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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Nobel de Química vai para Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi pelo desenvolvimento das estruturas metal-orgânicas

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Estruturas desenvolvidas pelos laureados podem ajudar a reduzir emissões de carbono, filtrar poluentes e extrair água do ar em regiões áridas. Prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões) reconhece avanços que transformam a compreensão da matéria e impulsionam novas tecnologias.
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Por Poliana Casemiro, Talyta Vespa, g1

Postado em 08 de Outubro de 2.025 às 08h50m
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Cientistas vencem Nobel de Química em 2025 pelo desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas
Cientistas vencem Nobel de Química em 2025 pelo desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas

O cientista japonês Susumu Kitagawa, o britânico Richard Robson e Omar M. Yaghi, da Jordânia, são os ganhadores do Prêmio Nobel 2025 em Química, anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia nesta quarta-feira (8).

Os três cientistas dividirão igualmente o prêmio, que totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões), pelo desenvolvimento das estruturas metal-orgânicas, conhecidas como MOFs (metal-organic frameworks) materiais ultraporosos capazes de capturar, armazenar e separar moléculas em nível atômico (entenda mais abaixo).

Vencedores do Nobel de Química são Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi — Foto: Reprodução/Nobel
Vencedores do Nobel de Química são Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi — Foto: Reprodução/Nobel

Moldando o invisível: como funcionam os MOFs

Imagine uma esponja, só que feita de átomos. É assim que funcionam os metal-organic frameworks (MOFs). Cada estrutura é composta por íons metálicos (como cobre, zinco ou cobalto) ligados a longas cadeias orgânicas que formam um cristal com inúmeros poros microscópicos.

Esses buracos são tão pequenos e organizados que permitem capturar gases, armazenar energia ou separar moléculas específicas — uma espécie de engenharia de espaços vazios dentro da química.

Os MOFs são tão porosos que alguns gramas do material têm área interna equivalente a um campo de futebol. Isso significa que eles conseguem absorver quantidades imensas de gás ou vapor em comparação com outros materiais.

Essas estruturas têm um potencial enorme, criando possibilidades inéditas de materiais sob medida com novas funções”, explicou Heiner Linke, presidente do Comitê Nobel de Química.
Da teoria ao impacto prático

A pesquisa começou ainda nos anos 1980, quando Richard Robson percebeu que poderia usar a atração natural entre íons metálicos e moléculas orgânicas para criar cristais com cavidades internas.

Mais tarde, Susumu Kitagawa, da Universidade de Kyoto, mostrou que esses materiais podiam ser estáveis e flexíveiscapazes de absorver e liberar gases sem se desmanchar.

Já Omar Yaghi, da Universidade da Califórnia em Berkeley, desenvolveu versões ultrarresistentes, como o MOF-5, que permanece intacto mesmo a 300 °C e pode ser moldado conforme a necessidade do uso.

Foi Yaghi quem também demonstrou uma das aplicações mais emblemáticas: extrair água do ar do deserto. Seu grupo criou um material que, durante a noite, captura vapor d’água e, ao amanhecer, libera o líquido quando é aquecido pela luz do sol.

Onde isso aparece na vida real

Embora ainda sejam estudados principalmente em laboratório, os MOFs já têm aplicações reais e promissoras:

  • Captura de CO₂ em fábricas e usinas, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa;
  • Purificação de água, com materiais que retêm poluentes como PFAS e restos de medicamentos;
  • Armazenamento de hidrogênio, que pode servir como combustível limpo;
  • Controle de amadurecimento de frutas, ao absorver o gás etileno;
  • Produção de chips e semicondutores, onde são usados para conter ou neutralizar gases tóxicos.
“Salas” para a química do futuro

Desde as descobertas originais, cientistas do mundo todo já criaram dezenas de milhares de variações de MOFs — cada uma com propriedades específicas para resolver desafios diferentes.

Por isso, há quem veja esses materiais como o material do século XXI, com potencial para transformar desde o combate às mudanças climáticas até a criação de medicamentos e baterias mais eficientes.

Com osnovos cômodos criados dentro das moléculas, Kitagawa, Robson e Yaghi ajudaram a abrir espaço — literalmente — para que a química encontre novas soluções para os grandes problemas da humanidade.

Quem são os ganhadores do Nobel de Química 2025

  • Susumu Kitagawa, nascido em 1951 em Kyoto, Japão, é doutor pela Universidade de Kyoto, onde também atua como professor. Reconhecido por seus estudos em química de coordenação e materiais porosos, foi um dos pioneiros na criação dos primeiros metal-organic frameworks (MOFs) capazes de armazenar e liberar gases de forma controlada.
  • Richard Robson, nascido em 1937 em Glusburn, Reino Unido, é doutor pela Universidade de Oxford e professor na Universidade de Melbourne, na Austrália. Foi o primeiro a propor, ainda nos anos 1980, a ideia de usar íons metálicos e moléculas orgânicas para formar estruturas tridimensionais com cavidades internas — conceito que deu origem aos MOFs.
  • Omar M. Yaghi, nascido em 1965 em Amã, Jordânia, doutorou-se em 1990 pela Universidade de Illinois Urbana-Champaign (EUA) e é professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley. É considerado o principal responsável por transformar os MOFs em materiais estáveis e escaláveis, abrindo caminho para aplicações como captura de carbono e extração de água do ar.

Os três dividirão igualmente o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões) concedido pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Os ganhadores em 2024

O Nobel de Química de 2024 reconheceu David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper por decifrarem os segredos das proteínas — moléculas essenciais à vida — com a ajuda da inteligência artificial (IA) e da computação de alto desempenho.

Baker, professor na Universidade de Washington (EUA), foi premiado por desenvolver o design computacional de proteínas, processo que permite criar moléculas inéditas com funções específicas, usadas em medicamentos e vacinas.

Hassabis e Jumper, por sua vez, foram reconhecidos por criarem o AlphaFold2, modelo de IA da Google DeepMind que solucionou um desafio de 50 anos: prever a forma tridimensional das proteínas a partir de suas sequências de aminoácidos.

Os químicos há muito sonham em entender e dominar completamente as ferramentas químicas da vida — as proteínas. E esse sonho agora está ao nosso alcance, afirmou o comitê do Nobel na época.

Uma revolução para a biologia e a medicina

As descobertas de Baker, Hassabis e Jumper redefiniram o estudo das proteínas, abrindo novas fronteiras para a criação de remédios, vacinas, nanomateriais e sensores.

Antes dessas técnicas, determinar a estrutura 3D das proteínas exigia métodos experimentais lentos e caros, como cristalografia e ressonância magnética nuclear.

Agora, com o AlphaFold2, é possível prever rapidamente a forma de milhões de proteínas — ferramenta já usada em mais de 190 países por cientistas que estudam doenças e buscam novos tratamentos.

O comitê destacou que o prêmio de 2024 marcou o início da era da biologia assistida por IA, em que a combinação de química, biologia e ciência da computação acelera descobertas que antes levavam décadas.

Curiosidades sobre o Nobel de Química

  • Desde 1901, o Nobel de Química já premiou mais de 190 cientistas, entre eles Marie Curie, Linus Pauling e Ahmed Zewail.
  • O mais jovem laureado foi Frédéric Joliot, premiado em 1935 aos 35 anos, por suas pesquisas sobre radioatividade.
  • Já o mais velho foi John B. Goodenough, que recebeu o Nobel em 2019, aos 97 anos, pelas baterias de íon-lítio — tecnologia presente em celulares, notebooks e carros elétricos.
  • Marie Curie é a única pessoa a ganhar dois Nobéis em áreas diferentes: Física (1903) e Química (1911).
Cronograma dos prêmios de 2025

  • Medicina: segunda-feira, 6 de outubro
  • Física: terça-feira, 7 de outubro
  • Química: quarta-feira, 8 de outubro
  • Literatura: quinta-feira, 9 de outubro
  • Paz: sexta-feira, 10 de outubro
  • Economia: segunda-feira, 13 de outubro
Três pesquisadores vencem o prêmio Nobel de Física
Três pesquisadores vencem o prêmio Nobel de Física

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Aprovação ao governo Lula volta a empatar com desaprovação pela 1ª vez desde janeiro

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Levantamento mostra que 49% desaprovam a gestão petista, enquanto 48%, aprovam. Margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
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Por Arthur Stabile, Felipe Turioni, Gustavo Petró, g1 — São Paulo

Postado em 08 de Outubro de 2.025 às 08h00m
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Aprovação ao governo Lula volta a empatar com desaprovação após 9 meses, diz Quaest
Aprovação ao governo Lula volta a empatar com desaprovação após 9 meses, diz Quaest

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra que a aprovação ao governo Lula voltou a empatar, dentro da margem de erro, com a desaprovação: 49% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 48%, aprovam.

Esta é a primeira vez, desde janeiro, que há empate entre os dois indicadores. No início do ano, 49% desaprovavam Lula, já a aprovação era de 47%. A diferença de um ponto é a menor desde dezembro de 2024, quando a aprovação era maior que a desaprovação (52% a 47%).

Entre fevereiro e setembro, os indicadores mostravam maior desaprovação. O pico de diferença ocorreu em maio deste ano, quando 17 pontos separavam a avaliação negativa (57%) da positiva (40%).

Veja os números:

  • Aprova: 48% (eram 46% na pesquisa de setembro);
  • Desaprova: 49% (eram 51%);
  • Não sabem/não responderam: 3% (eram 3%).

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

O levantamento aponta que:

  • Mulheres voltaram a aprovar mais Lula do que desaprovar: 52% a 45%, indicadores que estavam empatados em 48% no levantamento anterior;
  • Os católicos voltaram a aprovar mais o governo petista, após empate registrado em setembro: 54% aprovam, e 44%, desaprovam. A margem é de 3 pontos para mais ou menos;
  • Os mais ricos (renda familiar de 5 salários mínimos ou mais) apresentam empate entre os indicadores: 52% desaprovam e 45%, aprovam. O público mais desaprovava o governo até setembro. A margem de erro é de 4 pontos;
  • empate entre o público de 35 a 59 anos, mas com aprovação e reprovação invertendo posições: enquanto 51% desaprovaram e 46% aprovavam em setembro, agora 51% aprovam e 46%, desaprovam;
  • Voltou a ter empate entre o público de 60 anos ou mais, com 50% aprovando e 46%, desaprovando. Havia maior aprovação a Lula (53% a 45%) em setembro.
Presidente Lula durante entrevista no Palácio do Planalto — Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula durante entrevista no Palácio do Planalto — Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Quaest também ouviu a opinião dos entrevistados sobre a relação de Lula com Trump e sobre assuntos econômicos, incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Veja abaixo:

  • 49% acham que Lula saiu mais forte após encontro com Trump na ONU; 27% acham que saiu mais fraco;
  • 79% são a favor de isentar IR de quem ganha R$ 5 mil;
  • Cai a parcela de brasileiros que consideram que economia piorou no último ano.
Veja, abaixo, a avaliação de Lula por segmento:

Região

Os indicadores de aprovação e desaprovação ao governo Lula tiveram variações dentro da margem de erro nas regiões do país em relação ao levantamento anterior, realizado em setembro, mas sem alterar os cenários. Veja os números:

Gênero

Mulheres voltaram a aprovar mais o governo Lula do que desaprovar: 52% a 45%, indicadores que estavam empatados em 48% no levantamento anterior, realizado em setembro. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Entre os homens, houve oscilação nos números dentro da margem de erro, que é de 3 pontos, mas sem alterar o cenário de maior desaprovação ao governo federal. Veja os números:

Faixa etária

A pesquisa mostra empate técnico entre o público de 35 a 59 anos, como ocorria na pesquisa de setembro. A diferença é que aprovação e reprovação inverteram as posições: enquanto 51% desaprovaram e 46% aprovavam em setembro, agora são 51% os que aprovam e 46%, os que desaprovam. A margem de erro é de 3 pontos neste segmento.

Também há empate nos números no público mais velho, com 60 anos ou mais: 50% de aprovação e 46% de desaprovação. Antes, no levantamento anterior, havia maior aprovação a Lula (53% a 45%). A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Entre os jovens, de 16 a 34 anos, houve oscilação de um ponto na desaprovação, o que não altera o cenário do segmento, que tem margem de 4 pontos para mais ou menos. Veja os números:

Escolaridade

Entre quem tem até o ensino fundamental, aumentou de 15 para 22 pontos a diferença a favor aprovação em relação à desaprovação: 59% contra 37% (eram 56% e 41% em setembro). A margem de erro é de 4 pontos.

Nos demais indicadores de escolaridade (ensino médio completo e ensino superior completo), aprovação e desaprovação tiveram variações dentro da margem de erro, mas sem alterações no cenário. Veja os números:

Renda familiar

Os mais ricos (renda familiar de 5 salários mínimos ou mais) apresentam empate entre os indicadores: 52% desaprovam e 45%, aprovam. O público mais desaprovava o governo até setembro (60% a 37%). A margem de erro é de 4 pontos.

Houve variação dentro da margem de erro em aprovação e desaprovação nas rendas de quem recebe até 2 salários mínimos e no público de mais de 2 a 5 salários mínimos, mas sem alterar o cenário de mais aprovação nos mais pobres e de empate na classe intermediária, com margens de erro de 4 e 3 pontos, nesta ordem. Veja os números:

Religião

Os católicos voltam a aprovar mais o governo petista após o empate técnico entre os indicadores registrados em setembro: agora, 54% aprovam e 44%, desaprovam. São dez pontos de diferença. A margem é de 3 pontos para mais ou menos;

Entre os evangélicos, Lula segue mais desaprovado (63%) do que aprovado (34%). Veja os números abaixo:

Bolsa família

A aprovação da gestão Lula entre os beneficiários do Bolsa Família foi a 67% (eram 64% em setembro) e a desaprovação, a 31% (eram 31%). As variações estão dentro da margem de erro, mas indicam o melhor resultado no ano, com 36 pontos de vantagem para a aprovação -- em julho, indicadores estavam em empate técnico. Margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Entre quem não é beneficiário do programa social, 53% desaprovam o governo petista (eram 55% em setembro), já 44%, aprovam (eram 42%). As oscilações estão dentro da margem de erro, de 3 pontos no segmento.

Avaliação geral do governo

O levantamento da Quaest questionou aos eleitores como eles avaliam o governo Lula no geral. Houve oscilação de um ponto para baixo entre quem avalia o governo de modo negativo e de dois pontos para cima entre quem avalia como positivo.

Veja os números:

  • Positivo: 33% (eram 31% em setembro);
  • Negativo: 37% (eram 38%);
  • Regular: 27% (eram 28%);
  • Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%).