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Área três vezes maior que a Bahia concentra redes, garrafas e microplásticos levados por correntes marítimas.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Roberto Peixoto, g1
Postado em 29 de Setembro de 2.025 às 06h00m
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Como uma enorme mancha de lixo virou um ecossistema no oceano?
No meio do Oceano Pacífico, entre os Estados Unidos e o Japão, existe uma mancha de lixo com mais de 1,5 milhão de km². Para ter uma ideia, é como se o estado da Bahia fosse coberto três vezes por plástico.
Essa massa de detritos não está parada por acaso.
Ela é mantida no mesmo ponto pelos giros oceânicos, grandes correntes marítimas que circulam em redemoinhos e acabam reunindo redes de pesca, garrafas e milhões de microplásticos em uma mesma região.
O fenômeno ganhou até nome: “plastisfera”, uma espécie de recife artificial em alto-mar.
Apesar da dimensão, a mancha não aparece em imagens de satélite.
O motivo é que o plástico é muito disperso — ocupa menos de 0,02% da superfície da área — e se mistura facilmente a algas e sedimentos.
Por isso, o que existe são mapas de concentração feitos a partir de navios e drones.
Sistema de coleta de lixo plástico no oceano da iniciativa The Ocean
Cleanup em testes no Oceano Pacífico em 2021 — Foto: Divulgação/The
Ocean Cleanup
Mas esse novo ecossistema também tem um lado perigoso.
As mesmas correntes que reúnem o lixo transformam os resíduos em verdadeiras balsas, capazes de transportar espécies de um continente a outro.
Isso favorece a propagação de organismos invasores e até de micróbios que podem causar doenças.
A fauna marinha também sofre os efeitos: baleias, tartarugas e peixes confundem o plástico com alimento e muitas vezes acabam morrendo asfixiados.
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Localização da mancha — Foto: Arte/g1
Há iniciativas internacionais para recolher parte desse lixo, mas o desafio é grande.
A remoção pode levar junto as espécies que conseguiram se adaptar ao recife artificial criado pelo plástico.
Por isso, especialistas defendem que a solução precisa vir antes de o lixo chegar ao mar.
Entre as alternativas, estão barreiras em rios e sistemas flutuantes capazes de reter plásticos ainda próximos à costa, evitando que sejam levados pelas correntes até o meio do oceano.
Lixo plástico coletado pelo sistema de redes criado pelo holandês Boyan
Slat, da The Ocean Cleanup — Foto: Divulgação/The Ocean Cleanup
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