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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Bilionários da Rússia ficam mais ricos, apesar de guerra e sanções

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Fortunas crescem US$ 152 bilhões no ano que passou, impulsionadas pelos altos preços dos recursos naturais e após recuperação das perdas sofridas logo após o início da invasão da Ucrânia, segundo revista 'Forbes'.
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TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 24 de abril de 2023 às 08h00m

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Andrei Melnichenko, homem mais rico da Rússia, mais que dobrou sua fortuna desde o ano passado — Foto: Mikhail Metzel/TASS/picture alliance
Andrei Melnichenko, homem mais rico da Rússia, mais que dobrou sua fortuna desde o ano passado — Foto: Mikhail Metzel/TASS/picture alliance

As pessoas mais ricas da Rússia acumularam no ano que passou US$ 152 bilhões às suas fortunas pessoais, impulsionadas pelos altos preços dos recursos naturais e após se recuperarem das grandes perdas que sofreram logo após o começo da guerra na Ucrânia, disse a Forbes.

O número de bilionários da Rússia também cresceu. O país tem 110 bilionários oficiais na lista dos mais ricos, 22 a mais que no ano passado.

Segundo a revista, que informa que a riqueza total deles aumentou dos US$ 353 bilhões registrados na lista de 2022 para US$ 505 bilhões, levando em consideração que em março de 2023, quando o ranking foi elaborado, o dólar estava cotado a 75,9 rublos, enquanto era vendido a 133 rublos há um ano.

A lista seria maior se cinco bilionários não tivessem renunciado à cidadania russa. São eles: Yuri Milner, fundador da DST Global; Nikolay Storonsky, fundador da Revolut; Timur Turlov, fundador da Freedom Finance, além de Sergei Dmitriev e Valentin Kipyatkov, cofundadores da JetBrains.

Riqueza total era maior antes da guerra

"Os resultados do ano passado também foram influenciados por previsões apocalípticas sobre a economia russa", afirmou a Forbes, acrescentando que a riqueza total dos bilionários da Rússia era de US$ 606 bilhões em 2021, antes do início da guerra.

Depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, o Ocidente impôs o que considera as sanções mais severas na história moderna contra a economia da Rússia – e algumas de suas pessoas mais ricas – em uma tentativa de punir Putin pela guerra.

O chefe do Kremlin disse que o Ocidente estava tentando destruir a Rússia e repetidamente divulgou o fracasso das sanções ocidentais para destruir a economia russa ou até mesmo parar os produtos ocidentais de chegarem ao país.

A economia do país encolheu 2,1% em 2022 sob a pressão das sanções ocidentais, mas conseguiu exportar petróleo, metais e outros recursos naturais para os mercados globais, em particular para a China, Índia e Oriente Médio.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou este mês sua previsão de crescimento da Rússia em 2023 de 0,3% para 0,7%, mas reduziu sua previsão para 2024 de 2,1% para 1,3%, prevendo que escassez de mão-de-obra e o êxodo de empresas ocidentais prejudiquem a economia do país.

O preço do petróleo dos Urais, a força vital da economia russa, registrou uma média de US$ 76,09 por barril em 2022, contra US$ 69 em 2021. Os preços dos fertilizantes também subiram no ano passado.

Amigos de Putin entre os primeiros da lista

Andrei Melnichenko, que fez fortuna com fertilizantes, fundador da química internacional EuroChem Group AG, com sede na Suíça, foi listado como o homem mais rico da Rússia pela Forbes, com um patrimônio estimado de US$ 25,2 bilhões, mais que o dobro do que no ano passado. Ele também criou a empresa SUEC, a maior fornecedora de carvão da Rússia.

Em seguida, aparecem na lista oligarcas intimamente relacionados ao Kremlin, como Vladimir Potanin – o chamado czar do níquel, presidente e maior acionista da Nornickel, maior produtor mundial de paládio e níquel refinado – o segundo mais rico da Rússia com uma fortuna de US$ 23,7 bilhões.

Depois, aparecem Vladimir Lisin, empresário do setor siderúrgico, com US$ 22,1 bilhões; e Leonid Mikhelson, fundador da empresa de gás Novatek, com US$ 21,6 bilhões.

Entre os 10 primeiros também estão o investidor Gennady Timchenko e o criador do Telegram, Pavel Durov, com US$ 11,5 bilhões.

Antes considerado o homem mais rico da Rússia, Roman Abramovich, agora tem US$ 9,2 bilhões; e os amigos pessoais de Putin, Arkady Rotenberg, construtor da ponte da Crimeia, acumula US$ 3,5 bilhões, e Yury Kovalchuk, US$ 2,7 bilhões.

A primeira mulher da lista é Tatiana Bakalchuk, diretora da empresa de comércio digital Wildberries, que aparece em 17º lugar com US$ 8,8 bilhões.

No início do ano, a Forbes publicou a lista dos bilionários que mais perderam dinheiro durante a intervenção militar russa na Ucrânia devido às sanções, incluindo Alexei Mordashov, que perdeu US$ 11,1 bilhões; a já citada Taiana Bakalchuk, agora com US$ 8,3 bilhões a menos na conta bancária, e Oleg Tinkov, que perdeu US$ 5,9 bilhões.

Ascensão no governo Yeltsin

Muitos bilionários russos consideram as sanções ocidentais uma ferramenta grosseira e até mesmo racista.

Construindo fortunas enquanto a União Soviética desmoronava, um pequeno grupo de magnatas conhecidos como "oligarcas" persuadiu o Kremlin sob o falecido presidente Boris Yeltsin a dar a eles o controle sobre algumas das maiores empresas de petróleo e metais do mundo.

Os acordos de privatização impulsionaram muitos dos magnatas para a liga mundial dos superricos, rendendo-lhes também a duradoura antipatia dos milhões de russos empobrecidos.

Mas sob Putin, alguns dos oligarcas originais, como Mikhail Khodorkovsky e Boris Berezovsky, foram destituídos de seus ativos, que acabaram em empresas estatais, muitas vezes chefiadas por ex-espiões.

Novos nomes russos na lista da Forbes incluem bilionários que ganhavam dinheiro com lanches, supermercados, produtos químicos, construção e produtos farmacêuticos, indicando que a demanda doméstica russa permaneceu forte, apesar das sanções.

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