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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Oppenheimer e Einstein: a conturbada relação entre o 'pai da bomba atômica' e o Nobel de Física

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Oppenheimer admirava o trabalho de Einstein, mas a relação entre os dois era mais fria do que mostra o filme de Christopher Nolan.
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TOPO
Por BBC

Postado em 31 de julho de 2023 às 15h15m

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Albert Einstein e Robert Oppenheimer conviveram no Instituto de Estudos Avançados de Princeton — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Albert Einstein e Robert Oppenheimer conviveram no Instituto de Estudos Avançados de Princeton — Foto: GETTY IMAGES via BBC

"Agora é sua vez de lidar com as consequências de sua conquista."

Essa é a frase que o físico Albert Einstein diz a seu colega Robert Oppenheimer em uma das cenas finais de Oppenheimer, o filme que narra como ele se tornou o "pai" da bomba atômica na década de 1940, ao liderar o Projeto Manhattan do governo dos Estados Unidos.

No filme, Einstein aparece na última fase de sua vida, quando conviveu no Instituto de Estudos Avançados de Princeton com Oppenheimer, que foi diretor da instituição de 1947 a 1966.

Eles foram dois dos cientistas mais importantes de seu tempo, mas tinham diferenças importantes, tanto na forma como entendiam a Física quanto na forma como acreditavam que suas pesquisas poderiam servir — ou prejudicar — o mundo.

"Éramos colegas próximos e até certo ponto, amigos", disse Oppenheimer em uma conferência em Paris em 1965, marcando o décimo aniversário da morte de Einstein.

Em seu filme, o diretor Christopher Nolan coloca os dois físicos em diálogos que, embora fictícios, refletem a relação de um oprimido Oppenheimer que buscou o conselho de um paternal Einstein.

E, embora na vida real mantivessem diferenças importantes, eles tinham muito respeito mútuo.

Tom Conti interpreta Albert Einstein e Cillian Murphy interpreta Robert Oppenheimer no filme de Christopher Nolan — Foto: UNIVERSAL PICTURES via BBC
Tom Conti interpreta Albert Einstein e Cillian Murphy interpreta Robert Oppenheimer no filme de Christopher Nolan — Foto: UNIVERSAL PICTURES via BBC

Duas vidas em paralelo

Quando o jovem Robert Oppenheimer se formou e se especializou em física teórica na década de 1920, Einstein já era Prêmio Nobel de Física e uma figura-chave na história da Ciência por sua Teoria da Relatividade Geral (1915) e outras obras que influenciaram o cientista americano.

Em meio à crescente perseguição aos judeus na Alemanha, Einstein deixou a Europa e se estabeleceu em Princeton, Nova Jersey (EUA), em 1932, onde continuou seu trabalho.

Algum tempo depois, em agosto de 1939, ele assinou a carta endereçada ao então presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, escrita por seu colega Leó Szilárd, na qual alertavam a Casa Branca que a Alemanha poderia desenvolver uma bomba atômica devido a descobertas científicas sobre a fissão do urânio.

Isso supostamente precipitou a criação do ultrassecreto Projeto Manhattan, que o governo dos EUA colocou na mão de Oppenheimer em 1942, quando ele já era um dos principais cientistas em seu campo.

A carta escrita por Szilárd e assinada por Einstein foi enviada ao presidente Roosevelt em agosto de 1939 — Foto: GETTY IMAGES via BBC
A carta escrita por Szilárd e assinada por Einstein foi enviada ao presidente Roosevelt em agosto de 1939 — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Segundo várias fontes, Einstein, de 64 anos, não foi incluído no projeto por causa de sua origem alemã e de suas ideias de esquerda. Além disso, as diferentes concepções das teorias da física que existiam entre ele e Oppenheimer também tiveram peso na decisão.

Kei Bird e Martin J. Sherwin afirmam em seu livro biográfico American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer (American Prometheus: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer, no qual se baseia o filme de Nolan) que o físico americano considerava Einstein "como um santo patrono vivo da física, não como um cientista em atividade".

Nolan tentou refletir em seu filme o tipo de relação que existia entre os dois.

"Vi a relação entre eles como a do professor que havia sido substituído e cujo trabalho havia sido assumido pelo mais novo", disse o diretor ao New York Times.

Com o Projeto Manhattan em andamento, o filme mostra Oppenheimer duvidando do alcance que uma detonação como a bomba atômica que ele estava desenvolvendo poderia ter. Ele então procura a opinião de Einstein.

No entanto, essa foi uma licença criativa do diretor americano, já que essas conversas não aconteceram como mostrado no filme.

"Uma das poucas coisas que mudei é que não foi Einstein que Oppenheimer consultou sobre isso, mas sim Arthur Compton, que dirigia um posto avançado do Projeto Manhattan na Universidade de Chicago", explicou Nolan ao jornal de Nova York.

"Einstein é a personalidade que as pessoas na plateia conhecem."

Oppenheimer e sua equipe desenvolveram a primeira bomba atômica — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Oppenheimer e sua equipe desenvolveram a primeira bomba atômica — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Oppenheimer trabalhou entre 1943 e 1945 no Laboratório de Los Alamos, no Novo México, a milhares de quilômetros de Princeton. Não está claro se nesse tempo o físico americano teve alguma reunião ou conversa com Einstein.

Mas o próprio Oppenheimer se referiu em 1965 a alegações de que Einstein havia de alguma forma participado da criação daquela arma de destruição em massa. "As alegações de que ele trabalhou na criação da bomba atômica eram, na minha opinião, falsas", disse ele na conferência de Paris naquele ano.

Em sua opinião, a carta de 1939 instando o presidente Roosevelt a prestar atenção às capacidades alemãs de desenvolvimento de bombas atômicas praticamente não teve efeito sobre o governo dos Estados Unidos.

'Lá vai um tolo'

Após o teste bem-sucedido da primeira bomba atômica, Oppenheimer enfrentou o problema moral de que seu trabalho não foi usado apenas como uma ameaça — mas sim como arma de destruição em massa, com os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.

Vários cientistas, entre eles Einstein, Szilárd e outros, condenaram o fato de as bombas terem sido lançadas sobre cidades japonesas, por considerarem que o país já estava praticamente derrotado.

O enredo do filme de Nolan explora como Oppenheimer tentou persuadir o governo de Washington da necessidade de estabelecer limites para o uso da tecnologia que ele havia desenvolvido.

Mas os políticos se voltaram contra ele e questionaram seu passado comunista, considerando-o um risco para a segurança nacional. Ele teve que testemunhar perante um comitê do governo.

Em seu filme, Nolan tenta refletir sobre como Oppenheimer precisou lidar com as consequências da bomba — Foto: UNIVERSAL PICTURES via BBC
Em seu filme, Nolan tenta refletir sobre como Oppenheimer precisou lidar com as consequências da bomba — Foto: UNIVERSAL PICTURES via BBC

Bird e Sherwin contam em seu livro que Einstein disse a Oppenheimer que ele "não precisava se submeter à caça às bruxas, pois havia servido bem a seu país", segundo a conversa testemunhada pela secretária do físico americano, Verna Hobson.

Disse a Oppenheimer que, "se este era o prêmio que os Estados Unidos estavam oferecendo a você, você deveria dar as costas".

No entanto, Hobson afirmou que Oppenheimer "amava a América" ​​​​e que seu amor "era tão profundo quanto seu amor pela ciência".

"Einstein não entende", disse Oppenheimer a Hobson.

Para Einstein, Oppenheimer não deveria esperar muito de Washington. E disse à secretária, apontando para Oppenheimer após a conversa: "Lá vai um narr (tolo, em alemão)", segundo Bird e Sherwin.

Como diretor de Princeton, Oppenheimer mandou instalar uma antena na casa de Einstein para que pudesse ouvir os concertos de música clássica em Nova York que tanto amava, segundo Bird e Sherwin — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Como diretor de Princeton, Oppenheimer mandou instalar uma antena na casa de Einstein para que pudesse ouvir os concertos de música clássica em Nova York que tanto amava, segundo Bird e Sherwin — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Apesar de suas divergências, ambos tinham admiração e respeito mútuos, ainda que à sua maneira.

Einstein é lembrado por dizer que Oppenheimer era "um homem extraordinariamente capaz, com uma educação multidisciplinar" que ele admirava "por sua pessoa, não por sua física".

Por sua vez, ao comemorar os dez anos da morte de Einstein e os 50 anos da Teoria da Relatividade Geral, Oppenheimer celebrou as contribuições do gênio de origem alemã de forma muito peculiar.

"Os primeiros trabalhos de Einstein eram belíssimos, mas cheios de erros", disse Oppenheimer em Paris, explicando que a compilação da obra de Einstein da qual ele participou levou uma década de revisão.

Mas ele acrescentou: "Um homem cujos erros levam 10 anos para corrigir é um grande homem".

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Maior avião de carga do mundo pousa na Bahia: veja curiosidades e fotos do Antonov An-124 Ruslan

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Esta é a quarta vez que a aeronave ucraniana pousa na Bahia.
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Por g1 BA

Postado em 31 de julho de 2023 às 12h10m

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Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo — Foto: Will Recarey
Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo — Foto: Will Recarey

O Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo, pousará na Bahia pela quarta vez na noite desta segunda-feira (31). A previsão é de que a aeronave ucraniana chegue ao Aeroporto Internacional de Salvador entre o final desta tarde e o início desta noite.

A última vez que o cargueiro pousou na Bahia foi em setembro de 2020, quando ainda ocupava o posto de segundo maior do mundo. O Antonov Ruslanrecuperou a primeira posição em fevereiro de 2022, depois que o então maior, o Antonov-225 Mryia, foi queimado na guerra da Rússia na Ucrânia.

A carga transportada pelo Antonov Ruslan não foi divulgada, nem como o seu peso. O voo partiu da cidade de Greer, que fica no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

O avião sairá de Salvador na noite de terça (1º), em direção a Leipzig, na Alemanha, onde fica a base operacional da Antonov Airlines, já que espaço aéreo ucraniano está fechado por causa da guerra.

Veja curiosidades sobre o Antonov An-124 Ruslan:

Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo — Foto: TV Bahia
Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo — Foto: TV Bahia

🔧 O cargueiro tem origem soviética e foi fabricado pela Antonov Design Bureau, na Ucrânia, há 40 anos, em 1982. Por seis anos, o Ruslan foi o maior avião do mundo, até que em 1988 a empresa construiu o Mryia, que ocupou o "cargo". Em 2022, o Mryia foi queimado na guerra.

🛫 O nome oficial da aeronave Antonov é Ruslan, em homenagem a um herói dos povos russo e soviético. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deu ao avião o codinome Condor. No Brasil, entusiastas da aviação o chamam de "Toninho".

✈️ O Antonov An-124 Ruslan tem 69 metros de comprimento – a mesma medição do lado menor de um campo de futebol, onde ficam as traves. De altura, o avião tem cerca de 21 metros de altura, o que equivale a um prédio de seis andares. A envergadura, que é o comprimento de uma asa à outra é de 73 metros.

🛬 A aeronave tem três trens de pouso e 24 rodas, para suportar o próprio peso e a capacidade de transporte.

🛣️ O Antonov Ruslan não pode pousar em qualquer aeroporto, porque para decolar necessita de uma "pista de código 4", que é o nome dado às vias com mais de 1.800 metros. A pista de Salvador tem 3.003 metros. Apesar disso, é necessário apenas mil metros de pista para pousar, o que os aviadores classificam como "pouca pista".

🚌 Falando em capacidade, o cargueiro consegue transportar até 150 toneladas, o peso médio de 10 ônibus básicos. Apesar disso, o recorde já transportado foi de 135 toneladas, em 1993, quando o Antonov Ruslan levou um gerador elétrico da Siemens da Alemanha para a Índia.

👨‍✈️ Hoje o avião transporta todo tipo de carga, principalmente maquinários e produtos de mineração. No entanto, o Antonov Ruslan foi fabricado para o transporte de tanques, tropas e lançadores de mísseis, entre outros materiais militares.

Veja fotos do Antonov An-124 Ruslan, maior avião de carga do mundo

Antonov An-124 Ruslan no aeroporto de Salvador em 2020 — Foto: Will Recarey

Antonov An-124 Ruslan no aeroporto de Salvador em 2020 — Foto: Will Recarey

Antonov An-124 Ruslan no aeroporto de Salvador em 2020 — Foto: Will Recarey
Cargueiro pousará pela 4ª vez na Bahia.

Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.

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