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segunda-feira, 18 de julho de 2011


Crise americana

   

ECONOMIA

 

Obama ameaça vetar plano orçamentário de republicanos e Congresso já pensa em liberar teto da dívida em parcelas

 

Publicada em 18/07/2011 às 21h14m

O Globo, com agências internacionais




$$--%--$$ WASHINGTON - A Casa Branca emitiu nesta segunda-feira uma ameaça de veto contra o plano dos republicanos na Câmara para equilibrar o Orçamento e elevar o teto do déficit, afirmando que este é "inconsistente com uma base responsável para restaurar a responsabilidade fiscal".


O texto estabelece o congelamento das despesas do governo em até 18% do PIB, e impõe uma emenda constitucional com novas regras de equilíbrio orçamentário. Parte dos republicanos condicionam a sua aprovação para aceitar um acordo que permita o aumento do limite da dívida do Tesouro, que atingiu o teto de U$ 14,3 trilhões, e evite a moratória no dia 2 de agosto.


Segundo comunicado do governo, o plano "estabelece uma falsa e inaceitável escolha entre um calote das obrigações federais agora e aprovar uma emenda para equilibrar o Orçamento que, no futuro, deixará o país incapaz de cumprir a obrigação de garantir uma aposentadoria digna".


No caso de um impasse, republicanos sinalizaram que se concentrarão na proposta que está sendo costurada pelos líderes dos dois partidos no Senado, que prevê que o teto da dívida seria elevado em U$ 2,5 trilhões até meados do ano que vem. Mas cada vez que precisar usar uma destas parcelas, o presidente Barack Obama precisaria de nova aprovação do Congresso e teria que apresentar uma nova lista de cortes de gastos.
 

Veja dicas para se livrar das dívidas e usar bem o crédito

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** ECONOMIA  - -- - DINHEIRO_**  



Especialistas dão dicas para sair do vermelho.
É fundamental planejar gastos e usar bem o crédito.




Anay Cury e Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo
                   
 
 
 
]:[*//*\\*[.] Para ficar longe das dívidas e manter-se “financeiramente saudável”, a dica unânime entre especialistas é fazer um planejamento mensal das despesas previstas e dos rendimentos recebidos.

“É preciso fazer um orçamento sempre, incluindo todos os gastos, toda a renda, separar uma quantia desse saldo para a poupança e deixar uma margem de segurança para imprevistos. O que sobrar disso, o consumidor pode pensar em novos gastos. Tem que pensar como se fosse uma empresa, que tem receitas e despesas“, diz o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo.

“A pessoa tem que entender o seguinte: se ela está enrolada, só há duas receitas – ou ganhar mais ou gastar menos”, afirma Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC).

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OITO PASSOS PARA SE LIVRAR DAS DÍVIDAS
1) Calcule o tamanho da dívida Peça à empresa ou ao banco que concedeu o empréstimo um demonstrativo com os valores discriminados da dívida total. O ideal é ter os documentos com os valores de todas as dívidas adquiridas.
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2) Cheque os valores a serem pagos Avalie quais são as taxas e valores cobrados junto com as dívidas. Veja se todas as cobranças estão dentro do estabelecido no contrato, inclusive a taxa de juros. É possível que haja cobranças indevidas. Caso tenha dificuldade em fazer essa avaliação, procure especialistas ou órgãos de defesa do consumidor para ajudar.
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3) Renegocie  Com os valores da dívida em mãos, retorne ao local em que ela foi adquirida e peça uma renegociação. Chore por descontos, melhores juros e prazos maiores, pois o credor tem interesse em receber o dinheiro.
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4) Busque empréstimos mais baratos Outra opção é pesquisar um empréstimo mais barato. Se a dívida é no cartão de crédito ou no cheque especial, que têm juros altos, pesquise outras taxas, como as do crédito consignado, que costumam ser menores. Feito isso, quite a outra dívida e organize-se para pagar a nova. Também é possível fazer acordos com parentes para emprestarem o dinheiro.
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5) Organize o orçamento Paralelamente ao cálculo e pagamento da dívida atual, é preciso organizar o orçamento para não fazer novas dívidas. Calcule quais são as despesas e ganhos mensais e coloque tudo no papel.
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6) Corte gastos Considere quais são os gastos essenciais (como alimentação do dia a dia), os básicos (como despesas com moradia), os contornáveis (que trazem benefícios, mas podem ser descartados, como academia) e os desnecessários (que não fazem falta no dia a dia). Corte primeiro os gastos desnecessários, passando depois para os demais, se for preciso.
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7) Busque alternativas de renda Se mesmo com os cortes ainda estiver difícil manter as despesas mensais, busque alternativas de renda, como dar aulas, vender produtos etc. Avalie bens que possam ser vendidos, como carro, terreno e joias, para ajudar ou no pagamento da dívida ou nos gastos do dia a dia que não podem ser cortados.
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8) Eduque-se financeiramente Organize-se financeiramente para não voltar a ficar endividado. Fazer um orçamento mensal e anual é indicado. Use o cartão de crédito de forma inteligente, ou seja, para organizar as finanças e concentrar o pagamento das contas mensais. Organize-se para pagar sempre todo o valor da fatura, e não somente o valor mínimo. O cheque especial deve ser usado apenas em casos de emergência, como gastos com saúde.

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Fonte: Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Carlos Daniel Coradi, da EFC Engenheiros Financeiros & Consultores

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 Organização

 Uma dica na hora de organizar o orçamento é classificar as despesas por ‘importância’, diz Gallo. O especialista faz a seguinte separação: gastos essências (como alimentação do dia a dia), os básicos (como despesas com moradia, água e luz), os contornáveis (que trazem benefícios, mas podem ser descartados, como academia) e os desnecessários (que não fazem falta no dia a dia, como a assinatura de uma revista que quase nunca é lida).

“Os gastos desnecessários são aqueles que você realmente vai se perguntar porque está gastando dinheiro com isso”, explica.

Eliminando dívidas

 Para Carlos Daniel Coradi, da EFC Engenheiros Financeiros & Consultores, o endividado deve somar todos os bens que possui, como casa, carro, terrenos, para saber o quanto valem e, se necessário, abrir mão de alguns deles. “Se estiver muito embaraçado, pode pedir a ajuda de um contador”, afirma.

Para quem já está inadimplente, os especialistas sugerem tentar renegociar a dívida com o credor. “Procurar a empresa é uma boa coisa se fazer. Há bancos que permitem a renegociação pelo site. A pessoa nem precisa ir à agência. Todo credor está interessado em receber. É melhor, de repente, receber menos, em mais tempo, do que não receber nunca”, explica Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian.

Fazer novos débitos para quitar os antigos só é vantajoso se o novo empréstimo for mais barato do que o antigo. “Não há pior maneira de se pagar dívidas fazendo outras. Isso só vale se o consumidor tiver condições de, por exemplo, contratar um crédito consignado, que tem taxas menores, para pagar o cheque especial ou o cartão de crédito, que são dívidas crescentes”, diz Almeida.

Mantendo o orçamento - evite novas dívidas

Com as dívidas encaminhadas, é preciso cuidado para não entrar outra vez no vermelho. “Não adianta renegociar só por renegociar e já começar a fazer novas dívidas. Terminou de pagar, é preciso seguir a dica do orçamento e não fugir do que está previsto nele”, alerta Solimeo, da ACSP.

A utilização do crédito deve ser feito de forma sustentável, segundo os especialistas ouvidos pelo G1: o parcelamento do cartão de crédito e o uso do cheque especial, por exemplo, devem ser feitos em casos de “emergência”, de acordo com Almeida, não como meio de pagamento das despesas. “O crédito pode ser usado, mas tem que ter claro o limite, porque pode virar uma bola de neve”, alerta.

Fabio Gallo ressalta, ainda, que o cartão de crédito pode até ser usado ao favor do consumidor, desde que administrado corretamente. Isso porque é possível concentrar o pagamento de gastos extras para saber o quanto eles representam como um todo no orçamento do mês.

“Desde que o consumidor entenda o cartão de crédito, ele pode consolidar os gastos nele, sabendo que dia ele vence. [O cartão] pode ser usado até para os pequenos pagamentos”, sugere.

Para passar longe da inadimplência, Solimeo aconselha os consumidores a não comprarem por impulso e a pagarem suas compras à vista ou no menor número possível de parcelas. “Mas, para isso, o orçamento da família deve ser considerado.” Segundo o economista, não adianta o consumidor pagar à vista, por exemplo, e não ter dinheiro para o resto das despesas do mês.

Educação financeira

Para o educador e terapeuta financeiro, presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é preciso que os consumidores racionalizem seus gastos e evitar as despesas, poupando seus recursos, como uma forma de realizar “sonhos”, como a compra de um carro ou mesmo da casa própria.

“É preciso começar a repensar os gastos dentro da própria casa, economizando energia, por exemplo. Uma televisão em stand by, por exemplo, consome R$ 6 por mês. Não custa ao consumidor tirar o plugue da tomada”.

O ideal, na opinião do especialista, é trabalhar a educação financeira com toda a família, inclusive com as crianças. “Em vez de a família se reunir para dizer que os gastos terão de ser cortados, é preciso fazer diferente: falar sobre sonhos. Pensar juntos quais são os sonhos de curto, médio, longo prazo que as pessoas têm e o que pode ser feito para alcançá-los. É uma troca, poupar para realizar sonhos. Temos que criar o ciclo da saúde financeira. Inadimplência é falta de organização, metodologia”, diz Domingos.

Notebook com duas telas de 17 polegadas chega por US$ 2.395


TECNOLOGIA  &  GAMES


Empresa lançou aparelho de 4,5 kg que permite deslizar segunda tela.
Usuário do 'SpaceBook' pode realizar tarefas diferentes em cada monitor.

 

  

Do G1, em São Paulo
 
A empresa gScreen lançou um notebook com duas telas de 17 polegadas que permite ao usuário trabalhar com dois monitores lado a lado. A segunda tela do “SpaceBook” desliza e transforma o aparelho em um notebook de duas telas. O aparelho, de 4,5 quilos, também pode ser utilizado da forma tradicional. (Foto: Divulgação) 
 
A empresa gScreen lançou um notebook com duas telas de 17 polegadas que permite ao usuário trabalhar com dois monitores lado a lado, simultaneamente. A segunda tela do 'SpaceBook' desliza e transforma o aparelho em um notebook de duas telas. O aparelho, de 4,5 quilos, também pode ser utilizado na forma tradicional, com apenas um monitor 
(Foto: Divulgação)
 
 
 
O notebook permite que o usuário mantenha um arquivo aberto em uma tela enquanto na outra ele escaneia fotos. Permite, também, assistir a um filme em um monitor enquanto no outro ele escreve um e-mail. O modelo com processador Intel Core i5-560M e 4GB de memória RAM custa US$ 2.395. A versão mais completa, com processador Intel Core i7-740QM e 8GB de memória RAM sai por US$ 2.795. (Foto: Divulgação) 
 
O notebook permite que o usuário mantenha um arquivo aberto em uma tela enquanto na outra ele escaneia fotos. Permite, também, assistir a um filme em um monitor enquanto no outro ele escreve um e-mail. O modelo com 4GB de memória RAM custa US$ 2.395. A versão mais completa, com 8GB sai por US$ 2.795
(Foto: Divulgação)

Câmera da Nasa registra aurora austral; veja imagens

 

             --  * C I Ê N C I A * --


"Em sua última viagem espacial, Atlantis registra o que o olho humano não vê...


 
DE SÃO PAULO

*^^//\\^^* A Nasa divulgou hoje imagem do Atlantis com o registro da aurora austral ao fundo.
Veja galeria de fotos
O fenômeno, que ocorre no hemisfério sul (no hemisfério norte, recebe o nome de aurora boreal), pode ser visto à esquerda do braço robótico do Atlantis, que está acoplado à ISS (Estação Espacial Internacional).


A nave protagoniza a última missão de um ônibus espacial. Com seu retorno à Terra nesta quinta-feira (21), a a Nasa encerra o programa que durou três décadas e possibilitou a construção da Estação Espacial Internacional.
 

Nasa/France Presse
Luz verde da aurora austral foi fotografada à esquerda do Atlantis; veja mais imagens
Luz verde da aurora austral foi fotografada à esquerda do Atlantis; veja mais imagens

Helicóptero faz pouso forçado em SP

 

SÃO PAULO  --  -- Notícias



Acidente aconteceu nesta segunda-feira (18) perto do Pico do Jaraguá.
Segundo a FAB, ninguém ficou ferido.



Do G1 SP
 

Helicóptero realizou pouso forçado no início da tarde desta segunda-feira (18) (Foto: Reprodução/ TV Globo)Helicóptero faz pouso forçado perto do Pico do Jaraguá (Foto: Reprodução/ TV Globo)
 
||"*\\=//*"|| Um helicóptero realizou um pouso forçado nesta segunda-feira (18) na Grande São Paulo. O acidente aconteceu próximo a um heliponto. O local fica na altura do km 30 da Via Ananhguera. Ninguém ficou ferido.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), um helicóptero Robinson 22 saiu do Campo de Marte por volta das 8h45 desta segunda. A perda de contato com a aeronave aconteceu pouco antes das 10h. Segundo a FAB, o pouso forçado aconteceu na região do Morro do Catunum, próximo ao Pico do Jaraguá.

Ainda segundo a FAB, o helicóptero decolou para realizar um voo de instrução. O Corpo de Bombeiros diz não ter recebido chamadas para resgates na região.

Equipes foram enviadas ao local para apurar as causas do pouso forçado.

Equipes investigam pouso forçado (Foto: Reprodução/TV Globo)Equipes investigam pouso forçado (Foto: Reprodução/TV Globo)
 

Por causa nobre, homem planeja voar 43 mil km em um girocóptero


INTERNACIONAL


Norman Surplus pretende arrecadar dinheiro para pesquisas contra o câncer.
Voando desde março, ele já passou a ser chamado de 'Homem Girocóptero'.



Do G1, com AFP

O norte-irlandês Norman Surplus, de 47 anos, também conhecido como 'Homem Girocóptero', planeja sobrevoar 26 países, totalizando 43 mil quilômetros cruzados, em um esforço para arrecadar dinheiro para pesquisas sobre tratamentos contra o câncer. Em 2003, Surplus teve um câncer diagnosticado em seu intestino. (Foto: Noel Celis/AFP)
O executivo norte-irlandês Norman Surplus, de 47 anos, que também conhecido como 'Homem Girocóptero', planeja sobrevoar 26 países, totalizando 43 mil quilômetros cruzados, em um tipo de helicóptero conhecido como girocóptero ('gyrocopter', em inglês). Segundo ele, o esforço é para arrecadar dinheiro de doações para pesquisas sobre tratamentos contra o câncer. Em 2003, Surplus teve um câncer diagnosticado em seu intestino. (Foto: Noel Celis/AFP)


Ele começou suas viagens partindo da Iranda do Norte em março deste ano. Nas imagens ele é visto em Pampanga, ao norte de Manila, nas Filipinas, de onde pretende sair em direção ao Japão na quarta-feira (20), quando espera receber autorização para a viagem. (Foto: Noel Celis/AFP)
Ele começou suas viagens partindo da Iranda do Norte em março deste ano. Nas imagens ele é visto em Pampanga, ao norte de Manila, nas Filipinas, de onde pretende sair em direção ao Japão na quarta-feira (20), quando espera receber autorização para a nova viagem. (Foto: Noel Celis/AFP


Jornalista que denunciou escândalo das escutas está morto, diz jornal

 

INTERNACIONAL - - NOTÍCIAS

 


Ex-repórter do 'News of the World' foi encontrado morto, diz 'The Guardian'.
Demitido do tabloide, ele foi o primeiro a denunciar uso de escutas ilegais.

 

 

Do G1, em São Paulo


#*-+-*# O jornalista Sean Hoare, ex-repórter de celebridades do tabloide "News of the World" e o primeiro a afirmar que o editor Andy Coulson sabia das escutas telefônicas praticadas pelo jornal, foi encontrado morto, afirma o jornal inglês “The Guardian”.

Segundo o “Guardian”, Hoare foi encontrado morto na casa dele, em Watford. Ele trabalhou nos tabloides "Sun" e "News of the World" com Coulson antes de ser demitido por problemas com álcool e drogas.

A polícia de Hertfordshire ainda não confirmou a identidade do homem, diz o jornal, mas em um comunicado, confirmou a morte de um homem no endereço dele às 10h40 desta segunda-feira (18), por razões ainda desconhecidas. “Uma investigação policial no local do incidente está em andamento”, diz o texto.


Envolvido no caso de escutas ilegais, jornal britânico interrompe as atividades após 168 anos (Foto: Sang Tan / AP)Envolvido no caso de escutas ilegais, jornal britânico interrompe as atividades após 168 anos (Foto: Sang Tan / AP)


Hoare denunciou o uso de escutas ilegais usadas pelo "News of the World" com suas fontes inicialmente no jornal “The New York Times”. Na época, ele afirmou que não apenas Coulson sabia das escutas ilegais, como encorajava a equipe a interceptar ligações telefônicas de celebridades em busca de notícias exclusivas.
Numa entrevista posterior à BBC, Hoare também afirmou ter recebido uma orientação pessoal de Coulson, então editor do "NoW", para fazer as escutas.

Ex-assessor do primeiro-ministro James Cameron à época, Coulson sempre negou o uso de escutas telefônicas pelo tabloide que editou.
Jornal dominical mais vendido do Reino Unido, o "News of the World", do magnata Rupert Murdoch, encerrou as atividades no início do mês após 168 anos sob a acusação de ter realizado ao menos 4 mil escutas ilegais desde 2000.

Infográfico News of the world (Foto: Arte G1)

Cerca de 70% dos casos de desvio de dinheiro ocorrem nas áreas de Educação e Saúde, diz diretor da AGU


||*|*|| Língua afiada


  BRASIL  --  --  -- NOTÍCIAS 


** André de Souza


#||/*=*\||# BRASÍLIA - Educação e Saúde, áreas de grande orçamento e muitos repasses de pequeno valor, são as grandes responsáveis pelos desvios de dinheiro público no Brasil. É o que informa o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU), André Luiz de Almeida Mendonça. Ele informa não ter "dúvida em dizer que cerca 60 a 70% (dos desvios) se refere a esse tipo de área". 

No departamento que dirige, são 110 pessoas trabalhando. Desde 2009, quando a AGU passou a ter um trabalho mais sistemático de recuperação do dinheiro público desviado, 8% dos valores questionados foram devolvidos aos cofres da União. Na semana passada, retornaram aos cofres públicos R$ 54,9 milhões do Grupo OK , do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF). O valor é parte do dinheiro desviado da construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, no escândalo que ficou conhecido como Caso Lalau. 

O próprio Mendonça reconhece que falta muito para ser recuperado, mas acredita que houve avanços nesses últimos dois anos. Ele também defende uma justiça mais rápida, além de outras ações para reduzir o prazo de devolução do dinheiro. Ele lembra que, somadas todas as etapas de apuração desde a detecção de irregularidades pelos órgãos de controle, o processo pode levar cerca de 17 anos. 
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O GLOBO: Hoje quais são as áreas que têm mais desvios?
Mendonça: Sem sombra de dúvida a área da Educação e da Saúde pública. Eu agrego a essas duas áreas o saneamento básico, que de certa forma é também uma área de saúde pública. 

O GLOBO: Essas são as áreas mais afetadas porque têm o orçamento maior?
Mendonça: A questão do orçamento maior logicamente que influi, mas são áreas em que você pulveriza dinheiro. Quando você trata por exemplo de uma grande obra, naturalmente várias pessoas vão estar em torno dela. Quando você pulveriza o dinheiro público, você dificulta a fiscalização e até mesmo a percepção de que você tem que fiscalizar. Então nas pequenas obras, nos pequenos repasses, é que nós encontramos o maior fluxo de casos. Isso não significa que um grande caso às vezes não possa representar, em quantidade monetária, várias pequenas irregularidades. Mas cerca de 60% dos réus nos nossos processos são prefeitos e ex-prefeitos. Aí você vai vendo essa pulverização a que me refiro, nos pequenos casos, nos pequenos repasses.
Cerca de 60% dos réus nos nossos processos são prefeitos e ex-prefeitos
O GLOBO: Há uma estimativa de quanto os desvios nessas áreas representam no total de desvios?
Mendonça: Hoje, ainda não tenho como te dar esses números. Nós estamos trabalhando para que nos próximos dois anos nós possamos identificar por ministério. Nós fizemos uma série de alterações no sistema de recolhimento para que nós tenhamos dados mais concretos. Agora, não tenho dúvida em dizer que cerca 60 a 70% se refere a esse tipo de área. 

O GLOBO: Quanto já foi devolvido aos cofres da União dos recursos públicos que haviam sido desviados por corrupção? 

Mendonça: De 2004 para cá, são dados que nós temos, dá R$ 1,44 bilhão. 

O GLOBO: Isso corresponde a quanto do total desviado?
Mendonça: Nós não temos essa estimativa. Ainda não temos o sistema que permite fazer esse tipo de trabalho se não a partir de 2009, que foi quando começamos com o trabalho deste grupo específico (o Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU). E aí sim começamos a ter um controle das ações que estávamos propondo. O controle que temos de 2004 é porque aí já era feito através das guias de recolhimento da União. Isso nos permitia um controle ainda não preciso, mas um controle próximo da realidade. 

O GLOBO: Desse tempo em que há um controle melhor, de 2009 para cá, é possível dizer quanto foi recuperado?
Mendonça: Em torno de 8%. A nossa meta até 2016 é chegar a algo em torno de 25%. Estamos adotando algumas medidas estruturais e na questão do tráfego da informação, para que nós consigamos uma melhora nos índices de recuperação. 

O GLOBO: É possível ter essa melhora sem mudanças na Justiça e na tramitação dos recursos?
Mendonça: Para que tenhamos melhora, elas precisam ser estruturais. Não dependem de uma área ou de uma instituição. Dependem de reduzirmos o tempo entre a prática da irregularidade e a efetiva recuperação. Hoje, em média, entre a prática da irregularidade e a apuração, podemos falar aí a grosso modo em torno de cinco anos. Então, a pessoa desviou dinheiro hoje, descobri e consegui apurar que ela realmente desviou: em torno de cinco anos. A partir disso, os processos normalmente são encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU), que leva em torno de cinco anos. E depois, nós temos o ajuizamento da ação judicial, que leva mais de cinco anos até você ter uma conclusão. Você pode pôr aí 17 anos. 

O GLOBO: O que precisa fazer para melhorar esse cenário?
Mendonça: É reduzir esses três estágios. Como se reduz? É você aperfeiçoando o sistema de controle. Além disso, o TCU está tendo um trabalho para reduzir o tempo que leva para julgar os processos. E precisamos ter uma Justiça também mais rápida. A par disso, o que nós estamos fazendo? A Controladoria Geral da União (CGU), nos processos onde a fraude é gritante, além de encaminhar as informações ao TCU, ela está nos encaminhado, para que nós já possamos ajuizar medidas judiciais preventivas, pedindo bloqueio de bens, ajuizando ações de improbidade quando é o caso. E o terceiro caminho, esse mais focado na AGU, é termos uma atuação mais proativa, uma série de medidas para que num período de cinco anos consigamos recuperar mais valores. 

O GLOBO: Um índice de 8% de recuperação significa que 92% ainda não foi recuperado...
Mendonça: O que é muita coisa.
É lógico que temos ainda muito por alcançar para que possamos dizer que no Brasil não há impunidade
O GLOBO: Isso dá uma sensação de frustração, de que há muita impunidade?
Mendonça: É lógico que nós temos muito por fazer, é lógico que temos ainda muito por alcançar para que possamos dizer que no Brasil não há impunidade. Se você pegar casos pontuais, você vai ver que não há impunidade. Mas se você for colocar isso numa análise mais abrangente, ainda há impunidade no Brasil. Não há como negar isso. O que depende de nós, instituições e sociedade? É trabalhar dia a dia para que esse índice diminua a cada ano. Agora, para isso, não bastam as instituições. É preciso ter o fortalecimento da imprensa, que exerce um papel fundamental nesse processo de trabalho investigativo que a imprensa faz de denúncia, de acompanhamento dos gestores públicos. E mais que isso, nós precisamos a cada dia aprimorar no exercício da cidadania. Não só na escolha dos nossos representantes. Onde os índices de corrupção são menores? Nos países onde o cidadão tem incorporado dentro de si o sentimento de corresponsabilidade no acompanhamento dos gestores públicos. 

O GLOBO: Pode-se dizer então que hoje a população brasileira é conivente com a corrupção?
Mendonça: Não podemos dizer que ela é conivente. Nós podemos dizer que ela é corresponsável pelo acompanhamento dos gestores públicos. O primeiro fiscal da coisa pública é o cidadão. Se cada cidadão tiver essa consciência, o gestor público vai ter outra consciência reflexo dessa, que é a de que ele está sendo vigiado a todo local e em todo momento. Esse é um processo de amadurecimento da democracia brasileira. É uma democracia ainda jovem. A nossa esperança é que nos próximos dez, vinte anos, o Brasil tenha de fato uma democracia participativa. 

O GLOBO: Quanto ao escândalo envolvendo o Ministério dos Transportes, a AGU já tem medidas para reaver possíveis desvios?
Mendonça: Esse caso recente do Ministério dos Transportes é um caso que ainda está sob apuração dos órgãos de controle, mais precisamente CGU e Polícia Federal. Após as apurações é que eles nos encaminham as suas conclusões. A AGU não é um órgão que sai fiscalizando. Ela não tem esse poder. Ela vai ser o braço jurídico dos órgãos fiscais. Uma vez detectada a irregularidade, eles, concluindo pela irregularidade, nos encaminham os casos para a gente poder propor as ações.

Declaração de prefeito sobre igreja e homossexuais causa rebu em Irecê


CIDADES  
  Segunda-feira, 18/07/2011 - 09:25
 
 
!!*+::+*!! As declarações feitas pelo prefeito de Irecê, Zé das Virgens, de que “a igreja católica é uma instituição simpática aos homossexuais”, estão causando o maior rebu na cidade. O primeiro a bater em Das virgens foi o vereador Joceval Rodrigues, que se diz católico praticante e político consciente dos papéis de cada instituição, seja ela representada pelo clero ou pelo prefeito.

“A obrigação do prefeito é cuidar de sua cidade e não dar parecer sobre dogmas. A igreja tem bispos, cardeais e leigos que a seguem por opção e sabem bem o que é correto ou não”, rebateu o edil.

Ainda sobre a interferência nos dogmas da igreja católica manifestada pelo prefeito, o vereador, membro do Núcleo de Fé e Política, que é um serviço de evangelização da política dentro da Renovação Carismática Católica e que tem o objetivo de conscientizar os cristãos a utilizarem o voto de modo justo, Rodrigues declarou:

“Irecê deveria ter um prefeito que ao invés de interferir na igreja, poderia cuidar melhor de sua cidade. Estive em Irecê há algum tempo e hoje posso constatar através de depoimentos da população, o quanto a cidade ficou aquém do que poderia estar”, declarou o vereador.

E completou mandando um recado ao prefeito: “Se ele quer ser da igreja, que ele passe a viver os ensinamentos de Cristo e leia um pouco mais, pra falar sobre! Porque quando interfere em assuntos da igreja deixa o campo aberto para que a igreja revele a administração caótica que o prefeito vem demonstrando em Irecê”.

No tapetão


MÍDIA



!*\\*! O alvo principal é o Google, na mira de Apple e Microsoft. A empresa que criou o Android acusa a guerra das patentes de travar a inovação...




Por Filipe Tavares Serrano


@!#$-$#!@ Desde que o Google resolveu se aventurar em mais uma área que não era até então a dele, as empresas que hoje disputam as lucrativas vendas de smartphones travam uma Guerra Fria entre si, com acirradas disputas judiciais ou acordos bilionários.


A disputa se resume aos três grandes da tecnologia – Google, Apple e Microsoft – direta ou indiretamente e, há pouco menos de um ano, passou a acontecer em tribunais e agências de regulação nos EUA.


De um lado, o Google busca um mercado novo, aliado a parceiros como Samsung e Motorola. De outro, Apple, Microsoft e outras empresas contra-atacam processando as empresas parceiras do Google de violação de patentes ou buscam acordos de licenciamento de suas tecnologias. Alguns casos chegam ao bizarro desfecho em que as empresas processadas entram na Justiça pedindo indenização por outras patentes suas (veja o infográfico abaixo).


A briga chegou a tal ponto que hoje, quando você compra um celular Android, parte do dinheiro pode ir para os concorrentes.
A taiwanesa HTC fez um acordo de licenças com a Microsoft no ano passado e paga à empresa de Bill Gates US$ 5 (R$ 7,88) para cada celular Android vendido. De acordo com a agência Reuters, a Microsoft negocia acordo ainda maior com a Samsung, entre US$ 10 e US$ 15 por celular Android vendido.


A ação da Apple é ainda mais agressiva. A empresa, que desde a década de 1970 registra suas tecnologias, decidiu enfrentar as mesmas fabricantes na Justiça, acusando-as de violação de patentes, e pressiona para causar o maior desgaste possível nos aliados do Google.


O Google perdeu a chance de se proteger contra processos diretos ou indiretos. Um leilão, há duas semanas, de mais de 6 mil patentes da falida empresa de telecomunicações Nortel era a esperança contra novas ameaças.


Não deu certo. Apesar de ser favorito, o Google não cobriu o último lance de um grupo de empresas liderado justamente pela Apple, como a Sony, a fabricante do BlackBerry (RIM), a empresa de telecomunicação Ericsson, a fornecedora de serviços de tecnologia EMC, além da Microsoft. O grupo, batizado de Rockstar, pagou US$ 4,5 bilhões (R$ 7,09 bilhões) pelas patentes.


Em um blog do Google, quando anunciou a participação no leilão, o vice-presidente sênior Kent Walker desabafou: “O mundo da tecnologia tem visto uma explosão de processos de violação de patentes. Algumas dessas ações têm sido criadas por pessoas ou empresas que nunca criaram nada; outras são motivadas pelo desejo de bloquear produtos competitivos ou para lucrar com o sucesso de um rival.”


Em três anos, o Android virou a maior plataforma de smartphones do mundo. Quando apresentou os resultados financeiros mais recentes, o CEO e fundador do Google, Larry Page, afirmou na quinta-feira que mais de 550 mil celulares Android são ativados por dia.

Enquanto brasileiros perdem, jogador bate pênalti de calcanhar e marca. Veja

Esportes



Jornal do Brasil
 
 
 

\\}}=:={{// Enquanto os jogadores da seleção brasileira apanhavam da bola na disputa por pênaltis contra o Paraguai, válida pelas quartas-de-final da Copa América, o meia Awana Diab, dos Emirados Árabes Unidos, mostrou como se faz.

Em amistoso realizado também neste domingo, o time de seu país vencia com tranquilidade o Líbano, quando, aos 33 do segundo tempo, o defensor adversário cometeu uma falta dentro da área.

O cabeludo partiu confiante para a bola, bateu de calcanhar e marcou, sem chances para o goleiro. O lance inusitado provocou gargalhadas em seus companheiros de equipe e causou a revolta dos libaneses, que se sentiram provocados com a cobrança. Veja o vídeo abaixo.

 
 

Brasileiro cria bengala eletrônica de baixo custo para deficientes visuais

 

TECNOLOGIA & Games


Estudante inventou protótipo para trabalho de conclusão de curso.
Dois sensores vibram quando há obstáculos acima ou abaixo da cintura.



Laura Brentano Do G1, em São Paulo
 

Carlos Solon Guimarães criou o protótipo da bengala eletrônica para seu trabalho de conclusão de curso (Foto: Divulgação)
Guimarães criou o protótipo da bengala para seu
trabalho de conclusão de curso
(Foto: Divulgação)
 
«»<<->>«» O estudante universitário Carlos Solon Guimarães criou um protótipo de bengala eletrônica de baixo custo com dois sensores que avisa o deficiente visual quando há algum obstáculo a um metro de distância. Cada um dos sensores – o mesmo usado em celulares – é programado para vibrar quando há um objeto acima ou abaixo da cintura.

“Quando ambos balançam quer dizer que o obstáculo é grande”, explica Guimarães, que criou o protótipo para o seu trabalho de conclusão no curso de Ciência da Computação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Rio Grande do Sul.

Nos Estados Unidos, já existe uma versão de bengala eletrônica vendida por US$ 1,4 mil. No Brasil, outro estudante criou um aparelho parecido, mas que conta apenas com um sensor e sai por R$ 500. “Só a parte eletrônica do meu protótipo, com componentes comprados no Brasil, custa R$ 225, sem contar a bengala”, diz Guimarães, que uso apenas softwares e hardwares de código aberto, ou seja, que qualquer pessoa pode usar e alterar sem pagar nada.


Infográfico da bengala eletrônica (Foto: Arte/G1)

“A bengala foi feita com equipamentos de baixo custo. Isso não quer dizer que ele usou lixo eletrônico. Ele apenas aproveitou tecnologias abertas para fazer a bengala”, explica o professor Carlos Oberdan Rolim, corientador do aluno.

A ideia de Guimarães surgiu por meio de projetos da universidade que buscam alternativas para deficientes visuais. “Ele viu a possibilidade de desenvolver um projeto para que os deficientes não precisem mais ficar cutucando o solo para saber onde estão”, completa o professor.

Como a formatura de Guimarães está marcada para dezembro, ele ainda pretende melhorar o protótipo e estuda como a bengala será colocada no mercado. “Ainda não sei se será uma bengala fixa ao sensor ou adaptada. Espero conseguir investidores e vendê-la por, no máximo, R$ 300”, diz o estudante.

“O trabalho ainda não foi concluído, mas está bem adiantado. A ideia é ter uma bengala realmente formada. O protótipo é feito com canos PVC, por exemplo. Também pensamos em, no futuro, criar um kit para que o deficiente conecte os sensores a sua bengala”, explica o professor Rolim.


Protótipo conta com dois sensores e um microcontrolador que envia as vibrações (Foto: Divulgação)
 
Protótipo conta com dois sensores e um microcontrolador que envia as vibrações
(Foto: Divulgação)
 
 

Mozilla propõe novo modelo de 'senha universal' com dois cliques

18/07/2011 07h00 - Atualizado em 18/07/2011 09h18

TECNOLOGIA & GAMES

 



BrowserID procura ser alternativa ao OpenID e Facebook Connect.
Modelo promete privacidade e acesso rápido, mas tem limitações.



Altieres Rohr Especial para o G1*
 

Header Coluna Altieres - Segurança Digital (novo nome - ATENÇÃO) - VALE ESSE - ULTIMO - FINAL (Foto: Editoria de Arte/G1)


#>>*<<# A Mozilla está testando o BrowserID, um novo modelo de “senha universal” – ou seja, uma senha que você pode usar em vários sites sem precisar se cadastrar em cada página separadamente. Nesse modelo, o usuário cede apenas um e-mail e uma senha. Sites que usam esse modelo podem fazer o login do usuário com apenas dois cliques – uma na página e um de confirmação do login. O modelo é uma alternativa ao OpenID – outro login universal. O detalhe é que você provavelmente já tem um OpenID, o que torna a universalidade da Mozilla “menos universal”.

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
Uma das vantagens do BrowserID, da Mozilla, está na facilidade de uso, tanto pelos usuários como desenvolvedores de sites (Foto: Reprodução)
Uma das vantagens do BrowserID, da Mozilla, está
na facilidade de uso, tanto pelos usuários como
desenvolvedores de sites
(Foto: Reprodução)
 
Os dois maiores provedores de senhas universais atualmente são o OpenID e o Facebook Connect, que permite logins com seu usuário do Facebook. Se você nunca ouviu falar no OpenID, talvez conheça o Google, o Yahoo, o MySpace, a AOL e o WordPress.com. Contas em qualquer um desses provedores de serviços podem ser usadas como logins do OpenID, desde que da forma correta. Por exemplo, o WordPress.com usa como login o endereço do blog cadastrado, o Google usa o endereço do Google Profile, e o Yahoo pode ser usado em interface separada ou com o endereço da galeria do Flickr.

Já o BrowserID da Mozilla sempre utiliza um endereço de e-mail como nome de usuário. Isso significa que os sites acessados terão acesso a essa informação. Para a Mozilla, o endereço de e-mail validado é importante para que sempre exista uma possibilidade de comunicação. Além disso, as pessoas estão acostumadas a utilizarem “identidades” no endereço de e-mail – um e-mail, pessoal, um para trabalho e assim por diante.

É claro que também existem limitações. Embora ainda seja apenas um experimento, o BrowserID não traz nenhuma informação sobre o usuário como endereço físico e a idade. Isso significa que sites que precisam dessas informações não terão muita utilidade para o BrowserID – o usuário terá de cadastrar essas informações separadamente em cada site que for usar. A única informação que será dispensada é a senha.

Mesmo com o apoio de grandes provedores de internet, a reutilização de logins do OpenID ainda não faz parte da rotina da maioria dos internautas (Foto: Reprodução)Mesmo com o apoio de grandes provedores de
internet, a reutilização de logins do OpenID ainda
não faz parte da rotina da maioria dos internautas

(Foto: Reprodução)
 
 
Outro problema é que o endereço de e-mail até pode ser válido – porque o BrowserID valida o e-mail antes de completar o cadastro –, mas isso não impede o endereço de ser genérico ou falso, criando uma falsa impressão para o site que aceitar essa plataforma. Será necessário criar mecanismos para rejeitar provedores de e-mail de modo a evitar contas fantasmas.

O OpenID hoje sofre do mesmo problema – e pior ainda, porque alguns OpenIDs não podem sequer fornecer o e-mail, como o BrowserID o faz, e apenas um nome de usuário que, em muitos casos, não diz nada sobre o internauta.

O BrowserID ganha em conveniência: basta dar um clique para fazer o login e outro para confirmar – você estará imediatamente logado. A Mozilla criou o site My Favorite Beer para demonstrar o BrowserID gravando o nome da cerveja favorita do internauta.

Um cadastro é mais do que um usuário e uma senha – é todo o conjunto de informações que o site precisa para prestar serviços ao internauta (Foto: Reprodução)
Um cadastro é mais do que um usuário e uma
senha – é todo o conjunto de informações que o
site precisa para prestar serviços ao internauta

(Foto: Reprodução)
 
 
Plano dos EUA

Tanto o BrowserID como o OpenID são muito menos ambiciosos que o plano de identidade dos EUA, que prevê um protocolo que deve permitir o acesso sem senha e, ainda assim, garantindo que mais informações estejam acessíveis para os sites, reduzindo a necessidade do preenchimento de qualquer informação de cadastro. Ou seja, uma loja on-line não terá de pedir seu endereço, você apenas precisa autorizá-la a ter acesso a essa informação.

O plano dos EUA pretende atingir esse objetivo sem sacrificar a privacidade do internauta, semelhante ao BrowserID, e quer permitir a existência de diversos provedores de identidade, cada um deles fornecendo informações diferentes – como é o caso do OpenID. Tudo isso sem um ponto central de falha ou controle do governo.

Por outro lado, o BrowserID e o OpenID são reais, enquanto plano norte-americano ainda é apenas um conjunto de ideias que ainda nem se sabe ao certo como serão realizadas na prática. Isso não significa que o BrowserID e o OpenID sejam úteis – muitos usuários ainda não usam essas plataformas e os sites que mais dependem de cadastros de usuários, como lojas on-line, provavelmente não vão querer adotá-los, já que terão de criar um cadastro próprio para o consumidor com as informações que necessitam.

É por esse motivo que muitos usuários estão usando mais o Facebook Connect do que o OpenID, apesar deste último ter sido criado em 2005. O Facebook consegue fornecer uma série básica de informações sobre seus usuários e os sites que o utilizarem sabem que podem contar com isso. No OpenID, não fica claro quais informações estarão disponíveis para o site.

O único modelo que realmente resolve esses problemas é o americano, mas ele ainda está muito longe de se transformar em realidade. Por enquanto é bom continuar tomando cuidado com suas várias senhas e até
anotando-as em lugar seguro para não esquecer. É bem provável que elas ainda ficarão conosco por algum tempo e que a rotina de preencher formulários de cadastro não vai desaparecer.

*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página


http://twitter.com/g1seguranca.

Dívida com crédito consignado ‘aperta’ orçamento de aposentado


ECONOMIA - - DINHEIRO


Além dos consignados, aposentado ainda pegou empréstimo pessoal.
Especialista dá dicas para colocar o orçamento em dia.

 

 

Bernardo Tabak e Ligia Guimarães Do G1, no Rio e em São Paulo

Endividados - Valdemar Bianco (Foto: Editoria de Arte/G1)

*$%-%$* Dos cerca de R$ 3 mil que recebe por mês de duas aposentadorias, Valdemar Bianco tem R$ 1.253 comprometidos com o pagamento de dívidas. São três empréstimos consignados, um crédito pessoal e mais uma série de cheques pré-datados. Somados à pensão de R$ 345 que Bianco paga à ex-mulher, sobra cerca de R$ 1,4 mil para as despesas mensais.

Na série Endividados, o G1 vai contar histórias de brasileiros que fizeram grandes dívidas em diferentes modalidades de crédito. Especialistas vão apontar os erros e dar dicas para sair do vermelho. 

“Eu estou sempre precisando de dinheiro”, diz ele. O problema de Bianco, como ele mesmo diz, é que já não consegue mais “pagar as dívidas e cuidar do orçamento doméstico” como antes. “A minha esposa está me ajudando, só que ela ganha apenas um salário-mínimo”, conta ele. “Estou apertado”, admite.

O aposentado Valdemar Bianco, que é vice-presidente de Relações Públicas da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj), fez seu primeiro empréstimo consignado em 2003, quando uma lei federal permitiu o desconto na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Logo que começou, peguei um empréstimo. Antes desses de agora, já tinha pegado uns cinco consignados”, recorda. “E quando estou quase terminando de pagar um, já pego outro”, acrescenta.

“Há uns seis anos, peguei uns R$ 3 mil para ajudar a pagar a casa da minha filha”, conta. Em 2009, o aposentado precisou de dinheiro para pagar as multas do carro e as diárias do depósito da prefeitura para onde o veículo foi rebocado. “Ao todo, foram uns R$ 700”, recorda. “Já o empréstimo pessoal foi para ajudar a pagar uma reforma na minha casa, que ainda não consegui terminar”, diz. Ele conta que também tem gastos com um irmão, que tem problemas físicos. “Às vezes, preciso ajudá-lo. Ele foi aposentado por invalidez e também ganha apenas um salário-mínimo”, conta.

Bianco tem hoje três empréstimos consignados e um crédito pessoal que paga, atualmente, a três diferentes bancos. Na modalidade de empréstimo consignado, as parcelas descontadas em folha não podem passar de 30% do valor da aposentadoria, e o teto dos juros mensais é de 2,5%. Atualmente, todos os meses, Bianco tem descontados R$ 572 do holerite, mais os R$ 404 do empréstimo pessoal.

Além disso, no fim do ano passado, o aposentado gastou quase R$ 2,8 mil para colocar um implante dentário. “Passei dez cheques pré-datados de R$ 277 para pagar minha dentadura definitiva. É a minha saúde, e não posso brincar como isso. Se não tiver dinheiro, vou recorrer ao empréstimo”, enfatiza.

Dívida total e mais empréstimos
 
No empréstimo pessoal, o aposentado ainda deve R$ 5.619 ao banco, que vai pagar em 25 parcelas de R$ 404, o que dá pouco mais R$ 10 mil. “O problema do empréstimo pessoal é que os juros são de 4%, que é quase o dobro do consignado”, lamenta Bianco. Nos três empréstimos consignados, que está pagando em 60 vezes, ele diz dever cerca de R$ 15 mil. “Já não faço ideia de quando vou quitar. Joguei a dívida pra frente”, diz, resignado.

Mesmo assim, Bianco pensa em conseguir mais crédito rapidamente. “Se eu pudesse pegar mais um (empréstimo consignado), ia fazer agora. Estou querendo botar um piso na cozinha”, conta. “Recentemente, eu fiz outra reforma em casa, coisas de rotina. E meu carro deu defeito. Sabe como é: a gente gasta muito com carro, que é como se fosse a segunda família”, acrescenta ele. “Mas não posso pegar mais, porque já estou estourado.”

Bianco reconhece que, no início, os empréstimos consignados ajudaram a equilibrar o orçamento. Entretanto, nos últimos anos, a coisa fugiu ao controle. “Mas como vou me controlar, se eu preciso do dinheiro?”, questiona ele. “Esse negócio de empréstimo consignado me deu um alívio, mas, agora, estou me apertando novamente. Este mês, estou com a corda no pescoço. Tenho que ver como vou sair dessa”, comenta. “Ainda bem que, pelo menos, aposentado não paga ônibus”, brinca ele.

Erros
 
Na avaliação do professor de finanças do Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Marcos Crivelaro, o principal erro de Bianco foi usar o empréstimo consignado como complemento habitual da renda, quando deveria ser usado apenas para emergências.

“Ele está complementando a renda pequena com empréstimos”, diz Crivelaro.


De acordo com ele, o empréstimo deve ser usado apenas para emergências; pegar dinheiro emprestado para fazer reformas em casa, por exemplo, não é recomendado. “É para uma situação de saúde, acidente, fatalidade. Se caiu o telhado, daí tudo bem; mas para reformar a cozinha, não”.

Para o especialista, há algumas regras que precisam ser consideradas na hora de se contratar um empréstimo consignado. A mais importante, diz ele, é nunca fazer um empréstimo em seu nome para outra pessoa. “É uma prática muito comum entre aposentados a de pegar empréstimos para filhos, para netos. Depois se eles não pagam, é o nome do idoso que fica sujo”, diz.

E agora?
 
Na opinião do especialista, daqui para frente a prioridade de Bianco deve ser quitar as dívidas já existentes.

Para disso, o aposentado pode tentar cortar despesas de consumo e abrir alguma folga no orçamento mensal. “Diminuir gastos de consumo, energia elétrica, água, telefone, viagens, presentes para netos, filhos. Não pode cortar coisas que são prioridades, como plano de saúde particular”, diz.

Vender o carro ou trocar por um modelo mais barato também podem ser alternativas para ajudar a quitar as dívidas e liberar algum dinheiro para o caixa da família, sugere Crivelaro.
E, já que já alcançou o limite de endividamento permitido nos consignados, a recomendação é para que Bianco fuja de qualquer empréstimo pessoal.

“Agora esquece, ele vai ter que esperar quitar esse. O que ele não pode é ser seduzido agora por um banco privado, uma conversa de gerente, e pegar outro empréstimo pessoal mais caro que o consignado. Não faça isso”, diz Crivelaro.