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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Apple termina 1º pregão como maior do mundo em valor de mercado

TECNOLOGIA & GAMES




Companhia já havia passado o valor da Exxon Mobil no pregão de terça.
Veja o caminho da empresa de Steve Jobs da quase falência até o topo.




Do G1, em São Paulo

 

Steve Jobs, presidente da Apple, durante apresentação em San Francisco na Worldwide Developers Conference (Foto: Paul Sakuma/AP)
Steve Jobs, presidente da Apple, durante evento em
San Francisco (Foto: Paul Sakuma/AP)
 
//*\^\//^*\\ Um dia após chegar a ocupar pela primeira vez o posto de companhia de maior valor de mercado do mundo, a Apple atingiu mais um marco nesta quarta-feira (10). No fechamento do pregão da bolsa de valores NASDAQ, em Nova York, a somatória das ações da companhia - índice conhecido como capitalização de mercado - superou o da petrolífera Exxon Mobil. Pela primeira vez em seus 35 anos de história, portanto, a Apple é listada no fechamento como a líder na lista de gigantes em valor de mercado.

A marca, no entanto, veio em um dia ruim para os papéis da companhia. No fechamento preliminar do dia, as ações da Apple indicavam queda de 2,7% no valor da companhia em relação à abertura. A fabricante de dispositivos móveis tinha valor total de capitalização de mercado de US$ 339,4 bilhões. A Exxon Mobil, antiga líder, caiu ainda mais: 4,42%, para um total de US$ 332,4 bilhoes.

A liderança veio por conta da crise no mercado americano, instaurada após o país ter tido dificuldades para se livrar de uma ameaça de calote e ter a nota de sua dívida pública rebaixada pela agência de classificação de risco Standard and Poor's. Como resultado, as ações da Exxon tiveram uma queda mais acentuada que as da Apple.

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O caminho da Apple até a liderança - Apple ações Exxon maior empresa do mundo market cap capitalização mercado (Foto: Editoria de Arte/G1)
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Há apenas 15 meses a Apple assumiu a liderança entre empresas de tecnologia, superando a Microsoft. À época, o mercado avaliava a companhia de Steve Jobs em US$ 222 bilhões. Antes disso, quando Steve Jobs retornou ao comando da empresa, em 1996, a Apple era dada como uma empresa prestes a desaparecer.

O sucesso recente da Apple está atrelado ao bom desempenho da companhia no setor de dispositivos móveis. O iPad, lançado no início de 2010, recriou o mercado de tablets, que havia surgido dez anos antes mas sem alcançar relevância. Entre os smartphones, o iPhone enfrenta a concorrência de aparelhos com sistema operacional Android, do Google, mas segue como o modelo mais vendido.
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Pesagem de tartaruga gigante atrai turistas em zoo holandês

PLANETA ESDRÚXULO




Pesagem foi realizada no zoológico de Amsterdã.
Durante o check-up, tartaruga pesou 229 quilos.



Do G1, em São Paulo
 

]]*/*:|:*\[[ A pesagem de uma tartaruga no zoológico de Amsterdã, na Holanda, nesta quarta-feira (10), atraiu dezenas de turistas. Durante o check-up, a tartaruga pesou 229 quilos.

Pesagem foi realizada no zoológico de Amsterdã. (Foto: Lex van Lieshout/AFP)Pesagem foi realizada no zoológico de Amsterdã. (Foto: Lex van Lieshout/AFP)
 
 
Durante o check-up, a tartaruga pesou 229 quilos (Foto: Lex van Lieshout/AFP)Durante o check-up, tartaruga pesou 229 quilos (Foto: Lex van Lieshout/AFP)
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Notebook da Toshiba apresenta imagens em 3D sem óculos especiais

 

TECNOLOGIA & GAMES



Como a Nintendo, empresa avisa dos ricsos do uso do monitor por crianças.
Aparelho chega no final de agosto nos EUA por US$ 1,7 mil



Do G1, em São Paulo
 
Qosmio F755 3D apresenta imagens 3D sem precisar de óculos especiais (Foto: Divulgação)
Qosmio F755 3D apresenta imagens 3D sem
precisar de óculos especiais (Foto: Divulgação)
 
||/||#-=-#||/|| A Toshiba apresentou na terça-feira (9) o notebook Qosmio F755 3D que, como característica principal pode apresentar imagens em 3D sem a necessidade de óculos especiais. Disponível nos Estados Unidos no final de agosto, o computador custará US$ 1,7 mil, mas a empresa, assim como a Nintendo com o portátil 3DS, adverte os riscos do uso do monitor 3D por crianças menores de 6 anos.

"Devido ao possível impacto na visão, o uso das imagens 3D deve ser feito por crianças maiores de 6 anos. Crianças e adolescentes mais suscetíveis com problemas de saúde relacionados a imagens em 3D devem ser supervisionados ao usar o notebook", diz comunicado da empresa.

A Nintendo, no anúncio do portátil Nintendo 3DS, alertou sobre o uso das imagens em 3D por crianças menores de 6 anos de idade. O motivo seria porque a visão das crianças nesta fase está em desenvolvimento, e o uso de imagens em três dimensões sem a necessidade de óculos especiais pode causar danos.

O Qosmio F755 3D tem processador Intel Core i7, placa de vídeo NVIDIA GeForce 540M, disco rígido de 750 GB. Há saída HDMI para assistir aos vídeos em 3D em televisores compatíveis. A Toshiba afirma que será possível assistir na mesma tela um vídeo em 3D enquanto se trabalha em um programa 2D, por exemplo.
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TVs conectadas à web atingem 17% do mercado e saem na frente das 3D

Tecnologia & Games


Televisões tridimensionais alcançaram apenas 4% do mercado no Brasil.
Aparelhos com LED estão se aproximando das LCD comuns em vendas.



Laura Brentano Do G1, em São Paulo
 

TV inteligente da Samsung, smarTV (Foto: Laura Brentano/G1)
TV inteligente da Samsung permite acessar a
internet por um browser (Foto: Laura Brentano/G1)
 
[*$=::=$*] Os consumidores brasileiros estão preferindo comprar TVs conectadas à internet do que aquelas com tecnologia 3D. Segundo estudo divulgado pela empresa GFK Retail and Technology, as chamadas "TV inteligentes" ou "smart TVs" representaram 17% do mercado entre janeiro e junho de 2011. As televisões 3D alcançaram 4% do mercado.

Segundo Gisela Pougy, diretora da área de negócios da GFK Retail and Technology, metade do mercado de TVs no Japão já é conectado à internet. “Além disso, no Brasil, as TVs LCD com iluminação LED estão se aproximando das LCD comuns. Hoje, elas representam 33% das vendas”, diz Gisela.

A pesquisa também mostrou que o preço de uma TV 3D no Brasil (R$ 3.341) aumenta 96% em comparação com o modelo mais simples, uma TV HD (R$ 1.700).

No mercado geral de eletrônicos, a antiga televisão de tubo ainda representa 4% das vendas. “Acreditamos que a TV de tubo ainda será comercializada no Brasil por mais dois anos”, afirma Gisela. Já a TV de tela fina alcançou 71% de participação.

Nordeste


O Nordeste foi a região do Brasil que mais cresceu nas vendas de TVs inteligentes de 2010 para 2011, conforme o estudo da GFK Retail and Technology. De janeiro a junho de 2010, o Nordeste representou 1% de participação nas vendas de TV conectadas à internet no Brasil. No mesmo período de 2011, o número subiu para 4,8%.
 

“O Nordeste se tornou uma região com potencial enorme de consumo. Acredito que muito do crescimento vem do maior poder de compra da classe C”, disse Gisela Pougy, diretora da área de negócios da GFK Retail and Technology.

O Nordeste também foi destaque na área dos desktops e câmeras digitais. Entre janeiro e junho de 2010, a região vendeu 12% de PCs e chegou a 17% no mesmo período de 2011. O aumento foi maior no mercado de câmeras digitais.

“O Nordeste representava 12% do mercado câmeras digitais em 2009. Hoje, a região já representa 20%”, explica Alex Ivanov, diretor de negócios da GFK Retail and Technology. “A questão da classe C estar consumindo mais novas tecnologias tem feito essa região ser destaque em várias categorias”, diz Ivanov.

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Exportações de produtos básicos caem até 40% em julho e acendem alerta no governo para dependência de commodities

Comércio exterior


ECONOMIA -- NOTÍCIAS 



Vivian Oswald  

*//$-%-%\\* BRASÍLIA - Os últimos números da balança comercial deixaram em alerta o Palácio do Planalto e aumentaram os temores de que a economia brasileira venha a patinar sem os bons ventos que sopraram sobre as commodities nos últimos anos. Houve queda da quantidade embarcada, de até 40%, da maior parte dos produtos básicos vendidos pelo Brasil em julho. Foi isso que ajudou a precipitar, por exemplo, a iniciativa de conceder aos produtores de manufaturados um crédito financeiro de até 3% de sua receita de exportação - o que surpreendeu o setor privado no anúncio do plano Brasil Maior, a nova política industrial - e que engatilha o estudo de novas medidas cambiais ainda para agosto.


A equipe econômica repete que estes dados comprovam o risco de se depender das commodities em um momento em que o mercado internacional ainda luta, sem sucesso, para se recuperar da crise.


Em julho, as maiores quedas de quantidade embarcada foram registradas para os óleos combustíveis (40%), carne suína in natura (34,7%), suco de laranja (32,5%), farelo de soja (30%), carne bovina in natura (19,2%), soja em grão (17,9%) e café em grão (17,8%).


Minério, açúcar e petróleo (que tem nível de exportação errático) por enquanto estão fora desta lista. Da receita de US$ 22,2 bilhões com exportações em julho, US$ 10,7 bilhões correspondem a commodities - ou seja, praticamente metade da pauta brasileira.


Se os preços ainda estão bons, eles não foram suficientes para evitar a queda das exportações de boa parte destes itens. No acumulado de 12 meses, os preços ainda se mantêm altos. Mas o IC-Br, índice calculado pelo Banco Central com base em uma cesta de commodities agropecuárias, metálicas e energéticas, mostra que os primeiros sinais de queda já são visíveis. No segundo trimestre do ano, o indicador já acumula uma redução de pouco mais de 9%. Somente em julho, o recuo foi de 3,34% em comparação com o mês anterior.


- Este é um dos riscos de estarmos ao sabor das commodities. Não temos qualquer controle sobre o que pode acontecer com elas já que seus preços têm por base as cotações internacionais - salientou o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.


A presidente Dilma Rousseff está particularmente preocupada com a crise lá fora e mencionou o assunto diversas vezes num discurso de menos de 30 minutos no lançamento do Brasil Maior, terça-feira. Também manifestou apreensão com a turbulência durante reunião reservada com a indústria e seus ministros antes de anunciar o pacote.


Ela disse na ocasião que, se 2008 foi uma "crise profunda", hoje se trata de uma "crise crônica". Interlocutores garantiram que ela abraçou a causa da indústria nacional porque é ela que "pode salvar o país". Ontem, com sindicalistas, Dilma voltou à carga e disse que a situação, de gripe, passou a pneumonia crônica.


- Essa onda de incertezas já está se refletindo num efeito de redução de riqueza fortíssimo com a queda das bolsas de valores no mundo todo e vai fazer com que a recuperação frágil das economias industrializadas e do mundo em geral seja mais lenta. Isso vai chegar nas commodites - alerta Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Segundo o especialista, o equacionamento dos déficits públicos americano e europeus é complexo e politicamente extremamente desgastante. Por esta razão, considera irreversível o impacto sobre o crescimento econômico mundial. Além disso, a China, um dos países que mais cresce hoje, também deve pisar no freio para combater a inflação de dois dígitos que assola o país e já causa insatisfação na população. A produção industrial chinesa já desacelerou.


- A fase de ouro das commodities de 2010 e do começo de 2011 chegou ao fim. Vai começar um processo de acomodação e correção gradual dos preços. A balança tem tido excelente desempenho basicamente por conta dos básicos - lembrou Langoni.


O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, reconhece os sinais de arrefecimento da economia mundial e seu impacto sobre os preços das commodities brasileiras, setor em que o país é mais competitivo hoje. Mas acredita que o Brasil está preparado para mais do que compensar estas perdas, tendo em vista a enorme quantidade de recursos que deve ingressar no país. Segundo ele, só o setor automotivo deve receber cerca de US$ 8 bilhões até 2015.


Para Castro, da AEB, o pacote para a indústria deve ajudar a balança comercial com medidas voltadas para os manufaturados, que têm mais valor agregado do que as commodities. Mesmo assim, ele afirma que as ações do governo sozinhas não serão suficiente para compensar a defesagem cambial, estimada em 30% em relação a 1999.


- O dólar até subiu um pouco. Mas ainda está muito longe, não é nem do ótimo, e sim do mais ou menos.  

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Fotógrafo registra maior caverna do mundo no Vietnã

NATUREZA

 

INTERNACIONAL -- \ -- NOTÍCIAS


Usado como esconderijo na guerra, local foi redescoberto por exploradores em 2009.



BBC
                  

*[]>\/>[]:* O fotógrafo britânico Carsten Peter fez registros inéditos das profundezas da caverna Hang Son Doong, no Vietnã, a maior do mundo. A passagem subterrânea é tão grande que seu fim ainda não foi encontrado.

Hang Son Doong é parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, a cerca de 500 quilômetros da capital, Hanoi.

Caverna já havia sido usada como esconderijo contra os bombardeios americanos durante a Guerra do Vietnã (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters )Caverna já havia sido usada como esconderijo contra os bombardeios americanos durante a Guerra do Vietnã (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters )

Peter acompanhou uma equipe da Associação Britânica de Pesquisa de Cavernas, que descobriu a entrada do local em 2009. A caverna já havia sido usada como esconderijo contra os bombardeios americanos durante a Guerra do Vietnã.

As novas expedições mostram que o espaço tem pelo menos 4,5 quilômetros e chega a 140 metros de altura em algumas partes.

Hang Son Doong é parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)
Hang Son Doong é parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)

Por causa da descoberta, a passagem subterrânea vietnamita passou a ser considerada a maior do mundo, ultrapassando a Caverna do Veado, na ilha de Bornéu, que tem 1,6 quilômetro de comprimento e 91 metros de altura.

Peter, que é explorador há 35 anos, descobriu até mesmo uma floresta escondida dentro da caverna.

'Visitei tantas cavernas que perdi a conta, mas esta é certamente uma das mais únicas e incomuns que já vi', disse o fotógrafo.

Durante as expedições, as equipes encontraram estalagmites de mais de 70 metros de altura dentro de Hang Son Doong (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)Durante as expedições, as equipes encontraram estalagmites de mais de 70 metros de altura dentro de Hang Son Doong (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)
 
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Analistas veem forte mudança na política econômica

 

Economia & Mercados


''Tripé'' de metas de inflação, câmbio flutuante e rigor fiscal já não estaria valendo; BC rejeita ideia e tem apoio de alguns no mercado


 
 
Fernando Dantas / RIO - O Estado de S.Paulo
 
[=*\\||//*=] O Brasil já não tem o mesmo regime de política econômica iniciado no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e continuado por Luiz Inácio Lula da Silva, baseado no chamado "tripé" - metas de inflação, câmbio flutuante e altos superávits primários. Essa é a visão de uma significativa corrente de economistas e profissionais do mercado financeiro sobre a gestão econômica no início do governo de Dilma Rousseff.
O Banco Central (BC), porém, contesta energicamente essa interpretação. A visão na cúpula da instituição é de que as fortes críticas que vem recebendo devem-se à incompreensão sobre o momento peculiar vivido pela economia brasileira. Assim, o tripé está firme, e o que existe são adaptações do regime à atual conjuntura.
No mercado, há também quem apoie a estratégia do Ministério da Fazenda e do BC, como o diretor do Departamento Econômico do Bradesco, Octavio de Barros. "Este momento excepcionalmente peculiar pelo qual passa a economia mundial e brasileira acabará redundando no fortalecimento do tripé."
O conflito de visões entre a equipe econômica e parte considerável do mercado atingiu um nível particularmente intenso nas últimas semanas, alimentado pela alta da inflação e pelo insucesso das últimas medidas para segurar a valorização do real.
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações e sócio-fundador da Quest Investimentos, acha que recente entrevista de Dilma ao jornal Valor Econômico indicou claramente que o Banco Central está trabalhando agora com o duplo objetivo de controlar a inflação e manter o crescimento econômico num ritmo visto como adequado pelo governo. "Quando ela falou que queria controlar a inflação e, ao mesmo tempo, crescer 5% apareceu a inconsistência", ele observa.
Segundo Alexandre Schwartsman, ex-diretor da área internacional do BC, e até recentemente economista-chefe do Santander, "o tripé ainda existe, mas está bem deteriorado - o (resultado) fiscal ninguém sabe o que é, o câmbio flutua a contragosto e o compromisso com as metas de inflação está desaparecendo a olhos vistos".
Para Schwartsman, a atual política econômica não é fruto de uma visão integrada e coerente do conjunto de fatores, mas sim "um conjunto de ações mais ou menos desconexas" que tenta atacar cada problema individualmente, sem prestar atenção às consequências no todo.
Assim, busca-se evitar a valorização cambial sem se levar em conta que a apreciação neutraliza o impacto inflacionário da alta das commodities. Da mesma forma, tomam-se medidas para refrear o ingresso de capitais e busca-se aumentar o investimento, que necessita de financiamento externo. E, enquanto o BC tenta frear a demanda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) opera a sua imensa carteira de crédito.
Abaixo de R$ 1,60. O economista acha que a equipe econômica começa a perceber "os limites dessas intervenções sem uma estrutura coerente por detrás". Assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria reconhecido na semana passada os efeitos colaterais do controle de capitais, e, adicionalmente, o dólar voltou a cair, despencando bem abaixo do piso de R$ 1,60, que foi defendido por algum tempo.
Outro ponto de críticas do mercado seria a suposta tentativa do BC de tentar reduzir o ciclo da alta da Selic (taxa básica), com a utilização alternativa de medidas de contenção de crédito como aumento de compulsórios e de índices de capitalização, ou a recente elevação de 1,5% para 3% do IOF dos empréstimos à pessoa física.
Há uma interpretação de que o BC estaria relutante em estender muito a alta da Selic (que já subiu de 8,75% para 11,75% desde abril de 2010). Essa seria a causa para o fato de as expectativas de inflação do mercado para 2011 e 2012 (6,02% e 5%) estarem acima das projeções do BC - respectivamente de 5,6% e 4,6%. As razões da relutância do BC seriam evitar que a atratividade dos juros brasileiros para o capital externo aumentasse ainda mais, ou algum tipo de coerção emanada da Fazenda ou do Planalto.
Diversos economistas observam que a alta da Selic tem efeito mais poderoso e disseminado na demanda porque afeta todos os segmentos de crédito (ao contrário de algumas das medidas de contenção setorizada dos empréstimos, tomadas pela Fazenda) e, além disso, ao aumentar a rentabilidade das aplicações financeiras, estimula a poupança, o que também inibe o consumo. Na parte fiscal, há mais apoio no mercado ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, embora ainda haja uma corrente cética.
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Tripé deteriorado
ALEXANDRE SCHWARTSMAN
ECONOMISTA
"O tripé está bem deteriorado - o (resultado) fiscal ninguém sabe o que é, o câmbio flutua a contragosto e o compromisso com as metas de inflação está desaparecendo a olhos vistos."
OCTAVIO DE BARROS 
DIRETOR DO BRADESCO
"Esse momento peculiar da economia vai reforçar o tripé." 
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Bunker nazista se torna usina sustentável

 

INTERNACIONAL   - \ -  NOTÍCIAS



Torre que resistiu a bombardeios e tentativas de implosão na cidade alemã de Hamburgo fornecerá energia elétrica para 3 mil residências

        

 
- O Estado de S.Paulo
 
 
#/=\:::/=\# HAMBURGO - Durante a 2.ª Guerra, até 30 mil pessoas se aglomeravam no bunker de Wilhelmsburg, na cidade alemã de Hamburgo, buscando abrigo contra as bombas lançadas pelos Aliados - a enorme torre construída no Terceiro Reich por Adolf Hitler é tão resistente que sobreviveu às tentativas de implodi-la no pós-guerra. Décadas mais tarde, o edifício estava em ruínas. Mas agora urbanistas fazem dele um abrigo para um importante projeto de energia renovável.

A modernização do "bunker da energia" está bem adiantada. Escavadeiras puseram por terra suas paredes de 2 metros de espessura, abrindo uma das fachadas. A reforma deve ser concluída no início de 2013 e a parte central oca abrigará uma usina termoelétrica movida a biomassa. O teto e a parede do lado sul serão cobertos de painéis solares e a usina terá um tanque de armazenamento para bombear água para casas vizinhas.  



A iniciativa é da IBA Hamburg, projeto de renovação que busca soluções ambientais para as cidades. Urbanistas e especialistas em energia pretendem mostrar que as cidades podem fazer mais que importar energia renovável de áreas rurais. Segundo eles, as cidades, que consomem 80% dos recursos, estão demorando para repensar a fonte da energia que consomem.

Concentrando-se no bairro de Wilhelmsburg, a equipe do IBA dá uma amostra em pequena escala do que pode ser uma paisagem urbana sustentável. "Estamos realizando algo novo, trazendo a produção de energia para o centro do ambiente urbano", disse Karsten Wessel, coordenador do projeto Cidades e Mudança Climática. "Na Alemanha, temos povoados que são 100% suficientes em termos energéticos, mas estão quase todos em áreas rurais."

Em 2010, Munique anunciou planos para consumir apenas energia renovável em 2015. "Mas o que eles pretendem é importar energia da Europa e de fazendas eólicas em alto-mar", diz Wessel. "Nosso trabalho é local." Ele e seus colegas pretendem tornar Wilhelmsburg num bairro isento de carbono e suprir suas necessidades com energias renováveis dentro de 15 anos. Em 2050, as energias renováveis também deverão prover os sistemas de aquecimento do bairro.

A bordo de uma construção flutuante repleta de painéis solares no Elba, os urbanistas trabalham para atingir sua ambiciosa meta. Sua colorida "casa flutuante" abriga uma exposição do projeto. Guias conduzem grupos de bicicleta em visitas ao local. Da sacada, os visitantes observam a paisagem industrial. É um bairro que abriga uma das maiores populações imigrantes de Hamburgo e importantes vias de tráfego.

Ambivalência. Mas a reação dos moradores tem sido ambivalente. Margaret Mackert, que cria um centro de documentação sobre a torre, diz que o local é importante e sua história precisa ser preservada. "Para as pessoas mais velhas, que eram crianças durante a guerra, o bunker é visto como algo positivo, como se oferecesse proteção. Os mais jovens o consideram um memorial feio e ameaçador - mas sabem que é importante que permaneça."

** / DER SPIEGEL. TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

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