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sexta-feira, 31 de março de 2023

Françoise Bettencourt Meyers volta à lista dos 10 mais ricos do mundo, ainda como a única mulher

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Com uma fortuna estimada em mais de US$ 89,3 bilhões, herdeira da L'Oréal desbancou nomes de bilionários famosos, como Mark Zuckerberg, Michael Dell e Sergey Brin.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 31 de março de 2023 às 11h35m

 #.*Post. - N.\ 10.743*.#

Francoise Bettencourt Meyers em foto de  2019. — Foto: Pool via AP/Ian Langsdon
Francoise Bettencourt Meyers em foto de 2019. — Foto: Pool via AP/Ian Langsdon

A mulher mais rica do mundo está, novamente, no grupo dos 10 maiores bilionários da atualidade. Com uma fortuna estimada em US$ 90,1 bilhões, Françoise Bettencourt Meyers — a herdeira da L'Oréal — ocupa a 9ª posição do ranking de bilionários da Forbes depois de uma alta de mais de US$ 2 bilhões em seu patrimônio entre quinta-feira (30) e as primeiras horas desta sexta (31).

A francesa de 69 anos é a atual vice-presidente do conselho da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo. Ela é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do fundador da companhia, Eugène Paul Louis Schueller.

Foi só em 2017, quando sua mãe faleceu aos 94 anos, que Françoise se tornou a herdeira direta da L'Oréal e passou a ter 33% das ações da companhia. Um ano depois, em 2018, a bilionária apareceu pela primeira vez na lista das mulheres mais ricas do mundo.

Herdeira da L'Oréal é a mulher mais rica do mundo — Foto: Reprodução/Instagram L'Oréal Groupe
Herdeira da L'Oréal é a mulher mais rica do mundo — Foto: Reprodução/Instagram L'Oréal Groupe

Desde 2021, Françoise é também a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes. Em 2022, a executiva encerrou o ano na 14ª colocação dos maiores bilionários.

Ela é a segunda francesa na lista dos mais ricos. Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, controladora da marca de luxo Louis Vuitton, ocupa o primeiro posto do ranking, como o homem mais ricos do mundo, com uma fortuna de mais de US$ 220 bilhões.

Françoise é membro do conselho da L'Oréal desde 1997. A empresa tem atuação em 130 países, conta com um portfólio de 35 marcas e seus principais mercados são Estados Unidos, França, China, Alemanha e Brasil.

Embora a fortuna da família Bettencourt e da L'Oréal já fossem expressivas antes de Françoise se tornar a herdeira direta, desde 2017, a executiva triplicou seu patrimônio com investimentos que valorizaram os papéis da empresa na bolsa de valores.

Em 2021, segundo dados da Bloomberg, a empresa se recuperou da pandemia graças à oferta diversificada de produtos.

Françoise também é escritora, pianista e filantropa. A executiva também preside a fundação filantrópica da família, que incentiva e participa de projetos na ciência e na arte na França.

Os mais ricos do mundo

Para estar entre as 10 pessoas mais ricas do mundo, Françoise precisou desbancar nomes de bilionários bastante populares, principalmente do ramo da tecnologia.

Apenas para se ter dimensão, o dono da Meta (controladora do Facebook), Mark Zuckerberg, tem um patrimônio estimado em US$ 74,6 bilhões e é, hoje, o 15° mais rico do mundo.

Sergey Brin (um dos fundadores do Google) e Michael Dell (presidente e fundador da Dell) são, respectivamente, o 12° e 23° homens mais ricos do mundo, com fortunas de U$ 84,1 bilhões e US$ 52,5 bilhões, na sequência.

Atualmente, este é o top 10 de maiores bilionários:

  1. Bernard Arnault, CEO da LVMH, controladora da grife Louis Vuitton, com US$ 225,9 bilhões
  2. Elon Musk, CEO da Tesla, com US$ 196,3 bilhões
  3. Jeff Bezos, fundador da Amazon, com US$ 125,8 bilhões
  4. Larry Ellison, cofundador da Oracle, com US$ 115,6 bilhões
  5. Bill Gates, fundador da Microsoft, com US$ 109,8 bilhões
  6. Warren Buffett, megainvestidor, com US$ 106,1 bilhões
  7. Michael Bloomberg, fundador da Bloomberg L.P., com US$ 94,5 bilhões
  8. Carlos Slim , empresário do ramo de telecomunicações, com US$ 94,4 bilhões
  9. Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal, com US$ 90,1 bilhões
  10. Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, com US$ 89,7 bilhões
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Os rabiscos misteriosos encontrados em livro de 1.300 anos

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Inscrições eram desconhecidas até que, em 2022, uma pesquisadora britânica conseguiu decidiu dar uma olhada mais de perto e ficou surpresa ao descobrir um rabisco escondido na página 18, exatamente abaixo do texto em latim.
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TOPO
Por BBC

Postado em 31 de março de 2023 às 07h10m

 #.*Post. - N.\ 10.742*.#

Os desenhos do livro de Eadburg, ressaltados digitalmente na cor azul — Foto: Archiox/Bodleian Library/Via BBC
Os desenhos do livro de Eadburg, ressaltados digitalmente na cor azul — Foto: Archiox/Bodleian Library/Via BBC

Cerca de 1,3 mil anos atrás, uma mulher pegou um livro precioso e rabiscou letras e desenhos nas margens.

Ela não usou tinta – apenas arranhou o papel – e os rabiscos ficaram quase invisíveis a olho nu. Ninguém sabia que eles estavam ali, até o ano passado.

O livro é uma cópia dos Atos dos Apóstolos, parte do Novo Testamento, datada do século 8°. Ele agora está guardado na Biblioteca Bodleiana, na Universidade britânica de Oxford.

Os pesquisadores sabiam há algum tempo que o texto religioso provavelmente seria de propriedade de uma mulher, mas não tinham certeza de quem se tratava.

Até que, em 2022, a pesquisadora Jessica Hodgkinson, da Universidade de Leicester, também no Reino Unido, decidiu dar uma olhada mais de perto e ficou surpresa ao descobrir um rabisco escondido na página 18, exatamente abaixo do texto em latim.

Os traços foram destacados digitalmente e agora é possível ver as letras com clareza: "EaDBURG BIREð CǷ…N".

Significado incerto

A última palavra está incompleta. E análises posteriores revelaram que o livro foi deliberadamente arranhado com algum objeto contundente em mais quatro páginas.

O rabisco oculto no livro que deu origem às investigações — Foto: Archiox/Bodleian Library
O rabisco oculto no livro que deu origem às investigações — Foto: Archiox/Bodleian Library

Qual pode ser o significado?

Hodgkinson interpretou o primeiro símbolo como uma cruz, seguida por "Eadburg" – quase com certeza, o nome da dona do livro.

Não se sabe muito sobre ela, mas Hodgkinson e sua equipe suspeitam que Eadburg fosse uma freira – a abadessa de uma comunidade religiosa de Minster-in-Thanet – uma vila no condado de Kent, na Inglaterra.

As letras seguintes são um pouco mais enigmáticas. Talvez elas possam significar "está na cwærtern""prisão", em inglês arcaico.

O trecho em latim acima dos rabiscos descreve a prisão dos apóstolos e Eadburg pode ter traçado um paralelo com a sua própria situação.

O mais curioso é que Hodgkinson e seus colegas encontraram desenhos de pessoas em outras páginas.

Em uma das margens, uma figura quadrada com os braços estirados – uma freira, talvez? Em outra, uma pessoa estendendo sua mão contra o rosto de um companheiro triste. Será que ela não queria ouvir o que a outra pessoa estava dizendo?

Enfim, o significado dos desenhos é um mistério. E os rabiscos nas margens do livro de Eadburg não são os únicos escritos e desenhos descobertos em Oxford nos últimos meses.

Hodgkinson pôde encontrar as gravuras de Eadburg graças a uma nova tecnologia de formação de imagens da Biblioteca Bodleiana, que consegue mapear a textura física e os contornos das páginas dos livros e manuscritos ou da superfície de outros objetos históricos, como placas de impressão.

Esse mapeamento detalhado revela marcas que, de outra forma, seriam invisíveis a olho nu, ou mesmo com câmeras comuns.

"A superfície traz consigo uma imensa quantidade de informações", explica Adam Lowe, fundador da Fundação Factum em Madri, na Espanha – a organização sem fins lucrativos que produziu a tecnologia para a biblioteca de Oxford, como parte do projeto Archiox (sigla em inglês para Análise e Registro do Patrimônio Cultural em Oxford).

Lowe afirma que "quanto mais você puder tornar visível, mais descobertas verdadeiramente impressionantes irão surgir".

Os pesquisadores do projeto Archiox utilizam dois aparelhos para criar representações digitais de páginas e objetos. Um deles chama-se "Selene". Ele tem quatro câmeras capazes de capturar diferenças de relevo das superfícies de até 25 micrômetros (0,025 mm).

Cena de caça oculta em um manuscrito com 1,2 mil anos de idade — Foto: Archiox/Bodleian Library/Via BBC
Cena de caça oculta em um manuscrito com 1,2 mil anos de idade — Foto: Archiox/Bodleian Library/Via BBC

O outro é "Lucida", que emite lasers e possui duas câmeras minúsculas para criar varreduras 3D.

"Tudo pode ser medido. Não é apenas uma ferramenta de formação de imagens, é também um instrumento de medição. E isso torna tudo mais fascinante", destaca John Barrett, fotógrafo da Biblioteca Bodleiana e líder técnico do projeto Archiox.

A tecnologia está sendo usada no porão da Biblioteca Bodleiana para criar representações digitais de diversos itens da sua coleção. E o livro de Eadburg não foi o único documento com séculos de idade a revelar rabiscos escondidos.

Em um manuscrito do século 9º, os pesquisadores do projeto Archiox mapearam uma cena de caça arranhada na sua superfície.

E, abaixo dos animais, foi encontrada a palavra "RODA", provavelmente relacionada ao dono do livro. Barrett afirma que "isso nunca havia sido observado".

Por que as pessoas arranhavam seus nomes em livros e acrescentavam desenhos quase invisíveis como esses? Bem, em relação aos nomes, pode ter sido simplesmente para mostrar quem era o dono da obra, sem rabiscar um precioso texto religioso.

"Estes manuscritos eram considerados sagrados. E, mesmo que quisesse deixar sua marca neles, você não iria querer ser óbvio demais", explica Barrett.

E, sobre as figuras, "não acho que elas tenham sido necessariamente rabiscadas de propósito", afirma ele. "Muitas vezes, essas anotações e certamente outras que registrei mais recentemente tinham, sem dúvida, relação com o próprio texto."

Placas de cobre

Alguns dos primeiros objetos da coleção da Biblioteca Bodleiana a serem examinados para o projeto Archiox foram as placas de impressão de cobre com 200 a 300 anos de idade, que formam a chamada coleção Rawlinson. Elas foram selecionadas por Alexandra Franklin, coordenadora do Centro de Estudos do Livro, e Chiara Betti, estudante de PhD da Universidade de Londres.

Um exemplo de gravação que antes estava oculta e foi revelada pela tecnologia Archiox é o de uma placa que, na frente, inclui o retrato de um influente cardeal francês. Mas, quando os pesquisadores olharam o verso da ilustração, parecia haver uma partitura musical quase apagada.

A tecnologia permitiu observar as notas com total clareza. "Provavelmente, [a melodia] foi inspirada pelo Salmo 9, pois as palavras [em inglês] parecem se encaixar", afirma Barrett.

Em português, o Salmo 9 da Bíblia começa com estes dizeres: "Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores."

Mas por que alguém teria feito isso?

"O material [cobre] era muito valioso", explica Barrett. "Ele pode ter sido reutilizado ou simplesmente foi uma oportunidade para que o artista ou gravador pudesse praticar."

Mas ele ressalta que não existe impressão conhecida daquela música feita a partir da placa. Por isso, sua descoberta acrescentou um novo item ao registro histórico.

"Ela não foi registrada na referência catalográfica da placa. São descobertas totalmente novas que estão sendo feitas", afirma Barrett.

"Eu diria que, provavelmente, um terço das placas analisadas para o Archiox tinha também alguma coisa na parte de trás. Muitas vezes, os desenhos são muito bonitos, estranhos ou misteriosos", segundo o pesquisador.

Mapas e artistas

A tecnologia do projeto Archiox também revelou novas indicações sobre as técnicas de criação dos objetos. Foi o caso de um mapa historicamente importante.

"Trata-se do mais antigo mapa reconhecível das ilhas britânicas, datado do século 14", afirma Barrett.

A varredura da superfície pela equipe do projeto Archiox revelou que "ele está absolutamente repleto de furos de alfinete, mais de 2 mil deles... pontos como catedrais, rios e outros foram alfinetados ou marcados", segundo Barrett.

Isso indica que o mapa foi copiado, pois os fabricantes de mapas teriam usado alfinetes para ajudar na reprodução. Eles teriam depositado o mapa original sobre a réplica, usando objetos pontiagudos para marcar locais importantes sobre o material abaixo do mapa.

"Você pode imaginar que esse mapa original provavelmente teria sido usado para gerar outros mapas, mas, na verdade, é o contrário", afirma ele.

O mapeamento da superfície revelou que "os buracos de alfinete não perfuram totalmente o mapa. Por isso, podemos deduzir que este mapa, na verdade, foi copiado de uma matriz: um mapa anterior."

E a tecnologia do projeto Archiox também está ajudando a revelar novas indicações sobre o talento artístico que levou à criação das obras.

Quando os pesquisadores do projeto Archiox analisaram a superfície de uma impressão japonesa em blocos de madeira, eles perceberam que o artista havia acrescentado texturas que ele saberia que seriam invisíveis para o olho humano.

Quando observamos o rosto da figura e o arco em volta da cabeça, ambos impressos com a mesma cor, a tecnologia nos permite ver a diferença de textura.

"Você se pergunta por que cargas d’água o impressor se deu ao trabalho de fazer esse trabalho realmente incrível de entalhe e gravação, se ele não pode ser observado", questiona Barrett.

Seria para mudar a forma em que a luz é refletida na impressão acabada? Talvez. Mas o pesquisador tem outra opinião.

"Acho que a resposta é que foi um ato de amor. Essas coisas eram feitas da forma mais perfeita possível. Ele traz uma nova perspectiva das técnicas envolvidas na sua produção, que você realmente não tinha antes, apenas fotografando com a tecnologia convencional."

Lowe sugere que, com esta nova abordagem, pode haver milhares de novas descobertas esperando para serem encontradas, ocultas à vista de todos nas bibliotecas e galerias de arte.

"As pessoas estão começando a perceber que as 'informações sobre o relevo' estão transformando o nosso conhecimento", explica ele. "Deve haver objetos nas bibliotecas de todo o mundo que podem se beneficiar dessa tecnologia... é questão de tratar os objetos materiais como evidências."

"Existem muitas coisas que sabemos, mas existem também muitas outras que podem ser descobertas. E acho que este é um pensamento incrivelmente estimulante e inspirador", conclui ele.

Richard Fisher é jornalista sênior da BBC Future.

A repórter Hannah Fisher apresentou recentemente as pesquisas do projeto Archiox no programa de rádio Digital Planet, do Serviço Mundial da BBC. Ouça o episódio (em inglês – a reportagem começa no minuto 11:20) no site BBC Sounds.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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quinta-feira, 30 de março de 2023

BC eleva para 1,2% previsão de alta do PIB em 2023 e vê 83% de chance de estouro da meta de inflação

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BC elevou sua estimativa de inflação para esse ano de 5% para 5,8%. Informações constam no relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado pelo Banco Central.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 30 de março de 2023 às 09h30m

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O Banco Central elevou de 1% para 1,2% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (30).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

"A revisão moderada reflete, especialmente, surpresas positivas em alguns componentes do setor de serviços no quarto trimestre de 2022, melhora nos prognósticos para a indústria extrativa e os primeiros indicadores do primeiro bimestre de 2023", informou.

Apesar da alta, o resultado para o PIB desse ano estimado pelo BC ainda representa desaceleração em relação ao patamar do ano passado – quando a expansão foi de 2,9%. E também frente ao ano de 2021, que apresentou um crescimento de 5%.

Esses dois resultados de anos anteriores foram medidos em um período de recuperação da atividade econômica em relação à fase crítica da pandemia.

"Tal desaceleração é influenciada pela diminuição do ritmo de crescimento global e pelos impactos cumulativos da política monetária doméstica [alta dos juros para conter a inflação]", avaliou o Banco Central.

Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023Economista Nelson Marconi faz análise sobre o crescimento da economia brasileira em 2023

Inflação

Para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)o Banco Central elevou sua estimativa para 2023 de 5%, em dezembro do ano passado, para 5,8% em março desse ano.

"Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a subida da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2023, que passou de cerca de 57% [no relatório anterior] para 83% [neste relatório]", diz o BC.

Entenda os impactos da inflação e dos juros na economiaEntenda os impactos da inflação e dos juros na economia

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA avançou de 3% para 3,6%A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Já para o ano de 2025, a estimativa de inflação do Banco Central avançou de 2,8% para 3,2%. Para esse ano, a meta de inflação foi mantida em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Terceiro ano seguido de estouro

Se confirmado não atingimento da meta em 2023, esse será o terceiro ano seguido de estouro. Em 2020, a inflação somou mais de 10%, ultrapassando o teto.

As metas de inflação baseiam as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, maior patamar em mais de seis anos, para conter pressões inflacionárias e tentar trazer a inflação de volta às metas pré-definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Apesar de as metas não terem sido cumpridas nos últimos dois anos, e de a previsão ser de novo estouro em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressionado o Banco Central a reduzir a taxa básica da economia - com objetivo de estimular a economia e o emprego.

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PTdefendeu um aumento na meta de inflação, que atualmente é de 3,25% para 2023 e está fixada em 3% para os próximos dois anos.

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Correntes da Antártida podem entrar em colapso e causar 'desastre' no clima, alertam cientistas

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O derretimento do gelo pode desencadear uma reação em cadeia desastrosa, alerta um novo estudo australiano.
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de março de 2023 às 08h25m

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 — Foto: NASA via BBC
— Foto: NASA via BBC

O rápido derretimento do gelo na Antártida está causando uma drástica desaceleração nas correntes oceânicas profundas e pode ter um efeito desastroso no clima, alerta um novo relatório produzido por uma equipe de cientistas australianos.

De acordo com o estudo, os fluxos profundos de água que impulsionam as correntes oceânicas podem diminuir em 40% até 2050.

Essas correntes transportam calor vital, oxigênio, carbono e nutrientes ao redor do globo.

Pesquisas anteriores sugerem que uma desaceleração na corrente do Atlântico Norte pode fazer com que a Europa fique mais fria.

O novo estudo, publicado na revista científica Nature, também adverte que a desaceleração pode reduzir a capacidade do oceano de absorver dióxido de carbono da atmosfera.

O relatório descreve como a rede de correntes oceânicas da Terra é impulsionada em parte pelo movimento descendente da água salgada fria e densa em direção ao fundo do mar perto da Antártida.

Mas, à medida que a água doce da calota polar derrete, a água do mar se torna menos salgada e densa, e o movimento descendente diminui.

Essas correntes oceânicas profundas, ou overturning (capotamento), permaneceram relativamente estáveis ​​por milhares de anos nos hemisférios norte e sul, segundo os cientistas, mas agora estão sendo afetadas pelo aquecimento do clima.

"Nosso modelo mostra que, se as emissões globais de carbono continuarem no ritmo atual, o overturning da Antártida vai diminuir em mais de 40% nos próximos 30 anos — e em uma trajetória que parece caminhar para o colapso", afirmou Matthew England, oceanógrafo da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, que liderou o estudo.

"Se os oceanos tivessem pulmões, este seria um deles", acrescentou.

Adele Morrison, que contribuiu para o relatório, explicou que, à medida que a circulação oceânica desacelerou, a água na superfície atingiu rapidamente sua capacidade de absorção de carbono, e não foi substituída por água não saturada de carbono de profundidades maiores.

O Estudo Atlas de 2018 mostrou que o sistema de circulação do Oceano Atlântico estava mais fraco do que havia sido por mais de 1.000 anos — e havia mudado significativamente nos últimos 150.

O documento sugeriu que mudanças na Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (Amoc, na sigla em inglês) poderiam resfriar o oceano e o noroeste da Europa, afetando os ecossistemas nas profundezas do mar.

Uma representação fictícia da interrupção da Amoc foi apresentada no filme sobre desastre climático O Dia Depois de Amanhã (2004).

Mas, de acordo com Morrison, uma desaceleração do overturning no sul teria mais impacto sobre os ecossistemas marinhos e a Antártida em si.

"O overturning traz à tona nutrientes que afundam quando os organismos morrem... para reabastecer de nutrientes o ecossistema global e de pesca", diz ela à BBC.

"A outra grande implicação que poderia ter é um feedback sobre quanto da Antártida vai derreter no futuro. Isso abre caminho para águas mais quentes que podem causar um aumento do derretimento, o que seria um feedback adicional, colocando mais água derretida no oceano e diminuindo ainda mais a velocidade da circulação", acrescenta.

Os cientistas gastaram 35 milhões de horas computacionais ao longo de dois anos para produzir seus modelos, que sugerem que a circulação em águas profundas na Antártida pode ser reduzida ao dobro da taxa de declínio do Atlântico Norte.

"[É] impressionante ver isso acontecer tão rápido", disse o climatologista Alan Mix, da Universidade do Estado do Oregon, nos EUA, coautor da última avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

"Parece que está entrando em ação agora. Isso é manchete de jornal", disse ele à agência de notícias Reuters.

O efeito da água derretida da Antártida sobre as correntes oceânicas ainda não foi levado em consideração nos modelos do IPCC sobre mudanças climáticas, mas será "considerável", de acordo com Matthew England, autor do estudo.

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