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terça-feira, 17 de junho de 2025

Petróleo sobe mais de 4% com escalada de tensões entre Israel e Irã; bolsa dos EUA recua

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Principal preocupação é se os ataques vão afetar o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo.
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Por Redação g1

Postado em 17 de Junho de 2.025 às 17h50m

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Israel e Irã intensificam bombardeios no quarto dia de guerra
Israel e Irã intensificam bombardeios no quarto dia de guerra

Os preços do petróleo subiram mais de 4% nesta terça-feira (17), em meio à escalada de tensões no conflito entre Israel e Irã. O quinto dia de guerra foi marcado por bombardeios nos dois países, o que elevou os temores de interrupção no fornecimento global da commodity.

  • ▶️ O barril tipo Brent (referência global) subiu 4,52%, cotado a US$ 76,54.
  • ▶️ O petróleo WTI (referência nos EUA) avançou 4,46%, negociado a US$ 74,97.

A principal preocupação é se o conflito afetará o Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de um quinto do consumo global de petróleo.

Essa importante hidrovia já vinha sendo considerada vulnerável devido à crescente instabilidade regional. Mas, até o momento, não foi afetada.

Embora não haja registro de interrupção no fornecimento, a notícia de uma colisão entre dois navios no Golfo de Omã nesta terça também causou um abalo temporário no mercado de petróleo, com reflexos nos preços.

Impactos na bolsa dos EUA

A intensificação da guerra também afetou o mercado de ações nos Estados Unidos. Investidores esperavam que o presidente Donald Trump avançasse em seus acordos tarifários durante as reuniões da cúpula do G7, no Canadá.

O republicano, no entanto, retornou a Washington um dia antes do fim da cúpula, à medida que o conflito entre Israel e Irã se intensificava.

"O mercado estava ansioso para ouvir atualizações sobre acordos comerciais vindos do G7, e a notícia da saída antecipada de Trump foi decepcionante, embora todos saibamos o motivo", afirmou Eric Sterner, diretor de investimentos da Apollon Wealth Management, à agência Reuters.

"O mercado está atento ao conflito no Oriente Médio, mas sente que ele está restrito àqueles dois países", disse. "Isso causa preocupação, especialmente se o Irã fizer algo no Estreito de Ormuz", acrescentou, observando que cerca de 20% do suprimento mundial de petróleo passa pelo local.

Veja o desempenho dos principais índices de ações dos EUA nesta terça:

  • Dow Jones caiu 0,70%, aos 42.215,80 pontos;
  • S&P 500 caiu 0,85%, aos 5.981,67 pontos;
  • Nasdaq caiu 0,91%, aos 19.521,09 pontos.
O que querem Israel e Irã
O que querem Israel e Irã

5º dia de conflito

O conflito entre Irã e Israel entrou no quinto dia nesta terça. Desde sexta-feira (13), as trocas de ataques deixaram 248 mortos nos dois países, segundo autoridades locais.

Ao deixar a cúpula do G7, no Canadá, Donald Trump firmou que o Irã rejeitou um acordo para conter o desenvolvimento de armas nucleares e voltou a dizer que o país não pode ter armamento atômico. Ele também declarou que Teerã precisava ser evacuada imediatamente, sem dar detalhes.

Segundo a imprensa americana, Trump deve se reunir nesta terça com o Conselho de Segurança Nacional para tratar do assunto.

Na madrugada desta terça, a imprensa iraniana informou que explosões foram registradas em Teerã. Bombardeios também foram reportados em Natanz, cidade onde ficam importantes instalações nucleares — a cerca de 320 km da capital.

Já em Israel, sirenes de alerta soaram após a meia-noite, pelo horário local. Em Tel Aviv, foram ouvidas explosões causadas por novos ataques do Irã, segundo autoridades israelenses.

O governo iraniano afirma que a ofensiva israelense provocou 224 mortes no país, a maioria civis. Do lado israelense, as autoridades declararam que bombardeios iranianos mataram 24 civis e afetaram mais de 3 mil pessoas, que precisaram deixar suas casas.

Os dois países mantêm o discurso de que continuarão atacando e retaliando um ao outro. Enquanto isso, fontes ouvidas pela agência Reuters afirmam que o Irã pediu a Omã, Catar e Arábia Saudita que pressionem os EUA a convencer Israel a aceitar um cessar-fogo imediato.

Consumo mundial de petróleo deve cair

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou nesta terça-feira que o consumo mundial de petróleo deve registrar uma "leve baixa" em 2030, o primeiro sinal de declínio deste combustível fóssil desde 2020, início da pandemia de covid-19.

Em relatório, a agência estima que o consumo deverá diminuir ligeiramente em 2030, após atingir o pico no ano anterior, para cerca de 105,5 milhões de barris por dia.

Nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo, esse declínio deverá ocorrer em 2026, e na China, o segundo maior consumidor, em 2028, apontam as estimativas.

Embora, por enquanto, "o conflito entre Israel e o Irã chame a atenção para os riscos imediatos à segurança energética, a nova perspectiva de médio prazo da AIE prevê que a oferta mundial de petróleo crescerá muito mais rápido do que a demanda nos próximos anos", observa o relatório.

Fumaça é vista em refinaria de petróleo após um ataque israelense na capital iraniana, Teerã, em 17 de junho de 2025. — Foto: Photo by Atta Kenare/AFP
Fumaça é vista em refinaria de petróleo após um ataque israelense na capital iraniana, Teerã, em 17 de junho de 2025. — Foto: Photo by Atta Kenare/AFP

* Com informações das agências de notícias Reuters e France-Presse.

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Israel corre contra o tempo para neutralizar mísseis iranianos

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Irã, por sua vez, procura calibrar os disparos dos projéteis para pressionar população israelense
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cnnbrasil.com.br/blogs/lourival-santanna/internacional/
17/06/25 às 04:30 | Atualizado 17/06/25 às 00:07
Postado em 17 de Junho de 2.025 às 05h00m

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Israel está numa corrida contra o tempo para neutralizar o mais depressa possível o arsenal iraniano de mísseis balísticos antes que os danos causados por eles até o momento solapem o predominante apoio da população israelense à ofensiva contra o Irã.

Em contrapartida, o Irã tenta proteger os lançadores e depósitos de mísseis dos intensos e precisos bombardeios aéreos israelenses, enquanto distribui os seus salvos no tempo de forma a prolongar ao máximo o clima de ansiedade constante.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter destruído um terço dos lançadores de mísseis iranianos. Antes de abril do ano passado, quando o Irã realizou o primeiro ataque com mísseis contra Israel, em represália a ações israelenses, o arsenal de mísseis balísticos do país era estimado em 3 mil.

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Naquele mês, o Irã disparou 120 mísseis balísticos contra Israel; em outubro, outros 180.

Nessa contra-ofensiva iraniana desencadeada pelos ataques israelenses da noite de quinta-feira (12) o Irã disparou cerca de 370 mísseis balísticos, segundo o governo de Israel. Algo como 10% conseguiu se infiltrar no sistema de defesa antiaérea israelense.

Outras centenas foram provavelmente destruídas pelos bombardeios israelenses, e uma parte pode ter sido danificada durante os disparos.

Na noite de segunda-feira (16), estimava-se que o Irã tivesse cerca de mil mísseis balísticos. O país pode fabricar mais mísseis durante a campanha. Mas provavelmente não dentro da taxa de reposição necessária para manter o ritmo da contra-ofensiva.

O Irã tem visado também alvos militares. Isso não tem sido noticiado em detalhes pelos jornalistas que cobrem os ataques em Israel por causa da censura militar.

Em contraste, os profissionais de relações públicas civis e militares se empenham a levar os repórteres até os alvos civis atingidos.

"Pela primeira vez, um míssil perfurou um bunker de um prédio em Tel Aviv, matando duas pessoas. O episódio cria nova camada de ansiedade entre os israelenses."

Entretanto, as reservas de apoio à campanha contra o Irã, apesar da enorme impopularidade de Netanyahu, ainda são altas, porque a teocracia iraniana e seu programa nuclear são considerados uma ameaça existencial contra Israel.

Os bombardeios israelenses geram um ambiente de horror ainda maior. Isso porque as cidades iranianas não contam com sirenes de aviso dos bombardeios, como havia durante a guerra Irã-Iraque de 1980 a 1988. O regime concentrou a proteção de seus alvos mais estratégicos com baterias antiaéreas, não a população.

A Força Aérea israelense já conseguiu neutralizar a defesa antiaérea iraniana e atuar impunemente. Os mísseis ar-terra israelenses atingem com mais precisão os seus alvos: instalações nucleares, lançadores e depósitos de mísseis, prédios do governo iraniano e complexos de petróleo e gás.

A TV estatal, os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, o Comando da Polícia e o Departamento de Bem-Estar Social foram atingidos.

Os bombardeios israelenses, a partir de aviões no espaço aéreo do Irã, são muito mais precisos do que os mísseis balísticos iranianos, até porque a maioria deles é interceptada e são fragmentos deles que caem no solo de forma aleatória.

O objetivo declarado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é retardar o programa nuclear iraniano e aniquilar seu arsenal de mísseis balísticos. Mas os ataques a alvos econômicos e do governo civil, assim como o discurso no qual Netanyahu se dirigiu ao povo iraniano, demonstram o desejo de derrubar o regime.

Todas essas medidas são paliativas. Israel pode interromper as operações das centrífugas nucleares e até destruir parte das instalações, mas não por fim ao desenvolvimento de bombas nucleares pelo Irã.

O mesmo se aplica ao seu arsenal de mísseis balísticos. Derrubar o regime, neste momento, parece um objetivo ainda mais remoto; a teocracia iraniana se defende da insatisfação popular com um aparato repressivo que continua intacto.

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