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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Alívio no bolso e resposta a tarifaço fazem Lula ter a melhor avaliação desde janeiro, diz Felipe Nunes

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Presidente segue mais desaprovado (51%) do que aprovado (46%), mas distância entre os dois grupos, que já foi de 17 pontos, caiu para cinco, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20).
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https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/08/20/quaest-

Postado em 20 de Agosto de 2.025 às 09h25m

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Quaest: 51% desaprovam governo Lula, e 46% aprovam
Quaest: 51% desaprovam governo Lula, e 46% aprovam

A percepção de queda no preço dos alimentos por parte dos brasileiros e a resposta o tarifaço de Donald Trump levaram o presidente Lula (PT) a ter a melhor avaliação desde janeiro, afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest.

Pesquisa encomendada pela Genial Investimentos e divulgada pela consultoria nesta quarta-feira (20) mostra que o petista segue mais desaprovado (51%) que aprovado (46%). A diferença entre esses dois grupos, entretanto, que já foi de 17 pontos, caiu para cinco.

O que pode explicar essa melhora na popularidade do governo, especialmente no Nordeste e na população de renda baixa?

"É o supermercado, estúpido! Depois de mais de um ano e meio, a parcela de brasileiros que percebe alta no preço dos alimentos caiu para perto de 60%. Esse alívio no bolso impulsionou a popularidade do governo, sobretudo entre os mais pobres", afirma Felipe Nunes.

A pesquisa mostra que diminuiu a parcela dos que acham que o preço dos alimentos subiu (de 76% para 60%) e cresceu a dos que acham que o preço caiu (de 8% para 18%).

Presidente Lula, em foto de agosto de 2025 — Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula, em foto de agosto de 2025 — Foto: Ricardo Stuckert/PR

A percepção sobre o poder de compra também é melhor (caiu de 80% para 70% os que acham que está menor e subiu de 11% para 16% os que acham que está maior). Agora, há um empate entre os que acham que a economia vai piorar e os que acham que vai melhorar (40%). Antes, mais pessoas achavam que ia piorar.

Segundo Nunes, a sensação de melhora nos preços dos alimentos vem sendo sentida em todas as regiões do país desde o começo do ano. Mas, agora, sem as crises do PIX e do INSS, produzem efeitos mais acentuados e percebidos na popularidade do governo.

O diretor da Quaest destaca que, em julho, Lula melhorou sua popularidade na classe média. Já agora, recuperou a entre os mais pobres.

"Se de março pra julho, Lula melhorou sua popularidade na renda média, neste último mês o governo recuperou popularidade na renda baixa: a aprovação foi de 46% para 55% (+9) e a desaprovação foi de 49% para 40% (-9) neste estrato", disse Nunes. 
Postura de Lula diante do Tarifaço

Além da percepção da queda dos preços, a resposta o tarifaço de Donald Trump também levaram o presidente Lula (PT) a ter a melhor avaliação desde janeiro, segundo Nunes. Na avaliação dos brasileiros, o petista está se saindo melhor nessa situação.

"Outro fator decisivo para a melhora na aprovação do governo foi a postura de Lula diante do tarifaço imposto por Trump ao Brasil. Para 48% dos brasileiros, Lula e o PT estão se saindo melhor nesse embate contra os EUA, enquanto apenas 28% defendem Bolsonaro e seus aliados", diz Nunes.

O que se consolidou, na avaliação do diretor, foi a percepção de que Trump anunciou o tarifaço por motivações políticas, não por motivações econômicas ou pessoais, além da percepção que as tarifas vão prejudicar a vida dos brasileiros

"Num cenário tão polarizado, chama atenção o fato de que todos os segmentos da sociedade (do lulista ao bolsonarista), concordem com essa avaliação", afirmou.

Para Nunes, a percepção de 49% dos brasileiros de que Lula está agindo em defesa do Brasil, enquanto 41% defendem que ele está se aproveitando da situação para se promover politicamente, "é uma divisão de opinião que remete à polarização da eleição passada".

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Em feito inédito, cientistas aceleram amadurecimento de 'minicérebros' humanos em estudo sobre Alzheimer; entenda

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Organoides cultivados em laboratório amadureceram de forma mais rápida e conseguiram enviar comandos a um robô. Técnica pode acelerar pesquisas sobre a doença, mas ainda está restrita a testes em laboratório, sem aplicação imediata em pacientes.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 20 de Agosto de 2.025 às 08h00m

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Imagem de microscopia mostra placas de proteína beta-amiloide, ligadas ao Alzheimer, em tons fluorescentes no tecido cerebral. — Foto: Wikimedia/Domínio Público
Imagem de microscopia mostra placas de proteína beta-amiloide, ligadas ao Alzheimer, em tons fluorescentes no tecido cerebral. — Foto: Wikimedia/Domínio Público

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (20) um avanço que pode transformar a pesquisa sobre o Alzheimer.

Pela primeira vez, minicérebros humanos (uma versão reduzida do nosso mais complexo órgão) cultivados em laboratório amadureceram de forma acelerada com a ajuda do grafeno, um material ultrafino derivado do carbono.

👉 O estudo, publicado na revista "Nature Communications", contou com a participação de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), entre eles o brasileiro Alysson Muotri.

A equipe também mostrou que esses organoides foram capazes de enviar sinais elétricos a um robô simples, que respondeu com movimentos.

Embora ainda em estágio experimental, o feito abre novas possibilidades para compreender doenças do cérebro e desenvolver futuras interfaces entre humanos e máquinas (entenda mais abaixo).

"O grafeno responde à luz, então a gente usa essa luz para estimular os neurônios. Diferente de outras técnicas, conseguimos fazer isso de forma crônica, por dias, semanas e até meses", explica Muotri ao g1.

"Foi assim que percebemos que, com essa estimulação, as redes neurais amadurecem muito mais rápido e de um jeito muito mais próximo do que acontece no cérebro humano", acrescenta o pesquisador.

Como funciona a técnica

O cérebro humano é um dos órgãos mais difíceis de estudar, já que se forma dentro do útero e depois fica protegido pelo crânio.

Para contornar essa limitação, cientistas vêm criando organoides cerebrais a partir de células-tronco.

O problema é que esses minicérebros costumam se desenvolver de forma lenta, o que dificulta pesquisas sobre doenças ligadas ao envelhecimento, justamente como o Alzheimer.

🧠ENTENDA: nesse tipo doença, os neurônios vão morrendo aos poucos, comprometendo memória e cognição. Assim, para investigar esse processo em laboratório, seria preciso esperar anos até que os organoides amadurecessem.

Para contornar esse probelma, os pesquisadores utilizaram então o grafeno como uma espécie de "ponte de estímulo".

Ele permitiu acelerar o processo de maturação dos organoides sem modificar o DNA das células, ao contrário de outras técnicas que exigem alterações genéticas ou que podem danificar os neurônios com estímulos elétricos diretos.

Segundo os autores, a estratégia funcionou como um empurrãozinho para que os neurônios formassem conexões mais rápido.

Assim, em questão de semanas, os organoides apresentaram sinais de atividade semelhantes aos de cérebros mais desenvolvidos.

O que são minicérebros? — Foto: Luisa Rivas e Ana Moscatelli | Arte g1
O que são minicérebros? — Foto: Luisa Rivas e Ana Moscatelli | Arte g1

Um passo adiante no estudo do Alzheimer

A equipe também aplicou a técnica em organoides derivados de células de pacientes com Alzheimer.

Com isso, o resultado foi que essas estruturas envelheceram mais rapidamente em laboratório, permitindo observar os efeitos da doença em menos tempo.

Com o uso do grafeno, conseguimos estimular os neurônios a formarem conexões e amadurecerem mais rapidamente, sem alterar o código genético, disse em um comunicado a pesquisadora Elena Molokanova, primeira autora do estudo.

É como dar um empurrãozinho para que cresçam mais depressa, algo essencial para estudar, em laboratório, doenças ligadas ao envelhecimento.

Essa aceleração é considerada crucial para testar drogas em fase inicial e entender como o Alzheimer progride nas células humanas.

O nosso modelo de organoide é excelente para estudar fases iniciais do desenvolvimento e, por isso, sempre usei muito para pesquisas sobre autismo, porque ele recapitula esses estágios iniciais e dá pistas do que pode acontecer lá na frente. Mas, por outro lado, sempre deixou de lado as doenças do envelhecimento, como o Alzheimer. O grafeno acelera esse processo e abre caminho para investigar essas condições de forma muito mais eficiente", acrescenta Muotri.

Em uma etapa seguinte, os pesquisadores conectaram os organoides a um robô equipado com sensores.

Organoides cerebrais, acelerados com grafeno, conseguiram enviar sinais elétricos que controlaram um robô em testes de desvio de obstáculos. — Foto: Wirla Pontes
Organoides cerebrais, acelerados com grafeno, conseguiram enviar sinais elétricos que controlaram um robô em testes de desvio de obstáculos. — Foto: Wirla Pontes  

O sistema foi montado em circuito fechado: quando os organoides recebiam estímulos, eles geravam sinais elétricos que eram transmitidos para a máquina. O robô, por sua vez, respondia se movimentando em um pequeno trajeto com obstáculos.

Segundo Muotri, esse tipo de experimento mostra o potencial de criar sistemas neuro-biohíbridos, ou seja, em que um tecido vivo se comunica diretamente com máquinas.

Ainda estamos longe de falar em consciência ou algo parecido, mas já é um primeiro passo para entender como integrar circuitos biológicos a dispositivos tecnológicos, disse ele.

Ao g1, o pesquisador lembra que já havia tentado essa interface no passado usando estímulos elétricos, mas os neurônios não resistiam e acabavam sendo danificados.

Com o grafeno, pela primeira vez, foi possível manter essa comunicação de forma crônica e estável, sem comprometer as células.

Ainda segundo ele, esse avanço permite imaginar organoides sendo usados para computação biológica ou até para movimentar robôs durante anos, sem perda de viabilidade.

O teste com o robô teve dois objetivos: mostrar que a estimulação crônica era possível e verificar se o organoide conseguia aprender tarefas simples. No ensaio, o robô precisou desviar de obstáculos em um labirinto e conseguiu ter 100% de sucesso após o treinamento, de maneira semelhante ao aprendizado de um bebê que começa a evitar bater em móveis.
— Alysson Muotri, cientistas brasileiro e pesquisador da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD).

Muotri segura placas de Petri com minicérebros, organoides cerebrais humanos derivados de células-tronco. — Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal
Muotri segura placas de Petri com minicérebros, organoides cerebrais humanos derivados de células-tronco. — Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal

Limitações e próximos passos

Apesar do impacto, os próprios cientistas ressaltam que a pesquisa está ainda bastante no início.

Os organoides não chegam perto da complexidade de um cérebro humano completo e, portanto, não podem reproduzir de forma fiel todas as funções neurológicas.

Além disso, a conexão feita com o robô foi bastante básica, servindo mais como uma prova de conceito do que como uma aplicação prática. Estamos apenas começando a explorar esse território, afirma Muotri.

Os próximos passos da equipe incluem refinar o uso do grafeno, aplicar a técnica em outras doenças neurológicas — como Parkinson e epilepsia — e testar como esses organoides podem interagir com sistemas computacionais mais avançados.

"O mais interessante é que começamos a ver a capacidade dos organoides de armazenar memórias e resgatar essas informações quando necessário. Isso abre a possibilidade de treinar esses minicérebros para realizar tarefas e lembrá-las até anos depois", acrescenta o cientista.

Imagem de microscópio eletrônico mostra um minicérebro. Estrutura simula de forma simples a organização celular encontrada no cérebro humano — Foto: Divulgação
Imagem de microscópio eletrônico mostra um minicérebro. Estrutura simula de forma simples a organização celular encontrada no cérebro humano — Foto: Divulgação

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