologia, um setor em que o Japão continua a ser um dos protagonistas dominantes.

O grupo de pesquisa IHS iSuppli afirmou que o terremoto e suas consequências podem resultar em escassez significativa de certos componentes eletrônicos e causar fortes aumentos de preços.

- Embora haja pouca informação de danos efetivos nas linhas de produção de eletrônicos, o impacto sobre os transportes e a infraestrutura resultará em complicações, resultando em escassez e alta de preços - afirmou a iSuppli.

- Entre os componentes afetados foram incluídos chips de memória flash NAND, DRAM, componentes lógicos padronizados, painéis de cristal líquido (LCD) e outros materiais para LCDs - afirmou a empresa.

Os preços de chips de memória flash NAND no mercado à vista continuaram em alta nesta terça-feira, subindo em quase 3% após a alta de 20% na véspera, enquanto os preços dos chips de memória DRAM subiram mais 0,2% depois dos 7% da segunda-feira, de acordo com a DRAMeXchange, que acompanha os negócios nesses mercados.

O Japão responde por um quinto da produção mundial de semicondutores, o que inclui 40% dos chips de memória flash usados em todo tipo de aparelho, de celulares inteligentes a tablets e computadores.

Mesmo que os embarques de componentes sejam afetados pelo terremoto por apenas duas semanas, a escassez e seu impacto sobre os preços devem perdurar até o terceiro trimestre, segundo a iSuppli.
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GIPOPE-GARIBA'S Logística for 2011-2012: Preparo e espírito de grupo explicam ausência de saques após terremoto

GIPOPE-GARIBA'S Logística for 2011-2012: Preparo e espírito de grupo explicam ausência de saques após terremoto

Preparo e espírito de grupo explicam ausência de saques após terremoto



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## = Tremor seguido de tsunami devastou a costa noroeste do Japão.
Quatro dias após o terremoto, não foram registrados episódios de violência.
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** = O desespero, a destruição e o caos que o Japão enfrenta desde o terremoto e o tsunami que assolaram o país na última sexta-feira foram vistos também no Haiti e no Chile, ano passado. Mas, ao contrário dos países ocidentais, o Japão enfrenta a crise humanitária de uma forma mais organizada e menos violenta. Até agora, nenhum episódio de saque ou briga foi registrado no país, o contrário do que ocorreu no Haiti, que precisou da intervenção do Exército e de forças da ONU, e da cidade chilena de Concepción, que teve de decretar toque de recolher após quase todas as lojas da cidade terem sido roubadas.

A explicação para isso, segundo estudiosos de Japão ouvidos pelo G1, está num conjunto de aspectos históricos, sociais, políticos e até religiosos, além do enorme preparo que o país tem para lidar com esse tipo de catástrofe. "É aquele lugar comum de dizer que os japoneses são educados para trabalhar em grupo. É uma ênfase diferente do que acontece no Ocidente de modo geral. No Japão, desde pequenos, eles aprendem a trabalhar em grupo. Essa característica é um fator que conta bastante. Depois, tem o fato de pensar na coletividade", explica Ronan Alves Pereira, professor de estudos japoneses da Universidade de Brasília (UnB).

"Há uma orientação a não se apropriar das coisas dos outros. Não quer dizer que não exista, mas os índices de roubo e criminalidade são muito mais baixos do que em muitos países ocidentais. Também adicionaria o componente político-administrativo. Como o país sempre foi vítima de grandes tragédias, sempre houve uma orientação da parte do governo de preparar a população para catástrofes assim. [...] Por último, eu apontaria o fator tecnologia e desenvolvimento econômico. Em um lugar como o Haiti não há preparação. O nível do investimento publico não chega nem de longe ao nível do investimento no Japão, com construções mais resistentes inclusive."

O professor viveu cinco anos no Japão e no segundo dia que estava no país vivenciou um terremoto. Ele conta que acompanhou o fluxo para fora do prédio e ficou observando atento como os japoneses se comportavam. No momento, a UnB tem vários estudantes brasileiros morando no Japão, e, segundo Ronan, todos estão bem após o tremor.

País mais preparado
Organizações internacionais estão enviando equipes de ajuda para o Japão. Mas, de acordo com a porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), a organização não planeja organizar uma operação maior de assistência se não for solicitada. "O país enfrenta três emergências: uma pelo terremoto, outra pelo tsunami e outra de caráter nuclear. Mas eles estão indo muito bem. É o país mais bem preparado para esse tipo de catástrofe. Não estamos falando do Haiti ou do Paquistão. Os japoneses são treinados desde pequenos para lidar com terremotos e têm muito senso de disciplina e calma", disse Elisabeth Byrs ao G1.

O terremoto de magnitude 8,9 gerou um tsunami e abalou a estrutura de complexos nucleares do noroeste do país. O número oficial de mortos chegou a 1.833, segundo a Polícia Nacional. Há 2.361 desaparecidas, de acordo com balanço divulgado na noite desta segunda-feira (14).

Confiança
O psicólogo e professor de japonês Marcos Hiroyuki Suguiura acredita que além do preparo para catástrofes, os japoneses são "educados para ter um comportamento social. Muito do que eles fazem é movido pela ideia de ‘vai ser bom pra mim, mas também para os outros’. O mais forte acho que é essa característica de pensar no outro, mesmo que possa fazer mal para si num primeiro momento."

Outro ponto importante, segundo Marcos, é a confiança de que a ajuda virá do governo. "Eles sabem que a ajuda vai vir da sociedade, que tem alguém olhando por eles, então eles confiam e esperam."