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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Tarifaço vai impactar venda de carne aos EUA, mas não é só o Brasil que perde; entenda

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País é o 2º maior comprador da carne nacional, depois da China. Vendas neste ano estavam batendo recordes porque rebanho diminuiu nos EUA.
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Por Paula Salati, g1

Postado em 10 de Julho de 2.025 às 15h20m

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Governo discute como responder às tarifas de 50% de Donald Trump sobre os produtos brasileiros
Governo discute como responder às tarifas de 50% de Donald Trump sobre os produtos brasileiros

O Brasil nunca tinha vendido tanta carne bovina para os Estados Unidos como neste ano, mesmo depois da tarifa adicional de 10% que Donald Trump impôs aos produtos brasileiros, em abril.

Mas o anúncio repentino do presidente dos EUA de aumentar a taxa para 50%, a partir de 1º de agosto, amargou as boas expectativas do setor, e a avaliação, agora, é de que as vendas brasileiras aos americanos fiquem praticamente "inviáveis", se não houver negociação.

Entenda os principais pontos da relação do produto brasileiro com o mercado norte-americano:

  • Uma queda nas vendas não seria algo desprezível para os produtores brasileiros.
  • Isso porque os EUA são o segundo maior comprador da carne bovina nacional, depois da China: eles importam 15% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior, enquanto os chineses levam quase metade, segundo o Ministério da Agricultura.
  • A tendência é que os frigoríficos brasileiros se direcionem ainda mais para o mercado asiático, avalia Fernando Henrique Iglesias, analista do Safras & Mercados.
  • Mas não é só o Brasil que perde. A inflação da carne bovina para o consumidor americano está batendo recorde por causa de uma redução histórica do rebanho do país, que encareceu o preço do boi por lá – ele está custando duas vezes mais que o boi brasileiro. Daí a disparada nas importações da carne.

"Os Estados Unidos não são mais autossuficientes no abastecimento de carne bovina, embora sejam um dos maiores exportadores globais", diz Carlos Cogo, da Cogo Consultoria.

Brasil não é o principal fornecedor de carne bovina dos EUA. Esse posto é ocupado pela Austrália, que não compete diretamente com a carne brasileira.

Enquanto os australianos vendem diretamente para os supermercados dos EUA, o Brasil fornece carne para a indústria do país.

Além disso, até agora, o preço da carne brasileira era o mais barato do mercado externo.

Em maio, por exemplo, os Estados Unidos pagaram, em média, US$ 6.143 por tonelada pela carne do Brasil, segundo dados do Safras & Mercado.

No mesmo mês, a carne australiana estava custando US$ 7.169 por tonelada, enquanto a argentina, US$ 6.733.

Mas, com a nova tarifa, o produto brasileiro deve perder competitividade. "Com o adicional de tarifas, a carne bovina brasileira deve atingir o valor de US$ 8.415 por tonelada", pontua Iglesias.

Preço da carne moída nos EUA. — Foto: Arte/g1
Preço da carne moída nos EUA. — Foto: Arte/g1

Qual é o impacto direto para o Brasil?

Se as vendas de carne bovina para os EUA caírem, isso não significa que os frigoríficos brasileiros vão colocar mais carne no mercado nacional, diz Iglesias.

"Os frigoríficos vão tentar redirecionar esse produto para o mercado internacional para não gerar um efeito tão negativo. [...] A nossa sorte é que tem mais 100 países comprando carne do Brasil", diz ele.

Iglesias lembra que, neste ano, a Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec) abriu um escritório na China, medida que tem ajudado o país a abrir novos negócios no mercado asiático.

"É possível haver uma compensação em relação ao mercado norte-americano", avalia.

Iglesias destaca ainda que, diante do novo cenário, frigoríficos nacionais e o governo brasileiro podem acelerar negociações com nações que ainda não compram carne do Brasil, como o Japão e a Coreia do Sul.

"Vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quinta-feira (10).

EUA são o segundo maior comprador de carne do Brasil, depois da China. — Foto: Tiago Ghizoni/ NSC /Arquivo
EUA são o segundo maior comprador de carne do Brasil, depois da China. — Foto: Tiago Ghizoni/ NSC /Arquivo

Taxa para a carne pode chegar a 76,4%

Por causa de acordos firmados, o Brasil tem direito a vender 65 mil toneladas de carne bovina para os EUA sem tarifas. Mas essa quantidade é vendida rapidamente no início do ano.

Quando essa cota acabava, os americanos pagavam, tradicionalmente, uma taxa de 26,4% para importar a carne brasileira.

Porém, em abril, Trump taxou todas as importações do Brasil em mais 10 pontos percentuais, o que fez essa tarifa subir para 36,4%.

Mesmo assim, as vendas de carne para os americanos dispararam, o que surpreendeu o setor.

De janeiro a maio, o Brasil enviou 163 mil toneladas de carne bovina para os EUA, volume recorde da série histórica do Ministério da Agricultura, iniciada em 1997, e quase três vezes maior em relação mesmo período do ano passado.

Agora, a taxa de 10% foi substituída por 50%. Somando com os 26,4% que já faziam parte do acordo, os americanos devem começar a pagar 76,4% de tarifa para importar a carne brasileira a partir de 1º de agosto.

"Mas ainda não está claro como a nova tarifa será aplicada — se será sobre o excedente da cota ou de forma geral", esclarece Cogo.

"A nova taxa inviabiliza totalmente nossa exportação para lá. Muitos frigoríficos estão fora das compras, esperando alguma resolução", comenta Gonçalves, da Scot Consultoria.

Quantidade de bois no território americano ao longo dos anos. — Foto: Arte/g1
Qantidade de bois no território americano ao longo dos anos. — Foto: Arte/g1


Infográfico - Entenda taxa de 50% anunciada por Trump ao Brasil e a relação econômica com os EUA. — Foto: Arte/g1
Infográfico - Entenda taxa de 50% anunciada por Trump ao Brasil e a relação econômica com os EUA. — Foto: Arte/g1


PF prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia
PF prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia

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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Calor extremo na Europa alerta para efeitos mortais do aquecimento global

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Cerca de 2.300 pessoas morreram em meio às altas temperaturas, segundo estudos
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Laura Paddison, da CNN
09/07/25 às 19:26 | Atualizado 09/07/25 às 19:26
Postado em 09 de Julho de 2.025 às 20h00m

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Onda de calor na Europa causou 2.300 mortes, estimam cientistas  • REUTERS/Ognen Teofilovski

Um novo estudo estima que o aquecimento global triplicou o número de mortes na recente onda de calor na Europa.

Por mais de uma semana, as temperaturas em muitas regiões do continente europeu ultrapassaram os 38°C. Atrações turísticas fecharam, incêndios florestais devastaram vários países, e as pessoas tiveram que se adaptar.

Um estudo de análise publicado nesta quarta-feira (9) estima que milhares de pessoas morreram devido ao calor, agravado pelas mudanças climáticas.

Aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes, segundo estudos

Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo Imperial College London e pela LSHTM (Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres), analisou dez dias de calor extremo entre 23 de junho e 2 de julho em 12 cidades europeias, incluindo Londres, Paris, Atenas, Madri e Roma.

A LSHTM usou dados meteorológicos históricos para calcular a intensidade do calor se os humanos não tivessem queimado combustíveis fósseis e aquecido o mundo em 1,3°C. Eles descobriram que as mudanças climáticas tornaram a onda de calor na Europa de 1 a 4°C mais quente.

Os cientistas então usaram pesquisas sobre a relação entre o calor e mortes diárias para estimar quantas pessoas perderam a vida.

Eles descobriram que aproximadamente 2.300 pessoas morreram durante dez dias de calor nas 12 cidades atingidas, cerca de 1.500 a mais do que teriam morrido em um mundo sem mudanças climáticas. Em outras palavras, o aquecimento global foi responsável por 65% do total de mortes.

"Os resultados mostram como aumentos relativamente pequenos nas temperaturas mais altas podem desencadear enormes picos de mortalidade", escreveram os autores do estudo.

O calor tem um impacto particularmente fatal em pessoas com problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e problemas respiratórios.

Pessoas com mais de 65 anos foram as mais afetadas, representando 88% das mortes excedentes, de acordo com a análise. Mas o calor pode ser fatal para qualquer um. Quase 200 das mortes estimadas nas 12 cidades ocorreram entre pessoas de 20 a 65 anos.

As mudanças climáticas foram responsáveis ​​pela grande maioria das mortes em algumas cidades. Em Madri, 90% delas foram causadas pelas altas temperaturas.

"Ondas de calor não deixam um rastro de destruição como incêndios florestais ou tempestades", disse Ben Clarke, autor do estudo e pesquisador do Imperial College London.

"Seus impactos são em grande parte invisíveis, mas silenciosamente devastadores — uma mudança de apenas 2 ou 3°C pode significar a diferença entre a vida e a morte de milhares de pessoas", completou Clarke.

Soluções para aliviar altas temperaturas

O mundo precisa parar de queimar combustíveis fósseis para evitar que as ondas de calor se tornem mais quentes e mortais, e as cidades precisam se adaptar urgentemente, disse Friederike Otto, climatologista do Imperial College London.

"Mudar para energias renováveis, construir cidades que possam suportar calor extremo e proteger os mais pobres e vulneráveis ​​é absolutamente essencial", afirmou Otto.

Akshay Deoras, pesquisador da Universidade de Reading, que não participou da análise, disse que "as técnicas robustas utilizadas neste estudo não deixam dúvidas de que a mudança climática já é uma força mortal na Europa".

Richard Allan, professor de ciência climática da Universidade de Reading, que também não participou do relatório, disse que o estudo se soma a enormes evidências de que as mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais intensas, "o que significa que o calor moderado se torna perigoso e o calor recorde se torna sem precedentes".

Não é apenas o calor que está sobrecarregando nosso mundo mais quente, acrescentou Allan. "Enquanto uma parte do globo queima, outra região pode sofrer chuvas intensas e inundações catastróficas."

  Esse conteúdo foi publicado originalmente em

inglêsVer original 

Tópicos

Junho de 2025 foi o 3º mais quente da história, aponta observatório europeu

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Mês registrou temperatura 1,30°C acima da média pré-industrial e foi só o terceiro, em dois anos, abaixo do limite de 1,5°C.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 09 de Julho de 2.025 às 07h00m

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Termômetro marca 43ºC durante onda de calor na Europa, em 1º de julho de 2025 — Foto: REUTERS/Benoit Tessier
Termômetro marca 43ºC durante onda de calor na Europa, em 1º de julho de 2025 — Foto: REUTERS/Benoit Tessier

Junho de 2025 foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado no planeta, segundo dados divulgados nesta terça-feira (08) pelo observatório europeu Copernicus, que monitora mudanças climáticas globais.

Com 1,30°C acima da média de 1850–1900 (período pré-industrial), junho foi apenas o terceiro mês, nos últimos dois anos, em que a temperatura global ficou abaixo de 1,5°C (veja GRÁFICO abaixo).

Ainda de acordo com o observatório, no mesmo período, a temperatura média do ar no mundo foi de 16,46°C, 0,47°C acima da média histórica para o mês (1991–2020).

Apesar de não ter superado os recordes de junho de 2024 e 2023, os cientistas alertam que a tendência de aquecimento permanece firme, e com impactos cada vez mais visíveis.

Em um comunicado, o Copernicus ressaltou ainda que este último mês foi marcado por temperaturas extremas nos dois hemisférios.

Enquanto grande parte da Europa, América do Norte, Ásia Central e partes da Antártica Ocidental enfrentaram temperaturas acima da média, regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, registraram um frio fora do comum para a época.

Junho de 2025 foi marcado por uma onda de calor excepcional em partes da Europa Ocidental, com estresse térmico muito forte em várias regiões. E esse fenômeno foi agravado por temperaturas recordes no Mar Mediterrâneo ocidental
— Samantha Burgess, líder de Estratégia Climática do ECMWF, centro que coordena os dados do Copernicus.

O mesmo ocorreu em partes da Índia e da Antártica Oriental, onde os termômetros também marcaram valores abaixo do esperado.

Essa combinação de extremos (calor severo de um lado e frio anormal do outro) é, segundo os cientistas, um reflexo do desequilíbrio crescente no sistema climático do planeta.

Embora eventos isolados de frio ainda ocorram, a tendência geral é de aquecimento global persistente, com impactos cada vez mais evidentes na saúde humana, na agricultura, nos ecossistemas e na economia.

"Em um mundo em aquecimento, as ondas de calor provavelmente se tornarão mais frequentes, mais intensas e afetarão mais pessoas em toda a Europa", acrescentou Burgess.

Mediterrâneo bate recorde de calor

Ainda de acordo com o observatório europeu, o calor não ficou restrito à atmosfera. Os oceanos também enfrentaram condições extremas no último mês, com destaque para o Mediterrâneo Ocidental, onde uma onda de calor marinha excepcional se formou em junho.

A região registrou, no dia 30, a maior temperatura média diária da superfície do mar já observada em um mês de junho: 27°C.

O valor representa um desvio de 3,7°C acima da média histórica, a maior anomalia já registrada para a área em qualquer mês do ano.

Com isso, a temperatura média da superfície do mar foi de 20,72°C, o terceiro maior valor já registrado para um mês de junho, ficando atrás apenas dos recordes estabelecidos em 2024.

Mulher se refresca com um leque enquanto caminha pelas ruas de Ronda, na Espanha, um dia antes do início da onda de calor prevista pela agência meteorológica do país. — Foto: REUTERS/Jon Nazca
Mulher se refresca com um leque enquanto caminha pelas ruas de Ronda, na Espanha, um dia antes do início da onda de calor prevista pela agência meteorológica do país. — Foto: REUTERS/Jon Nazca

E a elevação das temperaturas no mar Mediterrâneo, em particular, teve um papel importante no agravamento da onda de calor que atingiu países como Portugal, Espanha, França e Itália no fim do mês.

Mares mais quentes transferem calor para a atmosfera, criando um efeito de retroalimentação que amplia o impacto das altas temperaturas em terra firme.

No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas


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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Brasil e China firmam parceria que prevê ferrovia ligando Atlântico e Pacífico

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Ministério dos Transportes assinou nesta segunda-feira (7) um memorando de entendimento com o país asiático para realizar pesquisa e planejamento sobre o sistema de transporte.
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Por Mariana Assis, Filipe Matoso, g1 — Brasília

Postado em 07 de Julho de 2.025 às 10h20m

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Brasil e China assinam parceria para projetar ferrovia
Brasil e China assinam parceria para projetar ferrovia

Os governos do Brasil e da China assinaram nesta segunda-feira (7) uma parceria para permitir a ligação entre o território brasileiro e o porto de Chancay, no Peru, a fim de facilitar as exportações para a Ásia, especialmente para a China, reduzindo o tempo de transporte e os custos.

Do lado brasileiro, o chamado memorando de entendimento foi assinado pela Infra S.A-empresa, vinculada ao Ministério dos Transportes, e, pelo lado chinês, foi assinado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway.

A cerimônia ocorreu de maneira virtual, em Brasília. Na sede do ministério, estavam integrantes do governo e da embaixada da China. Os representantes do instituto chinês participaram por videoconferência.

Conforme o governo brasileiro, o projeto inicial prevê que a ferrovia vai sair da Bahia, passará pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, chegando ao Peru — a ideia é garantir que a ferrovia chegue ao porto de Chancay.

Redução de tempo

Projeções do governo do Peru dão conta de que é possível reduzir de 40 para 28 dias o tempo necessário de deslocamento da carga entre os dois continentes. O porto foi financiado pelo governo chinês e inaugurado em 2024 pelo presidente Xi Jinping.

Embora o porto integre a iniciativa "Cinturão e Rota", conhecida como "Nova Rota da Seda", o governo brasileiro não aderiu formalmente à iniciativa — que prevê investimentos chineses na área da infraestrutura em vários países do mundo.

Recentemente, líderes de países da América Latina se encontraram com Xi Jinping na China para tentar aproximar a região dos investimentos chineses.

O entendimento do governo Lula é que, como a China já é o principal parceiro comercial do Brasil e já faz volumosos investimentos no país, não há necessidade de adesão formal à Nova Rota da Seda.

Além disso, Brasil e China integram grupos multilaterais que permitem a discussão de parceria econômica, a exemplo do Brics.

Entenda o acordo

O acordo assinado nesta segunda prevê a parceria entre equipes brasileira e chinesa para aprofundar uma pesquisa sobre a estrutura logística nacional, com foco na intermodalidade e na sustentabilidade econômica, social e ambiental. Sendo assim, o estudo vai incluir além das ferrovias, hidrovias e rodovias.

Para Leonardo Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário, a parceria representa "um passo estratégico para o setor de transporte no Brasil, especialmente na área ferroviária".

"É o primeiro passo de jornada técnica e diplomática para aproximar continentes, reduzir distâncias e reforçar a relação de longo prazo", disse um dos representantes da empresa chinesa.

"Acreditamos que estamos concretizando parceria essencial com os melhores do mundo para resolver nossos gargalos na infraestrutura de transporte", complementou.

Segundo o secretário, o acordo tem prazo inicial de cinco anos e pode ser prorrogado. Ele relembra, ainda, entre 2015 e 2016 foram feitos estudos sobre o tema, mas não foram adiante porque o Brasil "estava em outro contexto".

Agora, ele acredita que vai ser possível porque o país se desenvolveu mais em termos de infraestrutura, como nas ferrovias, e que pode ser possível utilizar as já existentes no plano.

Ainda não há estimativas em relação ao custo da ferrovia, o que será orçado durante os estudos

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