É a primeira vez que a IUCN, com sede na Suíça, publica uma 'Lista Vermelha' de árvores europeias.
Por France Presse
Postado em 27 de setembro de 2019 às
Postado em 27 de setembro de 2019 às
Mais de 40% das espécies de árvores presentes na Europa estão ameaçadas de extinção, alertou nesta sexta-feira (27) a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Um das principais ameaças é a introdução de espécies invasoras.
É a primeira vez que a IUCN, com sede em Gland, na Suíça, publica uma "Lista Vermelha" de árvores europeias. Nesta ocasião, a organização analisou o destino das 454 espécies de árvores presentes em solo europeu.
Algumas crescem na Europa, mas também em outras partes do mundo. Dessas espécies, 42% são consideradas ameaçadas e, portanto, têm um "alto risco de extinção", diz o relatório da IUCN.
Para as chamadas espécies endêmicas - que só crescem na Europa, 58% estão ameaçadas e 15% estão criticamente ameaçadas.
Principais ameaças
A introdução de espécies invasoras, a exploração madeireira não sustentável e o desenvolvimento urbano são as principais ameaças ao declínio das espécies arbóreas em solo europeu.
Doenças, desmatamento, criação de animais e mudanças no ecossistema, particularmente relacionadas a incêndios, são outras ameaças às árvores na Europa.
"É alarmante que mais da metade das espécies endêmicas da Europa estejam ameaçadas de extinção", disse Craig Hilton-Taylor, chefe da unidade encarregada de desenvolver a "Lista Vermelha", citado em um comunicado.
"As árvores são essenciais para a vida na terra e as árvores europeias, em toda a sua diversidade, são fonte de alimento e abrigo para inúmeras espécies de animais, como pássaros e esquilos, e desempenham um papel econômico essencial", acrescentou, pedindo à União Europeia que trabalhe pela sua sobrevivência.
Segundo a IUCN, a tramazeira é uma espécie particularmente em risco, com três quartos das 170 espécies europeias sendo consideradas ameaçadas.
O castanheiro-da-índia, atacado pelo mineiro de folhas do castanheiro, uma praga dos Bálcãs, agora é considerada "vulnerável".