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domingo, 13 de maio de 2018

O asteroide solitário que ajuda a contar a história do Sistema Solar

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Orbitando em um conjunto de objetos congelados além de Netuno, a composição deste objeto espacial indica que ele não se originou ali.

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BBC, G1
Por BBC, G1 
Postado em 13 de maio de 2018 às 23h05m 



Asteroide rico em carbono no Cinturão de Kuiper (Foto: Divulgação/Eso) 

Pesquisadores identificaram um objeto espacial inédito: um asteroide rico em carbono no Cinturão de Kuiper.

Orbitando em um conjunto de objetos congelados localizados além de Netuno, a composição do asteroide indica que ele não se originou ali.
Em vez disso, o objeto com 300 km de largura pode ter sido ejetado de uma órbita junto aos planetas gigantes, durante o turbulento início do Sistema Solar.

O objeto fica tão distante da Terra que os cientistas levaram vários anos para analisá-lo.

"Quando obtivemos os dados pela primeira vez, pensamos que havia algo errado, porque não se parecia em nada com outros objetos do cinturão", disse o cientista Tom Seccull, da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte, à BBC News.

A maioria dos outros objetos naquela região do espaço têm uma superfície repleta de gelo. Esse asteroide, conhecido como 2004 EW95, não só é rico em carbono como contém minerais como filossilicatos, uma família que engloba a argila e o talco.
Órbita do asteroide (Foto: Divulgação/Eso)

Indícios
"As características que vemos costumam ocorrer em asteroides que tiveram sua rocha alterada pela presença de água líquida", explica Seccull.

"Como ele está muito longe do Sol, a cerca de -235ºC, toda água em sua superfície vai estar congelada. Isso implica que ela foi aquecida em algum momento e que ele pode ter se formado em um local mais próximo do Sol."

O pesquisador Rhian Jones, da Manchester University, do Reino Unido, que não esteve envolvido no estudo, avalia que isso torna a descoberta bastante interessante, e isso seria "a primeira boa prova da presença de filossilicatos em um objeto deste cinturão".

Um modelo para a formação do Sistema Solar aponta que, no início, se tratava de uma região do espaço diferente, com Júpiter e Saturno orbitando mais próximo do Sol para só depois se posicionarem onde estão hoje.

Dispersão
Esse processo teria espalhado pelas partes mais distantes do núcleo do Sistema Solar alguns objetos que se formaram entre esses gigantes gasosos, onde eles poderiam estar até hoje.

Seccull diz que há mais objetos no Cinturão de Kuiper que se parecem com o 2004 EW95, mas afirma ser difícil obter mais detalhes.
"Esse asteróide estava localizado no limite do que podemos observar, na verdade."

A missão New Horizons, da Nasa, deve se encontrar com outro objeto do mesmo cinturão, o 2014 MU69, também conhecido como Ultima Thule, em 1º de janeiro de 2019.

Espera-se que isso permita saber mais sobre os corpos espaciais que habitam essa região do Sistema Solar. 
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Como uma molécula descoberta no Brasil pode salvar o diabo-da-tasmânia de extinção

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Mamífero australiano ameaçado por um câncer parasitário tem como esperança uma proteína identificada em aranhas brasileiras.

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BBC
Por BBC 
Postado em 13 de maio de 2018 às 16h00m 


Uma forma contagiosa e transmissível 'parasitária' de câncer pode extinguir diabo-da-tasmânia nas próximas décadas (Foto: Getty Images)

Uma molécula descoberta em uma aranha no Brasil poderá salvar da extinção um mamífero que vive do outro lado planeta.

Batizada de gomesina, um peptídeo (pequena proteína, nesse caso formada por 18 aminoácidos), foi encontrada na aranha caranguejeira Acanthoscurria gomesiana. Agora, pesquisadores australianos estão testando sua ação no combate a um tipo de câncer que está dizimando a população do diabo-da-tasmânia, marsupial que só vive na ilha que lhe dá o nome, localizada a 240 km da costa sudeste da Austrália.

O diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii) é o maior marsupial carnívoro do mundo. Até 3 mil anos atrás ele vivia também na parte continental da Austrália, mas hoje seu habitat se restringe à ilha da Tasmânia, que é um Estado australiano. Mesmo lá, ele corre sério risco de extinção, por causa de uma forma contagiosa e transmissível "parasitária" de câncer conhecida como doença do tumor facial do diabo-da-tasmânia (TFDT). 

Desde que o mal surgiu, em 1996, cerca de 80% desses animais foram mortos. Se nada for feito, os cientistas estimam que a espécie será extinta dentro dos próximos 15 a 25 anos.

Segundo o biólogo Pedro Ismael da Silva Júnior, pesquisador do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan, que descobriu a gomesina, a doença que acomete o diabo-da-tasmânia se caracteriza por feridas na face, principalmente na boca e no nariz.

"Esses machucados vão aumentando e se espalhando, destruindo os rostos dos animais e os impedindo de comer, o que lhes causa a morte por inanição", explica. "O câncer se espalha de maneira rápida e se apresenta em 65% da ilha da Tasmânia. A cura do tumor pode salvar essa espécie da extinção."

Molécula sintética
É isso o que está tentando fazer um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Queeensland, em Brisbane, na Austrália. Eles estão testando uma molécula sintética desenvolvida e patenteada por Silva Júnior a partir da proteína da A. gomesiana, e um peptídeo semelhante, encontrado na aranha da espécie Hadronyche infensa, que vive naquele país.

Os cientistas demonstraram que, em laboratório, a gomesina interfere no ciclo das células cancerosas, modificando a produção de várias moléculas. Isso torna as células inviáveis, matando-as. O processo foi descrito em artigo publicado neste ano na revista online Cell Death Discovery, do grupo Nature.

Pedro Ismael da Silva Júnior descobriu a gomesina (Foto: Arquivo pessoal) 

Nada disso seria possível, no entanto, sem a descoberta de Silva Júnior. Ele conta que sempre trabalhou com aranhas, a princípio estudando os pelos urticantes delas. Quando foi fazer o mestrado, no entanto, seu orientador morreu e ele precisou substituí-lo.

"Minha nova orientadora, Sirlei Daffre, propôs que passássemos a pesquisar o sistema imune de aracnídeos em busca de peptídeos antimicrobianos", lembra. "Eu topei e então começamos a buscar as moléculas bioativas no sangue das aranhas."

Durante o trabalho, que se estendeu de 1994 a 2000, ele encontrou várias dessas moléculas, uma das quais muito potente e promissora.

"Demos o nome a essa proteína de gomesina, em homenagem à espécie de aranha caranguejeira Acanthoscurria gomesiana", conta. 

"A importância disso é que uma descoberta brasileira, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e com registro pelo escritório de patentes da Universidade de São Paulo, está sendo utilizada por pesquisadores australianos para salvar da extinção um organismo vivo e único da região."

Novos antibióticos
Silva Júnior também explica por que se dedicou a verificar a presença de moléculas com atividade antibiótica em seu sangue (hemolinfa) de aracnídeos. "Esses organismo vivem na Terra há mais de 450 milhões de anos e os registros fósseis, principalmente no âmbar, mostram que eles mudaram muito pouco no curso da evolução", diz. "Então, por viverem em ambientes contaminados e não mudarem muito durante a evolução é que nos despertou a curiosidade de como esses animais se defendiam."

Os estudos de Silva Júnior demonstraram ainda que essa molécula também está presente em outros aracnídeos. "Essa informação, bem como a sequência de resíduos de aminoácidos da gomesina, foi compartilhada por meio de publicações científicas, com acesso permitido a todos os cientistas do mundo", explica.

"Na Austrália, os pesquisadores verificaram a presença dessa molécula em uma aranha caranguejeira de lá. Utilizaram tanto a proteína encontrada nessa espécie como a descoberta por nós aqui no Brasil (sintetizaram usando a sequência de resíduos de aminoácidos disponível em banco de dados) para avaliar sua atividade contra o tipo de câncer que está levando à extinção o diabo-da-tasmânia."
Molécula foi identificada na aranha caranguejeira (Foto: Rogerio Bertani) 

Avanço médico
Mas não é só para tratar o câncer do diabo-da-tasmânia que a gomesina poderá ser empregada. Com sua atividade contra bactérias, fungos e vírus ela poder ser usada para o desenvolvimento de novos antibióticos, mais potentes que os atuais.

Nesse caso, ela poderia ser empregada no combate às várias espécies de bactérias resistentes às drogas atuais. Mas é provável que um novo medicamento a partir dessa proteína seja desenvolvido primeiro em outro país. "Temos a patente e já tentamos torná-la um produto, mas não conseguimos", lamenta Silva Júnior. "É muito difícil o desenvolvimento de uma droga no Brasil." 

O pesquisador esclarece que não tem nenhum trabalho em conjunto ou colaboração direta com o grupo australiano. "A partir de nossas descobertas, o grupo de lá foi capaz de avaliar uma molécula contra esse tipo de câncer e verificar sua funcionalidade", diz.

"Temos inúmeras publicações mostrando as diversas atividades da gomesina, inclusive a antitumoral. Cada cientista que descobre alguma coisa ajuda os pesquisadores do futuro."

Ele ressalta ainda que não há competição. "São grupos trabalhando em prol do combate às doenças, cada um dando sua contribuição e caminhando cada vez mais para frente", explica. "Não sou movido por vaidades. Espero realmente que um dia possamos todos estar desfrutando de um medicamento que possa resolver nossos problemas de saúde. Fruto da associação de todos os pesquisadores do mundo. Que estejamos acima das pobres políticas de ciência e saúde de nossos países."
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