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domingo, 21 de agosto de 2011

TVs mostram líbios comemorando na praça central de Trípoli


Revolta Árabe




21/08/2011 21h41 - Atualizado em 21/08/2011 22h53




Imagens foram mostradas pela britânica Sky News e pela árabe Al-Jazeera.
Um líder político dos rebeldes diz que ainda há 'bolsões de resistência'.



Do G1, com agências internacionais

Repórter da Al-Jazeera é vista na Praça Verde (Foto: Reprodução/Al-Jazeera)
Repórter é vista na Praça Verde, ocupada por
rebeldes (Foto: Reprodução/Al-Jazeera)



|-:-|$:+:$|-:-| Os rebeldes líbios dominaram a Praça Verde, lugar onde tradicionalmente ocorriam as manifestações de partidários do regime de Muammar Kadhafi no centro de Trípoli, segundo mostraram imagens da TV britânica Sky News e da TV árabe Al-Jazeera neste domingo (21).


Nas imagens, uma multidão de homens agita bandeiras com as cores dos rebeldes, gritando em júbilo "Alá Akbar" ("Deus é grande") enquanto disparam tiros ao ar.


Forças rebeldes ocuparam a capital Trípoli neste domingo, após dominarem cidades próximas nos últimos dias. O movimento pedindo a saída de Muammar Kadhafi do poder começou em fevereiro deste ano, quando, inspirados pelas revoltas na Tunísia e no Egito, manifestantes conquistaram o poder local em algumas regiões, como Benghazi. Kadhafi já governava o país há 42 anos.


Desde então, confrontos ocorreram em diversas regiões do país, e os rebeldes foram aos poucos conquistando outras cidades - com a ajuda da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que a partir de março começou a comandar os ataques.

Com uma faca na mão, cidadão líbio comemorar prisão de um dos filhos de Kadhafi. (Foto: Alexandre Meneghini/AP)
Em Benghazi, cidadão líbio comemora prisão de um dos filhos de Kadhafi (Foto: Alexandre Meneghini/AP)



'Não se vinguem'

Mahmud Jibril, um dos principais membros do Conselho Nacional de Transição (CNT), pediu aos combatentes rebeldes que evitem qualquer vingança em Trípoli e fiquem alertas para "bolsões" de resistência pró-Kadhafi na capital.



"Hoje que nós comemoramos a vitória, apelo para a sua consciência e para a sua responsabilidade: não se vinguem, não saqueiem, não culpem os estrangeiros e respeitem os prisioneiros", declarou Jibril, em um discurso oficial à televisão rebelde Libya al-Ahrar.

"Fiquem alerta. Bolsões de resistência (das forças pró-Kadhafi) ainda são localizados dentro e no entorno de Trípoli (...)", acrescentou.


Fathi Benjalifa, outro membro do Conselho Nacional de Transição, teria falado à agência Efe que os rebeldes já têm controle sobre toda a cidade de Trípoli, menos da região de Bab al-Aziziya, onde fica o quartel do líder líbio, Muammar Kadafi.


Filhos de Kadhafi capturados

O coordenador do Conselho Nacional de Transição, Adel Dabbechi, que apoia a invasão rebelde à Trípoli, afirmou neste domingo (21) que o filho mais velho do ditador Muammar Kadhafi, Mohammed Kadhafi, se rendeu às forças rebeldes.



Com a rendição, dois filhos do atual governante da Líbia estão sob poder das forças opositoras ao regime. Mais cedo, foi confirmada pelo Conselho a captura do filho mais novo de Kadhafi, Saif Al-Islam. “Nós demos instruções para tratá-lo bem, na intenção de que ele possa ser julgado depois”, afirmou o líder do Conselho Nacional de Transição, Mustapha Abd El Jalil.


"Ele está em um local seguro com guarda reforçada, aguardando para ser levado à justiça", disse o representante em entrevista concedida em Benghazi, cidade tomada pelas forças opositoras no leste da Líbia.
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Chanel No. F-7124

 

INTERNACIONAL -- NOTÍCIAS


CULTURA



Flavia Guerra - O Estado de S.Paulo
 

\*\!=:=!/*/ Há algo de não tão perfumado no reino de Coco Chanel. Propagam-se pelos ares rumores de que a estilista que revolucionou a história da moda teria sido antissemita e agente nazista durante a 2ª Guerra Mundial. 

Quem defende que tais rumores são comprovados é o jornalista americano Hal Vaughan, que vive em Paris e lançou na quarta-feira o livro Dormindo com o Inimigo: A Guerra Secreta de Chanel. O autor afirma que a estilista, além do já famoso romance com o oficial alemão Hans Gunther von Dincklage, foi também agente secreta nazista e chegou a participar de missões em Madri e Paris. 

Segundo Vaughan, Chanel atenderia sob o número F-7124 e pelo codinome de Westminster, em alusão ao Duque de Westminster, com quem tivera um affair. "Vaughn revela que Chanel era mais que uma simpatizante nazista e colaboradora. Era uma agente nazista trabalhando para Abwehr, a agência de inteligência militar alemã", afirmou em um comunicado a editora Alfred A. Knopf, que publica o livro nos EUA. 

Vaughan, autor de outros dois livros históricos, contou também que Dormindo com o Inimigo "é fruto de quatro anos de trabalho intenso" que começou por acaso. "Estava fazendo pesquisas no arquivo nacional da polícia francesa, procurando outra coisa, quando encontrei um documento que dizia: "Chanel é uma agente nazi, seu número é tal e tal... seu pseudônimo é...", disse o autor à Associated Press. "Olhei novamente e pensei: "Que diabos é isso? Não podia acreditar!" Então comecei a remexer seriamente nos arquivos, nos EUA, em Londres, em Berlim e em Roma. E encontrei cerca de 20, 30, 40 documentos contundentes que comprovam que Chanel e seu amante eram espiões de Abwehr." 

A Maison Chanel questionou as informações e entrou em contato com os principais órgãos de imprensa do mundo para expressar seu posicionamento. "O livro foi recém publicado e todas nossas reações dizem respeito a extratos do que foi publicado pela imprensa. Mas sabemos, e é fato, que ela teve um relacionamento com um aristocrata alemão durante a guerra, que ela conheceu em Paris nos anos 30. Não era o momento ideal para se ter um romance com um alemão, mesmo diante do fato que a mãe do Barão Von Dincklage era inglesa e de que a relação deles tenha começado antes do início da guerra", afirmou um porta-voz da Chanel em e-mail ao Estado. 

Vaughan por sua vez alega dispor de vários documentos e arquivos, além de afirmar que descobriu 12 fitas com comentários antissemitas de Coco. Detalhe importante é que o autor garante ainda que "Chanel era anticomunista frenética e se vendeu aos alemães porque acreditava que Hitler iria "esmagar" Stalin". Outra possível justificativa é que Chanel tenha aceitado entrar para a inteligência nazista em troca da libertação de seu sobrinho, preso em um campo de prisioneiros de guerra.

O livro também insinua que, valendo-se de seu suposto antissemitismo, Chanel teria se aproveitado das leis de expropriação dos judeus para obter o controle total de sua linha de perfumes, destituindo os irmãos Wertheimer, de uma família judia, que a teriam ajudado a transformar o Chanel No. 5 no perfume mais famoso da história. "Sobre a criação da Societé des Parfums Chanel, em 1924, houve altos e baixos na sua relação com os proprietários. Como muitos outros designers, ela nunca estava completamente feliz em ter de desistir de seus direitos de produzir e vender o que ela considerava ser "suas fragrâncias". É por isso que ela fez uso de todos os meios que pôde para tê-lo de volta. Ao final, isto não arruinou sua relação com os proprietários, já que ela vendeu The House of Chanel para a família nos anos 50", declarou a Maison Chanel ao Estado. No Brasil, o livro será lançado em setembro pela Companhia das Letras.

**/ COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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Ex-presidente do BNDES Antônio Barros de Castro morre após desabamento de laje no Humaitá


Fatalidade do destino...



RIO DE JANEIRO -- NOTÍCIAS




Plantão | Publicada em 21/08/2011 às 19h05m

O Globo


O economista Antônio Barros de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que morreu na tarde deste domingo após o desabamento da laje da casa onde morava/Foto: Arquivo

[=#\\.//#=] RIO - O economista Antônio Barros de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), morreu na tarde deste domingo após o desabamento da laje da casa onde morava, na rua Icatú, no Humaitá, Zona Sul do Rio.

Segundo relato de Ana Clara Barros, filha do economista, Barros de Castro, que tinha 73 anos, estudava em seu escritório, por volta das 16h deste domingo, quando aconteceu o acidente.

- Todos os quatro filhos, a neta e a esposa o amavam muito. Infelizmente ele foi embora deixando um vazio dentro dos nosso corações - destacou Ana Clara, relembrando o cotidiano recente do pai.

- Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e ativa. Ainda dava palestras e escrevia artigos. Não à toa estava estudando quando a laje desabou - ressaltou a administradora.

O velório será realizado nesta segunda, na capela do campus da UFRJ na Praia Vermelha, na Urca.

O economista era professor emérito da UFRJ e consultor do Conselho Empresarial Brasil-China.

Doutor em economia pela Unicamp, Castro foi presidente do BNDES entre outubro de 1992 e março de 1993, no governo Itamar Franco (1992-1994). Mais recentemente, foi diretor de Planejamento do banco entre 2005 e 2007, e consultor especial do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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Dez dos mais ricos do país perderam R$ 30,8 bilhões com a queda nas ações na Bolsa brasileira


E a fortuna encolheu ...


BRASIL -- NOTÍCIAS




E C O N O M I A



Bruno Villas Bôas
 
 

[*$-:-$*] RIO - O tombo dos mercados internacionais tornou um pouco menos doce a vida de bilionário no Brasil, especialmente aqueles que têm seu patrimônio atrelado ao humores dos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Dez das pessoas mais ricas do país perderam somadas, este ano, R$ 30,8 bilhões com a queda das ações de suas empresas no mercado. É como se lhes escorresse entre os dedos uma BRF-Brasil Foods, a dona das marcas Sadia e Perdigão e terceira maior exportadora brasileira.

Levantamento do GLOBO com base em documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que a fortuna em Bolsa dos maiores ricaços brasileiros - como banqueiros, industriais e varejistas, entre outros - recuou de R$ 85,7 bilhões para R$ 54,8 bilhões nos últimos oito meses. Essa perda, claro, pode ser apenas temporária, afinal, eles não venderam suas participações acionárias e o mercado pode se recuperar.

Somente o empresário Eike Batista, homem mais rico do Brasil e sétimo do mundo segundo a revista "Forbes", perdeu R$ 19,8 bilhões este ano. Esse foi o tamanho da queda do valor de mercado das ações que possui nas empresas "X", letra com a qual batiza suas seis companhias listadas na Bolsa. Nada que tire a noite de sono do bilionário de Governador Valadares, que ainda tem R$ 31,7 bilhões com as ações das empresas. Tanto que, há duas semanas, ele comprou mais um jatinho para sua "frota" particular, a um custo de US$ 10 milhões.

- As minhas companhias são uma espécie de poupança, mas com retorno gigante. Um negócio desse você não vende - disse recentemente Eike em entrevista ao GLOBO, ao explicar porque as perdas bilionárias não tiraram seu sono.

Para um cidadão comum, também é difícil imaginar o tamanho da fortuna que a matriarca da família Steinbruch, Dorothéa, perdeu neste ano. Viúva de Mendel Steinbruch, co-fundador do Grupo Vicunha, Dorothéa e família perderam R$ 5,1 bilhões com a queda das ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O valor das ações na siderúrgica de Volta Redonda encolheu para R$ 6,9 bilhões. Mas essa perda não pesou tanto no orçamento da família. Benjamin Steinbruch, filho de Dorothéa e comandante da CSN, aproveitou no começo do ano uma "barganha" em Nova York para comprar por US$ 18,8 milhões um luxuoso apartamento na Quinta Avenida, ponto nobre de Manhattan. Uma estimativa aponta que a família recebeu cerca de R$ 500 milhões em 2011 apenas em dividendos da CSN, como são chamadas as parcelas de lucros que as empresas distribuem anualmente aos seus acionistas.
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Oscar decide, Brasil dança o vira contra Portugal e leva penta do sub-20


ESPORTES \ FUTEBOL - Mundial sub-20



Seleção se vinga de derrota nos pênaltis em 1991 com título suado, na prorrogação, e atuação de gala do camisa 11, que marcou três vezes.



Por Victor Canedo Direto de Bogotá, Colômbia

Enrolado na Bandeira do Brasil após o fim da grande

#-\\o//-*\\o//# Enrolado na Bandeira do Brasil após o fim da grande decisão do Mundial Sub-20, Oscar enxugava, com alegria e emoção, as lágrimas de herói. O camisa 11, que não havia feito um gol sequer no torneio até a final deste sábado, pode dizer que guardou tudo para quando mais se precisou dele. Em uma decisão suada - foi até a prorrogação -, chamou a responsabilidade e decidiu o título com três gols. 


Isso mesmo: três gols! Com a façanha do jogador do Inter, o Brasil derrotou Portugal, por 3 a 2, na "dança do vira", e se sagrou pentacampeão da categoria, no abarrotado Estádio El Campín, na Colômbia - o público de 36.048 torcedores foi recorde na história da competição. O titulo brasileiro, que se junta aos de 1983, 1985, 1993, e 2003, teve um gosto de vingança da amarga derrota por pênaltis para os portugueses na decisão em 1991.


O terceiro gol do meia colorado, o mais sensacional, saiu aos 6 minutos do segundo tempo do tempo extra, em um aparente cruzamento - ou não - que morreu no fundo das redes do goleiro Mika, então não vazado até a decisão. Para os portugueses, marcaram Alex e Nelson Oliveira. O brasileiro Henrique, atacante do São Paulo, que ainda desperdiçou grande oportunidade a minutos do fim, terminou a competição entre os artilheiros, com cinco gols, empatado com o francês Lacazette e o espanhol Alvaro Vázquez. Mas levou a chuteira de ouro no critério de desempate de assistências - três - e, de quebra, o troféu de melhor jogador da competição.

oscar gol brasil x portugal mundial sub 20 (Foto: AP)Emocionado, Oscar deixa o campo enrolado na Bandeira do Brasil após vitória (Foto: AP)

A decisão foi acompanhada de perto por ilustres do planeta bola. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o técnico da Seleção principal, Mano Menezes, desembarcaram em Bogotá na tarde deste sábado e se juntaram ao mandatário da Fifa, Joseph Blatter, e o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.


Dois gols em nove minutos e um não marcado


oscar gol brasil x portugal mundial sub 20   (Foto: AP)
Oscar comemora com os companheiros o primeiro
gol do Brasil na decisão do Mundial (Foto: AP)


O goleiro Mika precisava apenas de mais 19 minutos sem sofrer gol para estabelecer um novo recorde em Mundiais Sub-20. Só faltou combinar com Oscar. Logo aos cinco minutos, o camisa 11 cobrou falta venenosa da intermediária, a bola desviou levemente na cabeça de Sergio Oliveira e entrou no canto direito, acabando com um jejum de 619 minutos e vazando Portugal pela primeira vez na competição. A marca, portanto, continuou com o próprio Brasil entre as edições de 1985 e 1987: 634 minutos.


A alegria durou pouco. Dessa vez, quatro minutos foram necessários para os portugueses igualarem o placar. Aos 9, Nelson Oliveira escapou pela direita e cruzou rasteiro para o meio da área. Alex se antecipou a Danilo e completou. A resposta veio de forma imediata. Após cruzamento, Nuno Reis cortou de cabeça, a bola quicou na frente de Willian e tocou na trave. Mika ainda se esticou para salvar a bola que chegou a ultrapassar a linha, com gol não assinalado pela arbitragem, evitando o que seria o segundo.


Ritmo diminui


Apesar do placar movimentado, o nível técnico não era dos melhores. Ambas as equipes erravam alguns passes considerados até infantis. Era mais difícil ainda ver uma troca de passes rápida, envolvente. Mas, ao menos nas bolas paradas, o Brasil assustava, sempre com Oscar.


Portugal, por sua vez, depositava as suas maiores esperanças em Nelson Oliveira. Foi com o seu artilheiro, autor de três gols na competição, que os lusos mais levaram perigo. Aos 36, ele recebeu lançamento de Saná, dominou com categoria, mas viu Danilo chegar antes e desviar para escanteio. Dois minutos depois, Mario Rui cruzou para o atacante finalizar por cima.


Se estava difícil para infiltrar com tabelas, o zagueiro Juan resolveu arriscar de longe, aos 43. A bomba de canhota passou perto, mas foi o sinal de que o Brasil passava por dificuldades que, apesar de se tratar de uma final, não esperava.

A prova de que Ney Franco não estava mesmo satisfeito foi vista quando o quarto árbitro levantou a placa de substituição na volta do segundo tempo. Foram duas alterações: Negueba, que já havia aquecido durante parte da etapa inicial, entrou no lugar de Willian. Allan substituiu Gabriel Silva. O mesmo já havia acontecido no decorrer da partida contra o México, na última quarta, pela semifinal: o volante Casemiro foi recuado à zaga, Juan assumiu o lateral esquerda, Allan, a direita, e Danilo acabou deslocado para o meio.


As mudanças não surtiram o efeito desejado, e o Brasil seguia sem mobilidade ofensiva. Só não esperava que em um dos contra-ataques sofresse a virada. Aos 14, Nelson Oliveira avançou despretensiosamente sem ser incomodado por Juan e Casemiro. Sozinho, ele finalizou sem ângulo, mas contou com a colaboração de Gabriel, que falhou no lance e viu a bola passar entre as suas pernas.


Técnico lança seu talismã


oscar gol brasil x portugal mundial sub 20 (Foto: Reuters)
Oscar comcemora com companheiros (Foto: Reuters)

A primeira reação de Ney Franco foi colocar Dudu no lugar de Philippe Coutinho, em noite apagada. Precisando da vitória, o Brasil adotou postura mais ofensiva, enquanto àquela altura Portugal já ocupava o campo defensivo com todos os seus 11 homens.


Até a faixa de meio-campo, o Brasil tinha total liberdade para tocar a bola. Mas era só passar a linha que divide o campo que um batalhão de vermelho e verde se postava à frente. O time de Ney Franco buscava alternativas, principalmente pelas laterais.


Aos portugueses restava a boa e velha tática de esperar uma chance de contra-atacar. Nelson Oliveira, um dos melhores em campo, aproveitou uma dessas oportunidades. Pela esquerda, avançou com velocidade, invadiu a área, mas Gabriel se redimiu.


A essa altura, o sangue fervia e impedia um raciocínio lógico. Juan quase perdeu a cabeça e foi mais cedo para o chuveiro. O zagueiro tentou acertar Julio Alves na intermediária, o tempo fechou, e o juiz levantou o amarelo para o brasileiro. Na seqüência, ele voltou a se irritar e reclamou com o juiz uma possível simulação do adversário. Ney Franco, sempre sereno, já exibia um semblante preocupado, até desconfortável.


Foi então que seu talismã entrou em ação. Pela esquerda, em mais uma jogada pelo lado do campo, Dudu mandou para o meio da área e Mika espalmou para o meio da área. Sorte do Brasil que Oscar estava lá para empatar, aos 33.


O gol devolveu a tranquilidade e aumentou a confiança. Daí em diante foi pressão total. Dudu pela esquerda, Negueba pela direita, os chutes pelo meio... E a melhor defesa da competição reservou para os últimos minutos o que mais fez na competição: evitar que Mika fosse vazado.


Prorrogação movimentada


Passado o sufoco dos 90 minutos, já não existia mais tática ou lógica. Nelson Oliveira, exausto e claramente com dores, foi mantido no time mesmo com Ilídio Vale ainda podendo fazer uma alteração. E quando resolveu fazer, Caetano entrou na vaga de Saná, também no limite físico.


A única opção era arriscar. As duas equipes foram ao ataque. Dois times abertos e com muitos espaços. Em uma investida rápida, Caetano recebeu pela direita, entrou na área e, por preciosismo, tentou encobrir Gabriel, que se agigantou para salvar.


Em seguida, o Brasil também assustou. Danilo e Romerick dividiram, e a bola passou rente à trave de Mika. Danilo ainda tentou um golpe de misericórdia em chute de fora da área, mas Mika defendeu em dois tempos e evitou que Oscar aproveitasse novamente.


Mas os deuses do futebol dariam a Oscar uma nova chance, a chance de marcar o terceiro e virar o herói do pentacampeonato, o primeiro jogador a fazer três em uma decisão de Mundial.  Foi de fora da área, aos 6 minutos do segundo tempo da prorrogação. E pouco importa se o meia tentou cruzar ou chutar. A bola entrou. Golaço!


Portugal pressionou no fim, Henrique perdeu chance cara a cara, mas o destino já estava selado mesmo naquele chute que valeu muito, valeu o título.
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Brasil 3 x 2 Portugal
Gabriel, Danilo, Bruno Uvini, Juan e Gabriel Silva (Allan); Fernando, Casemiro, Oscar e Philippe Coutinho (Dudu); Henrique e Willian José (Negueba) Mika, Cedric (Julio Alves), Roderick, Nuno Reis e Mario Rui; Pele, Saná (Ricardo Dias), Danilo e Sergio Oliveira; Nelson Oliveira e Alex (Caetano)
Técnico: Ney Franco
Técnico: Ilídio Vale
Gols: Oscar (Brasil), aos 4, e Alex (Portugal), aos 8 do primeiro tempo; Nelson Oliveira (Portugal), aos 14, Oscar (Brasil), aos 33 do segundo tempo; Oscar (Brasil), aos 6 do segundo tempo da prorrogação.
Cartões Amarelos: Henrique, Juan (Brasil); Roderick, Pelé, Sergio Oliveira, Saná, Julio Alves, Nelson Oliveira (Portugal)
Estádio: El Campín (Bogotá). Árbitro: Mark Geiser (EUA). Assistentes:
Mark Hurd (USA) e Joe Fletcher (CAN)
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